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Brasileiro que domina 11 idiomas dá dicas para aprender

outras línguas
Rafael Lanzetti, um professor brasileiro de 32 anos radicado na Alemanha fala 11 línguas

fluentes: além do português, ele fala inglês, alemão, holandês, francês, italiano, espanhol,

sueco, grego, hebraico e romeno. “O interesse por línguas vem de minha curiosidade em

conhecer outras culturas, mas principalmente da oportunidade que tive, na faculdade, de

aprender gratuitamente. Tenho a sorte de estar num ambiente multicultural e posso praticar

todas as línguas que estudo”, explica Lanzetti, que trabalha na Alemanha como professor e

tradutor e garante aproveitar a proximidade com tantos países para pôr tudo em prática.

Além do português, claro, língua nativa, Lanzetti explica que começou a estudar inglês por

influência da família, aos 8 anos: “Uma sábia decisão que todos os pais que possuem

condições econômicas devem tomar”. Mas foi só aos 18 anos que o horizonte realmente se

abriu. Na Faculdade de Letras ele começou a estudar alemão, espanhol e italiano, línguas as

quais define como “importantes do ponto de vista socioeconômico”. Logo depois veio o

holandês, pela proximidade com o alemão. O romeno veio a reboque das línguas latinas, que

foram complementadas com o francês, “embora não gostasse da língua tanto quanto as outras,

mas reconhecia sua importância cultural”. Ainda na faculdade Lanzetti aprendeu grego e, com

um amigo israelense, mergulhou no hebraico. Por fim, para completar o grupo das línguas

germânicas, Lanzetti enveredou pelo sueco. E, para ele, não tem tempo ruim: “Não há línguas

mais difíceis que outras, como costumamos pensar, todas se equivalem em dificuldade”,

explica.

VEJA AS DICAS PARA QUEM QUER APRENDER OUTRO


IDIOMA
Tenha disciplina
15 minutos por dia, todos os dias, são mais que suficientes. Pense bem: se você faz duas
horas de curso por semana (lembrando que a hora-aula dura 50 minutos), você estuda
100 minutos, contra 105, do método diário.
Tenha motivação
Descubra línguas e culturas que sejam interessantes. Seja por um plano de viagem, por
músicas, cinema, literatura, afinidade ou mesmo amor, ter um objetivo ao aprender uma
língua facilita muito o processo.
Comece cedo
Estudos já provaram ser possível ensinar até cinco línguas pra crianças até os 7 anos de
idade. Treine com seus filhos, pratique, não tenha vergonha! Seu filho, no futuro, irá
VEJA AS DICAS PARA QUEM QUER APRENDER OUTRO
IDIOMA
agradecer.
Não existe língua difícil
Existem línguas mais distantes. Estima-se que um brasileiro de classe C saiba por volta
de 200 palavras em inglês, mesmo sem ter frequentado aulas, graças à exposição diária
ao idioma. Tudo depende da sua dedicação.
Escreva, fale e ouça
Ao aprender um idioma novo, você trabalha quatro habilidades – duas ativas (falar e
escrever) e duas passivas (entender e ler). Equilibre seus estudos entre cada uma das
habilidades.
Seja persistente
Em algumas línguas, você fala mais rápido que outras, devido a peculiaridades ou
semelhanças com o português. Não se desespere, uma hora o idioma vai fluir.
Não tenha medo de errar
Imagine que, mesmo em nossa língua materna, cometemos pequenas “barbaridades”
todos os dias. Como imaginar que, em um novo idioma, você terá que ser perfeito?
Fonte: Rafael Lanzetti, professor e tradutor

.
Mas, de onde vem tanta facilidade e interesse para aprender tantos idiomas assim, enquanto

milhões de brasileiros sofrem para se virar no inglês? “Não há segredo no aprendizado de

línguas, há apenas treino, repetição, disciplina e dedicação. Embora seja um conhecimento que

tenha status diferenciado na sociedade, conseguir utilizar uma língua estrangeira é apenas

uma das dezenas de milhares de coisas que o cérebro humano consegue fazer”, ele

responde. E a pergunta que todos devem fazer é: qual a melhor forma de aprender outro

idioma? Lanzetti explica que notou que seus ciclos de concentração duram 15 minutos. Assim,

ele divide os estudos em “unidades” de 15 minutos. “Leio um texto em francês durante 15

minutos, faço uma pausa, escrevo qualquer coisa em grego durante mais 15 minutos, faço

outra pausa, falo (comigo mesmo) em sueco por 15 minutos, e assim por diante. Se consigo

dedicar 15 minutos a cada habilidade de cada língua uma vez por semana, já fico satisfeito”.

Para o professor, muita gente sofre para aprender uma língua devido a dois fatores

principais: a falta de motivação e a escolha do método incorreto. Aprender um idioma “porque

meu chefe mandou”, “porque vou perder o emprego” ou “porque nunca vou arrumar um” é a

melhor maneira de tornar essa aquisição de conhecimento uma tarefa árdua e sofrida, explica.

Para ele, é preciso aprender por vontade própria, gosto ou curiosidade. “Outra boa motivação,
inegavelmente, é arrumar um amor estrangeiro”, brinca. De forma a facilitar a tarefa, Lanzetti

aconselha que os pais já falem com o bebê em outra língua, pois, quanto mais cedo a criança

tiver contato com outro idioma, melhor. E o aprendizado também não tem hora para acabar.

Até os 150 anos, segundo o professor, ainda há tempo. “Ser adulto não é desculpa para não

aprender uma língua estrangeira!”.

Ainda no campo da motivação, Lanzetti garante que um currículo recheado de idiomas

impressiona qualquer departamento de RH. “Aos poucos, os empregadores vão entendendo

que dominar uma língua estrangeira significa também que o candidato possui cultura geral e

interesses diferenciados”. E, se você ainda acha que o inglês ainda é um diferencial, o

professor alerta: trata-se de uma obrigação. Da terceira língua em diante sim, tudo será tratado

como diferencial.

E quem imagina que o carioca vá parar nas 11 línguas se engana. Lanzetti tem planos mais

ousados. Além de lançar um e-book interativo sobre o alfabeto fonético internacional,

paratablets, ele quer aumentar o leque de idiomas. “Pretendo começar a estudar uma língua

asiática (como o tailandês) e uma língua africana (como o suaíli), aumentando assim meu

leque de conhecimentos em diferentes troncos linguísticos”. Depois de aprender grego,

hebraico, romeno e ser professor de português, alguém duvida de que isso seja possível?

Lifehacker] Como aprendi um idioma em 90 dias


Por: colaboradores

Tornar-se bilíngue abre um novo universo de pessoas, culturas e


emoções diferentes. Isso também pode ser um grande consumidor de
tempo — um ao qual a maioria de nós não pode se dedicar. Mas e se a
fluência estivesse apenas a 90 dias de distância? Maneesh Sethi conta
como isso é possível.

Os benefícios de aprender outro


idioma
Aprender um segundo idioma traz muitos benefícios cognitivos. Por
exemplo, sabe-se que isso posterga o Alzheimer, melhora o poder
cerebral, reduz os preconceitos cognitivos e até aumenta a concentração
e a habilidade de se desligar de distrações. Mas, mais do que efeitos
cognitivos, a habilidade de falar um outro idioma tem uma tonelada de
benefícios sociais. É muito legal conseguir pedir comida no idioma
nativo do garçom, escutar amenidades das outras pessoas no elevador ou
impressionar nativos com isso e entendê-los.

A coisa mais legal de aprender um segundo idioma é que ele torna o


aprendizado do terceiro, quarto ou quinto idiomas muito mais fácil. O
desafio não está em aprender um novo idioma, mas em aprender como
aprender um idioma. Uma vez que você conheça as técnicas, você será
capaz de aplicar os mesmos padrões gramaticais e técnicas de linguagem
em cada novo idioma que for aprender.

Por que a maioria das pessoas está


errada sobre o aprendizado de
idiomas
Eu estudei espanhol por muitos anos no Ensino Médio e até mesmo tirei
boas notas nos exames nacionais. Mas um dia, quando eu precisei falar
pra valer o idioma, de repente caí em mim: quatro anos estudando
espanhol na escola e eu não consigo sequer pedir um burrito. O que deu
errado? De acordo com os testes de padronização oficiais, eu era um
expert em espanhol. Mas eu era incapaz de realizar uma das mais básicas
tarefas!
O fato é que não nos ensinam idiomas da maneira ideal. Os alunos
estudam idiomas em grandes grupos e pensam que um pouco de dever de
casa e exercícios de gramática são o bastante para aprendê-los. Ainda
assim, quase nenhum deles aprende de verdade o idioma. Na realidade,
ao responder a listas de tarefas, nós estamos praticando apenas para
aquilo — para listas de tarefas. Mas se você quiser aprender a falar,
bem… você precisa praticar falando.
Quando vejo pessoas tentando aprender a falar um idioma através de um
livro, ou algum site, eu tento mostrar a elas que não conseguirão atingir
seus objetivos por esses caminhos. Se você quer falar, você tem que
praticar a fala. E se você quiser falar um idioma rapidamente, bem, você
tem que começar a falar. Muito.

A estratégia básica do
aprendizado rápido de idioma
Aprender um idioma pode ser assustador, então darei uma visão
panorâmica da estratégia geral antes de entrarmos nos pontos
específicos.

Eis o que temos:

1. Consiga os recursos certos para aprender: um livro de gramática,


um software de memorização e filmes/livros.
2. Consiga um professor particular: você quererá um por pelo menos
um mês. Eu recomendo quatro horas/dia.
3. Tente falar e pensar apenas no novo idioma: toda vez que você não
conseguir se lembrar de uma palavra, coloque aquela palavra em seu
software de memorização. Pratique seu vocabulário diariamente.
4. Encontre amigos, colegas e outros falantes do novo
idioma: quando você estiver apto a ter conversas básicas com seu
professor particular, você precisará encontrar outros parceiros. Se você
ainda não tiver, pense em ir até o país onde o idioma é falado. Considere
uma classe/turma. Pratique continuamente. Pare de falar português.
Esta é a estratégia básica. Novamente, essa estratégia é intensiva, porque
aprender um idioma em três meses é uma tarefa difícil. Se você preferir
aprender o idioma mais devagar, ou não tem a opção de ir até outro país
e praticar 4~8 horas por dia, então pode modificar o plano. Entretanto, é
extremamente importante praticamente todos os dias — 20 minutos por
dia é muito melhor do que duas ou três vezes por semana.
Os recursos de que você precisar
para aprender um idioma
Para aprender um idioma, você precisará de alguns itens para praticar.
Aqui estão os recursos que eu sempre uso:

Um bom livro de gramática. Isso é essencial se você quiser aprender


um idioma. Eu recomendo a série Essential Grammar da Dover (em
inglês): são livros baratos, concisos e completos.
Um livro de frases. É parecido com um dicionário, mas para frases.
Você pode começar memorizando sentenças e frases completas, e
naturalmente aprenderá as palavras individuais. Falarei mais sobre
táticas de memorização daqui a pouco.
Um dicionário online. Para a maioria dos idiomas romanos, recomendo
o Word Reference. Para o alemão, tente o dict.cc. O Google
Tradutor também pode ser útil, mas ele pode se tornar uma muleta. Use-
o com moderação.
Um app de memorização. Você tem que memorizar o vocabulário. Eu
sempre coloco novas palavras no meu app e as pratico toda noite. Se
você estiver num Mac, dê uma olhada no Genius. Ele usa técnicas de
espaçamento de tempo para testar nosso conhecimento. Você será
aleatoriamente questionado sobre palavras e frases que está tentando
aprender e, quanto mais repetir um erro, mais você será testado. Eu
recomendo colocar o português em uma coluna à esquerda e o idioma
desejado à direita, assim você aprenderá a falar em um novo idioma, não
a traduzir para ela. Se você estiver no PC, ouvi coisas boas sobre o Anki.
Um professor. Eu recomendo fortemente ter um professor particular, de
algum anúncio online ou de uma escola de idiomas. Porém, se você não
conseguir encontrar ninguém na sua região ou achá-lo muito caro, dê
uma olhada no Edufire. É um site que permite a você ter aulas
particulares e em grupo via Internet.
Parceiros de idioma gratuitos. O Mixxer é uma fonte incrível. É um
site que permite a você conectar, via Skype, com parceiros de idioma de
todo o mundo. Apenas escolha o seu idioma nativo e o que está tentando
aprender, e o Mixxer encontrará parceiros com a necessidade oposta
(que falam o idioma que você quer aprender e querem aprender o seu
idioma).
No começo, parceiros online são de grande ajuda. Por quê? Primeiro,
porque conversar é muito mais fácil do que falar, então você tem uma
ótima chance de praticar seu idioma. Segundo, o chat lhe dá um relatório
do que você disse — e facilita para o seu parceiro corrigi-lo.

Eu uso o Couchsurfing.org e o Meetup.com para encontrar parceiros de


idioma e encontros de idioma, não importa onde eu viva. Dê uma olhada
no artigo do Benny para aprender como encontrar parceiros de idiomas
no Couchsurfing. Eu não recomendo o Rosetta Stone. O Rosetta Stone é
incrivelmente lento. No nível 1, que leva 1~2 meses para ser
completado, você só estará familiarizado com o tempo verbal presente.
Não é um bom uso do seu tempo.

O plano de 90 dias para aprender


um idioma
É possível chegar à fluência, ou pelo menos a um algo nível de
conversação, em apenas 90 dias, mas isso requer foco intenso. A maior
mudança é de mentalidade: eu tenho que alterar a concepção que tenho
de eu mesmo de “Maneesh: um blogueiro que quer aprender italiano”
para “Maneesh: um aprendiz de italiano (que bloga no seu tempo livre).”
Se você não tem a liberdade de focar todo o seu tempo no aprendizado
de um idioma, tudo bem, mas o processo será maior do que 90 dias.
Apenas certifique-se de que continuará a praticar todo dia, ou o
conhecimento adquirido será perdido rapidamente.

Dias 1-30
Os primeiros trinta dias são críticos para aprender um novo idioma. Você
precisa pular de cabeça o quanto for possível. Eu recomendo muito ir a
um país onde o idioma é falado se você quiser aprendê-lo em 90 dias.
Isso o ajudará a fixar o aprendizado do idioma na sua mente e permitirá
que você se veja rodeado de falantes do novo idioma. Se você puder
viajar para um novo país, tente morar com uma família. Você aprenderá
muito fazendo refeições com uma família que o abrigue.
De qualquer forma, durante o primeiro mês, trabalhe com seu professor
em particular — não em turma. Turmas dão brecha para que você se
acomode e fique preguiçoso, enquanto um professor particular o força a
aprender.

Isso é importante: você precisa ser um aprendiz ativo. A maioria das


pessoas se permite ser ensinada, mas você precisa tomar a iniciativa e
fazer perguntas. A melhor forma de entender esse processo é através da
parte em vídeo da série que fiz para complementar este post, que possui
uma amostra de uma aula que tive enquanto estudava sueco, com
explicações da questão que fiz durante o treinamento particular. Os
vídeos, em inglês, estão aqui.
Você começará a encontrar um monte de palavras e frases que não
conhece, tanto do seu professor particular, quanto quando praticar por si
mesmo. Coloque essas palavras no seu software de memorização.

Você precisa começar a memorizar 30 palavras e frases por dia. Por que
30? Porque em 90 dias, você terá aprendido 80% do idioma.

Este ótimo artigo fala sobre o número de palavras no idioma russo.


As 75 palavras mais comuns formam 40% das ocorrências
As 200 palavras mais comuns formam 50% das ocorrências
As 524 palavras mais comuns formam 60% das ocorrências
As 1257 palavras mais comuns formam 70% das ocorrências 
As 2925 palavras mais comuns formam 80% das ocorrências 
As 7444 palavras mais comuns formam 90% das ocorrências 
As 13374 palavras mais comuns formam 95% das ocorrências 
As 25508 palavras mais comuns formam 99% das ocorrências
Como você pode ver, é preciso aprender cerca de 3 mil para chegar a
80% das palavras… provavelmente o bastante antes que você comece a
aprender palavras facilmente pelo contexto. Com 30 palavras/dia, você
terá aprendido quase 3 mil em 90 dias.

Dias 31-60
Depois do seu primeiro mês, é hora de focar em expôr-se a si mesmo ao
idioma o máximo possível. Depois de um mês de aulas particulares, você
conseguirá manter conversas básicas.
Se o seu professor particular pesar no bolso, é de se considerar ter aulas
com grupos avançados nesse ponto — isso será uma economia e lhe dará
acesso a outros amigos que também estão aprendendo o idioma. Apenas
tenha cuidado para não acabar falando só em português. Tente tornar
uma regra falar o máximo que puderem o idioma que estão aprendendo.
E, se possível, continue com o seu professor particular.

Agora é hora de começar a busca por parceiros de idioma. Dê uma


olhada no Mixxer e no Couchsurfing para encontrar pessoas que falam o
idioma que você está tentando dominar. Tente gastar algumas horas por
dia praticamente o novo idioma. Neste ponto, por você ter uma noção
básica do idioma, isso não deve ser uma tarefa penosa — você estará
basicamente gastando seu tempo socializando com novos amigos.

Tente ler livros simples no idioma em questão e sublinhe as palavras que


desconhece. Você pode adicionar essas ao seu app de memorização.

Você deve começar a pensar no novo idioma. Toda vez que tentar
expressar um pensamento a si mesmo, mas não se lembrar da palavra,
anote-a no software de memorização. Continue aprendendo 30 palavras e
frases por dia.

Dias 61-90
No 60º dia, você deverá estar bom o bastante para falar o idioma. Você
precisará apenas manter a prática. Ter conversas mais profundas com
seus parceiros. Continue estudando 30 palavras por dia e praticando
aquelas que você já aprendeu, e você se aproximará da marca das 3 mil
palavras — o suficiente para falar um idioma próximo do fluente.

Agora, você já pode começar a assistir TV e ler livros no idioma


pretendido. Alugue alguns DVDs estrangeiros e tente acompanhá-los. Se
preciso, ative as legendas. Não se preocupe se tiver dificuldades, porque
entender um filme é bem mais difícil do que ter uma conversa cara a
cara.

Continue trabalhando no novo idioma muitas horas por dia e, no fim do


mês, você se verá mandando bem no idioma. É impressionante o que se
pode fazer em apenas 90 dias com foco inabalável.
Dicas para escrever bem

1. Vc deve evitar ao máx. utiliz. abrev. blz?


2. É igualmente desnecessário fazer-se empregar de um
estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática
advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo
narcisístico.
3. Corta essa de usar gírias, mesmo que seja massa, sacou?
4. Palavrões podem mandar seu texto pra puta que o pariu!
5. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as
situações.
6. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo
meu: “Quem cita os outros não tem idéias próprias”.
7. Nunca deixe as frases incompletas, principalmente
quando..
8. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa
de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada
argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a
mesma idéia várias vezes.
9. Utilize a pontuação corretamente pois caso contrário a
frase poderá ficar sem sentido especialmente deve-se saber
usar o ponto a vírgula e o ponto de exclamação finalmente
será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação
10. Quem precisa de perguntas retóricas?
11. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas
desconhecidas.
12. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que ser
moderado.
13. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica
horrível!!!!!
14. Preste atensão com a hortografia para não estrupar a
lingua portuguêza.
15. EVITE ESCRITA EM CAIXA ALTA, PARECE QUE VOCÊ
ESTÁ GRITANDO!
16. Não fique escrevendo no gerúndio. Você vai estar
deixando seu texto pobre e estar causando ambiguidade.
Com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito.
17. Outra barbaridade que tu deves evitar, tchê, é usar
muitas expressões que acabem por denunciar a região onde
tu moras! Entendeu bichinho?
18. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão
ninguém irá aguentar, já que é insuportável o mesmo final
escutar, o tempo todo sem parar.
19. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar
uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com
que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra
se encontra repetida.
20. Evite frases exageradamente longas, pois estas
dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por
conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre
torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre
leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a
torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de
contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos
estimular através do uso de frases mais curtas.

O domínio de uma língua estrangeira, em especial o inglês, é uma exigência cada


vez mais frequente nas empresas. A maior parte dos candidatos às vagas, por sua
vez, atesta no currículo que fez cursos – o que em geral é verdade. Mas, na prática,
são poucos os que sustentam uma entrevista mais detalhada em outro idioma ou
mantêm uma conversação em inglês sem grande esforço. Para muitos prevalece a
sensação de só cometer um erro após outro. E o pior é que a insegurança quanto à
gramática e o medo de cometer equívocos terminam por comprometer as
possibilidades de acerto. Em muitos casos, nem mesmo anos de aula mudam essa
situação. 

Talvez por isso pareça, para tanta gente, tão sedutora a proposta de eliminar as
antigas tradições no ensino de línguas estrangeiras e investir em novos métodos,
mais rápidos eficazes.

Os livros, CDs e DVDs para autodidatas ou prospectos de escolas particulares


sempre voltam a afirmar veementemente que tudo o que precisamos é uma
abordagem correta. E o melhor: podemos nos livrar com certeza das horas de
estudo em casa, das listas de vocabulário, do jargão linguístico! Verdade?
Especialistas acreditam que não. Principalmente quando se trata de adultos, nada
substitui o trabalho duro.

É claro que há o caso de crianças que crescem em um país estrangeiro e aprendem


a língua de seu ambiente sem grandes dificuldades. E avanços na psicologia e
linguística poderiam ajudar a transferir mecanismos de aprendizagem semelhantes
para o mundo adulto. Por trás disso não está apenas o argumento promocional de
poupar os alunos do grande trabalho de aprender gramática. Pesquisadores, por
sua vez, reconhecem a necessidade de adoção de modelos mais eficazes e menos
penosos, já que prevalece o consenso de que nada se ganha apenas com o ensino
de regras.

EM ZIGUE ZAGUE

O que precisa ser transformado é o chamado método de gramática e tradução –


pelo qual, ainda hoje, boa parte dos livros didáticos se orienta –, que vem dos
tempos primordiais do ensino metódico de línguas. Ele é o consenso fundamental, o
protótipo da aula de língua estrangeira de qualquer conceito pedagógico. A bem da
verdade, em sua forma pura hoje é encontrado apenas em casos de exceção, mais
provavelmente nas aulas de latim: devem-se construir frases na língua estrangeira
ou traduzir textos para a língua materna com caneta e papel, pois os alunos só vão
falar (se isso acontecer) bem mais tarde.

Obviamente o que ainda é sustentável no caso das línguas mortas certamente


fracassará com o inglês ou o francês. “Nesse processo, os alunos não absorvem
muito mais do que um conjunto de regras abstratas. Isso, porém, não ajuda em
nada o uso da língua: dessa forma, os estudantes não conseguem transformar seu
conhecimento linguístico em uma forma útil para a comunicação”, diz a pedagoga
Susanne Even, da Universidade de Indiana em Bloomington.

Chovem críticas ao método de gramática e tradução – e elas não são recentes.


Justamente por esse motivo,já em 1882 o professor Wilhelm Viëtor (1850-1918),
em seu panfleto polêmico “A aula de línguas deve ser transformada!”, atacou a
prática comum naquela época. Ele obteve grande apoio e, a partir de então, muitos
educadores e linguistas passaram a dar mais valor ao domínio oral do idioma. A
questão que os intrigava naquela época e de certa forma permanece até hoje é:
como é possível ensinar as pessoas a falar outra língua corretamente sem que seja
necessário dedicar anos a fio para isso?

A grande busca por alternativas que se iniciou desde então na didática se


assemelha à tentativa de atirar em um objeto em movimento. Como quase não há
pesquisas próprias e sistemáticas, qualquer mudança na tendência das “disciplinas
de base” – psicologia, linguística e pedagogia – cedo ou tarde também culmina em
um procedimento didático próprio, enquanto a subestrutura teórica acaba com os
antigos conceitos de aprendizagem de línguas. O “método áudio-oral”, por
exemplo, no qual frases e estruturas são treinadas à perfeição por meio de sua
constante audição e repetição, foi celebrado como uma verdadeira revolução na
metade do século XX, levando, entre outras coisas, à divulgação dos laboratórios
de línguas. Como, no entanto, ele se apóia em uma psicologia do aprendizado hoje
já ultrapassada, a maioria dos pesquisadores se distanciou dele.

Nos anos 70, o “método natural” do professor de espanhol Tracy Terrell e do


linguista Stephen Krashen, da Universidade do Sul da Califórnia, fez sucesso. Eles
se concentraram completamente na comunicação e tomaram como modelo de
reflexão a seguinte questão: línguas estrangeiras devem ser aprendidas como foi
aprendida um dia a língua materna por meio da fala – e, principalmente, pela
audição. Krashen e Terrell partiram do princípio de que um mecanismo cerebral
específico lhes permitia aprender a própria língua materna. A fim de ativá-lo
novamente, o planejamento do curso deve se orientar exatamente pela ordem em
que as crianças também adquirem novos conceitos linguísticos. Ou seja: segundo
os estudiosos, os alunos expandem suas capacidades principalmente quando
ouvem construções de frases que sempre estão um pouco acima de sua capacidade
momentânea (como uma criança pequena que aprende a falar).

Seria esse então o modelo de um curso de língua mais próximo do ideal, capaz de
proporcionar aprendizado fácil e ao mesmo tempo efetivo? Por mais plausível que
pareça à primeira vista, o “método natural” de Krashen e Terre mostrou-se ingênuo
demais: muitos professores de línguas que o seguiam logo deixavam totalmente de
lado o cansativo ensino de regras gramaticais. “Muitas escolas e até universidades
optaram por descartar a gramática, mas mesmo depois de anos vários estudantes
ainda estavam no nível do ‘eu vai’”, comenta Susanne Even.

A pesquisadora Claudia Riemer, que realiza estudos na Universidade de Bielefeld na


área de didática de línguas estrangeiras, também reconhece o problema: “Aprender
uma língua estrangeira é uma situação de enorme complexidade para o cérebro.
Não é possível fazê-lo sem nenhuma atenção focada em determinadas regras”.
Outros métodos não tiveram melhor destino. Assim, entre os pesquisadores foi se
estabelecendo cada vez mais a idéia de que, infelizmente, praticamente todos os
conceitos que deixavam explicações gramaticais de fora, em algum momento, se
mostravam inadequados. Apenas sair falando funciona, no máximo, para os
primeiros passos em uma nova língua.

Por enquanto, ninguém descobriu o método com o qual a aprendizagem de línguas


finalmente se tornará uma agradável brincadeira de criança para qualquer pessoa.
Mas sejamos sensatos: é bastante improvável que algum dia exista um truque
assim, já que as pessoas têm formas diferentes de apreender informações e
resolver problemas. As demandas também são diversas. Uns querem apenas falar e
se comunicar sem grandes vexames, outros têm excelente memória para
vocábulos, mas fracassam ao construir uma frase – e, por fim, há as pessoas que
encontram prazer em folhear os livros de gramática, sentem-se mais seguras
assim. Além disso, o aprendizado (e consideramos aqui que aprender é mudar
formas de comportamento e compreensão de si e do outro) requer formação (ou
ativação) de redes de neurônios. Adquirir conhecimento complexo, como um
idioma, significa, portanto, alterações da anatomia cerebral.

Por isso, a didática de línguas estrangeiras tem se concentrado, nos últimos


tempos, nos estilos pessoais de aprendizagem. E para não perder (tantos) alunos
os cursos buscam, cada vez mais, atender a essa diversidade.
Os mais velhos, muitas vezes, já estão acostumados, desde crianças, a declinar e
conjugar. “Após alguns anos de aulas na escola, a maioria tem pelo menos uma
idéia bastante exata daquilo que constitui uma boa aula”, diz Riemer. Esses alunos
não confiam apenas em exercícios de conversação e exercícios de grupo, preferem
tentar sanar seus problemas orais com lições de gramática – e quase sempre
acabam caindo em um círculo vicioso, diz Sylvia
Fischer, da Universidade de Modena, que estudou o tema em seu doutorado
e entrevistou estudantes italianos sobre a causa de sua inibição em aula. Ela
percebeu que a fixação em regras linguísticas estimula uma postura mais
dura em relação aos próprios erros. Uma aula que, em grande parte, se compõe de
exercícios de conversação em grupo, é proveitosa quase que exclusivamente para
pessoas com pouca dificuldade em conversação.

Como saída para esse dilema, existe uma estratégia dupla que associa abordagens
especificamente comunicativas às formas clássicas, que valorizam a gramática.
Alega-se que essa estratégia deixa espaço suficiente para ensinar todo o
conhecimento teórico necessário e também ajuda a “soltar a língua” dos
alunos e a eliminar o medo de se expor –e errar. A chamada aprendizagem
voltada para situações práticas (como se comunicar com o garçom, conversar
com funcionários do aeroporto, pedir informações sobre pontos turísticos
etc.) segue esse princípio na medida em que – em cada situação relevante do
cotidiano – é possível aprender. O conceito central aqui é deixar claro que as
formas gramaticais não têm um fim em si é fundamental que tenham aplicação
prática.
Divulgação

Experiência lúdica

Susanne Even dá um passo à frente ao


mandar seus alunos da Universidade
de Indiana fazer teatro. O “gramaticodrama”
se baseia na abordagem pedagógico-
dramática desenvolvida por Manfred Schewe,
da Universidade de Cork, na Irlanda. “Não
apenas representamos, buscamos formas
próprias e corretas de dizer ‘o que o outro
disse’, trabalhamos com o discurso indireto e
© evening standard/ hulton archive/getty images

NO PALCO: Peça encenada na escola


Cultura Inglesa, em São Paulo, com o
objetivo de facilitar o aprendizado.

exercitamos as construções de frases


em variadas situações.” A proposta
privilegia também a experiência
lúdica: os alunos se preocupam com
vários aspectos como expressão
corporal e a interação com os outros,
deixando de lado a timidez. A
pesquisadora ainda não tem dados
comparativos sobre o método, mas
tem esperança de que, de forma
mais descontraída, os estudantes
finalmente aprendam uma língua
ALUNO DURANTE AULA de francês na Woodberry
estrangeira de maneira prazerosa e
Down School, em 1964
efetiva.

QUAL O CURSO MAIS


ADEQUADO?
Cinco perguntas que todos deveriam se fazer:

• A escola promete eliminar totalmente as aulas de gramática? Então você


deve desconfiar; as chances de sucesso são duvidosas.

• O significado das regras é valorizado? É bom que seja, pois a gramática como
matéria de aprendizado é praticamente tão inútil quanto
nenhuma gramática.

• A conversação é priorizada? É fundamental que seja, pois sem a prática


nem uma mochila cheia de teoria pode ajudá-lo.

• Qual a postura dos professores em relação aos erros?Mesmo quando


algumas frases ainda saem erradas, eles devem estimular o aluno a falar;
em fases iniciais do aprendizado a supervalorização da gramática não
ajuda, mas inibe.

• O curso se concentra em apenas um tipo de aprendizagem? O ideal é


que não. Quanto mais variada for a aula, mais provável será a possibilidade de a
pessoa descobrir a melhor forma de aprender.

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