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outras línguas
Rafael Lanzetti, um professor brasileiro de 32 anos radicado na Alemanha fala 11 línguas
fluentes: além do português, ele fala inglês, alemão, holandês, francês, italiano, espanhol,
sueco, grego, hebraico e romeno. “O interesse por línguas vem de minha curiosidade em
aprender gratuitamente. Tenho a sorte de estar num ambiente multicultural e posso praticar
todas as línguas que estudo”, explica Lanzetti, que trabalha na Alemanha como professor e
tradutor e garante aproveitar a proximidade com tantos países para pôr tudo em prática.
Além do português, claro, língua nativa, Lanzetti explica que começou a estudar inglês por
influência da família, aos 8 anos: “Uma sábia decisão que todos os pais que possuem
condições econômicas devem tomar”. Mas foi só aos 18 anos que o horizonte realmente se
abriu. Na Faculdade de Letras ele começou a estudar alemão, espanhol e italiano, línguas as
quais define como “importantes do ponto de vista socioeconômico”. Logo depois veio o
holandês, pela proximidade com o alemão. O romeno veio a reboque das línguas latinas, que
foram complementadas com o francês, “embora não gostasse da língua tanto quanto as outras,
mas reconhecia sua importância cultural”. Ainda na faculdade Lanzetti aprendeu grego e, com
um amigo israelense, mergulhou no hebraico. Por fim, para completar o grupo das línguas
germânicas, Lanzetti enveredou pelo sueco. E, para ele, não tem tempo ruim: “Não há línguas
mais difíceis que outras, como costumamos pensar, todas se equivalem em dificuldade”,
explica.
.
Mas, de onde vem tanta facilidade e interesse para aprender tantos idiomas assim, enquanto
línguas, há apenas treino, repetição, disciplina e dedicação. Embora seja um conhecimento que
uma das dezenas de milhares de coisas que o cérebro humano consegue fazer”, ele
responde. E a pergunta que todos devem fazer é: qual a melhor forma de aprender outro
idioma? Lanzetti explica que notou que seus ciclos de concentração duram 15 minutos. Assim,
minutos, faço uma pausa, escrevo qualquer coisa em grego durante mais 15 minutos, faço
outra pausa, falo (comigo mesmo) em sueco por 15 minutos, e assim por diante. Se consigo
dedicar 15 minutos a cada habilidade de cada língua uma vez por semana, já fico satisfeito”.
Para o professor, muita gente sofre para aprender uma língua devido a dois fatores
meu chefe mandou”, “porque vou perder o emprego” ou “porque nunca vou arrumar um” é a
melhor maneira de tornar essa aquisição de conhecimento uma tarefa árdua e sofrida, explica.
Para ele, é preciso aprender por vontade própria, gosto ou curiosidade. “Outra boa motivação,
inegavelmente, é arrumar um amor estrangeiro”, brinca. De forma a facilitar a tarefa, Lanzetti
aconselha que os pais já falem com o bebê em outra língua, pois, quanto mais cedo a criança
tiver contato com outro idioma, melhor. E o aprendizado também não tem hora para acabar.
Até os 150 anos, segundo o professor, ainda há tempo. “Ser adulto não é desculpa para não
que dominar uma língua estrangeira significa também que o candidato possui cultura geral e
professor alerta: trata-se de uma obrigação. Da terceira língua em diante sim, tudo será tratado
como diferencial.
E quem imagina que o carioca vá parar nas 11 línguas se engana. Lanzetti tem planos mais
paratablets, ele quer aumentar o leque de idiomas. “Pretendo começar a estudar uma língua
asiática (como o tailandês) e uma língua africana (como o suaíli), aumentando assim meu
hebraico, romeno e ser professor de português, alguém duvida de que isso seja possível?
A estratégia básica do
aprendizado rápido de idioma
Aprender um idioma pode ser assustador, então darei uma visão
panorâmica da estratégia geral antes de entrarmos nos pontos
específicos.
Dias 1-30
Os primeiros trinta dias são críticos para aprender um novo idioma. Você
precisa pular de cabeça o quanto for possível. Eu recomendo muito ir a
um país onde o idioma é falado se você quiser aprendê-lo em 90 dias.
Isso o ajudará a fixar o aprendizado do idioma na sua mente e permitirá
que você se veja rodeado de falantes do novo idioma. Se você puder
viajar para um novo país, tente morar com uma família. Você aprenderá
muito fazendo refeições com uma família que o abrigue.
De qualquer forma, durante o primeiro mês, trabalhe com seu professor
em particular — não em turma. Turmas dão brecha para que você se
acomode e fique preguiçoso, enquanto um professor particular o força a
aprender.
Você precisa começar a memorizar 30 palavras e frases por dia. Por que
30? Porque em 90 dias, você terá aprendido 80% do idioma.
Dias 31-60
Depois do seu primeiro mês, é hora de focar em expôr-se a si mesmo ao
idioma o máximo possível. Depois de um mês de aulas particulares, você
conseguirá manter conversas básicas.
Se o seu professor particular pesar no bolso, é de se considerar ter aulas
com grupos avançados nesse ponto — isso será uma economia e lhe dará
acesso a outros amigos que também estão aprendendo o idioma. Apenas
tenha cuidado para não acabar falando só em português. Tente tornar
uma regra falar o máximo que puderem o idioma que estão aprendendo.
E, se possível, continue com o seu professor particular.
Você deve começar a pensar no novo idioma. Toda vez que tentar
expressar um pensamento a si mesmo, mas não se lembrar da palavra,
anote-a no software de memorização. Continue aprendendo 30 palavras e
frases por dia.
Dias 61-90
No 60º dia, você deverá estar bom o bastante para falar o idioma. Você
precisará apenas manter a prática. Ter conversas mais profundas com
seus parceiros. Continue estudando 30 palavras por dia e praticando
aquelas que você já aprendeu, e você se aproximará da marca das 3 mil
palavras — o suficiente para falar um idioma próximo do fluente.
Talvez por isso pareça, para tanta gente, tão sedutora a proposta de eliminar as
antigas tradições no ensino de línguas estrangeiras e investir em novos métodos,
mais rápidos eficazes.
EM ZIGUE ZAGUE
Seria esse então o modelo de um curso de língua mais próximo do ideal, capaz de
proporcionar aprendizado fácil e ao mesmo tempo efetivo? Por mais plausível que
pareça à primeira vista, o “método natural” de Krashen e Terre mostrou-se ingênuo
demais: muitos professores de línguas que o seguiam logo deixavam totalmente de
lado o cansativo ensino de regras gramaticais. “Muitas escolas e até universidades
optaram por descartar a gramática, mas mesmo depois de anos vários estudantes
ainda estavam no nível do ‘eu vai’”, comenta Susanne Even.
Como saída para esse dilema, existe uma estratégia dupla que associa abordagens
especificamente comunicativas às formas clássicas, que valorizam a gramática.
Alega-se que essa estratégia deixa espaço suficiente para ensinar todo o
conhecimento teórico necessário e também ajuda a “soltar a língua” dos
alunos e a eliminar o medo de se expor –e errar. A chamada aprendizagem
voltada para situações práticas (como se comunicar com o garçom, conversar
com funcionários do aeroporto, pedir informações sobre pontos turísticos
etc.) segue esse princípio na medida em que – em cada situação relevante do
cotidiano – é possível aprender. O conceito central aqui é deixar claro que as
formas gramaticais não têm um fim em si é fundamental que tenham aplicação
prática.
Divulgação
Experiência lúdica
• O significado das regras é valorizado? É bom que seja, pois a gramática como
matéria de aprendizado é praticamente tão inútil quanto
nenhuma gramática.