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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO


SECRETARIA ADJUNTA DE GESTÃO EDUCACIONAL – SAGE
ASSESSORIA PEDÁGOGICA DE JUSCIMEIRA
ESCOLA ESTADUAL SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

Professor (a):____________________________________________________________

Aluno (a): _______________________________________________________________

Atividades Escolares
Outubro-Novembro/2020
BIOLOGIA – Carga Horária Mensal 4 horas OUTUBRO , 4 Horas NOVEMBRO
Códigos das Habilidades Objetos de Conhecimento (conteúdo)

(EM13CNT201) Tópicos em Biologia Celular,

NA APOSTILA DO MÊS DE SETEMBRO ABORDAMOS OS SEGUINTES TEMAS: os seres vivos


são formados de células, seres com uma só célula e seres com milhões de células, as
diferenças entre uma célula animal e vegetal, constituintes inorgânicos e orgânicos da célula,
água, sais minerais, constituintes orgânicos da célula, carboidrato (açúcar).
No mês de outubro daremos continuidade com o tema; qualquer dúvida entrem em contato com o
professor por e-mail ou whatsapp.

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CARBOIDRATOS: PRINCIPAIS FORNECEDORES DE ENERGIA

No momento em que você está lendo estas linhas e procurando entender o seu
conteúdo, suas células nervosas estão realizando um trabalho e, para isso, utilizam a energia
que foi liberada a partir da oxidação de moléculas de um carboidrato chamado glicose.

CLASSIFICAÇÃO DOS CARBOIDRATOS

Uma classificação simplificada dos carboidratos, ou glicídios, consiste em dividi-los e


três categorias principais: monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos.

MONOSSACARÍDEOS: OS MAIS SIMPLES

Os monossacarídeos são carboidratos simples, de formula molecular (CH2O)n, onde n é


no mínimo 3 e no máximo 8. São os verdadeiros açucares, solúveis em água e, de modo geral,
de sabor adocicado. Os de menor número de átomos de carbono são as trioses (contêm três
átomos de carbono). Os biologicamente mais conhecidos são os formados por cinco átomos
de carbonos (chamados de pentoses) e os formados por seis átomos de carbono (hexoses).
Na tabela a seguir você encontra as hexoses e pentoses mais conhecidas, seus papeis
biológicos e as fontes de obtenção. Não se preocupem com as fórmulas moleculares, fixem-se
apenas as fontes onde são encontradas os açucares e seu papel biológico.
OLIGOSSACARÍDEOS: NEM TÃO SIMPLES, NEM TÃO COMPLEXOS

Oligossacarídeos são açucares, formados pela união de dois a seis monossacarídeos,


geralmente hexoses.

O prefixo oligo deriva do grego e quer dizer pouco. Os oligossacarídeos mais


importantes são os dissacarídeos.

Açucares formados pela união de duas unidades de monossacarídeos, como, por


exemplo, sacarose, lactose e maltose. São solúveis em água e possuem sabor adocicado.
Para a formação de um dissacarídeo , ocorre reação entre dois monossacarídeos, havendo
liberação de uma molécula de água. é comum utilizar o termo de desidratação intermolecular
para esse tipo de reação, em que resulta uma molécula de água durante a formação de um
composto originado a partir de dois outros.

Veja o caso do dissacarídeo sacarose, que é o açúcar mais utilizado para o preparo de
doces, sorvetes, para adoçar refrigerantes não dietéticos e o “cafezinho”. Sua fórmula
molecular é C12H22O11. Esse açúcar é resultado da união de uma frutose e uma glicose. Como
foi visto na tabela anterior, tanto a glicose como a frutose possuem a fórmula molecular
C6H12O6. Como ocorre a liberação de uma molécula de água para a formação de sacarose, a
sua fórmula molecular possui dois hidrogênios e um oxigênio a menos

POLISSACARÍDEOS: OS MAIS COMPLEXOS

Como o nome sugere (poli é um termo derivado do grego e quer dizer muitos), os
polissacarídeos são compostos macromoleculares (moléculas gigantes), formadas pela união
de muitos (centenas) monossacarídeos. Os três polissacarídeos mais conhecidos dos seres
vivos são amido, glicogênio e celulose.

Ao contrário da glicose, os polissacarídeos dela derivados não possuem sabor doce,


nem são solúveis em água.

Polissacarídeo o que é importante saber:

AMIDO: é um polissacarídeo de reserva energética dos vegetais. As batatas, arroz e a


mandioca estão repletos de amido, armazenado pelo vegetal e consumido em épocas
desfavoráveis pela planta. O homem soube aproveitar essas características e passou a
cultivar os vegetais produtores de amido. Os pães e bolos que comemos são feitos com
farinha de trigo, rica em amido. Lembrem-se que para o amido ser aproveitado pelo nosso
organismo, é preciso digeri-lo, o que ocorre primeiramente na boca e depois no intestino,
com adição de água e a participação de catalisadores orgânicos, isto é, substâncias que
favorecem ou aceleram as reações químicas.

GLICOGÊNIO: é um polissacarídeo de reserva energética dos animais; portanto,


equivalente ao amido dos vegetais. No nosso organismo, a síntese de glicogênio ocorre no
fígado, a partir de moléculas de glicose. Logo, fígado de boi e fígado de galinha são alimentos
ricos em glicogênio.

CELULOSE: é o polissacarídeo de papel estrutural, isto é, participa da parede das


células vegetais. Poucos seres vivos conseguem digeri-lo, entre eles alguns microrganismos
que habitam o tubo digestivo de certos insetos (cupins) e o dos ruminantes (bois, cabras,
ovelhas, veados etc.).

LIPÍDIOS: SERÃO ELES VILÕES?


As duas substâncias mais conhecidas dessa categoria orgânica são as gorduras e os
óleos.

Se por um lado, esses dois tipos de lipídios preocupam muitas pessoas por estarem
associadas a altos índices de colesterol no sangue, por outro, eles exercem importantes
funções no metabolismo e são fundamentais para a sobrevivência da maioria dos seres
vivos. Um dos papéis dos lipídeos é o de funcionar como eficiente reserva energética.

Ao serem oxidados nas células, geram praticamente o dobro da quantidade de


calorias liberadas na oxidação de igual quantidade de carboidratos. outro papel dos lipídios
é o de atuar como eficiente isolante térmico, notadamente nos animais que vivem em regiões
frias. Depósitos de gordura favorecem a flutuação em meio aquático; os lipídios são menos
densos que a água.

Além desses dois tipos fundamentais de lipídios, existem outros que devem ser
lembrados pelas funções que exercem nos seres vivos. São as ceras, os fosfolipídios, os
esteroides, as prostaglandinas e os terpenos.

As CERAS existem na superfície das folhas dos vegetais e nos esqueletos de muitos
animais invertebrados (por exemplo, os insetos e os carrapatos) funcionam como material
impermeabilizante. Não devemos esquecer dos depósitos de cera que se formam nas
nossas orelhas externas como função protetora;

Os FOSFOLIPÍDIOS são importantes componentes das membranas biológicas


(membrana plasmática e de muitas organelas celulares);

Os ESTEROIDES são lipídeos que atuam como reguladores de atividades biológicos;

As PROSTAGLANDINAS atuam como mensageiros químicos nos tecidos de


vertebrados;

Os TERPENOS estão presentes em alguns pigmentos de importância biológica, como


a clorofila e os carotenoides.

COMO SÃO OS LIPÍDIOS?


Os lipídios são compostos orgânicos insolúveis em água.

Dissolvem-se bem em solventes orgânicos como o éter e o álcool. A estrutura química


molecular dos lipídios é muito variável. Vamos dar a você uma noção da composição química
de óleos e gorduras e alguns dos principais componentes desse grupo.

Óleos e gorduras – pertencem à categoria dos ésteres e são formados por meio da
reação de um álcool, chamado glicerol, com ácidos orgânicos de cadeia longa, conhecidos
como ácidos graxos. A exemplo do que ocorre com os carboidratos, a reação do glicerol com
os ácidos graxos é de condensação, havendo liberação de moléculas de água.

Como o glicerol é um triálcool (possui três terminações OH na molécula), três ácidos


graxos a ele se ligam, formando-se o chamado triglicerídeos. Nos seres vivos, existem
diversos tipos de triglicerídeos, uma vez que são muitos os tipos de ácidos graxos deles
participantes

Com relação aos ácidos graxos que participam de um triglicerídeos, lembre-se que são
substâncias de cadeia longa. Em uma das extremidades de cada ácido graxo há uma porção ácida
(a “cabeça”), seguida de uma longa “cauda” formada por uma sequência de átomos de carbono
ligados a átomos de hidrogênio.

Nos chamados ácidos graxos saturados, todas as ligações disponíveis dos átomos de
carbono são ocupados por átomos de hidrogênio. Já nos ácidos graxos insaturados, nem
todas as ligações do carbono são ocupadas por hidrogênios; em consequência, forma-se o
que em química é conhecido como duplas ligação entre um átomo de carbono e o seguinte
(motivo pelo qual o ácido graxo recebe a denominação de insaturado). Nos ácidos graxos
poliinsaturados há mais de uma dupla ligação.

FOSFOLIPÍDIOS – as membranas biológicas são constituídas por fosfolipídios. Nos


fosfolipídios há apenas duas moléculas de ácidos graxos – de natureza apolar – ligadas ao
glicerol.

O terceiro componente que se liga ao glicerol é um grupo fosfato (daí a denominação


fosfolipídio) que, por sua vez, pode estar ligado a outras moléculas orgânicas. Assim, cada
fosfolipídio contém uma porção hidrofóbica – representada pelos ácidos graxos – e uma
porção hidrofílica – corresponde ao grupo fosfato e às moléculas a ele associadas. Um fato
notável é que, ao serem colocadas em água, as moléculas de fosfolipídios podem assumir
o formato de um esfera, conhecida como micela: as porções polares, hidrofílicas, distribuem-
se na periferia , enquanto as caudas hidrofóbicas ficam no interior da micelas afastadas da
água.

Nas células, os fosfolipídios das membranas biológicas (membrana plasmática e de


muitas organelas) dispõem-se formando bicamadas. As porções hidrofílicas ficam em
contato com a água dos meios interno e externo celular, enquanto as hidrofóbicas situam-se
internamente na membrana, afastadas da água, o que faz lembrar um sanduíche de pão-de-
forma.

Prostaglandinas – essas substâncias atuam como mensageiras químicas em muitos


tecidos humanos. Seu nome deriva do fato de terem sido descobertas em componentes do
sêmen humano produzidos na glândula próstata.

Terpenos – lipídios de cadeia longa, componentes de pigmentos biologicamente


importantes como a clorofila (pigmento vegetal participante da fotossíntese). Uma importante
categoria de terpenos é a dos carotenoides (pigmentos amarelados), dos quais o mais
importante é o B-caroteno (encontrado em muitos alimentos de origem vegetal, como a
cenoura, por exemplo), que é precursor da vitamina A (retinol)

Esteroides – alguns esteroides são hormônios (por exemplo, a testosterona, o hormônio


sexual masculino) e outros são vitaminas (por exemplo, a vitamina D). O colesterol, que para
os químicos é um álcool complexo, é outro exemplo de esteroide: é importante componente
de membranas celulares, embora hoje seja temido como causador de obstrução (entupimento)
em artérias do coração.

O colesterol não “anda” sozinho no sangue. Ele se liga a uma proteína e, dessa forma,
é transportado. Há dois tipos principais de combinações: o HDL, que é o bom colesterol e o
LDL que é o mau colesterol. Essas siglas derivam do inglês e significam lipoproteína de alta
densidade (HDL – High Density Lipoprotein) e lipoproteína de baixa densidade (LDL – Low
Density Lipoprotein).

O LDL transporta colesterol para diversos tecidos e também para as artérias, onde é
depositado, formando placas que dificultam a circulação do sangue, daí a denominação mau
colesterol. Já o HDL faz exatamente o contrário, isto é, transporta colesterol das artérias
principalmente para o fígado, onde ele é inativado e excretado como sais biliares, justificando
o termo bom colesterol.

O colesterol não existe em vegetais, o


que não significa que devemos abusar
dos óleos vegetais, porque afinal, a partir
deles (ácidos graxos), nosso organismo
produz colesterol.

PROTEÍNAS: A CONSTRUÇÃO DOS SERES VIVOS


Você já deve ter ouvido falar de proteínas, certo? As proteínas são compostos
orgânicos relacionados ao metabolismo de construção. Durante as fases de crescimento e
desenvolvimento do indivíduo, há um aumento extraordinário do número de suas células
passam a exercer funções especializadas, gerando tecidos e órgãos.

As proteínas possuem um papel fundamental no crescimento, já que muitas delas


desempenham papel estrutural nas células, isto é, são componentes da membrana
plasmática, das organelas dotadas de membrana, do citoesqueleto dos cromossomos etc. E
para produzir mais células é preciso mais proteína. Sem elas não há crescimento normal. A
diferenciação e a realização de diversas reações químicas componentes do metabolismo
celular dependem da paralisação de diversas reações químicas componentes do
metabolismo celular dependem da participação de enzimas , uma categoria de proteínas de
defesa, chamadas anticorpos. Sem eles, nosso organismo fica extremamente vulnerável.

Certos hormônios, substâncias reguladoras das atividades do nosso organismo,


também são proteicos. é o caso da insulina, que controla a taxa de glicose sanguínea.

As proteínas são macromoléculas formadas por uma sucessão de moléculas


menores conhecidas como aminoácidos. A maioria dos seres vivos, incluindo o homem,
utiliza somente cerca de vinte tipos diferentes de aminoácidos, para a construção de suas

proteínas. Com eles, cada ser vivo é capaz de produzir centenas de proteínas diferentes e
de tamanho variável.

Como é isso possível, a partir de um pequeno número de aminoácidos?

Imagine um brinquedo formado por peças de plástico, encaixáveis umas nas outras,
sendo as cores em número de vinte, diferentes entre si. Havendo muitas peças de cada cor,
como você procederia para montar várias sequências de peças de maneira que cada
sequência fosse diferente da anterior? Provavelmente , você repetiria as cores, alternaria
muitas delas, enfim, certamente inúmeras seriam as sequências e todas diferentes entre si. O
mesmo raciocínio é valido para a formação das diferentes proteínas de um ser vivo, a partir de
um conjunto de vinte aminoácidos.

Cada aminoácido é diferente de outro. No entanto, todos possuem alguns


componentes comuns. Todo aminoácido possui um átomo de carbono, ao qual estão ligados
uma carboxila, uma amina e um hidrogênio. A quarta ligação é a porção variável,
representada por R, e pode ser ocupada por um hidrogênio, ou por um metil ou por outro
radical.

Confira os aminoácidos mais conhecidos, na página seguinte, porém você vai estudar
mais sobre as formulas estruturais na disciplina de Química.
Espaço para anotações:

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COMENTE SOBRE OS FOSFOLIPÍDIOS.

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LIGAÇÃO PEPTÍDICA: UNINDO AMINOÁCIDO

Do mesmo modo que em um trem cada vagão está engatado ao seguinte, em uma
proteína cada aminoácido está ligado a outro por uma ligação peptídica. Por meio dessa
ligação, o grupo amina de um aminoácido une-se ao grupo carboxila do outro, havendo a
liberação de uma molécula de água. Os dois aminoácidos unidos formam um dipeptídio.

A ligação de um terceiro aminoácido ao dipeptídeo origina um tripeptídeo que então,


contém duas ligações peptídicas. Se um quarto aminoácido se ligar aos três anteriores,
teremos um tetrapeptídeo, com três ligações peptídicas. Com o aumento do número de
aminoácidos na cadeia, forma-se um polipetídio, denominação utilizada até o número de 70
aminoácidos. A partir desse número considera-se que o composto formado é uma proteína.

AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS E NATURAIS

Todos os seres vivos produzem proteínas. No entanto, nem todos produzem os vinte
tipos de aminoácidos necessários para a construção das proteínas. O homem, por exemplo, é
capaz de sintetizar no fígado apenas onze dos vinte tipos de aminoácidos. Esses onze
aminoácidos são considerados naturais para a nossa espécie. São eles:alanina,
asparagina,cisteína, glicina, glutamina, histidina, prolina, tiroxina, ácido aspártico, ácido
glutâmico.

Os outros nove tipos, os que não sintetizamos, são os essenciais e devem ser obtidos
de quem os produz (plantas ou animais). São eles: arginina, fenilalanina, isoleucina, leucina,
lisina, metionina, serina, treonina, triptofano e valina.È preciso lembrar que um determinado
aminoácido pode ser essencial para uma espécie e ser natural para outra.

UMA VISÃO ESPACIAL DA PROTEÍNA

Uma molécula de proteína tem, a grosso modo, formato de um colar de contas. O fio
fundamental da proteína, formado como uma sequência de aminoácidos (cuja sequência é
determinada geneticamente), constitui a chamada estrutura primária da proteína.

Ocorre, porém, que o papel biológico da maioria das proteínas depende de uma forma
espacial muito mais elaborada. Assim, o fio fundamental é capaz de se enrolar sobre si mesmo,
resultando um filamento espiralado que conduz à estrutura secundária, mantida estável por
ligações que surgem entre os aminoácidos.

Novos dobramentos da espiral conduzem a uma nova forma, globosa, mantida estável
graças a novas ligações que ocorrem entre os aminoácidos. Essa forma globosa representa a
estrutura terciária.

Em certas proteínas , cadeias polipeptídicas em estruturas terciárias globosa unem-se,


originando uma forma espacial muito complexa, determinante do papel bioquímico da proteína.
Essa nova forma constitui a estrutura quaternária dessas proteínas.

A figura da próxma páginamostra as quatro estruturas da hemoglobina juntas. Q


hemoglobina esta presente dentro os glóbulos vermelhos do sangue e seu papel biológico é

ligar-se a moléculas de oxigênio, transportando-as a nossos tecidos.

PROTEÍNAS (CONTINUAÇÃO)

O fio do telefone pode ilustrar bem


a ideia das estruturas proteicas.
FORMA E FUNÇÃO: UM BINÔMIO INSEPARÁVEL

Logo mais você compreenderá de que modo a estrutura espacial de uma proteína está
relacionado à função biológica que ela exerce. Por enquanto, lembre-se que, a manutenção
das estruturas secundárias e terciárias deve-se a ligações que ocorrem entre os aminoácidos
no interior da molécula proteica, determinando os diferentes aspectos espaciais observados.

O aquecimento de uma proteína a determinadas temperaturas promove a ruptura das


ligações internas entre os aminoácidos, responsáveis pela manutenção das estruturas
secundária e terciária. Os aminoácidos não se separam, são se rompem as ligações
peptídicas, porém a proteína fica “desmantelada”, perde a sua estrutura original. Dizemos que
ocorreu uma desnaturação protéica, com perda da sua forma origina. Dessa maneira a função
biológica da proteína é prejudicada.
Nem sempre, porém, é a temperatura ou a alteração da acidez do meio que provoca a
mudança da forma da proteína. Muitas vezes, a substituição de um simples aminoácido pode
provocar alteração da forma da proteína.

Um exemplo importante é a substituição, na molécula de hemoglobina, do aminoácido


ácido glutâmico pelo aminoácido valina. Essa simples troca provoca uma profunda alteração
na forma da molécula inteira de hemoglobina, interferindo diretamente na sua capacidade de
transportar oxigênio.

Hemácias contendo a hemoglobina alterada adquirem o


formato de foice, quando submetidas a certas condições, o que deu
nome a essa anomalia: anemia falciforme. ( ver exemplo na imagem
ao lado)

ENZIMAS

A vida depende da realização de inúmeras reações químicas que ocorrem no interior


das células e também fora delas (em cavidades de órgãos, por exemplo).

Por outro lado, todas essas reações dependem, para a sua realização , da existência
de uma determinada enzima. As enzimas são substâncias do grupo das proteínas e atuam
como catalisadores de reações químicas.

Catalisador é uma substância que acelera a velocidade de ocorrência de uma certa


reação química.

Muitas enzimas possuem, além da porção proteica propriamente dita, constituída por
uma sequência de aminoácidos, uma porção não-proteica.

A parte proteica é a apoenzima e a não proteica é o cofator. Quando o cofator é uma


molécula orgânica, é chamado de coenzima. O mecanismo de atuação da enzima se inicia
quando ela se liga ao reagente, mais propriamente conhecido como substrato. é formado
um complexo enzima-substrato, instável, que logo se desfaz, liberando os produtos da
reação a enzima, que permanece intacta embora tenha participado da reação.
Mas para que ocorra uma reação química entre duas substâncias orgânicas que estão na
mesma solução é preciso fornecer uma certa quantidade de energia, geralmente, na forma de
calor, que favoreça o encontro e a colisão entre elas. A energia também é necessária para
romper ligações químicas existentes entre os átomos de cada substância, favorecendo, assim
a ocorrência de outras ligações químicas e a síntese de uma nova substância a partir das duas
iniciais.

Essa energia de partida, que dá um “empurrão” para que uma reação química aconteça,
é chamada de energia de ativação e possui um determinado valor.

A enzima provoca uma diminuição da energia de ativação necessária para que uma

reação química aconteça e isso facilita a ocorrência da reação.

O MECANISMO “CHAVE-FECHADURA”

Na catálise de uma reação química, as enzimas interagem com os substratos, formando

com eles, temporariamente, o chamado complexo enzima-substrato. Na formação das

estruturas secundária e terciária de uma enzima (não esqueça que as enzimas são proteínas),

acabam surgindo certos locais na molécula que servirão de encaixe para o alojamento de um

ou mais substratos, do mesmo modo que uma chave se aloja na fechadura.


Esses locais de encaixe são chamados de sítio ativos e ficam na superfície da enzima.
Ao se encaixarem nos sítios ativos, os substratos ficam próximos um do outro e podem reagir
mais facilmente.

Assim que ocorre a reação química com os substratos, desfaz-se o complexo enzima-
substrato. Liberam-se os produtos e a enzima volta a atrair novos substratos para a formação
de outros complexos.

Lembre-se!! Uma enzima não é consumida durante a reação química que ela catalisa.

FATORES QUE AFETAM A ATIVIDADE DAS ENZIMAS

TEMPERATURA

A temperatura é um fator importante na atividade das enzimas. Dentro de certos limites,


a velocidade de uma reação enzimática aumenta com o aumento da temperatura. Entretanto,
a partir de uma determinada temperatura, a velocidade da reação diminui bruscamente.

O aumento de temperatura provoca maior agitação das moléculas e, portanto, maiores


possibilidades de elas se chocarem para reagir. Porém, se for ultrapassada certa temperatura,
a agitação das moléculas se torna tão intensa que as ligações que estabilizam a estrutura
espacial da enzima se rompem e ela se desnatura.

Para cada tipo de enzima existe uma temperatura ótima, na qual a velocidade da reação
é máxima, permitindo o maior número possível de colisões moleculares sem desnaturar a
enzima. A maioria das enzimas humanas, têm sua temperatura ótima entre 35 e 40ºC, a faixa
de temperatura normal do nosso corpo. Já bactéria que vivem em fontes de água quente têm
enzimas cuja temperatura ótima fica ao redor de 70ºC.
GRAU DE ACIDEZ (PH)

Outro fator que afeta a forma das proteínas é o grau de acidez do meio, também
conhecido como pH (potencial hidrogeniônico). A escala de pH vai de 0 a 14 e mede a
concentração relativa de íons hidrogênio (H+) em um determinado meio. O valor 7 apresenta
um meio neutro, nem ácido nem básico. Valores próximos de 0 são os mais ácidos e os
próximos de 14 são os mais básicos (alcalinos).

Cada enzima tem um pH ótimo de atuação, no qual a sua atividade é máxima. O pH


ótimo para a maioria das enzimas fica entre 6 e 8, mas há exceções. A pepsina, por exemplo,
uma enzima digestiva estomacal, atua eficientemente no pH fortemente ácido de nosso
estômago (em torno de 2), onde a maioria das enzimas seria desnaturada. A tripsina, por sua
vez, é uma enzima digestiva que atua no ambiente alcalino do intestino, tendo um pH ótimo
situado em torno de 8.

AS PROTEÍNAS E NOSSA ALIMENTAÇÃO

O desenvolvimento saudável de uma criança depende do fornecimento de proteína de


qualidade.

Por proteínas de qualidade entende-se as que possuem todos os aminoácidos


essenciais para a nossa espécie. A maturação cerebral
depende do fornecimento correto, na idade certa, das
proteínas de alto valor nutritivo.

Pobreza de proteínas na infância acarreta sérios


problemas de conduta e raciocínio na fase adulta.
A doença conhecida como Kwashiorkor, em que a criança
apresenta a abdômen e membros inchados, alteração na cor
dos cabelos e precário desenvolvimento intelectual, é uma
manifestação de deficiência proteica na infância e mesmo em
adultos. Consultar imagem ao lado.

As autoridades mundiais estão cada vez mais preocupadas com a correta alimentação
dos povos que, normalmente, não possuem acesso fácil aos alimentos proteicos.
Em muitas regiões do mundo, as pessoas recorrem aos alimentos ricos em carboidratos
(excelentes substâncias fornecedoras de energia), porém pobre em aminoácidos.

Elas engordam, mas apresentam deficiência em proteínas. O ideal é incentivar o


consumo de mais proteínas e obter, assim, um desenvolvimento mais saudável do organismo.

As proteínas mais "saudáveis", de melhor qualidade, são as de origem animal. As de


maior teor em aminoácidos essenciais são encontradas nas carnes de peixe, de vaca, de aves
e no leite.

Um aspecto importante a ser considerado no consumo de cereais, é que eles precisam


ser utilizados sem ser beneficiados. No arroz, sem casca e polido, o que sobra é apenas o
amido, e o mesmo ocorre com os grãos de trigo no preparo da farinha. Deve-se consumir
esses alimentos na forma integral, já que as proteínas são encontradas nas películas que
recobrem os grãos. Mais recentemente tem se incentivado o consumo de arroz parbolizado
(do inglês, parboil = ferventar), isto é, submetido a um processo em que as proteínas da
película interna à casca aderem ao grão. Outra grande fonte de proteínas é a soja e todos os
seus derivados.

ÁCIDOS NUCLEICOS

Os ácidos nucleicos são moléculas gigantes (macromoléculas), formadas por unidades


monoméricas menores conhecidas como nucleotídeos. Cada nucleotídeo, por sua vez, é
formado por três partes:

➢ um açúcar do grupo das pentoses


(monossacarídeos com cinco átomos de carbono);

➢ um radical “fosfato”, derivado da molécula do ácido


ortofosfórico (H3PO4).

➢ uma base orgânica nitrogenada.

Sabia-se de sua presença nas células, mas a descoberta de sua função como
substâncias controladoras da atividade celular foi um dos passos mais importantes da história
da Biologia

A partir do século XIX, com os trabalhos do médico suíço Miescher, iniciaram-se as


suspeitas de que os ácidos nucleicos eram os responsáveis diretos por tudo o que acontecia
em uma célula. Em 1953, o bioquímico norte-americano James D. Watson e o biologista
molecular Francis Crick propuseram um modelo que procurava esclarecer a estrutura e os
princípios de funcionamento dessas substâncias.

O volume de conhecimento acumulados a partir de então caracteriza o mais


extraordinário conhecimento biológico que culminou, nos dias de hoje, com a criação da
Engenharia Genética, área da Biologia que lida diretamente com os ácidos nucleicos e o seu
papel biológico.

De seus três componentes (açúcar, radical fosfato e base orgânica nitrogenada) apenas
o radical fosfato não varia no nucleotídeo. Os açucares e as bases nitrogenadas são variáveis.

Quanto aos açucares, dois tipos de pentoses podem fazer parte de um nucleotídeo:
ribose e desoxirribose (assim chamada por ter um átomo de oxigênio a menos em relação à
ribose.

Já as bases nitrogenadas pertencem a dois grupos:

• as púricas: adenina (A) e guanina (G);


• as pirimídicas: timina (T), citosina (C) e uracila (U)

DNA E RNA: QUAL É A DIFERENÇA?

É da associação dos diferentes nucleotídeos que se formam as macromoléculas dos


dois tipos de ácidos nucléicos: o ácido ribonucléico (RNA) e o ácido desoxirribonucléico
(DNA).

Eles foram assim chamados em função dos


açúcar presente em suas moléculas: O RNA contém o
açúcar ribose e o DNA contém o açúcar desoxirribose.

Outra diferença importante entre as moléculas de


DNA e a de RNA diz respeito às bases nitrogenadas:
no DNA, as bases são citosina, guanina, adenina e timina; no RNA, no lugar da timina,
encontra-se a uracila. A importância e o funcionamento dos ácidos nucléicos.

Obs: Os alunos que não participam da aula online a atividade será entregue junto com a
apostila.

Qualquer dúvida entrar em contato com o professor.


Atividades:

1) Como os açucares são formados?

2) Comente sobre os Polissacarídeos. De exemplos.

3) Marque V para Verdadeiro e F para Falso

( ) AMIDO: é um polissacarídeo de reserva energética dos vegetais. As batatas, arroz e a


mandioca estão repletos de amido, armazenado pelo vegetal e consumido em épocas
desfavoráveis pela planta.

( ) AMIDO: é um monissacarídeo de reserva energética dos vegetais. As batatas, arroz e


a mandioca estão repletos de amido, armazenado pelo vegetal e consumido em épocas
desfavoráveis pela planta.

( ) GLICOGÊNIO: é um polissacarídeo de reserva energética dos animais; portanto,


equivalente ao amido dos vegetais.

( ) GLICOGÊNIO: é um monissacarídeo de reserva energética dos animais; portanto,


equivalente ao amido dos vegetais.

( ) CELULOSE: é o polissacarídeo de papel estrutural, isto é, participa da parede das


células vegetais.

( ) CELULOSE: é o monissacarídeo de papel estrutural, isto é, participa da parede das


células vegetais.

4) Como São Os Lipídios?

5) O LDL transporta colesterol para diversos tecidos e também para as artérias, onde é
depositado, formando o que?

6) As proteínas possuem um papel fundamental no crescimento, já que muitas delas


desempenham papel estrutural nas células. Comente sobre o assunto.

7) Como são formadas as proteinas?


Referencias e Obras consultadas:

"DNA e RNA" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2020. Consultado em 24/09/2020 às


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"Ácidos nucleicos" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2020. Consultado em 24/09/2020


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