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2 – OBJECTIVOS
2.1 - OBJECTIVO GERAL
Apresentar os aspectos adjacentes na gestão de estress.
3. METODOLOGIA
A abordagem de estudo utilizada foi a qualitativa, pois segundo Minayo (2002, p.22), A
pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências
sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o
universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a
um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenómenos que não podem ser
reduzidos à operacionalização de variáveis. O tipo de pesquisa adoptado foi a descritiva, pois
“teve como objectivo a descrição das características de grupo de indivíduos pertencentes a
uma determinada organização ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre
comportamento de indivíduos”. (GIL, 1999, p. 43) Ainda segundo Gil (1999, p. 43),
“algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações
entre trabalhadores numa organização, pretendendo determinar a natureza dessa relação”. O
levantamento de dados ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica, pois “desenvolvi a partir
de obras adquiridas na biblioteca da Unisave-Delegação de Maxixe, constituído
principalmente de livros e artigos científicos”, bem como através de internet, (GIL, 1999, p.
65) Gil (1999, p. 65) afirma que “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no
facto de permitir ao investigador a cobertura de uma gama d ferramentas científicas.
Introdução
Geralmente, no ambiente de trabalho das organizações, os estímulos do estress são muito
variados e em grande quantidade. Podemos experimentar ansiedade significativa diante de
descontentamentos com os colegas, diante da sobrecarga de trabalho e da corrida contra o
tempo, diante da insatisfação salarial ou da política de recursos humanos da empresa, entre
outras, e, dependendo da pessoa, até mesmo com tarefas rotineiras de sua própria função
dentro da empresa.
Muitos factores emocionais relacionados ao próprio emprego na actualidade contribuem para
que a pessoa mantenha-se excessivamente estressada: a sensação de instabilidade no
emprego, a sensação de insuficiência profissional, a pressão para comprovação de eficiência,
a impressão continuada de estar cometendo erros profissionais, a falta de visão sobre a
relevância social do seu trabalho, a percepção de falta de reconhecimento de seus esforços,
entre outros. Além disso, preocupações pessoais do funcionário não podem ser eliminadas
simplesmente ao entrar no seu posto de trabalho... Toda a história de vida da pessoa está
junto a ela em todos os momentos e quando ela vem para o trabalho não é diferente. Seus
conflitos, suas frustrações, suas desavenças conjugais, a preocupação com seus filhos, seus
interesses e necessidades pessoais, etc.
Existem muitas evidências de que trabalhadores motivados positivamente produzem mais e
são menos acometidos por doenças (Nahas, 2003).
Neste século que está começando, as organizações devem tratar os interesses e necessidades
dos seus colaboradores, não apenas como benefícios ou caridade, mas como assunto
estratégico de sobrevivência organizacional.
A diminuição de taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida da população trás
como consequência o envelhecimento da força de trabalho. Para que esta força de trabalho
envelhecida possa produzir bem, tanto em termos físicos como intelectuais, o estresse precisa
ser dosado de forma adequada, uma vez que este é um dos principais factores de incapacidade
funcional precoce quando em excesso.
O Stress tornou-se numa das principais áreas de preocupação das sociedades mais
industrializadas, sendo já um modo de vida assumido e aceite que foi evoluindo ao
longo dos tempos e chegou aos dias de hoje como um factor responsável pela
diminuição da qualidade de vida das pessoas.
O Stress está intimamente relacionado com a carga mental associada normalmente ao
trabalho e é causado por um desajuste entre o indivíduo e o trabalho, pelos diferentes
papéis que o indivíduo tem de desempenhar e pela falta de controlo sobre a sua vida e
sobre o trabalho.
Definição do conceito
A primeira definição de Stress foi feita por Hans Selye (1980) para representar a
propensão do organismo para reagir de forma idêntica a estímulos diversos
O Conceito Stress tem vindo a evoluir ao longo dos tempos e está a tornar-se um
problema cada vez maior para as organizações, devido à ocorrência da complexidade
do trabalho, devido às mudanças e transformações que as mesmas têm sofrido, das
incertezas provocadas por essas mesmas mudanças, da carga de trabalho intensa, das
responsabilidades acrescidas que são imputadas aos trabalhadores, etc.
Segundo Dolan e Arsenaut (1980) “O stress advém, assim, do desajuste entre o nível
de estímulo desejado pelo indivíduo e o nível de estímulo que ele interioriza
subjacentemente.”
O Stress tem sido estudado como estímulo, como resposta ou como interacção entre o
estímulo e resposta, sob a forma de desequilíbrio entre a pessoa e o seu meio
envolvente. (COOPER, DEWE & O’DRISCOLL, 2001)
O estress é a alteração global de nosso organismo para adaptar-se a uma situação nova
ou às mudanças de um modo geral (Deitos, 1997a).
Níveis de Stress
Selye (1980) “referiu que nem sempre as reacções ao stress são más, sendo mesmo
necessário um certo nível de stress para a motivação, o crescimento e
desenvolvimento individual.”
Este nível de stress está inerente à motivação suscitada pelos desafios profissionais e
duma actividade produtiva e propiciadora de realização, o qual acarreta um
sentimento de bem-estar.
Esgotamento ou Burnout
O esgotamento decorre de uma situação de total exaustão física, mental e emocional,
fortemente condicionadora das tarefas diárias, originando um estado de depressão e
fadiga física grave.
Holmes e Rahe (1967), após uma investigação psiquiátrica, concluíram que certos
acontecimentos que exigem mudanças de ajustamento à vida estão associados ao
aparecimento de doenças. Elaboraram uma lista de acontecimentos, Escala de
Reajustamento Social ordenados pelas suas unidades de mudança de vida, que reflectem o
esforço de adaptação exigido ao indivíduo.O desenvolvimento de sintomas físicos de
stress será proporcional ao número e severidade das unidades de mudança de vida vividas
num determinado período de tempo.
Modelo Exigência-Controlo
Ainda de acordo com este modelo, o strain resulta da combinação de elevadas exigências
de trabalho e de baixa latitude de decisão, uma vez que restringe as probabilidades de o
indivíduo cumprir as exigências funcionais, originando consequências psicológicas
negativas.
Cooper (1993), definiu o stress ocupacional como “um problema de natureza perspectiva,
resultante da incapacidade de lidar com as fontes de pressão no trabalho, tendo como
consequências problemas na saúde física, mental e na satisfação no trabalho, afectando o
indivíduo e as organizações”.
Existem três conjuntos de factores que são os principais potenciadores de Stress, são eles
os factores ambientais, os organizacionais e os individuais. No entanto, se o Stress se
concretiza ou não, depende das diferenças individuais, da experiência do trabalho e dos
traços de personalidade.
Quando os indivíduos passam por situações de Stress, os seus sintomas podem ser físicos,
psicológicos ou comportamentais.
• Sobrecarga do trabalho;
• Clima de insegurança;
• Ambiguidade de papéis;
• Diferenças entre os valores individuais e organizacionais;
Stressors Organizacionais
Stressors Extraorganizacionais
O Stress é um facto da vida, cada vez mais presente nas organizações modernas, com
as suas exigências de produtividade, redução dos custos, orientação para o cliente e
inovação, têm consequências negativas a nível individual e organizacional, estas
consequências negativas representam elevados custos para as organizações.
Consequências Individuais
Segundo Moore (1994), o Stress dos indivíduos acarreta consequências para o bom
funcionamento da organização. “Um indivíduo sujeito a stress trabalha menos com
menos rigor, de maneira menos segura e mais agressiva, o que pode contribuir para a
redução da produtividade, diminuição da qualidade do bem ou serviço, aumento de
riscos de acidente e de conflitualidade.”
• Rotatividade;
• Baixas médicas;
• Isolamento;
• Depressão;
• Problemas familiares;
• Falta de comunicação;
• Falta de concentração;
• Desgaste psicológico;
• Maior esquecimento;
Sintomas de Stress
Os sintomas de stress podem ser de ordem psicológica, física ou comportamental.
SINTOMAS PSICOLÓGICOS:
• Lapsos de memória;
• Irritabilidade;
• Perturbações do sono / Insónias;
• Nervosismo;
• Ansiedade;
• Depressão;
• Apatia;
• Fadiga;
• Alterações de humor;
• Insatisfação no trabalho.
SINTOMAS FÍSICOS:
• Alterações no ritmo cardíaco;
• Pressão arterial;
• Dores de cabeça e musculares;
• Problemas de concentração;
• Boca seca;
• Falta de apetite;
• Problemas de digestão;
• Problemas respiratórios;
• Fragilidade do sistema imunológico.
SINTOMAS COMPORTAMENTAIS:
• Maior tendência para o autoritarismo e punição;
• Aumento do número de erros;
• Absentismo;
• Comportamentos anti-produtivos e maus relacionamentos.
Conclusão
Da análise por mim feita sobre efeitos de stress, conclui que de vários
estudos efectuados, contribuíram para uma melhor compreensão e
consciencialização sobre os aspectos relacionados com a deterioração da
qualidade de vida no trabalho potenciada pelo stress ocupacional e os
prejuízos que isso acarreta, quer para as organizações quer para os
indivíduos que nela trabalham.
Agradecimentos
Bem hajam…
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS