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A cura — pois nã o existe medo na totalidade do Amor

Conferência da Ciência Cristã – Carol Dee Lewis, CSB


Desejo contar a vocês a razã o pela qual esse é o meu enfoque de hoje. Um senhor deu um testemunho
de cura exatamente aqui em nossa igreja local da Ciência Cristã , em uma quarta-feira à noite. Ele
costuma visitar esta regiã o umas duas vezes por ano, e vem à igreja nessas ocasiõ es. Ele havia se
preocupado muito com uma de suas filhas. Ela estivera muito doente; e foi curada. Ele encerrou o
testemunho humildemente, com estas palavras: “Eu ficarei muito grato quando nã o tiver mais medo,
mas, até lá , sou muito grato por ter a Ciência Cristã para enfrentar esse medo”.
Achei isso muito tocante. Sabemos que nã o devemos ter medo. Nã o queremos ter medo.
Consequentemente, o poder de Deus, a lei do Amor, está em açã o para nos ajudar, eliminando o medo
e a evidência material, que é tã o enganadora. Cristo Jesus deu provas dessas leis do Amor, mostrando-
nos como nos libertar do medo. “Nã o temais” (Joã o 6:20), disse ele aos seus discípulos. Disse até
mesmo a um homem cuja filha havia morrido, que ele nã o deveria temer. As palavras de Jesus, antes
de ressuscitar a menina, foram: “Nã o temas, crê somente” (Marcos 5:36).

Creio que é por isso que em seu livro--texto sobre a cura, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras,
Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã , nos ensina a começar o tratamento acalmando o
medo (ver p. 411). Como fazemos isso? Como é que se elimina o medo? Essa seria uma tarefa
gigantesca, se nó s mesmos tivéssemos de realizá -la. Mas, é o poder do Amor divino que remove o
medo. A Bíblia nos diz: “No amor nã o existe medo; antes, o Perfeito Amor [em outras palavras, o amor
de Deus] lança fora o medo” (ver 1 Joã o 4:18). Isso faz sentido quando nos pomos a pensar sobre esse
assunto. Sabemos que Deus é Tudo, portanto, isso nos diz que o Amor divino é Tudo. Com base nesse
fato, o que é que podemos concluir quanto ao medo? A totalidade de Deus, do Amor, nos diz que nã o
existe medo!

Ora, será que a frase “o Amor lança fora o medo” surge porque o Amor se torna realmente rigoroso e
elimina todo o medo? Nã o. O Amor lança fora todo o medo devido à sua totalidade. Nã o é como se o
Amor estivesse aqui neste canto e todo o resto fosse medo. Muito pelo contrá rio, é o Amor que é tudo,
portanto, como poderia haver medo?

Ao explicar esse ponto vital de como curar espiritualmente, Mary Baker Eddy escreve, falando sobre a
Ciência Cristã : “A Ciência diz ao medo: ‘É s a causa de toda doença; porém és uma falsidade constituída
por si mesma — és escuridã o, o nada. Está s sem ‘esperança, e sem Deus no mundo’. Nã o existes, e nã o
tens direito de existir, porque ‘o perfeito amor lança fora o medo’ ” (Retrospecção e Introspecção, p.
61).
O que é que esse trecho está dizendo? Primeiro, está explicando como o medo tenta agir. O medo
causa a doença, todo tipo de doença. O medo é escuridã o, mas nã o é nada porque nã o tem Deus!
Portanto, temos esta autoridade divina para lançar fora o medo em nome de Deus. “Medo, você nã o
existe”. E por que razã o? Como podemos dizer isso? Devido à totalidade de Deus! A totalidade divina
nã o inclui o medo. Nã o pode existir a totalidade de Deus e o medo!

E nó s fazemos parte disso? Claro que sim! Mas o poder é Deus. O poder é divino.

Vou ler apenas um pouquinho da Bíblia, do Novo Testamento, no livro de Joã o, capítulo 6. Vou
começar no versículo 17. Os discípulos entram em um barco. “Já se fazia escuro, e Jesus ainda nã o
viera ter com eles. E o mar começava a empolar-se, agitado por vento rijo que soprava. Tendo
navegado uns vinte e cinco a trinta está dios, eis que viram Jesus andando por sobre o mar,
aproximando-se do barco; e ficaram possuídos de temor. Mas Jesus lhes disse: Sou eu. Nã o temais!”

Fiquemos calados por um momento. Vamos pensar sobre isso. Sobre o que significam as palavras:
“Sou eu”.

Exatamente em meio a toda a agitaçã o, seja na família, no escritó rio, no corpo. Ao invés disso, “Sou eu”.
É o Cristo, nã o as ondas enormes, inundando seu barco (até mesmo afundando seu barco), nã o o
medo, pressionando e invadindo. Ao invés disso, o Cristo está tomando posse da sua consciência.
Exatamente onde todas as outras coisas estã o acontecendo, “Sou eu”. O Cristo, o Amor.

Mary Baker Eddy escreveu: “A prá tica científica cristã ...” [e isso se refere a qualquer pessoa que deseja
curar espiritualmente, você mesmo, sua pró pria prá tica de cura] “...começa com a nota tô nica da
harmonia apresentada por Cristo: ‘Nã o temais!’ (Ciência e Saúde, p. 410). Realmente, a nota tô nica da
harmonia do Cristo é a nota tô nica da saú de que o Cristo afirma.

E as primeiras palavras sã o: “Nã o temais”! É por aí que nó s também começamos. Sempre. Ora, isso nã o
é nenhuma novidade. Nã o é nenhuma surpresa. Mas pode parecer surpreendente como nó s fazemos
isso. É o amor de Deus que lança fora o medo, nã o nó s. Nó s detectamos o medo, mas o Amor divino é o
poder que o destró i.

Seu dia começa com “Nã o temais”! Seu tratamento de cura começa por acalmar o medo.

Esses livros-textos sobre a cura, ou seja, a Bíblia e Ciência e Saúde, nos dizem: Comece nã o tendo
medo, e o ponto de partida é Deus. Começamos a destruir o medo por meio do poderoso amor de
Deus. Mas nã o é só isso! Há algo mais. Ao invés de: “Comece a destruir o medo por meio do amor de
Deus”, o que queremos dizer é: “Tome o amor de Deus como o ponto de partida, e isso destrói o medo”.

Qual é a diferença? Claro, “começar a destruir o medo por meio do amor de Deus” coloca a
responsabilidade sobre você. Você tem de fazer isso. Mas “o amor de Deus destró i o medo”, honra a
Deus, o Amor infinito, como o poder em açã o. Essa é uma diferença muito grande. E vamos ainda mais
longe. O amor de Deus destró i o medo significa – o quê? Na totalidade do Amor, nã o existe medo. De
novo, a totalidade de Deus nã o pode existir junto com o medo. Isso é impossível! Portanto, “O Amor, o
pró prio Amor divino, lança fora todo medo”. Isso é muito diferente de dizer: “Você tem de parar de ter
medo”.

Estou me lembrando de algo que Deus me disse há muitos anos, quando eu estava me preparando
para dar minha primeira palestra. Eu nã o estava nervosa, mas quando essa ideia surgiu em minhas
oraçõ es naquele dia, eu estava pronta para ir em frente, sabendo: “Nã o é você que tem de ter o poder;
você tem apenas de honrar o poder”.

Portanto, a situaçã o nunca é você frente ao medo. É sempre o Amor divino frente ao medo. O que
estamos dizendo? É a totalidade de Deus frente ao medo.

Vamos mencionar alguns tipos de medo, para saber sobre o que estamos falando. O que entra na
categoria de medo?

A raiva é medo?

Os sentimentos negativos sã o medo?

A voluntariosidade é medo?

Algumas doenças sã o medo?

Todas as doenças sã o medo?

Sentir-se pressionado pela medicina – é medo?

Existem sentimentos materiais negativos que se situam fora do campo do medo, ou será que toda
negaçã o de Deus é medo?
Portanto, quando dizemos: “A totalidade de Deus frente ao medo”, estamos dizendo que a totalidade
de Deus descarta qualquer coisa que negue a Deus. Desse modo, aquela declaraçã o a que nos
referimos anteriormente: “sempre comece acalmando o medo”, se deve ao fato de que tudo o que nega
a Deus é medo.

Se você tiver uma Bíblia à mã o, queira abri-la em 1 Joã o, capítulo 4:18: “No amor nã o existe medo;
antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme nã o é
aperfeiçoado no amor”. Eu leio esse versículo do começo ao fim e, em seguida, do fim para o começo.
“Aquele que teme nã o é aperfeiçoado no Amor, porque o medo produz tormento; mas o perfeito Amor
lança fora o medo. No Amor nã o existe medo ”. Em outras palavras, quero concluir com o poder de
Deus, o poder do Amor divino em açã o, ao invés de concluir com a explicaçã o de como o medo tenta
entrar em açã o.

Portanto, “nã o existe medo no Amor”. Isso nã o é como dizer: “Nã o deveria existir medo no Amor”. É o
contrá rio: “No Amor nã o existe medo”. Uma vez que o Amor é Tudo, entã o o medo nã o existe. Desse
modo, sabemos que o medo é um impostor, uma fraude. Nã o é a autoridade que ele parece ser.

Deixe a Bíblia aberta e, ao mesmo tempo, se você tiver o livro Ciência e Saúde à mã o, queira abri-lo na
pá gina 410, linha 17. Leia essas frases em silêncio. Elas estã o citando o versículo da Bíblia de 1 Joã o,
que diz que nã o existe medo no amor. Você está vendo a letra maiú scula? A palavra Amor começa com
A maiú sculo em Ciência e Saúde. Que diferença faz?

Isso nos obriga a sair do estado mental que diz: “Ah, o meu amor nã o é perfeito; o meu amor nã o é
bom o bastante para curar isso. Nã o posso fazer isso”, mas o A maiú sculo nos faz dizer: “Ah, Deus é
Amor. Isso é poder. Ah, isso se refere a Deus”! Nã o se trata de questionar se você pode fazer isso.

Isso se refere a Deus! Isso se refere a Deus! Isso se refere a Deus!

Mary Baker Eddy ousou tomar a Palavra de Deus literalmente: “Eu sou Deus, e nã o há nenhum outro”.
Nã o existe medo.

A frase “O perfeito Amor lança fora o medo” coloca a expressã o “Nã o temais” em um contexto muito
diferente. “Nã o temais” é lei espiritual, poder espiritual. Nã o é uma realizaçã o pessoal. Quando Jesus
disse: “Nã o temais”, ele estava incluindo nesse mandamento o poderoso fato de que nã o existe o
medo.
Jesus conhecia a Deus. Ele conhecia a Deus como o Amor. As palavras “Nã o temais” nã o nos
posicionam contra o medo. Elas nos asseguram de que nã o existe nenhum medo.

Há uma enorme diferença entre: “É melhor nã o ter medo” e “Nã o existe medo”. Essa diferença muda
decisivamente as regras do jogo.

Sabemos que nã o “deveríamos” ficar com medo. Quando temos medo de alguma coisa, aberta ou
mesmo secretamente, nã o estamos livres do medo. É claro, dizemos “nã o” a qualquer medo e a todos
os medos. Mas o que está em açã o em você é a totalidade de Deus, a totalidade do Amor. O Amor
divino está fazendo isso para nó s. O Amor é o poder em sua vida. Essa é a razã o pela qual em sua vida
reina a ausência de medo. Você tem de tomar uma posiçã o radical.

Enfrente alguns medos, como este: “Acho que eu nã o sou um pensador espiritual muito bom, nã o sou
um sanador espiritual”. Uau! É o Cristo que cura, nã o você. Uma das minhas alunas enviou-me um e-
mail dizendo que ela está aprendendo a ser “mais rá pida do que o medo!” Nó s erradicamos o desfile
do medo muito mais depressa quando encaramos o medo como um impostor.

Aqui está outro medo: “Será que vou ficar livre deste problema algum dia”? Nã o é simplesmente o
medo que causa esse desâ nimo? Além disso, ele nã o é seu medo! Mas é assim que o mundo tende a
pensar. Esses sã o os mesmos argumentos de sempre, com certeza as mesmas tentaçõ es que Jesus
enfrentou. Os mesmos velhos tipos de medo, os mesmíssimos.

Em Mateus 4:1-11 encontramos o relato de Jesus, quando foi tentado. Esse relato é o meu favorito nas
Escrituras. Jesus estava dominando os tipos de medo que o importunavam. Eles perguntavam:
“Se fosses Filho de Deus...” É interessante observar que Jesus nã o discutiu com esses pensamentos
negativos, nã o é? Ele argumentou contra eles, afirmando a verdade: “Está escrito”, ou seja, a verdade a
respeito de Deus e o homem, e foi assim que ele lançou fora o apelo do medo.

Depois, como é que começa o pró ximo argumento, a pró xima sugestã o contra Jesus? Com o mesmo
insulto pessoal! “Se fosses Filho de Deus...” Para os dias de hoje isso quer dizer: Se você fosse um bom
sanador espiritual... Portanto, temos de fazer exatamente o que Jesus estava nos ensinando em Mateus
4. Permanecemos com a verdade com mais persistência e certamente com mais alegria.

 Jesus nã o estava declarando algumas verdades secretas que você nã o conhece. Nó s sabemos o que ele
disse. Sabemos como ele orava. Em algumas ocasiõ es ele até mesmo contou como pensava. Ele nos
contou. Nã o havia ninguém ali com ele, quando vieram as tentaçõ es. Também nã o havia ninguém com
ele no Getsêmani, para registrar o que ele estava pensando. Que generoso da parte dele ter-nos
contado! Nó s realmente conhecemos a verdade com a qual Jesus estava trabalhando e na qual estava
confiando para chegar à cura. Portanto, nã o estamos procurando algumas verdades desconhecidas.
Ele nos disse para lançar fora o medo porque ele sabia que o medo nã o era poder. Ele sabia que nã o
havia poder separado de Deus. Ele sabia que nã o existia o medo.

Alguns de vocês lembram que o Presidente Franklin Roosevelt disse: “A ú nica coisa que temos de
temer é o pró prio medo”. Sabemos o que ele queria dizer, mas nó s nã o temos medo do medo! Nó s
lidamos com o medo mediante o poder do Amor divino.

Jesus disse bem claramente: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será
comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva,
transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que nã o caiu,
porque fora edificada sobre a rocha” (Mateus 7:24, 25). A Rocha: o Cristo, a Verdade, a Verdade
destemida! Jesus nã o disse que, se construirmos sobre a rocha, nã o haverá tempestades. Ele disse que
sobrevivemos à s tempestades porque já estamos firmados nessa Rocha, o Cristo!

Vamos falar um pouco sobre a conexã o entre o medo e a doença. Sabemos que o medo pode ser muito
agressivo. Ele é agressivo mesmo quando é sutil. O medo é agressivo porque ele entra sorrateiramente
ou ataca sem ser anunciado e desfila como se nó s é que estivéssemos com medo, como se ele fosse o
nosso pró prio pensamento. Mary Baker Eddy o desmascarou como sugestã o mental agressiva.

O que dizer da doença? Você está disposto a abandonar a premissa de que a doença é uma entidade
física? Entã o você está pronto para avançar mais rapidamente em direçã o à cura. Tal como o medo, o
câ ncer, a diabetes e a artrite também sã o agressivos. Você está disposto a admitir que eles nã o sã o
doenças? Eles sã o sugestõ es. Nã o sã o uma realidade agressiva. Nã o sã o um poder agressivo. Nã o sã o
verdades agressivas. Em vez disso, sã o sugestõ es mentais agressivas.

Portanto, nó s ligamos os pontos. Uma vez que o medo é sugestã o mental agressiva e a doença é
sugestã o mental agressiva, o que é que isso quer dizer? Doença é medo. O fato é que Ciência e
Saúde nos diz exatamente isso. Muito claramente: “A doença é uma experiência da chamada mente
mortal. É medo manifestado no corpo” (p. 493). Resumindo: doença é medo.

Mas nó s já sabemos que o Amor divino lança fora o medo. Portanto, o Amor divino lança fora a
doença. É uma ú nica e a mesma açã o. Há um hino que confirma essa conexã o, nestas palavras: “O
Amor lança fora todo o medo... O Amor cura todos os nossos males” (Traduçã o livre do original em
inglês, letra de Margaret Morrison, Hinário da Ciência Cristã, N° 179, © CSBD). De novo, é uma ú nica e
a mesma açã o.
 Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã , compreendia a nulidade do medo porque
compreendia a totalidade de Deus. Ela escreveu a um de seus alunos: “A cura se tornará mais fá cil e
será mais imediata, quando compreenderes que Deus, o Bem, é tudo e que o Bem é o Amor. Deves
alcançar o Amor [ela está falando sobre o amor de Deus, o Amor divino], e desprender-te do falso
senso que chamamos de amor. Deves sentir o Amor que nunca falha, esse perfeito senso de poder
divino que faz com que a cura já nã o seja simplesmente um poder, mas a graça. Assim terá s o Amor
que lança fora o medo e, quando o medo desaparece, a dú vida desaparece e teu trabalho está
completo.” (Mary Baker Eddy: Christian Healer, Amplified Edition [Mary Baker Eddy: Uma Vida
Dedicada à Cura, Ediçã o Ampliada], p. 396).

Mary Baker Eddy deu provas, em centenas de curas, de que o medo é destituído de poder. Certo dia,
um senhor veio vê-la, usando ó culos escuros. Ele lhe contou que um de seus olhos havia ficado ferido
em um acidente, por isso ele usava os ó culos escuros para esconder o olho em mau estado. Esse
senhor era artista de circo e ela o havia visto certa vez saltar de uma grande altura. A Sra. Eddy
perguntou se ele tinha medo quando dava aquele grande salto. Ele respondeu que, se tivesse medo de
saltar de tamanha altura, já estaria morto. Depois de conversar com ele algum tempo, ela disse: “Por
que nã o aplicar a mesma regra a seus olhos?” (a saber: total ausência de medo.) Enquanto
conversavam, o medo dele desapareceu e seu pensamento encheu-se de esperança e alegria. Ele nã o
se deu conta da bênçã o que recebera naquele momento, mas depois que partiu, ao chegar à estaçã o,
seu olho estava curado (ver Mary Baker Eddy: Uma Vida Dedicada à Cura, pp. 207-208).

Nã o admira ela ter escrito que aqueles que “nã o acreditam na realidade da doença, curam a
doença...” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e
Vá rios Escritos], p. 300). Uau! Aqueles que nã o acreditam na realidade da doença, em outras palavras,
aqueles que nã o a temem, curam a doença. Mas, vamos colocar isso no contexto daquilo sobre o qual
estamos falando. Aqueles que admitem que o Amor divino lança fora o medo, curam a doença. O amor
de Deus lança fora o medo significa o mesmo que o amor de Deus lança fora a doença.

Você aceita isso? Você acredita nisso? Entã o, vamos parar de justificar a doença: “Bem, esta doença é
hereditá ria; esta outra começou há alguns anos; esta é porque estou sempre muito exausto; e esta é
porque comi tal e tal coisa”.

Agradecemos a nosso amado Deus, a infinita e divina Mente, Verdade e Espírito, por nos fazer
despertar da crença na doença. Nó s despertamos para o amor do Espírito, o amor da Verdade. Nã o
estamos tentando fazer com que a doença vá embora; estamos compreendendo que nã o existe a
doença. Porque amamos a totalidade de Deus, a totalidade do Espírito, a totalidade do Amor, que nos
sã o muito caros ao coraçã o.

Será que é o medo que constitui todos os argumentos que você enfrenta? Sim! Nunca se trata de uma
dor na perna, um diagnó stico de câ ncer, um relacionamento difícil, uma perda financeira. É medo.
Apenas medo.

Outro hino nos fala de onde obtemos as forças para descartar o medo: “Nã o temas, contigo Eu sempre
estarei”. O hino nã o diz: Nã o temas, você pode fazer isso. “Nã o temas, contigo Eu sempre estarei, Pois
sou o teu Deus, e valor te darei. Amparo, ajuda, vigor achará s; ... (Hinário da Ciência Cristã, N° 123,
adaptado, © CSBD).

Portanto, dê o salto! Esses desafios físicos sã o o chamado para crescer em graça, caminhar no Amor e
honrar o Espírito. Você tem medo de caminhar um passo a mais com Deus, tem medo de honrar a
Verdade diariamente, de crescer espiritualmente? Claro que nã o!

Ora, será que isso significa que nã o devemos tratar do ressentimento, da má goa e do pesar da mente
humana? Nó s definitivamente temos de tratá -los, mas a partir do que a Mente divina conhece, a partir
da Ciência da cura-pela-Mente, nã o a partir da sugestã o de que esses sentimentos sejam reais.

Nem o câ ncer nem o ressentimento sã o reais.

Nem a doença do coraçã o nem o medo sã o reais.

Nem a dor nem a pressã o sã o reais.

Nem a doença nem a imoralidade sã o reais.

De novo, seja mais radical!

Mas, e se você ainda sente medo? Será que isso elimina a possibilidade de você ser curado? Deus é
maior do que o medo. Deus é infinitamente maior do que o medo. Já fui testemunha de muitas curas
em que a pessoa ainda estava com medo. Você talvez conheça a experiência de Jesus, no caso de um
pai cujo medo em relaçã o a seu filho era tã o grande, que ele clamou: “Eu creio! Ajuda-me na minha
falta de fé!” (Marcos 9:24). Em outras palavras: “Estou duvidando e tenho muito medo”. Jesus nã o
disse: “Entã o, nã o posso ajudá -lo”. Ele curou o menino. A cura espiritual nã o depende da mente
humana, ou seja, da mente humana se livrar do medo. A cura espiritual está ancorada na Verdade!
A Bíblia algumas vezes nos surpreende ao mostrar-nos como o medo tenta dominar a situaçã o. Estou
olhando o relato em 1 Reis 17:19. Deus indicou uma viú va que iria dar sustento a Elias. (Em realidade,
acho que Deus enviou Elias para dar sustendo a ela.) Entretanto, logo depois o filho dela morre e ela
põ e a culpa em Elias. Em seguida, Elias põ e a culpa em Deus! Isso está no versículo 20. Entã o, ele
tentou um método material (no começo do versículo 21). Por que é que ele fez essas coisas? Talvez
estivesse com medo. Esse grande e notá vel profeta, que mais tarde ascendeu, talvez estivesse lidando
com o medo. De acordo com o que se sabe, ele nunca havia enfrentado uma situaçã o como aquela. Ele
nã o queria ter medo. Nó s estamos apenas perguntando: “Mas, e se ainda estivermos com medo”? Nã o
é tarde demais para orar! E foi isso o que Elias fez: “Ó Senhor, meu Deus, rogo-te...” Orar a Deus! Orar
com Deus. Consequentemente, a vida da criança foi restaurada!

Nó s oramos e isso é o poder do Amor divino em açã o.

Nó s vivemos em uma era em que se adora a opiniã o médica, mas isso nã o muda o poder divino. O
mundo prospera no medo à matéria e no medo aos diagnó sticos médicos, inclusive quando fazemos
nosso pró prio diagnó stico médico.

Este livro é Ciência e Saúde. Nã o é Você e a Saúde. Você nã o é o poder. Você é aquele que recebe. Nã o
estamos agindo como Deus, nã o estamos assumindo o papel de Deus, nã o estamos contando o caso a
Deus. Estamos amando a Deus. Um amigo viu estes dizeres no adesivo de um para-choque: Existe
somente um Deus. Por que você está sempre querendo o emprego dEle?!

Você alguma vez já teve a tentaçã o de pensar: “Eu amo a cura espiritual e ela realmente me ajuda de
muitas maneiras, mas os desafios físicos sã o mais difíceis de resolver”? Preste atençã o à maneira
como esse argumento se apresenta: Você nã o diz ou pensa que para você os outros desafios sã o fá ceis.
Você sabe que é Deus que está em açã o a seu favor. Mas quando se trata de desafios físicos, existe a
tendência de dizer que sã o mais difíceis. Nã o dizemos que Deus nã o é capaz de realizar curas físicas,
porque existem incontá veis curas de desafios físicos. Nã o estaria essa sugestã o, de que é mais difícil
resolver problemas físicos, dizendo: “Eu tenho de fazer isso”, quando nos referimos a problemas
físicos? Isso nã o é muito diferente de Mateus 4, Jesus sendo acusado, em seu pró prio pensamento, de
que ele nã o podia transformar as pedras em pã o e assim nã o era nem mesmo capaz de se alimentar.
Uma necessidade bem bá sica.

Apenas como um aparte, você lembra das ocasiõ es, mais tarde, quando ele nã o tinha alimento nem
para si mesmo nem para todo o seu grupo, dia apó s dia? E assim mesmo alimentou multidõ es. Foi
Jesus que mais tarde nos disse: “Eu nada posso fazer de mim mesmo” (Joã o 5:30). Ele nã o disse: “Eu
nada posso fazer”. Mas sim, “Eu, de mim mesmo, nada posso fazer”. Essa conclusã o, essa inspiraçã o,
por certo foi fruto de oraçã o profunda. Nã o podemos, nó s mesmos, curar algo. Portanto, paremos de
adorar a aparência física e humildemente adoremos o poder do Espírito para curar, como Jesus fazia.

Mary Baker Eddy pergunta em Ciência e Saúde: “Em vez de defender tenazmente os supostos direitos
da moléstia ... nã o seria melhor abandonar essa defesa... ?” (p. 348).

Sim. Nã o negarei Teu nome: A Onipresença. A Toda-presença. O Todo-poder. A cura nã o leva tempo.
Ela requer a Verdade. E você a tem. Deus a está dando a você. Nã o estou dizendo que nã o trabalhemos.
Nó s trabalhamos! Nó s estudamos e oramos; estudamos para dar força à nossa oraçã o. Nã o se trata de
trabalhar sob pressã o, mas sim de ver que o trabalho é precioso.

 Esses sã o chamados espirituais, nã o ameaças materiais. O anticristo nã o pode se opor ao Cristo


sanador. O anticristo é o ó dio à ideia espiritual e à cura espiritual. Será que precisamos melhorar
nossa capacidade de tratar desse tema? Claro que sim, e essa é a razã o de nossa vida. E nã o é algo que
nos pressiona, mas sim a oportunidade de ver que é uma atividade preciosa. Caminhar nesta senda
espiritual, a senda que Mary Baker Eddy trilhou durante toda sua vida dedicada à cura, para poder nos
dar este livro, Ciência e Saúde, vindo direto da Bíblia, dizendo-nos que Deus é infinitamente maior do
que o medo. Isso tem um valor precioso.

Houve muitas curas na minha família. Em certa ocasiã o, meu marido ficou sem conseguir falar,
escrever ou ler, nem mesmo pensar claramente. Essa situaçã o se arrastava já havia tempo. Certa noite,
está vamos na sala. Ele estava sentado na minha frente, no sofá , e apanhou um livro. Eu sabia que era
o Hinário da Ciência Cristã e ele permaneceu em uma determinada pá gina, olhando-a fixamente. Em
seguida, ele levantou os olhos e conseguiu, com ansiedade, dizer uma palavra: “Ler”. Imediatamente
fui me sentar ao lado dele. Logo entendi que o que ele queria nã o era que eu lesse. Eu havia lido
muitíssimas vezes para ele. Era ele que queria ler aquelas palavras sanadoras da Verdade. Começamos
bem devagar. “Ó sonhador, desperta do teu sonho… [abandona teus medos] … te ergue livre e sã o...”
Apesar de ser um hino curto, levamos horas com ele. Afinal, chegamos à s palavras: “[O Cristo] Vem
conceder... ao mudo, a voz” e, finalmente: “A ti, cativo, vem o Salvador” (Rosa M. Turner, No. 412, ©
CSBD). O Cristo. O Cristo sanador. E foi assim. Meu marido começou a falar, a escrever e a ler com
desembaraço e a pensar com clareza. O medo desaparecera. Mas isso foi realmente devido à totalidade
do amor de Deus. Nã o existe medo.

Um salmo nos faz lembrar que “Os teus pensamentos [de Deus], que profundos!” (92:5). Você está
seguro no pensamento de Deus. Você está seguro no amor de Deus, seguro no amor de Deus, onde nã o
existe medo.

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