Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
se esperar, com homens igualmente livres, e conheceremos por nós mesmos a essência das coisas. É por isso que os verdadeiros
filósofos se exercitam para morrer,
morte não lhes parece de nenhum modo temível. [PLATÃO, Fédon, XI.]
VIII. Se a alma é imaterial, ela deve ir,
retorna à matéria. Somente importa bem distinguir a a
menosmanchada
IV. A alma impura, nesse estado, é pesada e arrastada de novo para o mundo visível pelo horror de impurezas
do que é invisível e imaterial;materiais
ela erra que a impedem
então, diz-se,
(final).]
torno dos monumentos e dos túmulos, perto dos quais se têm visto por vezes fantasmas tenebrosos, como devem ser as imagens das almas que deixaram o corpo sem es
quando dela nasce o bem. [PLATÃO, Primeiro Alcibíades
IX. Se a morte fosse a dissolução do homem todo inteiro, seria um grande ganho para os maldosos, após sua morte, ser libertos ao mesmo tempo de
corpo, de sua alma e de seus vícios. Aquele que ornou sua alma, não de um enfeite estranho, mas do que lhe é próprio, só esteXIV.
poderá
A esperar
riquezatranquilamente a hora de
é um grande perigo. To
partida para o outro mundo. [PLATÃO, Fédon, excertos de LVII e LXIII.] estranha do que o que está nele. [PLATÃO, Primeiro Alci
X. O corpo conserva os vestígios bem marcados dos cuidados que se tomou com ele ou dos acidentes que provou;
XV. éAsdamais
mesma
belasforma com
e osa mais
alma;belos
quan
preces
ela é despojada do corpo, leva os traços evidentes de seu caráter, de suas afeições e as impressões que cada um coisa
dos atos de que
sua os
vida aí deixou. Assim,
maisa consideração
maior infelicidp
grave deuses tivessem
que possa acontecer ao homem é ir para o outro mundo com uma alma carregada de crimes. Vês, Cálicles, quenão, nem tu,hánem Pólus, nem Górgias saberíeis provar
não de verdadeiramente justos e sábios senãoque
aq
deve levar uma outra vida que nos será útil quando estivermos lá embaixo. De tantas opiniões diversas, a únicaAlcibíades,
que permanece inabalável é que
XIII (150a).]
cometer uma injustiça, e que, antes de todas as coisas, deve-se aplicar, não em parecer homem de bem, mas em sê-lo. (Diálogos de Sócrates com seus discípulos em
prisão). [PLATÃO, Górgias, síntese de LXXX e LXXXIII.]
XVI. Eu chamo homem vicioso a esse am
nossa inteligência; é encontrado até no movimento dos a
XI. De duas coisas uma: ou a morte é uma destruição absoluta, ou ela é a passagem de uma almaperfumes.
a um outro lugar.o Se tudo deve
dá asepaz
extinguir, a morte
É ainda amor que aos homens, a cas
como uma dessas raras noites que nós passamos sem sonho e sem nenhuma consciência de nós mesmos. Mas se a morte não é senão uma mudança de morada, a passag
a um lugar onde os mortos devem se reunir, que bem-aventurança de aí reencontrar aqueles que se conheceu! Meu maior prazer seria examinar de perto os habitan
dessa morada e aí distinguir, como aqui, aqueles que são sábios daqueles que creem sê-lo e não o são. Mas é tempo de nosXVII. A virtude
deixarmos, não pode
eu para ser vós
morrer, ensinada; el
para viv
(Sócrates a seus juízes). [PLATÃO, Apologia de Sócrates, excertos de XXIX e XXX.]
XVIII. É uma disposição natural a cada u
XII. Não é preciso jamais retribuir injustiça por injustiça, nem fazer mal a ninguém, por mais mal que se nos tenha feito
admitirão esse princípio, e as gentes que estão divididas sobre isso não devem senão se desprezar umas às outras. [
XIX. Se os médicos fracassam na maior
que a parte se porte bem. [PLATÃO, Cármides, síntese de
XIII. É pelos frutos que se reconhece a árvore*. É preciso qualificar cada ação segundo o que ela produz: chamá-la
má quando dela provém o mal, b
XX. Todos os homens, a começar desde a infância, fazem muito mais mal do que bem. [PLATÃO A contento, fiz uma tradução de todo o enorme
disponibilizado pela Gallica - site da Bibliothèque natio
português. Também ali coloco o link para o original fran
é uma excelente leitura sobre a vida e obra do grande filó
XXI. Há a sabedoria em não acreditar saber o que tu não sabes. [PLATÃO, Teeteto, XLIV.]
Tentemos torná-los, de início, se é possível, mais honestos em palavras; se não, não nos importemos com eles
nos instruir, mas não nos injuriemos. [PLATÃO, O Sofista, XXXIII (246d); Laques, 195a.]
________________________________________
Nota:
* Embora não haja ainda encontrado a referência platônica desta frase, ao menos da maneira como está escrita, o sentido próximo da passagem, associado
imagens da árvore e dos frutos, encontra-se em Xenofonte (Memoráveis, 4:6) e Platão (Fedro, 260c; República
Depois de anos de pesquisa em documentos digitais franceses, concluí, com boa dose de certeza, que Allan Kardec, na Introdução do seu
Espiritismo, no "Resumo da doutrina de Sócrates e Platão", utilizou a exposição da vida e obra de Platão que consta da
recuados até nossos dias [Nouvelle biographie générale depuis les temps les plus reculés jusqu'a nos jours
publicada pela Firmin Didot Frères, em Paris, 1862. O verbete “Platão”, escrito pelo próprio Hoefer, traz exatamente os trechos platônicos citados por Kardec (que Hoe
tirou da edição das obras platônicas de Stallbaum). Mas, entre as citações de Platão, Kardec incluiu alguns comentários do próprio Hoefer e neles se inspirou para escre
certas ideias sobre a filosofia antiga. A frase “É pelos frutos que se reconhece a árvore” se encontra no mesmo local, logo antes da citação do
Hoefer, mas como comentário dele a essa citação. A meu ver, Kardec provavelmente incluiu o comentário de Hoefer, tanto pela pertinência dele, quanto pela perfe
ocasião de conciliação da doutrina platônica com a cristã (e, consequentemente, com a espírita, objetivo de sua obra
parece-me despropositado continuar procurando de qual obra platônica Kardec tirou esta frase cristã, pois é suficiente descobrir sua (altamente) provável fonte de pesqu
e nela encontrar a famosa frase.