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CASOS PRÁTICOS DE DIREITO COMERCIAL I

A) ACTOS DE COMÉRCIO E COMERCIANTES

CASO N.º1

Alberto e Bento, agricultores, dirigem-se todos os dias à feira da terra mais próxima, a fim de
venderem os produtos que cultivam. Carlos, vizinho de Alberto e Bento, é pintor e as suas obras
fazem grande sucesso junto dos turistas que frequentam aquele mercado. Um dia, cansados do
longo caminho que têm que percorrer para chegar à feira, Alberto, Bento e Carlos compraram em
conjunto uma carrinha, pelo preço de 15.000$. Ficou estabelecido no contrato celebrado com a
sociedade Automóvel Lda. que o pagamento do preço seria realizado 60 dias após a entrega da
carrinha. Entretanto, Alberto, Bento e Carlos zangaram-se e não cumpriram a obrigação de
pagamento do preço. Pode a Sociedade Automóvel Lda. demandar apenas Alberto?

CASO N.º 2

Duarte é comerciante. Como o negócio não tem corrido bem ultimamente e precisa de dinheiro com
rapidez, decidiu vender parte do seu património. Eduardo, Francisco e Gonçalo, irmãos (os dois
primeiros, comerciantes e o último escritor), sabendo da oportunidade de negócio, decidem comprar
a Duarte, em conjunto, 1.500 acções e ainda três automóveis, pelo preço global de 100.000$. No
entanto, Eduardo, Francisco e Gonçalo acabam por não pagar o preço a Duarte. Sabendo que os
três compradores são casados, (i) qual o regime da dívida?; (ii) é esta obrigação solidária ou
conjunta?

CASO N.º 3

Heitor, advogado, aproveita as horas vagas para se dedicar à pintura e frequentar exposições de
arte. Um dia, entusiasmado com um conjunto de quadros de Vieira da Silva que encontrara em
exposição, perdeu a cabeça e decidiu-se a comprar os cinco quadros. No dia seguinte, porém,
arrependeu-se e, assustado com o dinheiro que gastara, resolveu procurar comprador para os
conhecidos quadros. lida, comerciante de arte, mostrou-se imediatamente interessada, tendo-lhe
Heitor vendido todas as obras. Como já não tinha espaço nos seus armazéns, lida contratou com o
Museu Y o depósito dos quadros por um período de seis meses e contratou ainda um guarda para
vigiar aquelas pinturas. Os actos descritos são comerciais ou civis?
CASO N.º 4

Joaquim trabalha no Banco A entre as 9 horas da manhã e as 5 horas da tarde. Cansado da


repetitiva rotina do escritório e amante de filatelia, decidiu, há algum, tempo, iniciar um negócio de
venda de selos num pequeno quiosque, apenas para se distrair um pouco ao fim do dia, antes de ir
ter com Luísa, sua mulher. Logo que saía do escritório, Joaquim dirigia-se, diariamente, ao quiosque
e aí permanecia entre as 18hOO e as 19hOO. Como, no entanto, queria manter o quiosque aberto
durante todo o dia, contratou um empregado, Manuel, para o ajudar. Simplesmente, entretanto o
negócio começou a correr mal e Joaquim deixou de pagar os ordenados a Manuel. Este pretende
agora saber se pela dívida de Joaquim respondem os bens comuns do casal.

CASO N.º 5

Nuno, dono de uma mercearia, é casado com Olga em regime de comunhão de adquiridos. Um dia,
farto da mercearia, resolveu ir com um grupo de amigos ao casino, onde acabou por perder avultada
quantia. Preocupado e distraído por causa da dívida ao Casino, acabou, no dia seguinte, por não
pagar a dívida relativa ao último fornecimento de batatas, cujo prazo terminava nesse dia.
Finalmente, já desesperado, Nuno enganou-se numa encomenda e, em vez de 100 iogurtes,
encomendou 10.000, dos quais conseguiu vender apenas 120, estragando-se, entretanto, os
restantes com o fim do prazo de validade. Nuno nunca pagou a dívida ao casino, a dívida do
fornecimento de batatas e a dívida do fornecimento de iogurtes. Os bens comuns do casal
respondem por estas dívidas?

CASO N.º 6

Pedro e Quintério desenvolvem um negócio, cada vez mais lucrativo, de construção de pequenas
pontes (sem que tenham, no entanto, constituído qualquer sociedade comercial). Este ano foi-lhes
encomendada a construção de uma pequena ponte no Norte do país. Para o efeito, adquiriram a Rui
os materiais necessários para a construção, ficando acordado que o preço (150.000 E) seria pago
daí a 60 dias. Pedro e Quintério não pagaram a dívida. A obrigação de pagamento do preço é
conjunta ou solidária?
B) ESTABELECIMENTO COMERCIAL E TRESPASSE

CASO N.º 7

Rui, escritor sem qualquer obra vendida, decidiu montar uma pequena livraria. Tomou, então, de
arrendamento uma loja na Baixa de Lisboa, comprou as estantes e todo o mobiliário necessário,
encomendou computadores e celebrou um contrato de fornecimento de livros com uma editora. No
entanto, quando já pouco faltava para a loja poder abrir, Rui percebeu que aquela não era vida para
ele. Contactou, por isso, Sara e Sebastião, também escritores, propondo-lhes a compra da loja pelo
preço de 100.000. Estes aceitaram a proposta e o contrato foi efectivamente celebrado. Todavia,
Sara e Sebastião nunca pagaram o preço.
(i) O contrato celebrado é válido? (ii) A responsabilidade de Sara e Sebastião é solidária ou
conjunta?

CASO N.º 8

a) A Sociedade ComeBem Lda. explorava uma conhecida e centenária pastelaria num espaço
arrendado na zona do Saldanha. Um dia, sob protestos de milhares de fiéis clientes, a pastelaria
encerrou as suas portas, foi desmantelada (tendo todo o mobiliário sido leiloado) e todos os
trabalhadores foram despedidos. Nada restava da velha pastelaria. Passado pouco tempo, a
ComeBem Lda. trespassou a pastelaria a favor da NovoDolo Lda., que iniciou um mesmo negócio
de pastelaria, e logo voltaram todos os velhos clientes. O trespasse é oponível ao senhorio?

b) A Sociedade ComeBem Lda. explorava uma conhecida e centenária pastelaria num espaço
arrendado na zona do Saldanha. Um dia, trespassou o estabelecimento a Xavier. Passado um mês,
Xavier transforma a pastelaria num restaurante brasileiro. Pode o senhorio resolver o contrato de
arrendamento?

c) Suponha agora que a Sociedade ComeBem Lda., que explorava aquela pastelaria, celebrou com
Zacarias um contrato nos termos do qual este exploraria a pastelaria mediante o pagamento de
2.000 E por mês. No entanto, Zacarias vende todos os bens que compõem a pastelaria e instala aí a
sua habitação. Quid Iuris?
CASO N.º 9

Antónia Antunes, proprietária de um imóvel na Av. de Roma, decidiu instalar aí " uma loja de roupa.
Para isso, dirigiu-se a uma conservatória do registo comercial e fez a sua matrícula como
comerciante individual. Além disso, adoptou a firma Antónia Antunes Modista. Comprou também
todo o mobiliário de que necessitava, contratou cinco trabalhadores e celebrou um contrato de
fornecimento com uma marca de roupa. A loja entrou em funcionamento. Como o negócio não corria
muito bem, Antónia não pagou a dívida da compra de dois computadores que entretanto efectuara e
foi obrigada a contrair um empréstimo junto do Banco Y, para poder pagar os salários dos
trabalhadores. Decidiu, por fim, trespassar o estabelecimento a Bela Barros Costureira.

(i) A inscrição no registo de Antónia como comerciante individual era obrigatória? E a adopção da
firma? A firma adoptada obedece aos requisitos legais?
Imagine que Bela pretende agora adicionar à sua firma a menção "sucessora de Antónia Antunes
Modista". Pode fazê-lo?
(ii) A que forma está sujeito o contrato de trespasse celebrado?
(iii) Quais os elementos e/ou situações jurídicas que devem considerar-se transmitidas com o
trespasse do estabelecimento?

CASO N.º 10

A Mercados, SA., que explora um conhecido hipermercado na região da Grande Lisboa, decidiu
iniciar a exploração de um supermercado online. Para o efeito criou uma unidade de negócio
independente para a qual contratou pessoal, criou um site na internet, tomou armazéns de
arrendamento e celebrou contratos com os fornecedores. Poucos dias antes do lançamento do
projecto, um concorrente (a Sociedade Hiper, SA.), apresentou uma excelente proposta de aquisição
desse negócio, tendo as partes celebrado o respectivo contrato de trespasse no dia 5/1/2003. Agora,
passados quase três anos, a Mercados, SA, decidiu lançar um novo projecto de supermercado
online. No entanto, a Hiper, SA opõe-se, alegando que viola as obrigações de não concorrência.
Quid Iuris?
C) CONTRATOS ESPECIAIS DE COMÉRCIO

I – CONTRATOS DE ORGANIZAÇÃO

CASO N.º 11

A ENGIL, a EDIFER e o Banco Espírito Santo celebraram um acordo designado "consórcio" para a
construção do metropolitano do Porto. Nos termos do contrato, a ENGIL ficava responsável pela
construção dos carris; a EDIFER era responsável pela construção das carruagens; e o BES era
obrigado a contribuir com 1.500.000$ para as despesas gerais do projecto. Qualifique o contrato e
determine o regime jurídico aplicável.

CASO N.º 12

Alegria era uma figura pública com abastados recursos. Um dia conheceu Bonança e Coragem,
excepcionais inventores sem dinheiro, e combinou financiar a sua actividade para o lançamento de
um fantástico produto contra a queda do cabelo – o "Cabelex". Alegria contribuiu com 50.000 e
acordaram que ficaria com 10% dos lucros gerados em cada ano. Como Alegria não queria que se
soubesse da sua participação no negócio, o acordo ficou secreto. Alegria nunca recebeu a sua parte
nos lucros. Bonança e Coragem alegam agora que aos lucros sempre haveriam que deduzir as
perdas do primeiro ano de actividade. Quid Iuris?
(Extracto da Hipótese I do exame de Direito Comercial de 9 de Junho de 2004).

CASO N.º 13

Arlindo (pintor) e Berta (comerciante de automóveis) celebraram um designado contrato de


consórcio, nos termos do qual ficou prevista a seguinte actividade: A e B adquiririam velhos VW
Carocha; Berta procederia a todas as reparações necessárias; Arlindo pintaria os carros com cores
diversas e posteriormente os carros seriam vendidos a Carlos. Para o efeito, A e B compraram 6
carros a Dário, tendo ficado estipulado que o preço seria pago 3 meses depois. Todavia, o preço até
hoje não foi pago. Esta obrigação é solidária ou conjunta?
I – CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO

CASO N.º 14

A Sociedade Perfumes Europeus celebrou com João um contrato de agência para a venda dos seus
produtos em Portugal. João fez um excelente trabalho, mas por diversas vezes foi além dos seus
poderes, contratando em nome do principal e recebendo dinheiro dos clientes, o que nunca levantou
problemas. Um dia, no entanto, recebeu 1.000$ de um cliente e gastou tudo num casino, tendo
entregue um cartão comercial da Perfumes Europeus, com o seu nome, como recibo. Agora, a
Perfumes Europeus recusa-se a entregar os perfumes, alegando nunca ter recebido o preço. Quid
Iuris?

CASO N.º 15

Domingos é agricultor. No dia 10 de Janeiro de 1995, celebrou com Armando, seu vizinho, um
contrato de agência sem representação para a distribuição de produtos agrícolas na zona de
Lisboa, com exclusividade. Em Fevereiro de 1996, Armando nomeou Carmo subagente.
Entretanto, as relações de vizinhança começaram a correr mal, de tal maneira que Domingos
nomeou um concessionário para a venda dos mesmos produtos em Lisboa. Logo a seguir, em
Fevereiro de 1997, Armando recebeu de um conjunto de clientes o preço dos produtos vendidos,
preparando-se para uma longa viagem. Domingos, tendo conhecimento destes factos, resolveu o
contrato e, cansado, voltou à sua vida de sempre.
(i) Domingos violou a exclusividade de Armando ao nomear um concessionário?
(ii) Os clientes que pagaram a Armando ficaram liberados da sua obrigação perante
Domingos?
(iii) Têm Armando ou Carmo direito a receber de Domingos a "indemnização de
clientela"?

CASO N.º 16

Carlos, fabricante de balões, celebrou por escrito, em 10 de Janeiro de 1993, um contrato de


agência com Rafael. Ficou previsto um prazo de cinco anos para a duração do contrato, a
exclusividade na zona de Lisboa e a inexistência de poderes de representação. Em Março de
1997, por uma única vez, Rafael procedeu à cobrança de créditos junto de um cliente, nunca
tendo entregue a quantia a Carlos. Este, zangado com a situação, nomeou um concessionário
para a mesma zona. Rafael protestou, alegando estar a ser violado o seu direito de
exclusividade. As discussões continuaram durante o ano de I 997 e o contrato continuou a ser
executado para além do dia 10 de Janeiro de 1998. Em 28 de Fevereiro de 1998, para acabar
de vez com a situação, Carlos denunciou o contrato de agência com cinco dias de pré-aviso.
Quid Iuris?
II – CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO

CASO N.º 17

A Telecomunicações SA celebrou com B um contrato de concessão comercial, por um período de


cinco anos, com exclusividade para o território nacional. O acordo não foi reduzido a escrito.
(i) Admita que a Telecomunicações, ao terceiro ano, celebrou um contrato de agência com C,
também para o território nacional. Quid Iuris?
(ii) Admita que a Telecomunicações denunciou o contrato ao terceiro ano. Quid Iuris?

CASO N.º 18

António celebrou com a Cup&Cino um contrato de franquia para a abertura do primeiro café da
marca em Portugal. O contrato tinha vigência por período indeterminado. Ao longo dos primeiros
anos, a relação de António com o franqueador foi excelente. A pouco e pouco, com a abertura de
mais cafés da marca na cidade de Lisboa, a relação foi-se deteriorando. Tinha o contrato já cinco de
vigência e o franqueador denunciou-o com seis meses de antecedência. Quais os direitos de
António?
D) SOCIEDADES COMERCIAIS

I – CAPITAL SOCIAL E ENTRADAS

CASO N.º 26

António, Bento e Carlos constituíram uma sociedade por quotas com o capital social de 30.000$.
António e Bento realizaram imediatamente as respectivas entradas, mas Carlos diferiu a sua para
quando a sociedade necessitasse dos fundos. Quid Iuris?

CASO N.º 27

David, Elvira, Francisca, Gustavo e Helena decidem constituir uma sociedade anónima. David
contribuía com 10.000$ em dinheiro, realizados integralmente no momento da escritura pública;
Elvira contribuía com 10.000$, através de um cheque; Francisca contribuía com o direito de
arrendamento de uma fracção autónoma em Lisboa, de que era titular por um período de dez anos;
Gustavo contribuía com cinco anos de trabalho gratuito para a sociedade; Helena entrava com um
direito de crédito sobre Jorge e Ivo entrava com uma patente. Uma vez que a sociedade não tinha
grandes necessidades de fundos, ficou acordado que a entrada de Elvira seria diferida em 60%,
devendo ser realizada dois anos depois. Um ROC avaliou as contribuições dos sócios, considerando
que a contribuição de Francisca valia 20.000$ E, a contribuição de Gustavo valia 20.000$ e as
contribuições de Helena e Ivo valiam ambas 10.000$.
(i) Decorrido um ano, os sócios zangaram-se e põem em causa a licitude de todas as
prestações. Quid Iuris?
(ii) Admita que veio a verificar-se que o ROC fez uma avaliação errada da entrada de
Francisca. Quid Iuris?
(iii) Suponha que, logo após a constituição da sociedade, esta adquiriu a David um quadro
no valor de 10.000 $, que, no entanto, só valia 7.000$. Quid Iuris?

II – CAPACIDADE E OBJECTO

CASO N.º 28

A sociedade Panificadora Ideal, Lda., tem como objecto social a "produção e comercialização de pão
e bolos". Um dia, achando que o negócio dos bolos era pouco lucrativo, a Panificadora iniciou um
negócio de tecnologias da informação, adquirindo um site na Internet dedicado à compra e venda de
roupas usadas. É este negócio válido face às regras de capacidade da sociedade?

CASO N.º 29

A Petrogal. SA, é titular de uma plataforma petrolífera ao largo do Alentejo, que, por estar
desactivada, pretendia destruir e afundar. A intenção, no entanto, provocou a ira das associações
ambientalistas, que iniciaram um movimento de boicote à Petrogal e aos seus postos de
abastecimento. Face ao enorme sucesso do boicote, a Petrogal, para além de cancelar o
afundamento da plataforma, decidiu fazer uma grande doação a um grupo de associações
ambientalistas, o que foi, aliás, largamente publicitado nos jornais. Quid juris?
III – PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO

CASO N.º 30

A, B e C celebraram no dia 1 de Janeiro de 2000, escritura pública de constituição da sociedade


Têxteis, Lda. Sucede, no entanto, que, antes de efectuado o registo, se vem a verificar que o notário
se esqueceu de incluir no contrato a sede da sociedade. (i) Quid Iuris? (ii) E se já tivesse havido
registo?

CASO N.º 31

A, B, C, D, E, F, G e H constituem uma sociedade uma sociedade anónima em 2 de Março de 2001.


Três meses depois, a sociedade é registada, Hoje, C revela que só se tornou sócio da sociedade
porque a tal foi coagido por A e B, apenas agora tendo cessado a coacção. Pretende, por isso,
invalidar o negócio. Quid juris?

CASO N.º 32

Inês, Jorge e Luís, velhos amigos, reúnem-se em Janeiro de 2005 e combinam constituir uma
sociedade por quotas, que teria por objecto a compra e venda de antiguidades. Após alguma
indecisão, acordaram que a sociedade se designaria "Antiguidades, Lda." e que a escritura pública
seria celebrada em Março, quando todos os pormenores tivessem sido acordados. Logo em
Fevereiro os sócios tomaram de arrendamento a Manuel, em nome da sociedade, um imóvel na Av.
da Liberdade, onde funcionaria a respectiva sede, e compraram diversos equipamentos a Nuno,
também em nome da sociedade. Quem responde pelas dívidas contraídas?

CASO N.º 33

A, B e C celebraram escritura pública de constituição de uma sociedade por quotas, tendo sido A e B
designados gerentes. No dia seguinte, requereram a inscrição no registo comercial, que, dois meses
depois, veio a ser recusada. Durante esse período de dois meses, A e B celebraram diversos
contratos na qualidade de gerentes com diversas entidades. Quid Iuris?
IV – PARTICIPAÇÕES SOCIAIS

CASO N.º 34

A, B e C constituíram uma sociedade por quotas em 1/1/05 com um capital social de 25000 $, tendo
A e B ficado com uma quota de 5000$ cada e C com uma quota no valor de 15000$ apesar de B
também ter pago 15000$ pela sua quota. No dia 1/3/06, os sócios deliberam distribuir lucros entre si,
na proporção das suas quotas. B exige, todavia, que lhe seja atribuído um valor proporcional idêntico
ao de C, porque pagou o mesmo valor. Quid Iuris?

CASO N.º 35

João Balão, Gil e Heitor constituem a sociedade "João Balão e associados". João entrou com 2000$,
Gil com 500$ e Heitor, tendo menores possibilidades económicas, apenas prestava o seu trabalho à
sociedade, tendo ficado acordado que não participaria nas perdas. (i) Quid Iuris? (ii) Quais seriam as
consequências de uma eventual participação de Heitor nas perdas?

CASO N.º 36

E, F e G constituem uma sociedade comercial, acordando, por exigência de L, que,


independentemente de a sociedade obter lucros, L receberá anualmente 5 % do valor nominal da
sua participação social. Quid Iuris?

CASO N.º 37

M, N e O constituíram uma sociedade por quotas em 1/1/2004 com um capital social de 30000$,
ficando os sócios com quotas de valores iguais. No dia 1/4/2005, perante os lucros de exercido
obtidos (no valor de 40000 $), os sócios deliberam distribuir integralmente essa quantia por todos os
sócios. (i) Quid Iuris? (ii) E poderão ser distribuídos lucros durante o exercício?

CASO N.º 38

A sociedade Automóveis, SA, perante a difícil conjuntura do mercado, tem vindo a diminuir
consideravelmente as suas vendas. No dia 1/2/2006, perante as contas do exercício, os
administradores verificam que o capital próprio da sociedade é inferior a metade do capital social.
Perante a situação, que atitudes devem os administradores tomar?

CASO n.º 39

A, B e C constituíram uma sociedade por quotas com o capital social de 60000E, na qual detêm
quotas, respectivamente, no valor de 30000$, 10000$ e 20000$, realizadas, integralmente no
momento da escritura pública. Nos termos do contrato de sociedade, B detinha um direito de voto
superior a A e C: 2 votos por cada cêntimo do valor nominal da sua quota. Ainda nos termos do
contrato, a gerência seria atribuída a um dos sócios por períodos de três anos. Assim, C foi
designado gerente para o triénio 2005/2007. Quid Iuris?
CASO n.º 40

A, B, C, D e E constituíram uma sociedade anónima, cujo objecto social era a comercialização de


tecidos, com o capital social de 50000$. Cada um dos sócios tinha acções no valor de 10000$, tendo
todos realizado integralmente as suas entradas no momento da escritura. No contrato de sociedade,
B é designado administrador único.
a) Mais tarde, B resolve abrir um negócio próprio no sector da indústria têxtil. Pode fazê-lo?
b) D e E desconfiam da actuação de B como administrador e, por esse motivo, pedem-lhe que
preste informações sobre a mesma. B, passados vinte dias, ainda não respondeu. Quid Iuris?

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