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A Reforma, O Protestantismo e as Universidades.

É inegável o fato da reforma ter sido um movimento com profundos toques de eruditismo. Outro
fator que está intimamente ligado a este, sem dúvida, é a questão das universidades terem
contribuído para que o movimento reformista tivesse bagagem e fundamento na palavra de Deus.
As universidades ganharam força na Idade Média, onde a maior ciência era a teologia, então
considerada a rainha de todas as outras. Foi em universidades que surgiram gênios do calibre de
Anselmo de Cantuária, Tomás de Aquino. Foi dela que saíram homens controversos como
Guilherme de Occam, Pedro Abelardo, entre outros. É inegável o fato das universidades terem sua
história misturada com o cristianismo. Os reformadores não foram exceção em valorizar as
faculdades, pelo contrário, Lutero começou sua reforma debatendo contra oponentes brutais como
Eck na universidade de Winttenberg, que apoiou grandemente a reforma Luterana na Alemanha.
Calvino obteve grandes feitos na academia de Genebra, os puritanos foram grandes professores em
universidades como Oxford, além de fundarem Havard, uma das mais conceituadas universidades
americanas. Jonathan Edwards foi o primeiro presidente de Princenton.
Hoje, em um mundo cada vez mais secularizado, onde universidades e faculdades tem como
fundamento o marxismo, uma filosofia abertamente anti-cristã, a maior denominação evangélica do
Brasil, no qual faço parte, também carece de faculdades e universidades voltadas para o ensino
bíblico e sadio, dentro de uma perspectiva cristã. A assembléia de Deus possui uma rica e bela
tradição em escola dominical, algo que por muito tempo vem fortalecendo os crentes da
denominação(apesar dela cada vez mais está sendo menosprezada ou jogada de lado pela liderança
da igreja, quer por descaso, quer por controvérsias politicas e pessoais). Todavia, falta em minha
denominação, uma identidade universitária. Os metodistas e presbiterianos, e também Luteranos
estão à frente dos pentecostais nesta área. Apesar da assembléia de Deus ter uma tradição bem
sólida em seminários, falta uma perspectiva e aprofundamento maior em outras matérias que
abrangem a vida humana, como economia,política, relações humanas, comunicação. È necessário
que a igreja habilite profissionais para que exerçam o seu ministério dentro de uma perspectiva
cristã, onde tudo o que se faz seja para a glória de Deus. Essa era a perspectiva dos puritanos e dos
reformadores iniciais. E isso não re restringe aos calvinistas, pois sinergistas como os pietistas
também tiveram relações com universidades, Armínio debateu em favor do sinergismo em uma
Universidade na Holanda.
Com o número cada vez maior de heresias e filosofias anti-bíblicas no mundo, os pentecostais
devem cada vez mais levantar o estandarte da Verdade e estabelecer instituições compromissadas
com a doutrina e perspectiva cristã. È necessário um maior engajamento nessa área. Cada vez mais
o Brasil necessita de uma reforma educacional. Muitas vezes perdemos a oportunidade de inciar
essa reforma. Muitos problemas que temos hoje, como o Marxismo, o evolucionismo, o ateísmo,
homofobia e outros seriam amenizados se tivéssemos começado isso a mais tempo. Mas nada está
perdido,e certamente Deus tem nos dado testemunhas de que isso é possível de se realizar. Eis aí o
nome deles: Lutero, Calvino, Edwards, Aquino, Armínio e tantos outros.

Soli Deo Gloria

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