1. No Resistor
a) Instrumentos usados
Multímetro
Teste de continuidade
Lâmpada de prova (em alguns casos)
Osciloscópio e traçador de curvas (para levantamento de características)
A lâmpada só deve ser usada com resistores de baixos valores e grandes dissipações.
Os resistores de pequena dissipação são encontrados nos aparelhos electrónicos não
devem ser testados com a lâmpada, pois correm risco de se queimar pela corrente
excessiva que os levaria a dissipar mais calor do que podem.
b) Procedimento
1º Passo: deve-se preparar o instrumento e verificar o seu funcionamento. Em
caso de um multímetro, deve-se escolher a escala apropriada segundo o valor
do resistor, antes de ligá-lo. Nos multímetros analógicos, a melhor escala é
aquela que permite uma leitura no início da escala ou não região central. Uma
leitura muito próxima do extremo dos valores altos não é conveniente, pois
apresenta menor precisão. Nos multímetros digitais não há este problema.
2º Passo: posiciona-se o resistor para fazer o teste.
3º Passo: apoie as pontas do multímetro nos extremos do resistor, como
mostra a figura abaixo:
c) Interpretação da prova e detecção de possíveis avarias
O resistor deve estar com um valor dentro da faixa esperada, ou seja,
considerando-se a sua tolerância. Assim, se um resistor de 10% de tolerância
tiver um valor medido dentro da faixa de <10% para >10%, é considerado um
valor normal. Ex: um resistor de 1kΩ admite valores entre 900Ω e 1.1kΩ no
teste.
Se o multímetro indicar valores diferentes ou fora da tolerância, indica que o
resistor apresenta problemas.
Para o teste de continuidade, a avaliação de estado depende do próprio
instrumento de medição. O tom de continuidade emitido depende da
resistência entre as pontas de prova. Se o sinal de continuidade for forte, o
resistor indica valor menor. Se o valor do resistor for maior, o sinal de
continuidade é muito fraco.
As lâmpadas de prova são somente usadas para testar resistores de potência na
faixa de 1Ω a 500Ω, sendo elas de 5W a 10W. A intensidade luminosa na
lâmpada indicará a resistência no componente.
2. No Capacitor
a) Instrumentos usados
Multímetro
Teste de continuidade
Teste de capacitância
Osciloscópio e traçador de curvas
b) Medição de fuga
1º Passo: configura-se o multímetro na escala mais alta de resistências (x100Ω
ou x1kΩ) e desligar o multímetro em seguida. Se for realizado o teste de
continuidade, não será necessário configurar a escala.
2º Passo: posiciona-se o Capacitor para realizar o teste.
3º Passo: deve-se medir a resistência ou a continuidade entre os terminais do
Capacitor, como mostra a figura abaixo.
Interpretação da prova
Para os capacitores em bom estado, deve-se ler uma resistência muito alta
(mais de 2MΩ ou infinito).
Para os electrolíticos de valor alto, a resistência pode estar na faixa de alguns
MΩ.
Uma leitura de resistência muito baixa, menor que 1kΩ, indica que o
Capacitor está em curto.
Uma leitura de resistência entre 50kΩ e 1MΩ indica que o Capacitor apresenta
fugas. Em algumas aplicações, os capacitores electrolíticos de valores muito
altos podem ter uma fuga natural na ordem de 100kΩ a 1MΩ. Essa prova não
revela se o Capacitor está aberto (a não ser em casos de capacitores acima de
10µF.
3. No Indutor
a) Instrumentos usados
Multímetro
Teste de continuidade
Indutómetro (opcional)
Osciloscópio e Traçador de curvas
Interpretação da prova
Se a leitura do multímetro indicar uma resistência nula ou muito baixa indica,
em princípio, que há existência de um curto-circuito, ou seja, uma das espiras
do indutor está encostada noutra.
Se a leitura indicar uma resistência muito alta (acima dos 100kΩ), ou uma
resistência infinita, indica que o componente está aberto.
Uma resistência da ordem de alguns MΩ pode ser lida num indutor aberto do
tipo de grande indutância, onde o isolamento entre as diversas camadas de fio
pode apresentar humidade, dando essa indicação de fuga.
4. No Díodo Semicondutor
a) Instrumentos usados
Multímetro
Traçador de curvas ou transformador e osciloscópio
b) Procedimento
1º Passo: configura-se o multímetro para a escala intermediária de resistências
(x10Ω ou x100Ω) e reinicia-se o multímetro. Se for configurado para teste de
continuidade, é preciso verificar as condições de funcionamento.
2º Passo: posiciona-se o díodo para fazer o teste.
3º Passo: mede-se a continuidade no díodo em seus dois sentidos (na segunda
medida, inverte-se as pontas da prova).
c) Interpretação da prova
Quando o díodo apresentar uma baixa resistência num sentido (polarização
directa) e uma alta resistência no sentido oposto (polarização inversa), indica
que está em um bom estado.
Quando o díodo apresentar baixa resistência em ambos sentidos, indica que
está em curto.
Quando o díodo apresentar alta resistência em ambos sentidos, ele se encontra
aberto.
A baixa resistência pode variar entre 10Ω e 2kΩ de acordo com o díodo e não
representa a resistência que pode apresentar quando for aplicado na prática.
A resistência alta deve ser superior a 1MΩ, porém um díodo com resistência
entre 10kΩ e 100kΩ apresenta fugas.
5. No Transístor BJT
a) Instrumentos usados
Multímetro
Teste de continuidade
Provador de Transístores
Circuito de teste
Oscilador e traçador de curvas
b) Procedimento
1º Passo: verifica-se os terminais do transístor para identificar as suas
características de junção (se é NPN ou PNP), para facilitar a leitura nos
terminais do componente.
2º Passo: configura-se o multímetro na escala intermediária de resistências
(x10Ω ou x100Ω se for um multímetro analógico; e 2kΩ ou 20kΩ se for um
multímetro digital). Se for configurado para teste de continuidade, é preciso
verificar as condições de funcionamento.
3º Passo: posiciona-se o componente e coloca-se as pontas de prova nos
terminais do componente, como mostra a figura abaixo:
b) Procedimento
1º Passo: configura-se o multímetro numa escala que permite ler resistências
baixas (x1Ω ou x10Ω se for multímetro analógico; e 200Ω ou 2kΩ se for
multímetro digital). Se for configurado para teste de continuidade, é preciso
verificar as condições de funcionamento.
2º Passo: identifica-se os terminais do transístor JFET a ser testado: o gate
(G), a fonte (S) e o dreno (D).
3º Passo: mede-se, primeiramente, a resistência directa e inversa entre os
terminais dreno e fonte (medição directa apartir dos terminais do transístor
com as pontas da prova, e medição inversa invertendo a polaridade das
pontas).
4º Passo: faz-se o mesmo procedimento do passo anterior entre os terminais
gate e dreno
7. No Transformador Monofásico
a) Instrumentos de medição
Multímetro
Teste de continuidade
Lâmpada de prova
Interpretação do teste
O enrolamento de maior resistência é o enrolamento primário de maior tensão. O
enrolamento de menor tensão tem menor resistência ou menor continuidade. Este
procedimento também nos permite identificar os terminais de um enrolamento com
diversas tomadas, conforme mostra a figura abaixo:
A resistência entre o terminal comum (terra) e o terminal de 110 V é menor que a
resistência entre o terminal comum (terra) e o terminal de 220 V. Com a medida
combinada das resistências, podemos identificar os três terminais de um
transformador monofásico.