LÍNGUA PORTUGUESA
1. Leitura, compreensão e interpretação de diversos tipos de textos (literários e
não literários)..................................................................... 1
2. Sinônimos e antônimos............................................................ 14
3. Sentido próprio e figurado das palavras.......................................... 14
4. Pontuação........................................................................ 18
5. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio,
preposição e conjunção: emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem.. 21
6. Concordância verbal e nominal.................................................... 38
7. Regência verbal e nominal........................................................ 40
8. Colocação pronominal............................................................. 41
9. Crase............................................................................ 43
TESTES.............................................................................. 44
GABARITO............................................................................ 47
MATEMÁTICA
1. Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação,
divisão, potenciação ou radiciação com números racionais, nas suas representações
fracionária ou decimal.............................................................. 1
2. Mínimo múltiplo comum............................................................ 3
3. Porcentagem...................................................................... 4
4. Razão e proporção................................................................ 5
5. Regra de três simples............................................................ 6
6. Equação do 1º grau............................................................... 7
7. Grandezas e medidas - quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e
massa............................................................................... 8
8. Relação entre grandezas - tabela ou gráfico...................................... 11
9. Noções de geometria plana - forma, área, perímetro e Teorema de Pitágoras........ 11
TESTES.............................................................................. 17
GABARITO............................................................................ 20
CARO CANDIDATO,
“Durante a elaboração deste material, a Equipe Decisão empenhou-se em fazer chegar até Você um conteúdo da melhor
qualidade, obedecendo criteriosamente ao Programa constante do Edital deste Concurso. Vários profissionais estão
sempre envolvidos no processo de criação de nossas apostilas. Em virtude da urgência de finalização do material, tal
processo é extremamente delicado, e passa por muitas fases: elaboração, correção, digitação, diagramação, impressão e
encadernação. Durante esse processo todo, algumas falhas não intencionais podem ocorrer pelas quais nos desculpamos
antecipadamente. A Equipe Decisão coloca esses mesmos profissionais à sua disposição caso isso ocorra ou mesmo para
dirimir quaisquer dúvidas com relação ao conteúdo. Para isso, por favor, entre em contato conosco utilizando-se dos
nossos e-mails ou telefones que se encontram na capa desta apostila e no nosso site. Desejamos que alcance seus
objetivos e que façamos parte desse resultado.”
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a
identificação de sua idéia principal. A partir daí, localizam-se as
06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor; idéias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou
explicações, que levam ao esclarecimento das questões
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato
compreensão; é convidado a:
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do 1. Identificar: é reconhecer os elementos fundamentais
texto correspondente; de uma argumentação, de um processo, de uma época
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada quais definem o tempo).
questão;
2. Comparar: é descobrir as relações de semelhança
10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, ou de diferenças entre as situações do texto.
correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e
outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, 3. Comentar: é relacionar o conteúdo apresentado com
dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; uma realidade, opinando a respeito.
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a 4. Resumir: é concentrar as idéias centrais e/ou
mais exata ou a mais completa; secundárias em um só parágrafo.
12. Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar um 5. Parafrasear: é reescrever o texto com outras
fundamento de lógica objetiva; palavras.
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
Erros de Interpretação
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela
resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros
texto; de interpretação. Os mais freqüentes são:
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras a) Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do
denuncia a resposta; contexto, acrescentando-se idéias que não estão no
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo imaginação.
autor, definindo o tema e a mensagem;
b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se
17. O autor defende idéias e você deve percebê-las; atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um
texto é um conjunto de idéias, o que pode ser
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são insuficiente para o total do entendimento do tema
importantíssimos na interpretação do texto. desenvolvido.
Ex.: Ele morreu de fome. c) Contradição: Não raro, o texto apresenta idéias
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões
De fome: adjunto adverbial de causa, determina a equivocadas e, conseqüentemente, errando a questão.
causa na realização do fato (= morte de "ele").
- Leia o texto mais de uma vez, minuciosamente, para Quais são os textos escolhidos?
encontrar a resposta correta.
Textos retirados de revistas e de jornais de circulação
- Na terceira ou quarta leitura do texto, pode-se nacional têm a preferência. Portanto, o romance, a poesia e o
destacar as palavras e expressões-chave. conto são quase que exclusividade das provas de Literatura (que
também trabalham interpretação, por evidente). Assim, seria
- É necessário limitar-se às informações contidas no interessante observar as características fundamentais desses
texto. produtos da imprensa.
As Notícias
Exemplo de Crônica
Aqui temos outro gênero, bem diverso. As notícias são
autorais, isto é, produzidas por um jornalista claramente “Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela e
identificado na matéria. Possuem uma estrutura bem fechada, na encontrava um. Quando não encontrava, dava no mesmo, ele
qual, no primeiro parágrafo (também chamado de lide), o autor abria a janela, olhava o mundo e comunicava que não havia
deve responder às cinco perguntinhas básicas do jornalismo: assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte que também dava
Quem? Quando? Onde? Como? E por quê? Essa maneira de no mesmo: a crônica estava feita. Não tenho nem o engenho
fazer texto atende a uma regra do jornalismo moderno: facilitar a nem a arte de Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a
leitura. Se o leitor/receptor desejar mais informações sobre a Lagoa - posso não ver melhor, mas vejo mais. Otto Maria
notícia, que vá adiante no texto. Fato é que, lendo apenas o Carpeaux não gostava do gênero "crônica", nem adiantava
parágrafo inicial, terá as informações básicas do assunto. A argumentar contra, dizer, por exemplo, que os cronistas, uns
grande diferença em relação ao artigo e ao editorial está no pelos outros, escreviam bem. Carpeaux lembrava então que
objetivo. O autor quer apenas "passar" a informação, quer dizer, escrever é verbo transitivo, pede objeto direto: escrever o quê?
não busca convencer o leitor/receptor de nada. É aquele texto Maldade do Carpeaux. (...) Nelson Rodrigues não tinha
que os jornalistas chamam de objetivo ou isento, despido de problemas. Quando não havia assunto, ele inventava. Uma
subjetividade e de intencionalidade. tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do
jornal. Ele estava com o papel na máquina e provisoriamente
sem assunto. Inventou que eu descia de um reluzente Rolls
Exemplo de Notícia Royce com uma loura suspeita, mas equivalente à suntuosidade
do carro. Um guarda nos deteve, eu tentei subornar a autoridade
“O juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente com dinheiro, o guarda não aceitou o dinheiro, preferiu a loura.
do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, negou-se a Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson não ficou sem
responder ontem à CPI do judiciário todas as perguntas sobre assunto.” (Carlos Heitor Cony, Folha de S. Paulo, 02/01/98).
sua evolução patrimonial. Ele invocou a Constituição para Nota-se que a variação é constitutiva das línguas humanas,
permanecer calado sempre que era questionado sobre seus ocorrendo em todos os níveis. A variação sempre existirá, no
bens ou sobre contas no exterior.” (Folha de S. Paulo, 05/05/99). Brasil há apenas uma língua nacional, e assim mesmo existe
diferenças de pronúncias, no emprego de palavras e outros
As Crônicas aspectos da língua. Hoje, ninguém escreve como fala, e nas
sociedades letradas, aquelas que usam intensamente a escrita,
Estamos diante da Literatura. Os cronistas não possuem estas pessoas tomam as regras estabelecidas para o sistema de
compromisso com a realidade objetiva. Eles retratam a realidade escrita como padrões de correção de todas as formas
subjetiva. Dessa maneira, Rubem Braga, cronista, jornalista, lingüísticas. No meio dessas letras que o homem espalha por
produziu, por exemplo, um texto abordando a flor que nasceu no todos os lugares, há algo em comum. Existem dois tipos de
seu jardim. Não importa o mundo com suas tragédias textos: o informativo e o ficcional.
constantes, mas sim o universo interior do cronista, que nada
mais é do que um fotógrafo de sua cidade. É interessante Informativo: quando se escreve sobre coisas que
verificar que essas características fundamentais da crônica vão acontecem, como nas notícias que aparecem em
desaparecendo com o tempo. Não há, por exemplo, um cronista jornais, revistas e na Internet, bem como nas leis e
de Porto Alegre (talvez o último deles tenha sido Sérgio da Costa bulas.
Franco). Se observarmos o jornal Folha de S. Paulo, teremos,
junto aos editoriais e a dois artigos sobre política ou economia, Ficcional: quando se escreve histórias inventadas,
uma crônica de Carlos Heitor Cony, descolada da realidade, se como nos livros e gibis.
assim lhe aprouver (Cony, muitas vezes, produz artigos,
discutindo algo da realidade objetiva). O jornal busca, dessa
maneira, arejar essa página tão sisuda. A crônica é isso: uma Observe os dois casos práticos abaixo.
janela aberta ao mar. Vale lembrar que o jornalismo, ao seu
início, era confundido com Literatura. Um texto sobre um 1. Você escreve um recado para o amigo que senta ao seu lado
assassinato, por exemplo, poderia começar assim:" Chovia na escola, inventando uma história:
muito, e raios luminosos atiravam-se à terra. Num desses "Estou namorando a Julieta".
clarões, uma faca surge das trevas..." Dá-se o nome de nariz de
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Que tipo de texto é esse? Ficcional. Tem gente que chama isso regra. Antes de discutirmos sua estrutura é preciso saber o que
de mentira. é um texto. Segundo Ingidore Koch, o conceito de texto depende
das concepções que se tenha de língua e de sujeito. Na
2. Por outro lado, vamos supor que o bilhete é verdadeiro. Isto é, concepção de língua como representação do pensa-mento e de
você pediu a Julieta em namoro e ela respondeu "sim, Romeu!". sujeito como senhor absoluto de suas ações e de seu dizer, o
E agora você está louco para contar vantagem para o amigo da texto é visto como um produto - lógico - do pensamento
carteira do lado. Se o bilhete diz "Estou namorando a Julieta", (representação mental) do autor, nada mais cabendo ao
neste caso é verdade, isso acontece mesmo. Então, esse bilhete leitor/ouvinte senão captar essa representação mental,
é um texto informativo. Isto quer dizer então que a história juntamente com as intenções (psicológicas) do produtor,
inventada é mentira? Digamos que é "de mentirinha". Alguém já exercendo, pois, um papel essencial-ente passivo. Na
disse que a literatura é "a mentira que encanta". As histórias concepção de língua como código - portanto, como mero
inventadas saem da cabeça do escritor. O Sítio do Pica-pau instrumento de comunicação - e de sujeito como
Amarelo, que Monteiro Lobato inventou, nunca existiu em lugar (pré)determinado pelo sistema, o texto é visto como simples
nenhum que nossos olhos pudessem ver. O Sítio foi criado pela produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo
imaginação de Lobato e existe na imaginação de quem lê a leitor/ouvinte, bastando a este, para tanto, o conhecimento do
história. Ou seja, o Sítio existe em outro mundo, que a gente não código, já que o texto, uma vez codificado, é totalmente explícito.
vê: é o mundo da imaginação. “Texto é um tecido verbal Já na concepção interacional (dialógica) da língua, afirma Koch,
estruturado de tal modo que as idéias formam um todo coeso, na qual os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais,
uno, coerente. Todas as partes devem estar interligadas e o texto passa a ser considerado o próprio lugar da interação e os
manifestar um direcionamento único. Assim, um fragmento que interlocutores, como sujeitos ativos que - dialogicamente - nele
trata de diversos assuntos não pode ser considerado texto. Da se constroem e são construídos. Desta forma, há lugar, no texto
mesma forma, se lhe falta coerência, se as idéias são para toda gama de implícitos, dos mais variados tipos, somente
contraditórias, também não se constitui texto. Se os elementos detectáveis quando se tem, como pano de fundo, o contexto
da frase que possibilitam a transição de uma idéia para outra sociocognitivo dos participantes da interação. Ingidore adota
não estabelecem coesão entre as partes expostas, o fragmento ainda uma última concepção na qual a compreensão deixa de
não se configura um texto. Essas três qualidades - unidade, ser entendida como simples “captação” de uma representação
coerência e coesão - são essenciais par a existência de um mental ou como a decodificação de mensagem resultante de
texto”. Veja-se um exemplo apresentado por João Bosco uma codificação de um emissor. Ela é uma atividade interativa
Medeiros, em “Português Instrumental”.: “O carnaval altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza,
carioca é uma beleza, mas mascara, com o seu luxo, a miséria evidentemente, com base nos elementos lingüísticos presentes
social, o caos político, o desequilíbrio que se estabelece entre o na superfície textual e na sua forma de organização, mas que
morro e a Sapucaí. Embora todos possam reconhecer os méritos requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes
de artistas plásticos que ali trabalham, o povo samba na avenida (enciclopédia) e sua reconstrução deste no interior do evento
como herói de uma grande jornada. E acrescente-se: há comunicativo. O sentido de um texto é construído na interação
manifestação em prol de processos judiciais contra costumes texto-sujeitos e não algo que preexista a essa interação.
que ofendem a moral e agridem a religiosidade popular. O Resumindo, texto é uma unidade lingüística concreta, percebida
carnaval carioca, porque se afasta de sua tradição, está pela audição (na fala) ou pela visão (na escrita), que tem
tornando-se desgracioso, disforme, feio.” O trecho anterior é um unidade de sentido e intencionalidade comunicativa. Entretanto é
fragmento que não se constitui texto. Falta-lhe coerência entre a possível notar que os enunciados (falas) não são o único
afirmativa inicial e a final. A oração subordinada que se inicia elemento responsável pelo sentido da interação lingüística. Além
com embora não apresenta coesão em relação à oração do texto, há na situação comunicativa, outros elementos que
principal; não é possível entender o que o autor quis dizer com também auxiliam na construção do sentido, como os papéis
aquelas palavras. Como o texto senta várias informações, várias sociais que os interlocutores desempenham, a intenção do
direções: moral, política, social, religiosa, estática, acaba por não locutor, o conhecimento de mundo do interlocutor, as
constituir um todo. Não há completude, inteireza, unidade. Os circunstâncias históricas ou sociais em que se dá a
elementos estruturais do texto são: o saber partilhado, a comunicação, etc. Um texto pode ser formado apenas pela
informação nova, as provas, a conclusão, o tema, a referência. linguagem verbal (por exemplo, um poema, um romance),
Por saber partilhado entende-se a informação antiga, do apenas pela linguagem visual (um desenho, uma pintura), como
conhecimento da comunidade. De modo geral, o saber também pelas linguagens verbal e visual (uma história em
partilhado aparece na introdução, um local privilegiado para a quadrinhos, um filme). Quando há o emprego dos dois tipos de
negociação com o leitor. Não é difícil admitir que a informação linguagens, o sentido global do texto só se faz com o
que vai de “não é fácil escrever sobre seu próprio pai” até cruzamento das duas linguagens. Podemos classificar os textos,
“sentimental” pertence ao saber partilhado. O emissor negocia quanto a sua estrutura, em narrativo, descritivo e dissertativo.
com o leitor, coloca-se num nível de entendimento, estabelece Vejamos aqui as características de um texto dissertativo e seu
um do, para, em seguida, expor informações novas. A conceito.
informação nova caracteriza-se como uma necessidade para a
existência do texto. Sem ela, não há razão para o emissor
escrever nada. Um texto só se configura texto quando veicula • O texto dissertativo, ou seja, a dissertação é uma explanação
uma informação que não era do conhecimento do leitor, ou que lógica de idéias. É um texto que analisa e interpreta dados da
não o era da forma como será exposta, o que implica, realidade por meio de conceitos abstratos.
naturalmente, matizes novos e, conseqüentemente, uma nova
maneira de ver os A informação nova não significa originalidade
total, absoluta. É análoga ao contrato que o leitor faz com o • O texto narrativo envolve uma dinamicidade que deter-mina
ficcionista. Ninguém, ao ler “Dom Casmurro”, estará interessado uma transformação nos fatos e nas personagens. Chamamos
em saber se os acontecimentos relatados são reais, se houve isto de progressão narrativa. Para que a progressão narrativa
tempo e naquele espaço uma pessoa que se identificava com a aconteça é preciso que se entabule um conflito entre as
personagem -do livro. O leitor entra em acordo com o narrador, personagens. Narração é a exposição escrita ou falada de um
admitindo como verossímeis os acontecimentos relatados. Da fato. É um relato de acontecimentos em determinada seqüência,
mesma forma, o leitor de “Memórias de Brás Cubas” não tendo como elementos integrantes:
contesta a possibilidade de um defunto ser narrador. Aceita o
fato e dá prosseguimento à leitura”. É sabido que, conforme a a) As personagens,
perspectiva teórica que se adote, o mesmo objeto pode ser
concebido de maneiras diversas. O conceito de texto não foge a b) Os fatos,
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• Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos
c) O tempo, interiores, dos ambientes em que ocorrem as ações,
tentando dar ao leitor uma visualização das, suas
d) O espaço e particularidades, de seus traços distintivos e típicos.
b) literária. Narração
Tem-se um conteúdo informativo quando se escreve sobre • As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes
coisas que acontecem, como nas notícias que aparecem em ou não, forças naturais ou fatores ambientais, que
jornais, revistas e na Internet, bem como nas leis e bulas. desempenham papel no desenrolar dos fatos. Toda
narrativa tem um protagonista que é a figura central, o
herói ou heroína, personagem principal da história.O
Gêneros Textuais personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos
desígnios do protagonista, chama-se antagonista, e é
com ele que a personagem principal contracena em
Descrição
primeiro plano. As personagens secundárias, que são
chamadas também de comparsas, são os figurantes de
Texto Descritivo influencia menor, indireta, não decisiva na narração. O
narrador que está a contar a história também é uma
Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos personagem, pode ser o protagonista ou uma das
mais característicos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, outras personagens de menor importância, ou ainda
ser e etc. As perspectivas que o observador tem do objeto, é uma pessoa estranha à história. Podemos ainda, dizer
muito importante, tanto na descrição literária quanto na que existem dois tipos fundamentais de personagem:
descrição técnica. É esta atitude que vai determinar a ordem na as planas: que são definidas por um traço
enumeração dos traços característicos para que o leitor possa característico, elas não alteram seu comportamento
combinar suas impressões isoladas formando uma imagem durante o desenrolar dos acontecimentos e tendem à
unificada. Uma boa descrição vai apresentando o objeto caricatura; as redondas: são mais complexas tendo
progressivamente, variando as partes focalizadas e associando- uma dimensão psicológica, muitas vezes, o leitor fica
as ou interligando-as pouco a pouco. Podemos encontrar surpreso com as suas reações perante os
distinções entre uma descrição literária e outra técnica. acontecimentos.
Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
• Seqüência dos fatos (enredo): Enredo é a seqüência
• Descrição Literária: A finalidade maior da descrição dos fatos, a trama dos acontecimentos e das ações dos
literária é transmitir a impressão que a coisa vista personagens. No enredo podemos distinguir, com maior
desperta em nossa mente através do sentidos. Daí ou menor nitidez, três ou quatro estágios progressivos:
decorrem dois tipos de descrição: a subjetiva, que a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o
reflete o estado de espírito do observador, suas clímax, o desenlace ou desfecho. Na exposição o
preferências, assim ele descreve o que quer e o que narrador situa a história quanto à época, o ambiente, as
pensa ver e não o que vê realmente; já a objetiva traduz personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse
a realidade do mundo objetivo, fenomênico, ela é exata estágio ocorre, na maioria das vezes, principalmente
e dimensional. nos textos literários mais recentes, a história começa a
ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”),
• Descrição de Personagem: É utilizada para ou seja, no estágio da complicação quando ocorre e
caracterização das personagens, pela acumulação de conflito, choque de interesses entre as personagens. O
traços físicos e psicológicos pela enumeração de seus clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio
hábitos, gestos, aptidões e temperamento, com a de maior tensão do conflito entre as personagens
finalidade de situar personagens no contexto cultural, centrais, desencadeando o desfecho, ou seja, a
social e econômico . conclusão da história com a resolução dos conflitos.
• Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, • Os fatos: São os acontecimentos de que as
geralmente o observador abrange de uma só vez a personagens participam. Da natureza dos
globalidade do panorama, para depois aos poucos, em acontecimentos apresentados decorre o gênero do
ordem de proximidade, abranger as partes mais típicas texto. Por exemplo o relato de um acontecimento
desse todo. cotidiano constitui uma crônica, o relato de um drama
social é um romance social, e assim por diante. Em
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toda narrativa há um fato central, que estabelece o pública. No carnaval a cidade é do povo e de ninguém
caráter do texto, e há os fatos secundários, mais”.
relacionados ao principal.
No discurso direto é freqüente o uso dos verbo de
• Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em locução ou descendi: dizer, falar, acrescentar,
diversos lugares, ou mesmo em um só lugar. O texto responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
narrativo precisa conter informações sobre o espaço, travessões. Porém, quando as falas das personagens
onde os fatos acontecem. Muitas vezes, principalmente são curtas ou rápidas os verbos de locução podem ser
nos textos literários, essas informações são extensas, omitidos.
fazendo aparecer textos descritivos no interior dos
textos narrativo. • Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir,
com suas próprias palavras, o pensamento ou a fala
• Tempo: Os fatos que compõem a narrativa das personagens.
desenvolvem-se num determinado tempo, que consiste
na identificação do momento, dia, mês, ano ou época
em que ocorre o fato. A temporalidade salienta as Exemplo:
relações passado/presente/futuro do texto, essas
relações podem ser linear, isto é, seguindo a ordem “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e
cronológica dos fatos, ou sofre inversões, quando o passados, os meus primeiros passos em liberdade, a
narrador nos diz que antes de um fato que aconteceu fraternidade que nos reunia naquele momento, a minha
depois. literatura e os menos sombrios por vir”.
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O • Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da
cronológico é o tempo material em que se desenrola à personagem se mistura à fala do narrador, ou seja, ao
ação, isto é, aquele que é medido pela natureza ou pelo fluxo normal da narração.
relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da
personagem, depende da sua percepção da realidade, Exemplo:
da duração de um dado acontecimento no seu espírito.
“Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
• Narrador: observador e personagem: O narrador,
alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
como já dissemos, é a personagem que está a contar a
lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez
história. A posição em que se coloca o narrador para
pensassem que estivesse doido. Como poderia andar um
contar a história constitui o foco, o aspecto ou o ponto
homem àquela hora , sem fazer nada de cabeça no tempo,
de vista da narrativa, e ele pode ser caracterizado por :
um branco de pés no chão como eles? Só sendo doido
mesmo”.
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo
(José Lins do Rego)
o que diz respeito às personagens e à história,
tendo uma visão panorâmica dos
a
acontecimentos e a narração é feita em 3
pessoa. Dissertação
Formas de apresentação da fala das personagens • Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as
idéias colocadas na introdução serão definidas com os
Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e dados mais relevantes. Todo desenvolvimento deve
falam. Há três maneiras de comunicar as falas das estruturar-se em blocos de idéias articuladas entre si,
personagens. de forma que a sucessão deles resulte num conjunto
coerente e unitário que se encaixa na introdução e
• Discurso Direto: É a representação da fala das desencadeia a conclusão.
personagens através do diálogo.
• Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela
Exemplo: síntese da idéia central. Na conclusão o autor reforça
sua opinião, retomando a introdução e os fatos
“Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono resumidos do desenvolvimento do texto. Para haver
da verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem maior entendimento dos procedimentos que podem
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ocorrer em um dissertação, cabe fazermos a distinção suscetibilidades individuais de quem quer que seja, por mínima
entre fatos, hipótese e opinião. que possa parecer esta ofensa.
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e Informativo: É evidente que tudo depende das circunstâncias,
reconhecida; é a obra ou ação que realmente se praticou. do briefing específico, mas não poderemos jamais relegar para
segundo plano o caráter informativo que o anúncio deve ter
- Hipótese: É a suposição feita a cerca de uma coisa possível sobre características e virtudes do produto. Se o produto tem
ou não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação algum ingrediente inédito, por exemplo, explique o que é e para
sobre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. que serve. Se houver espaço e oportunidade, mostre como este
ingrediente age. Se o produto ou serviço incorpora alguma nova
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação tecnologia, estude–a o suficiente para estar seguro de que seu
ou desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e texto é realmente esclarecedor. Algum benefício ou alguma
objetos descritos, é um parecer particular,um sentimento que se promessa muito facilmente identificáveis devem estar claramente
tem a respeito de algo. estampados lá no anúncio. Nada de rodeios, e nada de presumir
que o Sr. Target vai entender suas intenções geniais, porém
ocultas. Clareza e conteúdo na informação é metade do sucesso
Propaganda garantido!
Texto curto ou texto longo? E nada de preguiça: O publicitário, particularmente aquele que
trabalha em Criação, é sobretudo um artesão. Por isso, fazer um
Muita gente, por achar que as novas gerações de bom texto publicitário também é buscar a perfeição. Tá bom,
consumidores representam o que não se poderia chamar raras vezes isso é possível, porque o Atendimento e o cliente
exatamente de letradas, por seus níveis insuficientes de leitura e não saem mesmo do pé, ficam enchendo o saco, querem tudo
crescente apego à imagem – acredita que textos publicitários para ontem, etc. Mas, quando dá, é seu dever como redator
devam ser curtos ou, até, inexistentes. É o pessoal que advoga a brincar com o texto até a beira da exaustão. Pesquise, vá à
comunicação eminentemente conceitual, seja lá o que isso biblioteca mais próxima, vá à internet, procure literatura e
signifique. Por falar nisso, existe um conceito por aí que diz que referências sobre o tema. Escreva e reescreva o anúncio mil
a atual geração (nascidos nos anos oitenta e após) é vezes, troque palavras, experimente sonoridades, mude as
predominantemente formada por Xers (leia–se écsers), isto é, a abordagens, tente o humor, tente o sentimentalismo, tente o
turma do X, das opções por múltipla escolha, da linguagem de apelo à razão, tente idéias antagônicas, tente o escambau…
videogame, em suma, gente que não gosta de ler e quer receber pois sabe–se lá qual poderá ser o resultado. Tire a primeira
a informação já mastigada, prontinha para digestão. Esta frase, se não fizer diferença, é porque ela estava a mais;
rapaziada estaria em contraposição aos boomers, no caso eu, continue fazendo o mesmo com as demais frases. Faça isso
nascido no boom populacional da década de 1950, e meus também com algumas palavras, e preste muita atenção aos
contemporâneos, os quadradões que estudaram filosofia e latim vícios de linguagem, coisas como “vai estar fazendo” em lugar
no colégio e foram obrigados a ler na marra Machado de Assis e de um simples “fará”, ou “temos a certeza” em vez de “temos
demais expoentes da literatura em língua portuguesa (eu era um certeza”. E para matar a pau, enxugue ao máximo textos e
sortudo e não sabia). Se partimos deste princípio de Xers, idéias, porque a síntese na sua comunicação é o pulo do gato da
boomers, geração isso, geração aquilo, corremos apenas o risco Propaganda eficaz.
de alimentar preconceitos que, como já vimos, são puro veneno
para a boa comunicação. O que é indispensável é conhecer Invente: O bom texto publicitário deve, enfim, ser trabalhado
bastante bem o público–alvo para falar com ele de modo a mais como se trabalha na confecção de um mosaico, unindo peças
facilmente persuadi–lo para as virtudes do produto anunciado. (as palavras) as mais variadas para obter um resultado
Em outras palavras, faça seu texto publicitário do tamanho que surpreendente. Eis mais uma razão para se esforçar
você achar que deve fazer e em função do que o seu feeling continuamente no desenvolvimento de um bom vocabulário,
disser. coisa que se obtém, nunca é demais lembrar, pelo exercício
constante da leitura de todos os gêneros literários e de tudo que
Use palavras simples: Nada desse negócio de querer ganhar o possa estar ao seu alcance. Uma coisa eu garanto: o texto que
Prêmio Nobel de literatura com um anúncio. Embora devamos nascer depois de muita transpiração do redator será,
respeitar a inteligência do Sr. Target, temos a obrigação de certamente, um ótimo texto publicitário.
lembrar sempre que a simplicidade, no caso, é a mãe dos
resultados. Anúncios, embora valham–se de texto e arte, não
são obras artísticas a priori; são peças construídas em função de Cuidado com redundâncias.
uma expectativa de vendas! Daí, a necessidade da simplicidade,
o que não nos desobriga do bom gosto e dos argumentos As redundâncias de texto/imagem ocorrem, mais
inteligentes. O Sr. Target não é uma pessoa só, são milhões de freqüentemente, no filmes publicitários, e são um desperdício de
pessoas com bagagens culturais e vocabulários recursos.
necessariamente diferentes, então não podemos nos arriscar
com o uso de termos estranhos àquilo que consideramos o Exemplo: a imagem mostra uma maçã.
conhecimento do homem médio.
E o texto diz: maçã.
Coloquial é bom: Propaganda é, por definição, um ato de
persuasão. E ninguém melhor para nos persuadir do que um Agora vejamos de outra forma. A imagem mostra uma maçã e o
amigo próximo, certo? A linguagem coloquial representa texto diz: a tentação do sabor. Faz muita diferença, não? Evitar a
exatamente alguém próximo, em quem podemos confiar. O redundância significa ganho de tempo e de espaço que poderá
produto passa a ser esse alguém em quem podemos confiar! ser utilizado para o desenvolvimento de algo mais, como um
Claro que não se trata, principalmente no caso da mídia novo argumento, uma idéia acessória, etc. Se, num filme de
eletrônica, daquele locutor com voz de travesseiro sussurrando trinta segundos, por exemplo, tivermos redundância
no ouvido do Sr. Target. O coloquial, aqui, tem o sentido de texto/imagem, teremos aí os mesmíssimos trinta segundos de
proximidade, mas – atenção! – tenha sempre muito cuidado na informação. Mas se o texto ocupar trinta segundos com a
escolha das idéias, e das palavras que as expressarão, pois, por informação X, e a imagem ocupar trinta segundos com a
falarmos com grupos, não iremos nos arriscar a ofender as informação complementar Y, o filme continuará com trinta
segundos de tempo, mas com sessenta segundos de
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LÍNGUA PORTUGUESA
informação. Pura malandragem para fazer o anúncio crescer; é encarregado de redigir os editoriais é chamado de editorialista.
fermento de publicitário! Um outro cuidado a se tomar é evitar o Na chamada "grande imprensa", os editoriais são apócrifos - isto
reaproveitamento do mesmo texto para diferentes mídias (muita é, nunca são assinados por ninguém em particular. A opinião de
gente apela para este recurso). Isto, porque diante de cada um veículo, entretanto, não é expressada exclusivamente nos
mídia o comportamento do Sr. Target poderá alterar–se, e um editoriais, mas também na forma como organiza os assuntos
texto que eventualmente funcione bem na TV talvez não repita o publicados, pela qualidade e quantidade que atribui a cada um
mesmo desempenho no rádio. Finalmente, se for o caso, (no processo de Edição jornalística). Em casos em que as
radicalize no combate à redundância: elimine o texto e veja se a próprias matérias do jornal são imbuídas de uma carga opinativa
imagem fala melhor sozinha! Não é incomum que isto aconteça. forte, mas não chegam a ser separados como editoriais, diz-se
Caso real. Antes, alerto que já no Volume 1 deste livro evitei a que é Jornalismo de Opinião.
todo custo a reprodução de anúncios pelas razões que lá expus
na Apresentação. Havia me proposto a fazer o mesmo neste
segundo volume, mas abro uma exceção para um anúncio Cartaz
maravilhoso que eu e o Newton Cesar criamos, certa vez, e que
foi um caso típico da eliminação pura e simples do texto. Era um Observe os seguintes critérios na produção de cartazes:
anúncio para um cliente de varejo – Lojas Camicado, de São
Paulo, SP – e Dia das Mães no calendário promocional. Note • Tamanho: o tamanho mínimo para um cartaz é o de uma
que outra imagem já havia sido produzida e o texto cartolina e deverá ter um espaçamento de 3 cm entre as
correspondente redigido, mas o sem–graça do Newton resolveu bordas e o conteúdo. Não é necessário fazer margem no
mudar a imagem de última hora. Quando vi o que ele tinha cartaz.
aprontado, decidi simplesmente eliminar o texto.
• Título: os títulos, normalmente, são escritos com letras
grandes e com cores fortes para chamar a atenção. Pode
Faça o Sr. Target sonhar!
ter um destaque com relação ao restante do texto do
cartaz.
Ninguém compra produtos, compram–se promessas,
compram–se benefícios. Compram–se, enfim, idealizações,
• Textos: os textos usados em cartazes são curtos ou em
projeções, sonhos. Faça, portanto, o Sr. Target sonhar. Charles
tópicos. Eles são divididos em blocos menores. A idéia é
Revson, fundador da indústria de cosméticos Revlon, dizia: “na
transmitir algumas informações de maneira rápida e
indústria fabricamos cosméticos, na loja vendemos esperança”.
objetiva.
Ou, como dizem alguns publicitários “ninguém compra uma
broca, compra buracos na parede!” Em suma, o que o
• Palavras Chaves: colocar em destaque as palavras
consumidor quer – e paga por isso – é a obtenção de resultados
chaves para chamar a atenção do assunto apresentado
(para entender melhor a extensão do significado de “o que o
no cartaz.
consumidor quer”, veja capítulo O marketing e as necessidades
humanas). Este princípio cabe perfeitamente em qualquer
• Desenhos, fotos ou imagens: esses recursos têm como
produto que você vá anunciar. Seu anúncio promete resultados?
Nada mais a dizer. objetivo ilustrar as informações, tornando o cartaz mais
atraente, estando sempre integrado ao conteúdo.
Editorial
Tenha bom senso na escolha das figuras (prefira imagens
grandes e visíveis ao espectador).
O editorial é um artigo que exprime a opinião do órgão
jornalístico. Geralmente, é escrito pelo redator-chefe , possuindo • Uso de cola: ao usar cola para fixar as imagens no
uma linguagem própria, e publicado com destaque na Segunda cartaz, lembre-se de limpar as bordas das figuras. Nunca
ou terceira página do jornal ou da revista. deixar pontas soltas e sem colar.
As características da linguagem são: ser formal, • Referência: pode aparecer em destaque menor, mas não
padrão, objetiva, conceitual; por ser impessoal, deve deixar de ser escrita no cartaz.
emprega-se a terceira pessoa; quanto ao conteúdo, sua
estrutura é dissertativa, organizada em tese
• Cores: usar no máximo três cores. Evitar cores claras,
(apresentação sucinta de uma questão a ser discutida);
como: amarelo, verde limão ou similares.
desenvolvimento ( possuir argumento e contra-
argumentos indispensáveis à discussão e à defesa do
• Linhas de Suporte: sempre que for necessário o uso de
ponto de vista do jornal) e conclusão (síntese das idéias
linhas como suporte para auxílio na hora de escrever o
anteriormente desenvolvidas) Além disso, deve-se usar
texto, lembre-se de riscá-las a lápis sem pressionar muito
exemplos que ilustram o assunto em questão. Possuir
para evitar marcas, apagando ao término da escrita.
coerência entre o título e o conteúdo, não ter assinatura
e expressa o ponto de vista do veículo ou da empresa
• Esboço: antes de colar ou escrever, faça um esboço ou
responsável pela publicação. Desta forma, o editorial é
um texto opinativo, cujas idéias expressas contêm a uma montagem prévia do seu cartaz para evitar rasuras
visão de seus responsáveis. ou borrões.
Os editoriais são textos de um jornal em que o conteúdo • Rasuras: não serão permitidos rasuras e borrões nos
expressa a opinião da empresa, da direção ou da equipe de cartazes.
redação, sem a obrigação de ter alguma imparcialidade ou
objetividade. Geralmente, grandes jornais reservam um espaço • Revisão: Sempre fazer uma revisão do texto.
predeterminado para os editoriais em duas ou mais colunas logo
nas primeiras páginas internas. Os boxes (quadros) dos
editoriais são normalmente demarcados com uma borda ou
tipografia diferente para marcar claramente que aquele texto é
opinativo, e não informativo. Editoriais maiores e mais analíticos
são chamados de artigos de fundo. O profissional da redação
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LÍNGUA PORTUGUESA
Bula
- Indicações
- Contra-Indicações
- Precauções e Advertências
- Reações Adversas
- Interações Medicamentosas
- Posologia
Exemplo:
Anúncio
Observe:
Uma Charge é um Texto? Nesta fase do trabalho, feita a sondagem da turma, o debate
e reflexão sobre o assunto das charges, serão observadas
Pode-se constatar que em provas de vestibulares, marcas textuais como coerência, coesão, ironia, intencionalidade
principalmente na área de redação, várias instituições de ensino e outros em sua relação. A partir da experiência leitora, a
utilizam os textos não-verbais como subsídio a mais para o abordagem de tais recursos textuais será relatada conforme a
debate de determinados temas, polêmicos ou não, funcionando experiência feita com os discentes do ensino médio
como um objeto concreto para a produção textual. Além disso, selecionados.
estes “pequenos grandes” textos são atração a parte em revistas
e jornais diariamente. Quem não abriu o jornal no final de
semana e se deteve, nem que por alguns momentos, na leitura A Coerência
de tiras, quadrinhos e/ou charges? A imagem visual da charge,
através de um processo interno de leitura e análise parece dizer A incoerência textual se dá quando o receptor não consegue
e exigir algo a mais ao/do leitor. Professores, historiadores, perceber qualquer continuidade no sentido e arrisca uma opinião
filósofos, psicólogos e outros estão, mais que em outros tempos, desfocada, ou mesmo não entende a quebra dos sentidos. No
preocupados em esclarecer os problemas e dar soluções para caso das charges estudadas (Figuras 2 e 3), podemos perceber
os possíveis motivos de não-criticidade na escola. O que durante pistas. Primeiramente percebe-se a presença de figuras
anos ficou restrito a pesquisadores e estudiosos das áreas da específicas e logo parte-se para a leitura de falas ou de outras
linguagem, hoje é de interesse geral. Muitos se habilitam a falar marcas presentes. Alguns destes textos apresentam somente as
que o problema da leitura está na precária condição sócio- ilustrações dispensando a parte verbal, mas, neste caso, as
econômica das pessoas; outros dizem haver falta de interesse charges em questão apresentam tanto uma parte verbal quanto
e/ou de preparo dos profissionais da área (professores) que, uma não-verbal complementares no sentido o que dá certa
sem salários dignos, não conseguem manter seu coerência ou deslizamento de sentidos. No caso, a figura mostra
aperfeiçoamento contínuo. Alguns acreditam que o hábito da concretamente ações, atitudes, expressões, gestos que auxiliam
leitura se dá desde o nascimento (leitura de mundo) e que um na produção de determinados sentidos. A parte escrita explica o
dos aspectos importantes a serem analisados em assíduos e que está ocorrendo e dá uma “pitada de pimenta” ao texto, pois
bons leitores é o fato de terem contato com os livros desde a além de ser um objeto de análise temporal, utiliza muito humor,
infância, sempre incentivados pelos pais. Existe uma infinidade sátira e/ou ironia. Portanto, existe coerência na charge se ela
de estudos que analisam livros, poesias, crônicas, contos e tiver os elementos que façam com que o leitor descubra sentidos
outros tipos de textos como objeto simbólico de pesquisa em possíveis em sua leitura, mas nem sempre eles apresentarão a
áreas diferentes da Lingüística. Particularmente, no caso da apreensão de sentidos mesmos ou na mesma ordem, isso
charge, não é freqüente o trato com esta tipologia textual, depende de experiências leitoras, de mundo e as próprias
embora ela contenha os elementos essenciais para ser vivências de cada um. Neste sentido o encaminhamento que o
considerada enquanto processo de comunicação (texto), leitor dá a interpretação do texto que não precisa ter
podendo ser verificada em suas formações discursivas, dentro necessariamente coerente, pois estamos diante de um processo
de um contexto sócio-histórico-ideológico. Na leitura de charges de antecipação de sentidos e estes podem sempre ser outros. O
pode-se aplicar, como diz Koch, a “metáfora do iceberg: como importante aqui é fazer com que os alunos percebam os
este todo texto possui apenas uma pequena superfície exposta e elementos constitutivos de uma charge na maioria dos casos
uma imensa área imersa subjacente”. Portanto, a partir disso, o (ilustrações e escrita) e que uma faz com que a outra tome
que interessará é desvendar “um jogo de linguagem”, ou seja, a corpo, que tenha significação. Ficaria fácil demonstrar esse
heterogeneidade da charge, tudo que ela suporta explícita ou fenômeno se o leitor apenas olhasse para as figuras e fizesse
implicitamente, o que ela fala ou deixa de falar. Inicialmente a sua leitura sem a parte escrita e vice-versa. Como seria sua
justificativa para a análise da charge é sustentada pelo fato de interpretação do texto desta forma? Talvez faltassem alguns
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dados essenciais para que o assunto fosse abordado da mesma que se construa a textualidade. O leitor é orientado para uma
forma, pois se testarmos com a figura 2, o aluno veria apenas a determinada conclusão. A intencionalidade na charge também
cena de um bandido apontando o dedo para um policial. Com a está relacionada a um fato social de determinada época ou
escrita inserida existe a constatação de que o bandido está tempo. É um texto temporal, que pode não ser compreendido de
repreendendo o policial pelo uso de arma de fogo. Por vezes a um ano para outro. Corre o risco de ser esquecido de uma hora
charge pode trazer o inesperado como a mudança de foco, um para outra. O que parece interessar é a crítica, é a oportunidade
gesto diferente que faz a interpretação tomar outro rumo, mas de fazer o leitor pensar e repensar a situação e, quem sabe, a
isso depende da intenção do chargista. sua vida.
Figura 2
A Coesão
A Intencionalidade
Crônica Dissertativa: Opinião explícita, com - Envolve poucas personagens, e as que existem se
argumentos mais “sentimentalistas” do que “racionais” movimentam em torno de uma única ação.
(em vez de “segundo o IBGE a mortalidade infantil
aumenta no Brasil”, seria “vejo mais uma vez esses - As ações se passam em um só espaço, constituem
pequenos seres não alimentarem sequer o corpo”). um só eixo temático e um só conflito.
Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do
plural. - A habilidade com as palavras é muito importante,
principalmente para se utilizar de alusões ou sugestões,
Crônica Narrativo-Descritiva: É quando uma crônica frequentemente presentes nesse tipo de texto.
explora a caracterização de seres, descrevendo-os. E,
ao mesmo tempo mostra fatos cotidianos ("banais", Além de fecundo na diversidade temática, os contos brasileiros
comuns) no qual pode ser narrado em 1ª ou na 3ª são fecundos na produção. Talvez isso aconteça porque os
pessoa do singular. contos produzidos no Brasil, principalmente a partir do
modernismo, tem adquirido identidade própria e se manifestado
Crônica Humorística: Apresenta uma visão irônica ou das mais diversas maneiras, de modo que dificilmente são fiéis
cômica dos fatos. às características acima citadas. Podemos até arriscar falar
sobre alguns tipos de contos, como os contos alegóricos, os
Crônica Lírica: Linguagem poética e metafórica. contos fantásticos, os contos satíricos, os contos de fadas, entre
Expressa o estado do espírito, as emoções do cronista outros, mas não podemos traçar características fixas para eles,
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justamente devido a essa liberdade que os autores têm de Autor de vários livros, Paul Caro tem um traduzido em
imprimir novas características a cada conto que produzem. português: "A Roda das Ciências - Do Cientista à Sociedade, os
Itinerários do Conhecimento". Hoje, na Fundação Calouste
Gulbenkian, em Lisboa, fala sobre as últimas avaliações à
Reportagem e Notícia cultura científicas dos europeus, sem esquecer os portugueses.
1. Manchete
Portanto, uma boa maneira de divulgar a ciência é contar
2. Lead uma história?
longe - distante
E onde inclui a astronomia?
delicioso - saboroso
Está em sexto ou sétimo lugar. Como fornece belas imagens,
é popular em revistas sobre ciência. Outro tópico divulgado é o carro - automóvel
que diz respeito à Terra como um lugar terrível, como os
vulcões, os sismos. Observe que o sentido dessas palavras são próximos, mas não
são exatamente equivalentes. Dificilmente encontraremos um
sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a
O que concluíram as últimas avaliações sobre a cultura mesma coisa que outra. Há uma pequena diferença de
científica na Europa e em Portugal? significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa e
lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte
O Eurobarómetro indica o nível de conhecimentos e de frase:
interesse pela ciência dos cidadãos. Em geral, o nível de
conhecimentos é maior nos países do Norte. Mas o interesse é - Comprei um novo lar.
maior no Sul - não tanto em Portugal, onde não é muito, mas por
exemplo na Grécia. A Alemanha tem um nível mau de interesse, Obs.: O uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade
porque a imagem da ciência é má, mas o conhecimento é muito nos processos de retomada de elementos que inter-relacionam
bom. Mas as perguntas do Eurobarómetro são um pouco as partes dos textos.
estranhas. Não mudam há dez anos, porque querem manter as
mesmas perguntas, mas assim não se faz uma avaliação real.
Mas há muitos inquéritos nacionais à cultura científica. Sabe-se Antônimos
que apenas 20 por cento das pessoas têm algum interesse pela
ciência. São palavras que possuem significados opostos, contrários.
Exemplos:
E qual é a opinião que o público tem dos cientistas?
mal / bem
É bastante boa. Há uma série de dados sobre em quem se
confia. Os cientistas aparecem logo depois dos médicos. No ausência / presença
último lugar, vêm os políticos e, logo acima, os jornalistas.
fraco / forte
Exemplo:
claro / escuro
subir / descer
cheio / vazio
possível / impossível
3. SENTIDO PRÓPRIO E
FIGURADO DAS PALAVRAS
Parônimos
retificar e ratificar;
emergir e imergir.
5. A par e Ao par:
* A par é usado, no sentido de "estar bem informado", ter 10. Senão e Se não:
conhecimento". * Senão significa "caso contrário, a não ser".
* Ao par só é usado para indicar equivalência entre valores * Se não ocorre em orações subordinadas adverbiais
cambiais. condicionais; equivale a "caso não".
Ex. Estou a par de todos os acontecimentos. Ex. Nada fazia senão reclamar.
O real está ao par do dólar. Estude bastante, senão não sairá sábado à noite.
Ex. Suas idéias vêm ao encontro das minhas, mas * Nós vimos é o verbo vir no presente do indicativo.
suas ações vão de encontro ao nosso acordo. (Suas
idéias são tais quais as minhas, mas suas ações são Ex. Ontem, nós viemos procurá-lo, mas você não
contrárias ao nosso acordo) estava.
* A é usado para indicar tempo futuro. 12. Torcer por e Torcer para:
* Torcer por, pois o verbo torcer exige esta preposição.
Ex. Ele partiu há duas semanas.
* Torcer para é usado, quando houver indicação de finalidade,
Estamos a dois dias das eleições. equivalente a "para que", "a fim de que".
* Sentar-se na mesa significa sentar-se sobre a mesa. * Tiritar significa "tremer de frio ou de medo".
* Sentar-se à mesa significa sentar-se defronte à mesa. O Ex. A campainha tilintava sem parar.
mesmo ocorre com "estar ao computador, ao telefone, ao
portão, à janela ... O rapaz tiritava de frio.
Ex. Foi curta minha estada na cidade. * Hajam vista pode-se usar, quando não houver a preposição a
à frente e quando o substantivo posterior estiver no plural.
Paguei a estadia de meu automóvel.
Ex. Haja vista aos problemas.
Haja vista os problemas.
18. A domicílio e Em domicílio:
* A domicílio só se usa quando dá idéia de movimento. Hajam vista os problemas.
Ex. O fato passou-me totalmente despercebido. - Estou com uma dor terrível na minha cabeça. (parte
do corpo).
Ele estava desapercebido de dinheiro.
- Ele é o cabeça do projeto. (chefe).
* Ouvir significa "perceber pelo sentido da audição". - O piloto sofreu um grave acidente (trágico).
Ex. Escutou, a tarde toda, as reclamações da esposa. - Ele comprou uma nova linha telefônica. (contato ou
conexão telefônica).
Ao ouvir aquele som estranho, saiu em disparada.
- Nós conseguimos traçar a linha corretamente. (traço
contínuo duma só dimensão).
23. Olhar e Ver:
* Olhar significa "estar atento para ver".
Conotação e Denotação
* Ver significa "perceber pela visão".
Em diversos textos, nem sempre a linguagem apresenta um
único sentido. Em alguns contextos as frases podem ganhar
Denotação: Usamos o significado primitivo e original, com o - A nossa empresa está contratando engenheiros,
sentido do dicionário; usado de mo-do automatizado; linguagem economistas, analistas de sistemas e secretárias.
comum.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala
Ex: O cão está latindo! de jantar, área de serviço e dois banheiros.
Contação: Usamos o significado secundário, com o sentido Nota: Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos
amplo; usado de modo criativo, numa linguagem rica e elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada:
expressiva. Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e
falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
Ex: Esta menina é um cão!
b) para isolar o vocativo:
Vamos Revisar:
- Cristina, desligue já esse telefone!
Denotação: sentido comum! (Macete: “D” de Dicionário - sentido
do dicionário) - Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
- Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do aparta-mento, - Marina, que é uma criatura maldosa, “puxou o tapete”
isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos. de Juliana lá no trabalho.
- Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o - Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi
Canadá. escrito por Graciliano Ramos.
- Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas. - Não lhe posso garantir nada, respondi seca-mente.
- Ontem à noite, fomos todos jantar fora. - O filme, disse ele, é fantástico.
- O palácio, o palácio está destruído. Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um
frase declarativa de um período simples ou composto.
- Estão todos cansados, cansados de dar dó!
- Desejo-lhe uma feliz viagem.
g) para isolar, nas datas, o nome do lugar: - A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada,
no entanto tudo no seu interior era conservado com
- São Paulo, 22 de maio de 1995. primor.
- Roma, 13 de dezembro de 1995.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por
exemplo:
h) para isolar os adjuntos adverbiais:
fev. = fevereiro,
- A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
hab. = habitante,
- Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo
próprio gerente. rod. = rodovia.
i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe
pela conjunção e: o nome de ponto final.
- Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de
confiança. 3. Ponto-e-vírgula
- Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado
ao dirigir. Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do
que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o
- Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente. ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula
para:
j) para indicar a elipse de um elemento da oração: a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido
ou aquelas que já apresentam separação por vírgula:
- Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras,
estrebuchava como um animal. - Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente
e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma
- Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a doidivanas.
irmã, que foi um acidente.
b) separar vários itens de uma enumeração:
k) para separar o paralelismo de provérbios:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos
- Ladrão de tostão, ladrão de milhão. seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e
- Ouvir cantar o galo, sem saber onde. permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar
o pensamento, a arte e o saber;
c) para realçar uma palavra ou expressão: Abelardo I - Que fim levou o americano?
João - Decerto caiu no copo de uísque!
- Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro. Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já!
(sai pela direita)
- Aquela “vertigem súbita” na vida financeira de Ricardo (Oswald de Andrade)
afastou-lhe os amigos dissimulados.
- Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente b) substituição de um nome próprio que não se deseja
selvagem, a arte é a superioridade humana - acima dos mencionar:
preceitos que se combatem, acima das religiões que
passam, acima da ciência que se corrige; embriaga - O Dr.* afirmou que a causa da infecção hospitalar na
como a orgia e como o êxtase.(Raul Pompéia) Casa de Saúde Municipal está ligada à falta de
produtos adequados para assepsia.
- Todo signo lingüístico é formado de duas partes As seis classes que são do grupo das variáveis são:
associadas e inseparáveis, isto é, o significante
(unidade formada pela sucessão de fonemas) e o 1. Substantivo: Palavra que dá nome aos seres em geral.
significado (conceito ou idéia).
- Casa, sapato, carro, mesa...
b) incluir dados informativos sobre bibliografia (autor,
ano de publicação, página etc.): Mattoso Câmara
Editora Decisão 21 Editora Decisão
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- Casarão,casebre, sapatos, sapatinho, carros, carrinho, 2. Preposição: Palavra que liga dois termos entre si:
mesas..
- Falou sobre suas viagens.
Os substantivos aceitam flexão, portanto são variáveis.
- Lutarei contra todos.
- Uma casa, os sapatos, o carro, uma mesa Termos: Brigavam como cão e gato.
- Umas casas, o sapato, os carros, umas mesas... Orações: Vibramos com a divulgação do resultado.
Os artigos podem sofrer modificação e são usados no
plural ou singular, portanto, também pertencem ao
grupo das variáveis. 4. Interjeição: palavra que exprime sentimento ou emoção:
4. Numeral: palavra que quando flexionada pode indicar: Aspectos Morfológicos: Substantivo é todo nome com que
designamos os seres. Ӄ a palavra com que designamos ou
Quantidade: Aqui trabalham três ajudan-tes. nomeamos os seres em geral“. (Celso Cunha)
Ordem: Passei na USP em terceiro lugar. São, portanto, substantivos:
Múltiplo: Aquela casa tem o triplo do ta-manho da 1. Os nomes de pessoas, animais, legumes, verduras, frutas,
minha. lugares, coisas.
Fração: Um terço dos deputados votou contra o Pedro, Mário, boi, cavalo, chuchu, beterraba, repolho,
projeto. couve, laranja, manga, Vitória,
IR: irei, irá, iria, etc... 2. Os nomes tomados como seres, indicando ação, estado ou
qualidade:
CASAR: casarei, casaremos, casarão
Tristeza, bondade, patriotismo, velhice, colheita, limpeza,
GOSTAR: gostou, gostei, gostará, gostaria, etc... firmeza, inteligência, etc.
1. Advérbio: Palavra que modifica o sentido: Comum: quando se refere a todos os seres de uma mesma
espécie.
Do verbo: Suas palavras nos sensibiliza-ram
profundamente. Revista (esse nome se refere a toda a espécie de
revista)
Do Adjetivo: Ela estava maravilhosa-mente bela.
Cidade (identifica toda a espécie de cidade)
Do próprio advérbio: Você sabe muito bem minha
opinião.
Próprio: quando se refere a um só ser de uma mesma espécie.
Corda cordame
Simples: quando o substantivo é formado por um só radical.
Sapo sapataria
Árvore, flor, repolho, menino, pé, mão...
Taquara taquaral
a) Não estão relacionados nesta lista coletivos formados do a) Plural dos Substantivos
próprio radical da palavra acrescidos de sufixos designativos de
coleção. Forma-se o plural dos substantivos, acrescentando-se um “s“ ao
singular quando terminados em vogal ou ditongo.
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Terrapleno terraplenos
Cadeira cadeiras
Livro livros Cantochão cantochãos
Baú baús
Boi bois
Pai pais - Nos compostos formados por verbo ou palavras invariáveis
Rapé rapés mais substantivo ou adjetivo, só o 2º termo varia.
Caderno cadernos
Chapéu chapéus Beija-flor beija-flores
Vaca vacas
Cavalo cavalos Guarda-roupa guarda-roupas
Boné bonés
Boneca bonecas Abaixo-assinado abaixo-assinados
Boletim boletins
- Nos compostos cujos elementos denotam sons de coisas só o
Plural dos nomes terminados em ZINHO, ZITO. 2º elemento varia.
Colar+zito = colares+zitos = colarezitos a) Nos substantivos compostos cujos elementos são ligados por
preposição.
Réptil+zito = répteis+zitos = repteizitos
Pé-de-moleque pés-de-moleque
Coração+zito = corações+zito = coraçõe-zitos
Pão-de-ló pães-de-ló
O vai-e-volta os vai-e-volta
Ambos os elementos (termos) variam.
Rico-homem ricos-homens
2. Nos compostos com as combinações do qualificativo “BEL” -
Água-marinha águas-marinhas “GRÃO” - “GRÔ com substantivo, só o 2º termo varia.
Guarada-mor guardas-mores
3. Nos compostos de palavras repetidas, só o segundo termo
Quarta-feira guartas-feiras varia.
Lufa-lufa lufa-lufas
Ambos os elementos (teRmos) SÃO invariáveis
Lenga-lenga lenga-lengas
a) Nas formas substantivas:
Zumzum zunzuns
A estou-fraca as estou-fraca
O disse-me-disse os disse-me-disse 4. Nos compostos que têm como último termo um verbo,
antepondo-lhe um pronome, só o 2º termo varia.
O bumba-meu-boi os bumba-meu-boi
Bem-te-vi bem-te-vis
O ganha-pouco Os ganha-pouco.
Observações:
O pisa-mansinho Os pisa-mansinho.
1. O composto MAPA-MUNDI, faz o plural MAPAS-MUNDI.
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4. Aos substantivos terminados em “r” ou “z” acrescenta-se a
2. Os compostos que têm o segundo termo no plural, sendo o terminação “es”
primeiro termo invariável, serão assim flexio-nados:
Altar altares
Um quebra-nozes dois quebra-nozes
Açúcar açúcares
Um saca-rolhas dois saca-rolhas
Rapaz rapazes
Alemão alemães
5. Aos substantivos terminados em “s”, sendo monos-sílabos,
Capitão capitães acrescentam-se-lhes “es”.
inglês ingleses
b) em “ÕES”
chinês chineses
Canção canções
holandês holandeses
Mamão mamões
Covil covis
Plural Metafônico
Fuzil fuzis
O plural de alguns substantivos troca o “o” fechado tônico pelo
“o” tônico aberto.
Observação 1:
singular (ô) plural (ó)
a) Réptil e projétil, como paroxítonas, fazem plural répteis e fogo fogos
projéteis e como oxítonos, fazem o plural: reptis e pro-jetis. corpo corpos
olho olhos
miolo miolos
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forno fornos
tijolo tijolos anão anã
corno cornos
caroço caroços irmão irmã
esforço esforços
coro coros folião foliã
leão leoa
Gênero do Substantivo
valentão valentona
Os substantivos podem ser dos gêneros masculino ou feminino
anfitrião anfitrioa ou anfitriã
Os masculinos são: Homem, menino, rapaz, boi, etc.
cidadão cidadã
Os femininos são: Mulher, menina, moça, vaca, etc.
ermitão ermitoa
boneco boneca
Existem, ainda, substantivos que têm uma só forma para os dois
menino menina sexos. São os chamados COMUM DE DOIS. Distingue-se o
sexo, quando se lhe antepõe o “o” para o masculino e o “a” para
macaco macaca o feminino:
o capitalista a capitalista
As palavras terminadas em “e”, têm a terminação femi-nina “a”
nos seguintes casos: o doente a doente
mestre mestra
Em muitos substantivos - como os nomes de animais -
parente parenta empregamos as palavras: MACHO e FÊMEA para distinção do
sexo:
alfaiate alfaiata
cobra macho cobra fêmea
elefante elefanta
jacaré macho jacaré fêmea
infante infanta
bode cabra
As palavras terminadas em “ão”, são trocadas por “ã”, “ão” ou
“ona”: boi vaca
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sandeu sandia
Certos nomes de pessoas:
embaixador embaixatriz
cavaleiro amazona
europeu européia
cavalheiro dama
frade freira
compadre comadre
guri guria
genro nora
ilhéu ilhoa
marido mulher
marajá marani
padrasto madrasta
pigmeu pigméia
padrinho madrinha
rapaz rapariga
pai mãe
réu ré
poeta poetisa
O primeiro tipo de gradação é próprio dos substantivos e o
profeta profetisa segundo é próprio dos adjetivos. Os substantivos apre-sentam-
se com a sua significação aumentada ou dimi-nuída:
sacerdote sacerdotisa
Homem - homenzarrão - homenzinho
visconde viscondessa
b) Diminutivo = homenzinho
Certos substantivos são irregulares na formação do feminino, e
não se enquadram em nenhum dos casos precedentes:
A flexão do grau do substantivo realiza-se por dois processos:
avô avó
1. Sintético: acréscimo de um final especial chamado sufixo
capiau capioa aumentativo ou diminutivo:
dom dona
2. Analítico: emprego de uma palavra de aumento ou de
grou grua diminuição (grande, enorme, pequeno etc.) junto ao substantivo.
Observação: Fora da idéia de tamanho, as formas aumentativas O nascente lado onde nasce o sol
e diminutivas podem traduzir o nosso desprezo, a nossa crítica,
o nosso pouco caso para certos objetos e pessoas: A nascente fonte
A cabeça parte co corpo Cuidado: De modo nenhum se aceita, na norma culta, uso de:
um bules, um chopes, um clipes, um chicletes, um ciúmes, um
O cabra homem valente dropes, um parênteses, um pastéis. Mas se emprega: um bule,
um chope, um clipe, um chiclete, um ciúme, um drope, um
A cabra animal parêntese, um pastel.
A cruz a cruzeta
Adjetivo
O diabo o diabrete
Adjetivo é a palavra variável que serve para caracterizar seres e
A espada o espadim objetos exprimindo aparência, modo de ser, estado, qualidade.
A estátua a estatueta Inteligência lúcida Homem perverso
O farol o farolete Pessoa descontraída Céu azul
A fazenda a fazendola Mulher bonita Jovem sentimental
O galo o galispo Homem mortal Água morna
A laje a lajota Mata verde Menino estudioso
O palácio o palacete Praia limpa Laranjeiras floridas
A pedra o pedrisco Terras secas Animais lindos
A perdiz o perdigoto Roupa suja Papel branco
A porta a portinhola Água mole Gelo pequeno
O rabo o rabicho
Classificação dos Adjetivos
O rio o riacho
O adjetivo pode ser:
A rua a ruela
a) Uniforme: quando tem uma só forma para os dois gêneros:
A via a viela
Feliz, alegre
O verão o veranico
Menina feliz Menino feliz
Eis uma relação dos principais diminutivos eruditos: Menina alegre Menino alegre
A cela a célula
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b) Biforme: quando tem uma forma para cada gênero. Exemplos: copo ocupado / casa ocupada.
Bom boa
Adjetivos Uniformes
mau má
São adjetivos que têm uma só forma para indicar tanto o
masculino quanto o feminino.
c)Simples: têm um só radical
Exemplo: macaco selvagem / macaca selvagem
Verde azul
Flexão de Número
Flexão de Grau:
Formação do Adjetivo
- normal / comparativo / superlativo
Quanto à formação o adjetivo pode ser:
- Quanto ao gênero, os adjetivos classificam-se em uni-formes e Ex: Dois meninos acabaram de chegar.
biformes. Três e dois são cinco.
- Segunda pessoa: a pessoa com quem se fala PRONOME ABREVIATURA USADO PARA
Você V. Tratamento familiar
- Terceira pessoa: a pessoa de quem se fala
No tratamento respeitoso
às pessoas que se
Senhor (a) Sr. Sra.
Classificação dos Pronomes mantém um certo
distanciamento.
Há seis tipos de pronomes: Pessoas de cerimônia,
Vossa principalmente em
- Pessoais V.S.ª
Senhoria correspondências
comerciais.
- Demonstrativos
Altas autoridades:
Vossa
V.Ex.ª presidentes da República,
- Possessivos Excelência
senadores, deputados.
- Indefinidos Vossa
V.Em.ª Cardeais
Eminência
- Relativos Vossa
V.A. Príncipes e duques
Alteza
- Interrogativos Vossa
V.S O Papa
Santidade
Pronomes pessoais Vossa
V.M. Reis e rainhas
Majestade
Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indicando as
pessoas do discurso. São eles:
Pronomes Possessivos
- retos
Pronomes Possessivos são palavras que, ao indicarem a pessoa
- oblíquos e gramatical (possuidor), acrescentam a ela a idéia de posse de
algo (coisa possuída). São eles:
- de tratamento
1º Pessoa do
Singular
Pronomes pessoais Retos e Oblíquos: Meu, minha, meus, minhas
2º Pessoa do
Teu, tua, teus, tuas
Singular
Pronome Seu, sua, seus, suas
Pessoas do 3º Pessoa do
s Pronomes Oblíquos Singular
Discurso
Retos Nosso, nossa, nossos,
1º Pessoa do 1º Pessoa do Plural nossas
Singular 2º Pessoa do Plural Vosso, vossa, vossos,
Eu Me, mim, comigo
2º Pessoa do 3º Pessoa do Plural vossas
Tu Te, ti, contigo
Singular Seu, sua, seus, suas
Ele/Ela Se,si,o,a,lhe,consigo
3º Pessoa do
Singular O pronome possessivo concorda em pessoa com o possuidor e
Nos, conosco em gênero e número com a coisa possuída.
1º Pessoa do Plural Nós
Vos, convosco
2º Pessoa do Plural Vós
Se,si,os,as,lhes,consi
3º Pessoa do Plural Eles/Elas
go Pronomes Demonstrativos
São eles: que, quem, qual, quanto... Lembrem-se dos pedidos que Sua Excelência fez entes
de partir.
Ex.: Eu estou lendo um livro. Verbo é a palavra que expressa processos, ação, estado,
mudança de estado, fenômeno da natureza, conveniência,
O livro que estou lendo é muito bom. desejo e existência. Desse modo, enquanto os nomes
(substantivo, adjetivo) indicam propriedades estáticas dos seres,
Podemos, então, utilizarmo-nos de um pronome relativo, o verbo denota os seus movimentos, por isso sua característica
para nos referirmos à palavra livro que se repete. de dinamicidade.
O falante, ao enunciar o processo verbal, pode tomar várias c) para dar atualidade a fatos ocorridos no passado:
atitudes em relação ao que enuncia: de certeza, de dúvida, de
ordem, etc. O modo verbal revela a atitude do falante ao - Cabral chega ao Brasil em 1500.
enunciar o processo. Pode ser:
a) Indicativo: revela o fato de modo certo, preciso, seja ele d) para indicar fato futuro bastante próximo, quando se tem
passado, presente ou futuro. certeza de que ele ocorrerá:
b) Subjetivo: revela o fato de modo incerto, duvidoso. 2. Pretérito Perfeito do Indicativo: exprime um fato já
concluído anteriormente ao momento em que se fala.
Se todos estudassem, a aprovação seria maior.
- Ontem eu reguei as plantas do jardim.
Há em Português, basicamente, três tempos verbais: 4. Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo: indica um fato
passado que já foi concluído, em relação a outro fato também
a) Presente: revela um fato que ocorre no momento em que se passado.
fala.
- Quando você resolveu o problema, eu já o resolvera.
Neste instante ele olha para mim.
Obs.: Na linguagem atual tem-se usado com mais fre-qüência o
pretérito mais-que-perfeito composto.
b) Passado: revela um fato que ocorreu anteriormente ao
momento em que se fala. - Quando você resolveu o problema, eu já o tinha
resolvido.
Ele saiu com os amigos.
O mais-que-perfeito é, em alguns casos, usado no lugar do
futuro do pretérito ou do imperfeito do subjuntivo.
c) Futuro: revela um fato que deverá ocorrer posterior-mente ao
momento em que se fala. - "…mais servira, se não fora Para tão longo amor tão
curta a vida!"(Camões) servira = serviria; fora = fosse)
Amanhã terei aula de Português.
5. Futuro do Presente: exprime um fato, posterior ao momento
em que se fala, tido com certo.
Essa divisão dos tempos verbais em passado, presente e futuro
não esgota todas as variações que o verbo pode assumir em - Amanhã chegarão os meus pais.
relação à categoria tempo, já que esses tempos verbais se
subdividem e, muitas vezes, assumem outros matizes, alterando - As aulas começarão segunda-feira.
de maneira bastante sensível a significação inicial. Sem
pretender esgotar o assunto, vejamos alguns empregos O futuro do presente pode ser empregado para exprimir idéia de
significativos dos tempos verbais. incerteza, de dúvida. Serei eu o único culpado?
- A Terra é redonda. - Seriam mais ou menos dez horas quando ele chegou.
Não é fácil sistematizar o emprego do infinitivo em Português, já 2. Voz Passiva: quando o sujeito é o paciente, isto é, o receptor
que, além do infinitivo impessoal, nossa língua apresenta da ação expressa pelo verbo. Há dois tipos de voz passiva:
também o infinitivo pessoal (ou flexionado). Emprega-se o
infinitivo impessoal: a) Voz Passiva Analítica: formada por verbo auxiliar mais
particípio. A banana foi comida pelo macaco.
1. quando ele não estiver se referindo a nenhum sujeito:
- O livro foi lido pelo aluno.
- É preciso sair.
4. quando, dependente dos verbos deixar, fazer, ouvir, sentir, - O macaco cortou-se.
mandar, ele tiver por sujeito um pronome oblíquo:
- O aluno feriu-se
- Mandei-os sair. Deixei-os falar.
Percebe-se que há alteração do radical, afastando-se do original Quando se empregam em seqüência dois verbos usados com
"dar" durante a conjugação, sendo considerado verbo irregular. pronome proclítico, as duas formas ou modelos são corretos: se
batem e se opõem / se batem e opõem. O mais estilístico,
Verbos Pronominais (Casar, sentar, mudar, divorciar): porém, é não repetir o pronome oblíquo quando este vem
Ao pesquisar em dicionários (comuns e de regência), descobre- anteposto ao primeiro verbo:
se que há possibilidades diversas; já existe um aval para a
eliminação, mesmo no nível culto, do prono-me reflexivo junto - Há de se saber comunicar!
com os verbos citados (salvo ‘divorciar’, que sempre é
apresentado como pronominal: divorciar-se). Isso quer dizer
que é facultativo o uso do pronome nestes casos: Verbos Defectivos: Os verbos defectivos são aqueles que não
possuem a conjugação completa.
Casar:
O cuidado que se deve ter, para que o texto seja con-siderado Formas Nominais
bom e agradável de ler, é com a clareza em pri-meiro lugar. Por
Editora Decisão 36 Editora Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
Infinitivo Impessoal
Exemplos: Trabalhas excessivamente.
Precaver
Quão educada és, menina.
Infinitivo Pessoal
4. Lugar: abaixo, acima, acolá, adentro, adiante, afora, aí, além,
Precaver algures (=em algum lugar), alhures (=em outra parte), ali,
aquém, aqui, cá, debaixo, defronte, dentro, detrás, diante,
Precaveres embaixo, em cima, fora, lá, longe, nenhures (=em nenhuma
parte), perto.
Precaver
Exemplos: Caminha acima e abaixo.
Precavermos
Além cintilam estrelas.
Precaverdes
5. Modo: alerta, assim, bem, debalde (=inutilmente), depressa,
Precaverem devagar, mal, melhor, pior.
Cheguei muito tarde (advérbio). 8. Interrogativo: são certas palavras empregadas nas
interrogações diretas ou indiretas.
O advérbio pode modificar uma oração inteira.
Classificam-se em:
Exemplo: Lamentavelmente todos saíram.
a) Causa - por que.
Observação: Quando o advérbio modifica o adjetivo ou outro Exemplos: Por que sorriste?
advérbio, indica apenas intensidade.
Indagaram-me por que sorriste.
1. Afirmação: certamente, certo, decididamente, efetivamente, Quero saber como vai você.
positivamente, sim.
Sim, farei o que for preciso. Dá-se o nome de interjeição às palavras invariáveis que
exprimem emoções e sentimentos ou que procuram imitar
ruídos.
2. Dúvida: acaso, possivelmente, provavelmente, porventura,
quiçá, talvez. Ex: "De repente, no melhor da festa, plaft!, uma
jabuticaba cai do galho e lhe acerta em cheio o nariz"
Exemplos: Ver-nos-emos acaso outra vez? (M. Lobato)
Provavelmente iremos lá. "Ai, que meus olhos choram!" (C. Meireles)
3. Intensidade: algo, assaz, bastante, bem, demais, A idéia expressa pela interjeição dependa da entonação com
excessivamente, mais, meio, menos, mui, muito, pouco, quanto, que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma interjeição
quão, quase, que, sobremaneira, sobremodo, tanto, tão, todo. tenha mais de um sentido.
Editora Decisão 37 Editora Decisão
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(1) livro e caderno encapado (ou encapados);
Ex: Oh! Que surpresa desagradável!
(2) livro e caderneta encapada (ou encapados);
(contrariedade)
(3) livros e caderno encapados (ou encapado);
"Oh! Que bom encontra-lo novamente! (alegria)
(4) livros e cadernetas encapadas (ou encapados).
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
2. Verbo no plural:
7. Outros casos de concordância do verbo "ser":
a) Aproximaram-se cerca de vinte pessoas (sujeito =
cerca de + substantivo plural); a) Três semanas é pouco (sujeito = expressão numérica
considerada como um todo;
b) Ele era um dos que sabiam a resposta (sujeito = um
dos que, um daqueles que); b) da Vinci era muitos artistas num só gênio (sujeito nome
de pessoa singular; o verbo deixa de concordar com o
c) Quais (quantos) de vós sabeis a resposta? Quais
predicativo plural;
(quantos) de nós teremos tempo para isso? (sujeito =
quais? quantos? + de nós ou de vós; c) Ele era todo ouvidos (sujeito pronome pessoal; o verbo
deixa de concordar com o predicativo plural;
d) Alguns (muitos, vários, poucos, quaisquer) de nós
sabemos o que ocorreu. Quaisquer de vós sabeis (sujeito d) Nós é que decidimos partir (frases construídas com a
= indefinido plural + de nós, ou de vós); locução invariável de realce é que; o verbo concorda
normalmente com o sujeito).
e) Os Estados Unidos se empenharam na solução desse
problema (sujeito = nomes de lugar com forma plural,
precedidos de artigo);
Casos particulares (com sujeito composto). Com sujeito
f) As Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, são de composto, o verbo pode concordar com o sujeito mais próximo,
publicação póstuma (sujeito = títulos de obras com forma em casos como os que se seguem:
plural, com artigo);
(1) Imperava a violência, o crime, o desrespeito à pessoa
g) Deram (bateram, soaram) sete horas (verbos dar, humana (sujeitos pospostos);
bater, soar e sinônimos, empregados com referência às
(2) Minha casa, minha pátria é aqui (sujeitos sinônimos ou quase
horas do dia: concordam com o número que indica as
horas); sinônimos;
h) Disseram que você não viria (sujeito indeterminado, (3) Um grito, uma palavra, um olhar bastava (sujeito com
sem a partícula se). enumeração gradativa);
(4) Castigos, conselhos, nada o corrigia (sujeito resumido por um
pronome indefinido: nada, tudo, ninguém);
3. Verbo no singular ou no plural:
(5) Nem luz de vela, nem luz de lampião lhe iluminavam o
a) Parte (o grosso, o resto, a metade) dos espectadores quarto. Jamais um grito ou uma palavra áspera lhe saíram dos
protestaram ou protestou (a concordância no plural lábios (substantivos no singular ligados por nem ou ou, podendo
evidencia os elementos componentes do todo; o verbo no o fato expresso pelo verbo ser atribuído a todos os sujeitos);
singular realça o conjunto como unidade);
(6) Nem Pedro nem Antônio conseguirá eleger-se. Fui devagar,
b) João foi um dos competidores que mais se destacaram mas ou o pé ou o espelho traiu-me (composição do sujeito
ou que mais se destacou (o singular põe em realce o idêntica à anterior, só se podendo, todavia, atribuir o fato
sujeito dentro do grupo em relação ao qual está sendo expresso pelo verbo a um dos sujeitos);
referido).
(7) Ou eu ou ela iremos à festa. Nem eu nem ela iremos à festa
(sujeitos de pessoas gramaticais diferentes, ligados por ou ou
nem: o verbo concorda, no plural, com a pessoa que tiver
4. Sujeito pronome relativo "que":
precedência na ordem das pessoas gramaticais);
a) Sou eu que quero; (8) Um ou outro (um ou outro aluno) haverá de acertar. Nem um
b) Fomos nós os que resolvemos; nem outro (nem um nem outro aluno) haverá de acertar (sujeito
um ou outro, nem um nem outro, como pronomes substantivos
c) Sereis vós aqueles que tereis de resolver (o verbo ou como pronomes adjetivos: verbo no singular);
concorda em número e pessoa com o pronome pessoal
antecedente imediato ou mediato do relativo). (9) Um e outro são competentes (ou é competente) para isso
(locução um e outro: admite verbo no plural ou no singular;
(10) O menino com seu amigo brincavam à beira do lago. César,
5. Sujeito pronome relativo "quem": O verbo com sujeito com suas legiões, levou o inimigo de vencida (sujeitos unidos
pronome relativo "quem", vai para a 3a pessoa do singular (Sou pela partícula com: verbo no plural, quando não houver realce de
eu quem tem de resolver) ou concorda com o pronome pessoal nenhum dos sujeitos; no singular, quando o primeiro sujeito
sujeito da oração anterior (Sou eu quem tenho de resolver). estiver sendo realçado);
(11) Você, como eu, parece ter jeito para música. Você como eu
6. Verbo "ser" com o predicativo plural: temos jeito para música (sujeitos ligados pelas conjunções
comparativas como, assim como, bem como etc.; verbo no
Alguns nomes também exigem complementos preposicionados. 6. Preferir - este verbo exige dois complementos sendo que um
Conheça alguns: usa-se sem preposição e o outro com a preposição a.
Ex.: Prefiro dançar a fazer ginástica.
1- acessível a 34- digno de 67- natural de
2- acostumado a, 35- entendido em 68- necessário a Segundo a linguagem formal, é errado usar este verbo reforçado
com 36- equivalente a 69- negligente em pelas expressões ou palavras: antes, mais, muito mais, mil
3- adaptado a, para 37- erudito em 70- nocivo a vezes mais, etc.
4- afável com, para 38- escasso de 71- ojeriza a, por Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica.
com 39- essencial para 72- paralelo a
5- aflito com, em, 40- estranho a 73- parco em, de
para, por 41- fácil de 74- passível de Verbos que apresentam mais de uma regência
6- agradável a 42- favorável a 75- perito em
7- alheio a, de 43- fiel a 76- permissivo a 1 – Aspirar
8- alienado a, de 44- firme em 77- perpendicular a a) no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.:
9- alusão a 45- generoso com 78- pertinaz em Aspirou o ar puro da manhã.
10- amante de 46- grato a 79- possível de
11- análogo a 47- hábil em 80- possuído de b) no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.:
12- ansioso de, para, 48- habituado a 81- posterior a Esta era a vida a que aspirava.
por 49- horror a 82- preferível a
13- apto a, para 50- hostil a 83- prejudicial a 2 – Assistir
14- atento a, em 51- idêntico a 84- prestes a a) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se
15- aversão a, para, 52- impossível de 85- propenso a, sem preposição.
por 53- impróprio para para Ex.: O técnico assistia os jogadores novatos.
16- ávido de, por 54- imune a 86- propício a
17- benéfico a 55- incompatível 87- próximo a, de b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a.
18- capaz de, para com 88- relacionado Ex.: Não assistimos ao show.
19- certo de 56- inconseqüente com
20- compatível com com 89- residente em c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.
21- compreensível a 57- indeciso em 90- responsável Ex.: Assiste ao homem tal direito.
22- comum a, de 58- independente por
23- constante em de, em 91- rico de, em d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a
24- contemporâneo 59- indiferente a 92- seguro de, em preposição em.
a, de 60- indigno de 93- semelhante a Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.
25- contrário a 61- inerente a 94- sensível a
26- curioso de, para, 62- insaciável de 95- sito em 3 - Esquecer/lembrar
por 63- leal a 96- suspeito de a) Quando não forem pronominais: são usados sem
27- desatento a 64- lento em 97- útil a, para preposição.
28- descontente com 65- liberal com 98- versado em Ex.: Esqueci o nome dela.
29- desejoso de 66- medo a, de
30- desfavorável a b) Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.
31- devoto a, de Ex.: Lembrei-me do nome de todos.
32- diferente de
33- difícil de 4 – Visar
a) no sentido de mirar: usa-se sem preposição.
Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.
Regência Verbal b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposição.
Ex.: Visaram os documentos.
Editora Decisão 40 Editora Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a. Nunca me revelaram os verdadeiros motivos.
Ex.: Quero muito aos meus amigos.
b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são Nos revelaram os verdadeiros motivos.
regidos pela preposição a.
Ex.: Perdoou a todos, Devemos dizer:
2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposição a) e direto a) palavras ou expressões negativas:
de coisa.
Ex.: Informou a todos o ocorrido. Nunca me informavam os verdadeiros motivos.
9 – Implicar
a) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição. b) advérbios:
Ex.: Esta decisão implicará sérias conseqüências.
Sempre me informavam os verdadeiros motivos.
b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois
complementos, um direto e um indireto com a preposição
em. Obs.: Se houver vírgula depois do advérbio, ele deixa de atrair o
Ex.: Implicou o negociante no crime. pronome.
c) no sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem d) conjunções subordinativas:
preposição.
Ex.: Imóveis custam caro. Embora me informassem os verdadeiros motivos, não
acreditei.
8. COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Editora Decisão 41 Editora Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
e) pronomes relativos:
A pessoa que me informou os verdadeiros motivos não b) com o verbo no imperativo afirmativo:
compareceu.
Alunos, comportem-se
A próclise é obrigatória também nas orações: Obs.: Se o infinitivo impessoal vier precedido de palavra
negativa, é indiferente o uso da ênclise ou da próclise.
a) interrogativas diretas:
Era necessário não te ajudar.
Quem nos revelou os verdadeiros motivos?
Era necessário não ajudar-te.
b) exclamativas:
Se o infinitivo impessoal vier precedido de preposição, é
Quanto nos custou tal procedimentos! indiferente o uso da ênclise ou da próclise.
Nunca me convidariam para a cerimônia. Obs.: Se o auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do
pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja atração.
Obs.: É sempre errado o uso do pronome oblíquo depois de Ter-me-iam falado a verdade, se a soubessem.
verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
A ênclise é obrigatória:
b) Locução verbal com o verbo principal no infinitivo ou no
a) com o verbo no início da frase: gerúndio. Se não houver palavra atrativa, coloca-se o pronome
oblíquo depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
Entregaram-me as mercadorias.
Quero-lhe dizer a verdade. OU Quero dizer-lhe a
Obs.: Lembre-se de que é sempre errado o pronome oblíquo verdade.
átono no início da frase.
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Ia-lhe dizendo a verdade. OU Ia dizendo-lhe a verdade. Ex.:Farei para o jantar uma bacalhoada (à moda de
Portugal) à portuguesa.
Caso haja palavra atrativa, coloca-se pronome antes do verbo
auxiliar ou depois do verbo principal.
Emprego Facultativo da Crase
Não lhe quero dizer a verdade. OU Não quero dizer-lhe
a verdade. 1) Diante de pronomes possessivos femininos.
Vou a sua casa./ Vou à sua casa.
Não lhe ia dizendo a verdade. OU Não ia dizendo-lhe a
verdade. 2) Diante de nomes próprios femininos.
Não me referia a Eliana./ Não me referia à Eliana.
- Retornou às oito horas em ponto./( Retornou ao meio-dia 8) Diante da palavra terra, quando esta significar terra firme,
em ponto.) tomada em oposição a mar ou ar.
9) Diante da palavra casa (no sentido de lar, moradia) quando 2. Analise, com atenção, as afirmações abaixo:
esta não estiver determinada por adjunto adnominal. Os jovens das camadas sociais mais favorecidas
I – costumam ser mais altos do que seus pais e avós
Ex.: Não voltarei a casa esta semana. II – têm padrões de alimentação e saúde iguais aos do
Primeiro Mundo
Caso a palavra casa venha determinada por adjunto adnominal, III – são mais obesos do que os jovens das camadas mais
ocorrerá a crase. pobres
A(s) afirmação (ões) correta(s) é (são):
Ex.: Não voltarei à casa de meus pais esta semana. a) I
b) II
III
10) Diante de pronomes que não admitem artigo: relativos, c) I e II
indefinidos, pessoais, tratamento e demonstrativos. d) I, II e III
Ex.: Dei a ela oportunidade de se redimir./ Solicito a 3. Analise, com atenção, as afirmações abaixo:
V.Sª a confirmação do pedido./ Convidei a várias Hoje, no Brasil:
pessoas para a reunião. I – o número de desnutridos é maior do que o número de
obesos
II – aumentou a miscigenação entre raças
11) Diante de numerais cardinais quando estes se referem a III – os jovens têm arcada dentária menor do que os dos
substantivos não determinados pelo artigo.Ex.: Daqui a duas jovens de 15 anos atrás
semanas retornarei ao trabalho. IV – os jovens têm pés e mãos menores do que os dos
jovens de 15 anos atrás
As afirmações corretas são:
Crase da Preposição “A” com s Pronomes Demonstrativos a) I e II
b) II e III
Preposição a + pronomes = à, àquilo, àquele(s), àquela (s) c) III e IV
d) I, II e III
Ex.: Assistimos àquela peça teatral. e) I, II, III e IV
A crase da preposição a com o pronome demonstrativo a 4. Ainda segundo o texto, as mutações estão acontecendo:
ocorrerá sempre antes do pronome relativo que (à que) ou da a) somente no corpo dos adolescentes
preposição de (à de). b) também na formação do rosto
c) somente nos adultos
Ex.: Esta não é a pessoa à que me referia. d) nas pessoas que estão gerando filhos
e) nos recém nascidos
9. Indique o único segmento que serve como argumento 15. “Uma _____deliciosa tomou conta dos que se apertavam
contrário à defesa da manutenção do ensino superior de encontro às cordas, em toda a _____do percurso”.
gratuito no Brasil: a) espectativa, espectadores, extensão;
a) Há um princípio de justiça social segundo o qual o b) espectativa, expectadores, extenção;
pagamento por bens e serviços deve ser feito desigualmente c) expectativa, expectadores, extenção;
conforme as desigualdades de ganho. d) expectativa, espectadores, extensão;
b) A Europa considera investimento a formação de quadros de e) expectativa, expectadores, extensão.
nível superior.
c) Nos EUA, a maior parte do orçamento das melhores 16. Assinale a alternativa em que há uma palavra escrita
universidades é composta por doações, convênios com incorretamente:
empresas ou órgãos federais, fundos privados, cursos de a) quisermos, marquesa, surgir;
atualização profissional. b) sujeito, mochila, chícara;
d) Nos EUA, o montante arrecadado pelas universidades de c) flecha, granjeiro, exceção;
seus estudantes, a título de taxas escolares, não chega ao d) ojeriza, perquisar, girassol;
percentual de 20% de seu orçamento global. e) n.d.a.
e) No Brasil, país com renda per capita de aproximadamente
US$ 2 mil, uma raxa escolar de US$ 13 mil/ano por aluno, 17. Escreve-se com CH a palavra:
conforma estimativa do Banco Mundial, é quantia astronômica. a) _inqar;
b) pu_ar;
10. "Um dos mais respeitados colégios particulares da c) en_oval;
cidade do Rio de Janeiro está fechando as portas por causa d) me_er;
da briga crônica entre pais de alunos e donos de escolas em e) en_ente.
torno das mensalidades esco-lares"
Assinale a alternativa que contém uma conseqüência do 18. Marque a alternativa em que estão grafados
fato relatado: corretamente os substantivos derivados de: limpo,
a) Duas escolas se prontificaram a admitir os alunos da escola defender, barão, surdo.
extinta. Uma delas está contratando boa parte de seu corpo a) limpeza, defeza, baroneza, surdeza
docente. b) limpeza, defesa, baronesa, surdez
b) A interferência do governo na fixação dos índices de reajuste c) limpesa, defeza, baronesa, surdesa
das mensalidades escolares é conseqüência do "lobby" bem d) limpeza, defeza, baronesa, surdez
sucedido dos proprietários de escolas privadas junto ao MEC. e) limpeza, defesa, baroneza, surdez
c) O triste desfecho desse fato emblemático da situação da
educação brasileira. 19. Indique a alternativa em que todas as palavras seriam
completadas com a mesma letra:
Editora Decisão 45 Editora Decisão
LÍNGUA PORTUGUESA
a) bu_ina, bu_linar, ca_ar;
b) fu_ilar, a_ilar, ga_olina; 28.É objeto indireto:
c) introdu_ir, reali_ar, desli_ar; a) Fomos e voltamos a cavalo.
d) ca_ebre, anali_ar, gentile_a; b) Precisamos de auxílio
e) n.d.a. c) Leitura é útil a todos.
d) Vivemos para aprender
20. Em que alternativa usaríamos somente “X”? e) Aprendemos através do estudo.
a) _ícara, pi_e, be_iga;
b) en_endo, en_erto, _epa; 29.Vende tudo, Henrique! Os termos grifados são,
c) ta_ativo, sinta_e, bro_e; respectivamente:
d) bre_a, ni_o, en_ova; a) complemento verbal e sujeito
e) n.d.a. b) adjunto adverbial e vocativo
c) adjunto adverbial e sujeito
21. Na oração “A partir daquele dia, começaram a maltratá-lo d) complemento verbal e vocativo
na escola”, o sujeito é: e) complemento verbal e aposto
a) naquele dia
b) oculto – “eles” 30.O rapaz de emocionou e todos o respeitaram. A palavra
c) na escola destacada é:
d) indeterminado a) pronome pessoal: sujeito
e) posposto b) artigo: objeto direto
c) artigo: adjunto adnominal
22. Em qual das orações abaixo o sujeito é inexis-tente? d) pronome pessoal: objeto indireto
a) Tristonha, escondia o rosto com as mãos. e) pronome pessoal: objeto direto
b) Durante o dia, caminhamos sob um sol terrível.
c) Nesta terra faz muito frio. 31. Eu fui para casa, eles não.
d) Precisa-se de operários nesta obra. 1. Período com duas orações
e) Ela estava logo ali na esquina. 2. Eu e Ele são pronomes
3. Para é preposição
23. Em: “Um peixe resvalou à flor da água; do céu baixou a) apenas a primeira alternativa é correta
um raio de sol”. Os termos grifados são: b) apenas a segunda alternativa é correta
a) adjunto adnominal – adjunto adnominal c) apenas a terceira alternativa é correta
b) adjunto adverbial – adjunto adnominal d) todas são corretas
c) objeto indireto – objeto direto e) apenas a primeira é incorreta
d) adjunto adverbial – objeto indireto
e) objeto direto – adjunto adnominal 32. Sou favorável a que você não desista da luta. Essa
oração é uma oração:
24. Em “O Brasil foi descoberto pelos portugueses”, o termo a)coordenada sindética
grifado é: b)subordinada adjetiva explicativa
a) adjunto adverbial de modo c)a principal do período
b) sujeito d)subordinada substantiva completiva nominal
c) objeto indireto e)subordinada adverbial concessiva
d) agente da passiva
e) aposto 33. À medida em que o tempo passa, as nossas ilusões
desaparecem. Essa oração é:
25. Considere os termos grifados nas frases: a)subordinada adverbial proporcional
1. O ar campestre é muito saudável. b)oração principal
2. Ela anda meio triste ultimamente. c)subordinada adverbial concessiva
3. Brevemente chegará o carnaval. d)coordenada assindética
Pela ordem, eles se classificam como: e)subordinada substantiva
a) adjunto adnominal – predicativo do sujeito – sujeito
b) predicativo do sujeito – adjunto adverbial de modo – sujeito 34. Assinale a alternativa que contém um período formado
c) adjunto adnominal – adjunto adverbial de modo – objeto direto por três orações:
d) predicativo do sujeito – predicativo do objeto – objeto direto a)Dona Glória prometera a Deus que Bentinho seria padre.
e) adjunto adverbial – complemento nominal – predicativo do b)Depois de formado, Bentinho casa-se com Capitu.
sujeito c)O livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração
cadavérica.
26. No verso: "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas", o d)Nas noites de verão, ou todas as noites, o pai abandona a
sujeito é: mesa.
a) Ipiranga e)Poucos são os livros didáticos favoráveis aos investimentos.
b) Inexistente
c) As margens plácidas 35. No período: Se ele foi aprovado, não sei. A oração "Se
d) Oculto ele foi aprovado" é:
e) Indeterminado a)principal
b)coordenada assindética
27.Os velhos lembraram-se do passado, os moços c)subordinada substantiva subjetiva
aproveitaram o presente, ninguém cuidou do futuro. Os d)subordinada substantiva objetiva direta
termos grifados no período acima exercem a função e)subordinada adverbial causal
sintática, respectivamente de:
a) sujeito e objeto direto 36. No período: "São tais as injustiças econômicas, que
b) adjunto adnominal e objeto indireto suas conseqüências se refletem nas transações
c) objeto direto e objeto direto especulativas", há uma oração subordinada:
d) predicativo do sujeito e sujeito a)adjetiva restritiva
e) adjunto adverbial e sujeito b)adverbial condicional
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LÍNGUA PORTUGUESA
c)adverbial causal 45. Assinale a alternativa correta:
d)adverbial consecutiva a) Seria vinte e sete de março, quando a esquadra partiu da
e)objetiva direta Europa.
b) Há muito tempo: poderiam fazer uns vinte anos.
37. Há oração subordinada substantiva subjetiva no período: c) Há de existir alguns moços corajosos para isso.
a) Decidiu-se que a microinformática seria implantada naquele d) Há de haver algumas coisas que mereçam atenção.
Município.
b) Um sistema tributário obsoleto não permite que haja 46. Assinale a alternativa em que a concordância está
conscientização dos contribuintes. errada:
c)A prefeitura necessitava de que os computadores fossem a) A gramática francesa e a língua inglesa é ensinada nesta
instalados com urgência. escola.
d)Ninguém tem dúvida de que a microinformática racionaliza o b) Os Alpes é a maior cordilheira da Europa.
sistema tributário. c) Eu mesmo irei buscar o livro, disse a moça.
e)Alguns prefeitos temiam que a utilização do computador d) Admiramos as magníficas selvas e rios brasileiros.
gerassem emprego.
47. Os .................. anunciaram que as relações ................
38. Só compramos frutas que estão maduras. A oração estavam ....................
grifada é: a) alto-falantes – luso-brasileiras – melhor
a)a principal do período b) altos-falantes – lusos-brasileiros – melhor
b)subordinada adjetiva restritiva c) altos-falantes – lusas-brasileiras – melhores
c)subordinada adverbial temporal d) alto-falantes – luso-brasileiras – melhores
d)subordinada substantiva objetiva direta
e)coordenada sindética 48.Indique a alternativa correta:
a) Filmes, novelas, boas conversas, nada o tiravam da apatia.
39. Preparem-se bem: logo terão sucesso. A oração b) A pátria não é ninguém: são todos.
destacada é: c) Se não vier as chuvas, como faremos?
a) coordenada assindética d) É precaríssima as condições do prédio.
b)coordenada sindética adversativa
c)coordenada sindética conclusiva 49.Assinale a alternativa correta:
d)subordinada adverbial temporal a) Mais de um avião caíram no mar.
e)subordinada adverbial condicional b) A geada foi uma das coisas que destruíram a lavoura.
c) É vedada entrada de estranhos.
40. Assinale a alternativa que contém a classificação do d) Fazem três anos que me preparo para o vestibular.
seguinte período:
A Lei Afonso Arinos é a única norma legal que proíbe a 50.Aponte a alternativa correta:
discriminação racial no país. a) Considerou perigoso o argumento e a decisão.
a) principal e subordinada adjetiva b) É um relógio que torna inesquecível todas as horas.
b) coordenadas assindética e sindética c) Já faziam meses que ele não a via.
c) subordinada adjetiva e adverbial d) Os atentados que houveram deixaram perplexa a po-pulação.
d) principal e subordinada adverbial
e) principal e subordinada substantiva
GABARITO
41. Assinale a alternativa incorreta quanto à com-cordância
verbal:
1. A 11. B 21. D 31. E 41. A
a) As crianças parecem gostarem do filme.
2. D 12. D 22. C 32. D 42. D
b) Já tinha havido muitas brigas na família.
c) Dava dez horas o relógio da sala. 3. B 13. B 23. B 33. A 43. C
d) Já tinha feito dois anos que ele não ia lá. 4. B 14. C 24. D 34. C 44. B
5. B 15. D 25. A 35. D 45. D
42. Assinale a alternativa que completa corretamente a 6. B 16. B 26. C 36. D 46. A
frase: 7. B 17. E 27. A 37. A 47. D
“Não se ________ mais esses móveis. Antigamente 8. E 18. B 28. B 38. B 48. B
________ muitas fábricas que os ____________. “ 9. A 19. C 29. D 39. C 49. A
a) encontram – haviam – fabricava 10. A 20. B 30. E 40. A 50. A
b) encontra – havia – fabricavam
c) encontram – havia – fabricava
d) encontram – havia – fabricavam
Q = {x = , com a Z e b Z*}
Adição e Subtração
Números Decimais
Multiplicação e divisão
Editora Decisão 1 Editora Decisão
MATEMÁTICA
Números
Fração Decimal =
Decimais
= 0,5
= 0,05
= 0,005
= 0,0005
Frações Decimais
= 0,117
Observe as frações:
= 0,0117
Números Decimais
Números Leitura
Fração Decimal =
Decimais
Lemos a parte inteira, seguida da parte decimal, acompanhada
das palavras:
= 0,1
Décimos: quando houver uma casa decimal;
Exemplos:
Editora Decisão 2 Editora Decisão
MATEMÁTICA
A prática das diferentes maneiras de decompor um número é um
1,2: um inteiro e dois décimos; óptimo exercício para desenvolver o cálculo mental e os
professores utilizam essas técnicas com alguma frequência.
2,34: dois inteiros e trinta e quatro centésimos Qualquer número inteiro pode ser decomposto de acordo com as
suas ordens: unidades, dezenas, centenas. Mas também se
sabe, embora ainda não tenha sido demonstrado, que qualquer
Quando a parte inteira do número decimal é zero, lemos apenas número par maior que 4 é a soma de pelo menos dois números
a parte decimal. primos
Exemplos: Exemplo: 28 = 17 + 11 ou 28 = 23 + 5
0,1: um décimo;
Todo número natural, maior que 1, pode ser decomposto num
0,79: setenta e nove centésimos produto de dois ou mais fatores. Decomposição do número 24
num produto:
Observação: 24 = 4 x 6
75 = 75,0 = 75,00
Exemplo:
5=1+1+1+1+1
5=2+2+1
Então 630 = 2 x 3 x 3 x 5 x 7.
5=3+1+1
2
630 = 2 x 3 x 5 x 7.
5=3+2
5=4+1
2. MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
12 = 2 x 2 x 3
30 = 2 x 3 x 5
m.m.c (12,30) = 2 x 2 x 3 x 5
m.m.c.(4,15) = 2 x 2 x 3 x 5 = 60
Escrevendo a fatoração dos números na forma de potência,
temos: Dados dois números primos entre si, o m.m.c. deles é o
produto desses números.
2
12 = 2 x 3
30 = 2 x 3 x 5 3. PORCENTAGEM
2
m.m.c (12,30) = 2 x 3 x 5 É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos ou
reduções em preços, números ou quantidades, sempre tomando
por base 100 unidades. Alguns exemplos:
O m.m.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o
produto dos fatores. comuns e não-comuns a eles, cada um - A gasolina teve um aumento de 15%
elevado ao maior expoente. Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de
R$15,00
Processo da Decomposição Simultânea - O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as
mercadorias. Significa que em cada R$100 foi dado um
Neste processo decompomos todos os números ao mesmo desconto de R$10,00
tempo, num dispositivo como mostra a figura ao lado. O produto
dos fatores primos que obtemos nessa decomposição é o m.m.c. - Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são
desses números. Ao lado vemos o cálculo do m.m.c. craques.
Significa que em cada 100 jogadores que jogam no
(15,24,60) Grêmio, 90 são craques.
Propriedades do M.M.C.
No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será: Denomina-se proporção a igualdade entre duas razões.
Fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto (na forma decimal) Considerando a, b, c e d, diferentes de zero, podemos afirmar
Veja a tabela abaixo: que eles constituem respectivamente uma proporção se a/b =
c/d. Nesse caso, a, b, c e d são chamados de termos da
Desconto Fator de Multiplicação proporção, sendo a e d os extremos e b e c os meios. Nas
10% 0,90 proporções, é valida a seguinte propriedade:
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10
10 * 0,90 = R$ 9,00
(5x + 2) . 2 = (2x – 2) . 3
10x + 4 = 6x – 6 Identificação do tipo de relação:
10x – 6x = -10
4x = - 10
x = -10 = -5
4 2
Razão = 200 = 25
16 2
Regra de três simples é um processo prático para resolver Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.
problemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos
três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos
três já conhecidos. 2. Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de
400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto
tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada
Passos Utilizados numa Regra de Três Simples: fosse de 480km/h?
6. EQUAÇÃO DO 1º GRAU
Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e
30 minutos. Equações do 1º Grau
Como você não sabe quanto pesam os cubinhos, você vai dizer
que eles pesam "x":
Medidas de Quantidade
Agora imagine outra situação. Em uma dessas balanças de 2. Quantidade de Massa ou Kilo de um Objeto.
pratinho, você tem, de um lado, 5 pesinhos de valor
desconhecido e um pesinho de 31 gramas. Do outro, um pesinho 3. Quantidade de Calor.
de 86 gramas. E os dois lados estão em equilíbrio. Quanto
pesará, então, cada um dos pesinhos? Abaixo as Unidades Utilizadas na Sequência:
Medidas de Comprimento
Seqüência prática
1. Escrever o quadro de unidades:
km hm dam m dm cm mm
1 5, 0 4 8
Como você tem 5 pesinhos, e quer saber quanto pesaria um lê-se "seis quilômetros e sete
6,07 km
deles sozinho, divida, os dois lados, por 5! decâmetros"
82,107 lê-se "oitenta e dois decâmetros e
dam cento e sete centímetros".
0,003 m lê-se "três milímetros".
Transformação de Unidades
km hm dam m dm cm mm
176,9 : 10 = 17,69
Ou seja: Medidas de Tempo
176,9m = 17,69dam É comum em nosso dia-a-dia pergunta do tipo:
Qual a duração dessa partida de futebol?
• Transforme 978m em km.
Qual o tempo dessa viagem?
2
2. Leia a seguinte medida: 178,3 m
2 2 2 2 2 2 2
km hm dam m dm cm mm
1 78, 30
2
3. Leia a seguinte medida: 0,917 dam
2 2 2 2 2 2 2
km hm dam m dm cm mm
Medidas de Superfície
0, 91 70
As medidas de superficie fazem parte de nosso dia a dia e
respondem a nossas perguntas mais corriqueiras do cotidiano: Lê-se 9.170 decímetros quadrados.
Superficie é uma grandeza com duas dimensòes, enquanto área A massa do homem na Terra ou na Lua tem o mesmo valor. O
é a medida dessa grandeza, portanto, um número. peso, no entanto, é seis vezes maior na terra do que na lua.
Explica-se esse fenômeno pelo fato da gravidade terrestre ser 6
vezes superior à gravidade lunar.
Metro Quadrado
Obs: A palavra grama, empregada no sentido de "unidade de
medida de massa de um corpo", é um substantivo masculino.
A unidade fundamental de superfície chama-se metro quadrado. Assim 200g, lê-se "duzentos gramas".
2
O metro quadrado (m ) é a medida correspondente à superfície
de um quadrado com 1 metro de lado.
Unidade Quilograma
Múltiplos
Fundamental
A unidade fundamental de massa chama-se quilograma. O
quilômetros hectômetro decâmetro 3
quilograma (kg) é a massa de 1dm de água destilada à
metro quadrado
quadrado quadrado quadrado temperatura de 4ºC. Apesar de o quilograma ser a unidade
2 2 2 2
km hm dam m fundamental de massa, utilizamos na prática o grama como
2 2 2 2
1.000.000m 10.000m 100m 1m unidade principal de massa.
Submúltiplos
Reta
Quando triplicamos o tempo, a produção também triplica.
Reta no Espaço
Mas para se obter uma linha reta são necessários dois pontos. Para saber a posição de uma reta no espaço basta obter a
posição de dois de seus pontos.
Semi-Reta
Segmento de Reta
Reta Bissetriz
Uma reta é paralela a um plano quando ambos não se
e biz + sectriz = Bissetriz;1 - é a semi-reta que partindo do interceptam. Nafigura, a reta AB é paralela ao plano da base
vértice de um ângulo divide-o em dois ângulos congruentes; 2 - EFGH.
linha que divide um ângulo ou uma superfície em duas partes Curvas
iguais.
Numa definição mais detalhada, em geometria, uma curva
plana é uma curva que está inteiramente concida num único
plano Euclidiano, monodimensional e uma variedade
diferenciável, e que é identificável a uma função contínua:
Quadriláteros
Retas Paralelas
lados iguais 2 a 2 e 4
Rectângulo
ângulos rectos
Quadrado
lados iguais 2 a 2 e
Paralelogramo
ângulos iguais 2 a 2
Trapézio
2 lados paralelos
escaleno
2 lados paralelos e 2
Trapézio
lados não paralelos P = l + l + l+ l
isósceles
iguais
P=4·l
Pentágono
Trapézio 2 lados paralelos e 2
rectângulo ângulos rectos
Perímetro
P=l+l+l+l+l
Perímetro de um polígono é a soma das medidas dos seus
P=5·
lados.
Hexágono
Perímetro do Retângulo
b - base ou comprimento
h - altura ou largura
P=l+l+l+l+l+l
Perímetro = 2b + 2h = 2(b + h)
P=6·l
P=n·l
Área
Triângulo Qualquer
P = l+ l + l
P=3·l
Editora Decisão 14 Editora Decisão
MATEMÁTICA
Quadrado
A=
P = Semi – Perímetro
P=a+b+c/2
A = l²
Triângulo Eqüilátero
Retângulo
A=l² A= a . b
Losango
Triângulo Retângulo
A = (cateto) . (cateto) / 2
A = b.c / 2
A=D.d/2
Triângulo Qualquer
Paralelogramo
A=a.h
A = ½ . a . b .Sen a
A=(B+b).h/2
Circulo
a = hipotenusa
b = cateto
c = cateto
A = ¶ r² . a / 360º
O cálculo da sua diagonal (reta que parte do ponto B ao C ou do
A ao D) será feito da seguinte forma:
Segmento Circular
d = l √2
34 - Efetuando: (–32) x (–11) x (+4), 46 - Qual o nº que adicionado ao seu sucessor dá o triplo
encontramos: de 21?
a) –1508 a) 29
b) +1508 b) 30
c) –1408 c) 31
d) +1408 d) 32