Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3606
11 :
?
< 36634240560017
< 36634240560017
.
Bayer . Staatsbibliothek
SO
AN CIA AC
ES
SYL DARF
GLA . VA
LL
S
WILLIAM SHAKESPEARE
S
ESI
TOT
O MERCADOR DE VENEZA
TRADUCÇÃO LIVRE
LISBOA
IMPRENSA NACIONAL
1879
O MERCADOR DE VENDA
A
M O S
A C O
N T
R M I C
D E C A
O
Ã
Ç
C
U E
D R
A V
R I
T L
A
L YI CI SV
A S
FA
N DE
AG L'A . ' UN ,
G
DE
DOC
LISBOA
no ESTI
CAPIT
LISBOA
IMPRENSA NACIONAL
1879
BIBLIOTHECA
REGLA
VONICLYSIS
INTERLOCUTORES
SCENA I
ANTONIO
SALANIO
SALANIO
Então está namorado ?
ANTONIO
Tal não creiam .
SALANIO
Não está namorado ? então digo que está triste, porque não
9
está alegre: igualmente facil lhe seria rir, dansar e dizer que
está alegre, porque não está triste. Por Jano bifronte, que es
tranhos individuos o mundo produz algumas vezes ; uns tèem
sempre o olhar alerta, c , verdadeiros papagaios, têm como
essas aves momentos de alegria sem para isso haver causa ;
outros tèem o semblante tão severo , que não descerrariam os
SALINIO
ANTONIO
SALARINO
LOURENÇO
xal -os juntos; mas á hora do jantar lembre- se, peço - lh’o, do
silio em que nos devemos encontrar.
BASSANO
Conte commigo.
GRACIANO
ANTONIO
GRACIANO
LOURENÇO
GRACIANO
Adeus, vejo que por esse meio cra capaz de me tornar até
a mim um ſallador.
GRACIANO
BASSANO
dia inteiro para os achar, e uma vez achados não valem o tra
balho que custaram .
ANTONIO
BASSANO
ANTONIO
ciocinio que vae ouvir não é menos pueril. Devo - lhe muito, e
como se pode suppor da parte de um rapaz extravagante ,
declaro -lhe francamente que o que lhe devo julgal- o-ha per
dido ; mas se quizer despedir uma segunda sella na direc
ANTONIO
BASSANIO
ANTONIO
SCENA II
PORCIA
NERISSA
PORCIA
NERISSA
PORCIA
NERISSA
PORCIA
NERISSA
PORCIA
NERISSA
PORCIA
PORCIA
NERISSA
PORCIA
NERISSA
PORCIA
será a sua escolha. Sou capaz de iudo, menos casar com uma
esponja.
NERISSA
tro meio que não fosse a loteria ordenada por seu pac.
PORCIA
PORCIA
NERISSA
PORCIA
O CREADO
PORCIA
SCENA III
SIIYLOCK
BASSANO
SIYLOCK
A tres mezes , bem .
BASSANIO
BASSANO
'em Posso então contar com o senhor ? Prestar -me-ha esse ser
UM viço ? Poderei saber a sua resposta ?
M.
SHYLOCK
BASSANO
le
Qual é a sua resposta ?
a. SHYLOCK
0. Antonio é bom ?
BASSANO
SIIYLOCK
BASSANIO
SHYLOCK
BASSANO
SIYLOCK
BASSANO
E o senhor Antonio .
SIISLOCK ( á parte)
BASSANO
SHYLOCK
ANTONIO
SIISLOCK
ANTONIO
Por tres mezes.
SIYLOCK
ANTONIO
SIIYLOCK
ANTONIO
Pois bem , que pretende provar -nos com isso ? que empres
lava dinheiro a juros ?
SIIYLOCK
SIIYLOCK
ANTONIO
SIIYLOCK
ANTONIO
SITY LOCK
ANTONIO
SIIYLOCK
ANTONIO
BASSANIO
ANTONIO
SIIYLOCK
ANTONIO
SIYLOCK
ANTONIO
BASSANIO
ANTONIO
SCENA I
©
Entram o PRINCIPE DE MARROCOS e a sua comitiva ,
PORCIA c o seu sequito , e NERISSA . Ouvem -se sons de clarius
O PRINCIPE
PORCIA
fome, tudo faria , senhora , para obter a sua mão. Mas, infeliz !
Se Hercules e Lichas jogam o dado para saber qual dos dois
vale mais como homem , a fortuna póde favorecer o mais debil,
e Alcides será vencido pelo seu pagem . E cu lambem guiado
PORCIA
O PRINCIPE
SCENA II
LANCELOTO
parte, diz -me o demonio . Em nome do céu , repete elle, foge, tem
valor, escapa -te. Então a minha consciencia dominando o meu
coração, diz -me mui assisadamente : Meu bom e honrado ami
GODBO
GOBBO
Diga -me, meu joven senhor, por onde se vae para casa do
judeu ?
LANCELOTO
GOBBO
LANCELOTO
LANCELOTO
LANCELOTO
LANCELOTO
GOBBO
GOBBO
LANCELOTO
GOBBO
Levante - se, senhor, peço - ll’o ; estou certo que não é meu
filho.
LANCELOTO
GOBBO
LANCELOTO
GOBBO
LANCELOTO
GOBBO
LANCELOTO
gir, e para bem longe , sempre lhe direi que meu amo é um
perfeito judeu. Dar -lhe um presente! Dê -lhe antes uma corda
para elle se enforcar. Mata -me á fome; apalpe, e verá que
póde contar as costellas com os dedos ! Estimo immenso que
viesse, meu pae ; offereça antes o presente a um certo senhor
Bassanio; esse trata e veste bem os creados; se não for para
o serviço d'elle, fugirei emquanto houver terra para pisar. Mas ,
acaso feliz ; cil- o que se approxima : falle -lhe, meu pae, e ju
deu eu seja , se mais tempo servir aquelle judeu.
BASSANO ( a um creado)
LANCELOTO
Falle - lhe, meu pae !
GOBBO
BASSANIO
GOBBO
LANCELOTO
GOBBO
LANCELOTO
BASSANIO
LANCELOTO
BASSANIO ( a Lanceloto )
LANCELOTO
Meu pae, ludo vae bem . Não sei arranjar -me ? Não sei ſal
lar ? Até muito bem . (Olhando para a palma da mão . Qual será em
Peco -le, Leonardo, que olles por tudo . Quando tiveres com
LEOANRDO
Chega GRACIANO
GRACIANO (a Leonardo )
Onde está leu amo ?
LEONARDO
GRACIANO ( chamando )
Senhor Bassanio !
BASSANIO ( voltando - se )
Graciano !
GRACIANO
BASSANIO
Peca.
GRACIANO
BASSANIO
GRACIANO
BASSANO
GRACIANO
GRACIANO
SCENA III
JESSICA e LANCELOTO
JESSICA
Peza -me que queiras deixar meu pae ; bem sabes que a
nossa casa é um inferno, e lii cras o unico a alegral-a ; adeus,
pois, toma um ducado. Logo á ceia, entre os convidados de
leu novo amo, has de ver Lourenço ; dá - lhe esta carta , mas dá
lh’a ás escondidas. Adeus, não quero que meu pae me veja
conversando comtigo.
LANCELOTO
SCENA IV
LOURENCO
GRACIANO
SALARINO
SALANIO
dispensal -os.
LOURENÇO
LOURENÇO
LANCELOTO
LOURENÇO
GRACIANO
LOURENÇO
Onde vacs ?
LANCELOTO
Vou convidar o meu antigo amo judeu, para vir cciar a casa
do meu novo amo christão .
SALANIO
E eu tambem .
LOURENÇO
SALARINO
GRACIANO
Não era de Jessica essa carla ?
40
LOURENÇO
SCENA V
SHYLOCK
LANCELOTO
Tinha -me dito tantas vezes que nada sabia fazer sem or
dem !
Chega JESSICA
JESSICA
SHYLOCK
LANCELOTO
LANCELOTO
SIIYLOCK
JESSICA
JESSICA
SCENA VI
A mesma scena
GRACIANO
GRACIANO
SALARINO
Chega LOURENÇO
SALARINO
JESSICA
LOURENÇO
Lourenco, que a adora !
41
JESSICA
LOURENÇO
LOURENÇO
JESSICA
LOURENÇO
JESSICA
GRACIANO
LOURENÇO
LOURENÇO
Chega ANTONIO
ANTONIO
Quem está abi ?
GRACIANO
O senhor Antonio !
ANTONIO
GRACIANO
SCENA VII
PORCIA
O PRINCIPE
PORCIA
Se houvesseis na mocidade
Mostrado com precisão
Que idade já da rasão
Fôra da energia a idade ,
PORCIA
SCENA VIII
SALARINO
SALANIO
SALARINO
SALANIO
SALARINO
SALANIO
SALARINO
SALANIO
ração que fiz ao judeu, peço -lhe que a sua lembrança não an
navie os seus amores ; esteja alegre, pense na sua namorada,
e manifeste desassombradamente os seus sentimentos. Dito isto ,
SCENA IX
NERISSA
PORCIA
PORCIA
O PRINCIPE
PORCIA
O PRINCIPE
PORCIA
O PRINCIPE
Sempre quero ler.
Sete vezes successivas
Fui ao fogo a temperar :
Outras tantas, no seu lar,
Curte o sabio alternativas.
Entra um CREADO
O CREADO
Onde está a senhora ?
PORCIA
O CREADO
SCENA I
SALANIO
SALARINO
SALANIO
SALARINO
Vamos ao facto .
SALANIO
SALARINO
Chega SHYLOCK
SALANIO
SIYLOCK
SIIYLOCK
Maldita seja !
SALARINO
SHYLOCK
SALANIO
SHYLOCK
SALARINO
mim pesa ; não fôra elle , mais milhão e meio teria ganho. As
minhas perdas cram motivo para o seu escarneo ; zombava dos
meus lucros, insultava a minha nação, contrariava as minhas
operações, roubava -me os amigos e animava os meus inimi
gos , e porque ? porque sou judeu ! um judeu! Não terá elle
olhos, não terá elle tambem mãos, um corpo, orgãos, sentidos,
aſſeições e paixões, nutrir - se -ha elle differentemente, não é
elle vulneravel como os christãos, não o molestam as mesmas
queixas, não o curam os mesmos remedios, não tem n'elle
58
Chega um CREADO
O CREADO
Chega TUBAL
SALANIO
SHYLOCK
TUBAL
SHYLOCK
SHYLOCK
TUBAL
TUBAL
SHYLOCK
SHYLOCK
SHYLOCK
SCENA II
PORCIA
BASSANIO
PORCIA
PORCIA
Viva , e confesse .
BASSANO
PORCIA
O CORO
Cantemos funebres hymnos
E suppra o dobre dos sinos
O festivo carrilhão :
Dlin ! Dlan ! Dlão !
BASSAVIO
PORCIA
me e ratifique.
PORCIA
a mim contento -me de ser como sou , e pouco mais poderia desc
jar ; mas para ser sua, quizera valer sessenta vezes mais ,ser mil
vezes mais bella e dez mil vezes mais rica : para ter a seus
olhos mais valia, quereria possuir em virtudes, riqueza e for
mosura um thesouro inexgotavel; comludo o conjunclo de to
das as minhas qualidades ainda tem algum valor. O que sou
cu ? uma donzella simples, inexperiente e ingenua ; feliz de
ainda ser nova para poder aprender, e graças a Deus não tão
falta de intelligencia que não me possa instruir; leliz ainda
por ser docil, para me submelter sem hesitar á sua vontade,
reconhecendo -o por meu senhor, meu soberano e meu rei. Por
cia , e tudo quanto é d'ella , pertencem -lhe; ainda ha pouco di
zia meu este bello castello, era ama de todos estes creados, era
toda minha ; agora , castello, creados e eu , pertencemos -lhe, meu
senhor: tudo receba com este annel; se lhe acontecer separar -se
BASSANIO
NERISSA
GRACIANO
BASSANIO
GRACIANO
NERISSA
BASSANO
GRACIANO
É cousa assente .
BASSANO
VERISSA
GRACIANO
BASSANIO
PORCIA
vindos.
LOURENCO
SALERIO
BASSANO
SALERIO
Bem tristes novas deve por certo conter essa carta , porque
BASSANO
SALERIO
JESSICA
PORCIA
BASSINIO
PORCIA
BASSANO (lendo )
me todos os meus credores, não pode ser peior o estado dos meus
BASSANO
SCENA III
SIIYLOCK
cão ; que rasões tinhas para tal ? Pois bem , já que sou cão ,
sci e hei de morder, e obterei justiça do doye. Admira -me,
72
SKYLOCK
SALANIO
SALANIO
LOURENÇO
PORCIA
LOURENÇO
LOURENÇO
PORCIA
BALTIIAZAR
PORCIA
PORCIA
aviemo -nos que ainda hoje temos que andar vinte milhas. (Sácm .)
SCENA V
LANCELOTO
portanto digo - lhe ludo quanto penso ; mas já nada tem que
recciar, porque em consciencia creio que a sua alma já está
condemnada ; só lhe resta uma esperança de que valla a pena
JESSICA
LANCELOTO
JESSICA
LANCELOTO
LANCELOTO
Entra LOURENCO
JESSICA
LOURENÇO
JESSICA
LOURENÇO
LOURENCO
LANCELOTO
LOURENÇO
LANCELOTO
LOURENÇO
JESSICA
JESSICA
JESSICA
LOCRENCO
SCENA I
Um tribunal em Veneza
O DOGE
Antonio está presente ?
ANTONIO
O DOGE
ANTONIO
O DOGE
SALANIO
SUYLOCK entra
O DOGE
BASSANO
BASSANIO
que odeia ?
uelle que
Haverá homem que não deseje ver morto aquelle
BASSANIO
SHYLOCK
SHYLOCK
O DOGE
SHYLOCK
O DOGE
SALARINO
BASSANIO
ANTONIO
O DOGE
NERISSA
SHYLOCK
GRACIANO
SIIYLOCK
BASSANIO
SIIYLOCK
O DOGE
O ESCRIVÃO Lendo)
O DOGE
PORCIA
PORCIA
O seu nome é Shylock ?
SIIYLOCK
Shylock é o meu nome.
88
PORCIA
PORCIA
ANTONIO
Reconheço.
PORCIA
SHYLOCK
PORCIA
SHYLOCK
PORCIA
BASSANO
SIYLOCK
Eil-a, meu senhor, eil - a .
PORCIA
SIIYLOCK
PORCIA
( SIIYLOCK
PORCIA
SHYLOCK
PORCIA
SIIYLOCK
SHYLOCK
PORCIA
SIIYLOCK
Trouxe -as commigo.
PORCIA
SIISLOCK
PORCIA
SHYLOCK
PORCIA
ANTONIO
BASSANIO
tro, mas nem a minha vida , nem a minha mulher, nem o mun
do inteiro, valem para mim a tua vida; consinto em tudo per
der, em tudo sacrificar, para te salvar d'esse demonio .
PORCIA
NERISSA
4
Felizmente que diz isso na sua ausencia, aliás o seu desejo
SIYLOCK A parte)
SHYLOCK
Oh ! rectissimo juiz!
PORCIA
SHYLOCK
PORCIA
GRACIANO
PORCIA
Vac -lhe ser presente. Já que pede justiça, toda lhe será
feita, talvez mesmo mais que a que deseja .
GRACIANO
SIIYLOCK
PORCIA
BASSANIO
PORCIA
GRACIANO
SHYLOCK
BASSANIO
Tome, cil-os.
PORCIA
GRACIANO
pela idéa .
SHYLOCK
PORCIA
SHYLOCK
PORCIA
GRACIANO
O DOGE
PORCIA
PORCIA
0
que obterá clle da sua piedade, Antonio ?
96
GRACIANO
ANTONIO
homem que raplou a sua filha. Ponho, comtudo, mais duas con
dições; uma que em troco d'esta indulgencia se faça chris-
tão ; outra , que por uma doação feita na presença do tribunal
disporá de todos os bens que possuir quando morrer a favor
de Lourenço e de sua filha Jessica .
O DOGE
PORCIA
SHYLOCK
Consinto .
SHYLOCK
O DOGE
GRACIANO
O DOGE ( a PORCIA )
PORCIA
tor ; deve - lhe, na minha opinião, grandes favores. ( O doge sắc com
os senadores e sequito .)
BASSANIO
ANTONIO
PORCIA
PORCIA
BASSANIO
Este annel para mim não tem preço. Dou - lhe o annel de
maior valor que houver em Veneza ; empregarei todos os meios
ao meu alcance para o obter, mas emquanto a este, não posso
desfazer -me d'elle .
PORCIA
BASSANO
PORCIA
ANTONIO
minha amisade parece -me que valem lanto como uma ordem
de sua mulher.
99
BASSANO
SCENA II
PORCIA
GRACIANO
PORCIA
NERISSA
PORCIA
Has de obtel- o, acredita -me. Elles hão de nos jurar que foi
SCENA I
LOURENCO JESSICA
LOURENÇO
JESSICA
JESSICA
LOUREXCO
JESSICA
JESSICA
Chega STEPILANO
LOURENÇO
STEPIANO
LOURENÇO
Quem a acompanba ?
STEPIIANO
Chega LANCELOTO
LANCELOTO
Olá , olá , vem alguem ?
LOURENÇO
Quem está a chamar ?
LANCELOTO
LOURENÇO
Aqui, homem de Deus!
LANCELOTO
LOURENÇO
JESSICA
LOURENÇO
PORCIA
PORCIA
NERISSA
PORCIA
NERISSA
PORCIA
LOURENÇO
PORCIA
PORCIA
nossos maridos,
Orámos por nossos m e esperamos que o céu ouvis
se e altendesse ás nossas supplicas. Elles já voltaram ?
LOURENÇO
PORCIA
BASSANIO
PORCIA
PORCIA
ANTONIO
Por esta lua que nos alumia te juro, Nerissa, que é injusta
a tua accusação: dou - le a minha palavra de lionra que o dei
ao escrivão do juiz; mas queria que o demonio carregasse a
quem o dei, já que isso tanto te magða.
PORCIA
GRACIANO
NERISSA
GRACIANO
PORCIA
desesperada.
GRACIANO
este lhe pediu, e que bem mereceu ; então o escrivão, pelo seu
PORCIA
Que annel lhe deu ? Espero que não fosse o que eu lhe ha
via dado ?
109
BASSANIO
PORCIA
Coração perfido e sem fé ! Pelo céu lhe juro que unidos não
viveremos, emquanto não lhe vir o meu annel.
NERISSA
BASSANIO
PORCIA
me pertence.
NERISSA ( a GRACIANO)
PORCIA
DASSANIO
dos meus amigos, juro por esses lindos olhos, que tanto di
zem e em ambos os quaes me vejo ...
PORCIA
BASSANIO
Ouça -me, por piedade, perdõe -me esta falta, e juro -lhe pela
111
PORCIA
BASSANTO
PORCIA
GRACIANO
nio , quero -lhe tambem dar boas novas, que está longe de es
perar . Abra esta carla ; tres dos seus navios, com valiosas car
gas, acabam de chegar inesperadamente ao porlo: quero porém
que ignore por que estranho modo esta carta me veiu á mão .
( Dá - lhe uma carta . )
ANTONIO
Oh ! grata surpreza !
BASSANIO ( a PORCIA)
GRACIANO (a NERISSA)
NERISSI
BASSANIO (a PORCIA )
NERISSA
Sim , mas dal- as -hei d'esta vez sem receber paga . Entrego
ao senhor e a Jessica uma declaração em fórma, pela qual o
opulento judeu lhes lega por sua morte a posse de todos os
seus bens e haveres.
LOURENCO
PORCIA
GRACIANO
rissa, se sendo já tão tarde, não prefere deixar isso para ama
nhà. Em quanto a mim sempre estaria disposto a fazer essas
perguntas , quer seja noite, quer seja dia. Hoje a unica cousa que
receio é perder o annel de Nerissa . Vamos. (Afastam -se todos.)
S.
1
T. IIIIII AN I T
. ram | MM MIN III IN
1 0
}
TH
.