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Quarto traço

4. O ESPÍRITO SANTO.
• Outra característica essencial dessa cristologia
está na importância que atribui ao Espírito
Santo.
• É sim de uma parte constitutiva de cristologia.
• Sendo o Espírito o poder de Deus Pai, é também
o Espírito de Jesus Cristo, a saber, presença e
ação em nós do próprio Senhor.
• Nenhuma separação é admissível entre as três
maneiras de ser de Deus, às quais
correspondem os três momentos da revelação.
• Intimamente ligados, conforme o acentua a
doutrina da "pericorese".
• É impossível falar da obra do Filho, sem se
referir à do Espírito.
• Barth não abandona o terreno da
objetividade, como esta foi definida
atrás, a saber, o terreno da graça.
• O Espírito Santo é o aspecto subjetivo da
obra de Deus, sua intervenção em nós.
• Desde que ele é, porém, o Espírito de
Deus, ele continua sendo, mesmo no
nosso íntimo, a presença do Senhor. Ele
se apossa de nosso ser, assumindo-o
plenamente, mas sem se confundir com
ele.
• Por conseguinte, a graça governa
também a fase final de nossa salvação.
Ela realiza a criação, a reconciliação e, por
fim, a redenção.
Só pelo Espírito Santo...
• Nem a Igreja, nem nossa piedade
podem garantir esse resultado.
• Só o Espírito Santo o pode porque é
Deus.
• A cristologia é necessàriamente
trinitariana não só porque Deus está
plenamente em Cristo, mas também
porque o Espírito Santo é nosso único
recurso para conhecer, viver, anunciar
e glorificar a decisão de Deus de
transformar nossa condição humana.
Isto é belissimo demais...
• O Espírito Santo, assim, aponta a
nova intervenção de Deus pela qual
ele nos induz a reconhecer que tudo
foi realmente cumprido em Cristo.
• Mostra-nos que estamos incluídos na
sua história e que nossa participação
na graça está assegurada pelo fato de
que a graça é por nós.
• Fé é a descoberta dessa realidade.
• Somos interiormente iluminados para
ver que as etapas da vida de Jesus
são as de nossa própria existência.
Qual é a obra do Espírito Santo?
• A função do Espírito Santo torna-se mais
precisa e concentrada do que
habitualmente se pretende.
• A rigor, ele não nos "ajuda" simplesmente
a assimilar melhor as influências de Deus e
de Jesus, a compreender melhor as
Escrituras, a orar melhor, a desenvolver
nossa fé e a obedecer mais
conscientemente aos mandamentos do
Senhor.
• Ele nos manifesta que nossa justificação,
nossa santificação, nossa integral
participação em Deus e, daí, nossa perfeita
obediência, gozo e louvor são fatos
consumados em Jesus Cristo.
Compreender isso é tudo...
• Somos nele porque ele nos tomou para si, e
não porque nós nos alçamos ao nível de sua
perfeição.
• Basta que o saibamos para que esta realidade
seja nossa, pelo seu próprio poder, pelo simples
fato de que é uma verdade objetiva, mesmo
para aqueles que ainda não o sabem.
• O Espírito Santo nada acrescenta a isso: ele nos
possibilita aprender e viver esse fato suficiente.
• A verdadeira compreensão da experiência cristã
depende dessa noção.
• Experiência cristã é presença do Espírito Santo
em nós, mas distinto de nós.
Finalmente...
• A idéia da cooperação ou do valor autônomo de
nossa experiência, não tem lugar aí.
• A obra do Espírito Santo revela a distância que
nos separa de Cristo e, até, nossa hostilidade a
ele.
• Ligando-nos a Cristo, a barreira é superada:
participamos da morte e da ressurreição de Cristo
de tal modo que o que é real em Cristo é real em
nós.
• O dualismo é transcendido, não na síntese ou na
cooperação, mas na vitória de Jesus Cristo.
• O significado do arrependimento em Mt 3.2 é
decisivo a esse respeito.
• Ele indica a mudança de coração e de mente em
vista do que Deus já fez e por um milagre do
Espírito Santo.

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