A lei é um processo de formação do Direito que se traduz numa declaração solene e directa da
norma juridica, efectuada por uma autoridade competente. É a mais importante fonte de direito.
COSTUME
O nosso Código Civil não apresenta o costume como fonte imediata de direito, e apenas admite
que os usos possam vir a ter relevância juridica quando a lei para eles remeta, ou seja, como
fontes mediatas de direito.
Ver a este propósito artigo 3.º do Código Civil
JURISPRUDÊNCIA
Define-se como a orientação geral seguida pelos tribunais no julgamento dos diversos casos que
lhe são submetidos; mas também pode ser definida como o conjunto de decisões [1] dos
tribunais sobre os litigios que lhe são submetidos.
Uma questão que importa saber é se esses modos de decidir têm validade para além do caso que
decidem e se criam regras para o futuro. É o que acontece nos EUA e na Inglaterra em que a
jurisprudência é fonte de direito.
Entre nós não é assim que se verifica. O juiz tem unicamente que julgar em conformidade com a
lei e com a sua consciência (artigo 8. do Código Civil), sendo perfeitamente irrelevante que a sua
decisão contrarie outra decisão tomada por um outro tribunal, ainda que de categoria mais
elevada.
Nas situações normais a jurisprudência não é fonte de direito. Contudo, ao longo do tempo e na
medida em que se vai explicitando uma consciência juridica geral, contribui para a formulação
de verdadeiras normas juridicas.
Ao principio de que a jurisprudência não é fonte de direito há que juntar uma importante
excepção. Em certas circunstâncias as decisões do tribunais superiores devem ser consideradas
autênticas fonte de direito. É o caso dos Assentos.
É ao Supremo Tribunal de Justiça que cabe proferir assentos. São requisitos para esta
formulação:
– haver contridão entre decisões de tribunais superiores relativamente à mesma questão
fundamental de direito;
– as decisão não terem sido preferidas uma em recurso da outra;
– as decisões terem sido proferidas no domínio da mesma legislação.
O acordão que resolve o conflito designa-se por assento e é publicado na 1.ª série do Diário da
República e no Boletim do Ministério da Justiça. A partir desse momento esse assento passa a
ser obrigatório para todos os tribunais. Os assentos constituem assim uma verdadeira norma
juridica, embora formada por via jurisprudencial (pela via dos tribunais).
DOUTRINA