Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eixo Traseiro
Prefácio Conteúdo
Introdução 3
Este módulo de treinamento refere-se ao eixo
traseiro. O módulo de treinamento é parte de uma Principais Componentes do
série de módulos destinados ao Treinamento Eixo Traseiro - Carcaças 4
Básico de Transmissão. Função do Diferencial 5
O eixo traseiro têm a função de transmitir potência de tração do motor para as rodas de tração
e também de diferenciar a velocidade entre as rodas de tração em algumas situações.
O eixo traseiro é composto de uma carcaça (1) com um diferencial (2) e dois semi-eixos (3).
A carcaça do eixo traseiro (1) é uma unidade separada que está fixa à suspensão do veículo
através de parafusos.
O diferencial (2) consiste de uma carcaça, fixa através de parafusos à carcaça do eixo traseiro
(1).
Os semi-eixos (3) são totalmente flutuantes, e têm a função de transmitir torque do diferencial
para as rodas.
Global Training
TP95850 3
Principais Componentes do Eixo Traseiro - Carcaças:
Em sua parte frontal é montada a carcaça do diferencial, a qual fica apoiada e quatro pontos.
Para que o diferencial possa suportar grandes tensões e peso dos componentes da
transmissão, sua carcaça é fundida em uma só peça.Isto significa que só existe capa de
mancal e alojamento de pinhão separado.
Global Training
TP95850 4
Função do Diferencial:
Se as rodas fossem ligadas através de um eixo rígido, seria necessário que uma delas
patinasse, para compensar a diferença de trajeto.
Global Training
TP95850 5
Componentes do Diferencial
Pinhão (1) : O pinhão é o eixo de entrada do eixo traseiro. Está alojado em um mancal, por
meio de dois rolamentos de rolos cônicos. A parte posterior do pinhão está aparada em um
rolamento de rolos cilindricos, alojado na carcaça do diferencial. Os rolamentos tem a função
de manter o pinhão em seu lugar contra a porca.
Coroa (2) : A potência de tração é transmitida do pinhão à coroa, que está fixa entre duas
metades da caixa de satélites e o conjunto está apoiado em dois rolamentos de rolos cônicos
na carcaça do diferencial.
Caixa de Satélites (3) : A caixa de satélites dividi-se em duas partes. O conjunto diferencial é
composto por quatro engrenagens pequenas (satélites) e duas grandes (planetárias) nas duas
metades da caixa de satélites.
Global Training
TP95850 6
Parafuso de Encosto
A carcaça do diferencial possui um parafuso de encosto que mantém a coroa e o pinhão juntos,
sem a possibilidade de se afastarem quando sujeitos a esforços elevados.
Em condições normais de trabalho, este parafuso fica afastado da coroa, somente entrando em
contato, quando a coroa se afastar do pinhão devido a um grande esforço.
Global Training
TP95850 7
Conjunto de Coroa e Pinhão
Está apoiado em três mancais, sendo dois mancais de rolos cônicos (1) no lado da frente e em
um mancal de rolo cilíndrico (2).
Além disso, cada conjunto de coroa e pinhão é submetido a um trabalho de ajuste sendo
identificados com um mesmo número (3).
Global Training
TP95850 8
Componentes do Diferencial
A coroa e o pinhão trabalham juntos, girando num ângulo de 90º (Noventa graus) entre si com a
função de transmitir a potência de tração do motor para os semi-eixos.
A coroa e o pinhão podem possuir três tipos diferentes de dentes em suas engrenagens
cônicas:
Dentes Retos (1) : Neste tipo de engrenamento ocorre o contato de um dente da coroa com
um dente do pinhão por vez.
Geralmente as engrenagens (coroa e pinhão) utilizados nos diferenciais dos veículos VOLVO
são do tipo hipoíde, o que significa que a linha de centro do pinhão situa-se abaixo da linha de
centro da coroa. A vantagem é que o engrenamento é feito com um maior número de dentes,
resultando em uma maior capacidade de transmissão de torque do pinhão à coroa.
Global Training
TP95850 9
Relação de Transmissão
Os veículos equipados com motores de combustão interna, como os dos veículos VOLVO,
possuem um número elevado de rotações. Em consequência, a árvore de transmissão também
possui um número elevado de rotações. Devido a este fato, é necessário reduzir essa velocidade,
para que as rodas girem em velocidades adequadas.
Esta redução de velocidade é realizada através da coroa (1) e do pinhão (2). Ao mesmo tempo
que reduzem a velocidade, estas duas engrenagens aumentam o torque transmitido às rodas.
Se a coroa possuir trinta dentes e o pinhão dez dentes, para cada volta da coroa, o pinhão deve
dar três voltas.
Assim, a velocidade é reduzida três vezes e o torque aumentado três vezes.
Global Training
TP95850 10
Caixa Satélite
Global Training
TP95850 11
Semi-Eixos
Os semi-eixos são do tipo flutuante, isto é, tem apenas como função transmitir o movimento de
rotação às rodas.
A extremidade interna dos semi-eixos contém entalhos que engrenam com as engrenagens
planetárias do conjunto diferencial e a extremidade externa tem um flange com orifício para
fixação no cubo da roda.
A carga exercida sobre o eixo é totalmente suportada pelos rolamentos dos cubos das rodas.
Os semi-eixos são construídos de aço especial com grande resistência a torção e com
prorpiedades de elesticidade.
Para se ter uma idéia, pode-se torcer quase uma volta completa um semi-eixo, que ele retorna
ao ponto sem romper.
Ele possui estas propriedades para suportar o torque de saída de um caminhão quando está
carregado.
Global Training
TP95850 12
Funcionamento do Conjunto Diferencial
Para entender melhor como o diferencial faz a adaptação da velocidade, vamos conhecer o seu
sistema de engrenamento:
Cada semi-eixo está ligado a uma das rodas pela flange (1) presente em sua extremidade
externa.
Global Training
TP95850 13
Quando o veículo está andando em linha reta, o pinhão faz girar todo o conjunto, composto pela
coroa, planetárias e satélites (2).
Neste caso, nenhuma roda precisa girar ou fazer mais força que a outra, pois giram na mesma
velocidade (1) e (3).
Global Training
TP95850 14
Nas curvas, as forças que atuam sobre a roda que fica do lado interno da curva aumentam,
pois a velocidade desta roda diminui.
Nesta condição, as engrenagens planetárias giram com velocidade desigual (1) e (3),
provocando o movimento de rotação das engrenagens satélites na cruzeta (2).
As engrenagens satélites passam a girar sobre o seu próprio eixo ao mesmo tempo que giram
sobre as engrenagens planetária.
Global Training
TP95850 15
Isto significa que ao entrarmos em uma curva, a roda interna sofre um esforço maior, o que
reduz um pouco a rotação do semi-eixo interno.
Esta condição coloca em funcionamento as engrenagens satélites que passam a girar em seu
próprio eixo, possibilitando ao outro semi-eixo girar com velocidade um pouco maior.
Isto vai possibilitar ao veículo fazer a curva sem que a roda, que fica do lado interno da curva,
fique patinando.
Global Training
TP95850 16
Bloqueio do Diferencial - Generalidades
Este equipamento é utilizado por exemplo: Quando o veículo está em solo deslizante.
Global Training
TP95850 17
Bloqueio do Diferencial - Principais Componentes
O bloqueio do diferencial é composto por uma luva de acoplamento (1) que é fixada no lado
direito da caixa de satélites do diferencial e por uma luva de acoplamento deslizante (2),
acoplada no semi-eixo do lado direito.
A luva de acoplamento deslizante (2) é acoplada por um diafragma (3), uma haste (4) e um
garfo de acionamento (5).
O bloqueio do diferencial é acionado por uma tecla (7) presente no painel de instrumentos.
Um iterruptor (6) fecha o circuito e ao mesmo tempo a lâmpada (8) acende no painel de
instrumento.
Global Training
TP95850 18
Bloqueio do Diferencial -
Funcionamento
Global Training
TP95850 19
Redução no Cubo - Generalidades
A redução no Cubo é usada em veículos que são utilizados para serviços extremamente
pesados, onde são exigidos grandes esforços nos semi-eixos e no diferencial.
A redução no cubo reduz a relação de saída da potência de tração para as rodas de tração.
Desta forma é possível reduzir os esforços e, consequentemente, o desgaste.
Global Training
TP95850 20
Redução no Cubo - Principais Componentes e Funcionamento
O sistema planetário é composto por uma engrenagem solar (1), três engrenagens planetárias
(2) e uma engrenagem anelar (3).
Esta rotação é igual a metade da rotação do semi-eixo, ou seja, existe uma redução de 2:1.
Global Training
TP95850 21
Tração Tandem
A tração tandem aumenta a força de tração do veículo permitindo menos patinagem nas rodas.
A tração tandem corresponde à tração nos dois eixos traseiro, onde o eixo matriz dianteiro
normalmente possui um diferencial com caixa de transferência, enquanto o eixo matriz traseiro
tem um diferencial como vimos anteriormente.
Global Training
TP95850 22
Diferencial com Caixa de Transferência
Como vimos anteriormente, quando o veículo possui tração tandem, o eixo motriz dianteiro é
equipado com um diferencial com caixa de transferências.
A caixa de transferência tem a função de distribuir a força de tração pelos dois eixos traseiros.
A rotação do flange e do eixo de entrada é transmitida aos diferenciais do eixo motriz dianteiro e
eixo motriz traseiro via a caixa de transferência.
A engrenagem planetária posterior do diferencial dianteiro aciona o eixo de saída, que por sua
vez aciona o diferencial traseiro.
Se houver uma diferença de rotação entre o eixo motriz dianteiro e o eixo motriz traseiro, ela
será equalizada pela caixa de transferência.
Quando o veículo está sendo conduzido numa superfície escorregadia, pode acontecer que
uma das rodas motrizes esteja parada neste caso a outra roda motriz dobrará sua rotação.
Global Training
TP95850 23