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Hoje o negócio só sobreviverá se o modelo de gestão for profissional.

O gestor não
pode administrar um negócio de serralheria ou vidraçaria apenas com conhecimentos de
fabricação e instalação de portas, janelas, box, espelhos, telhados ou fachadas, isso é
coisa de gestores inexperientes.

No meu livro a “A arte da gestão nas serralherias e vidraçarias” (publicado pela Editora
A4), recém lançado, abordo dicas bem úteis para os empresários administrar uma
empresa de forma correta e ser, acima de tudo, bem sucedidos.

Para ajudar os empresários leitores recomendo esses cinco passos iniciais, nos quais


julgo necessários, para que o empresário comece a melhorar a gestão de uma empresa.

Passo 1: Faça o planejamento estratégico da sua empresa

O planejamento estratégico deve constar em sua elaboração fatos importantes, tais


como: forças, fraquezas, objetivos e metas que você quer alcançar em um espaço de
tempo, e principalmente, o plano de ação.

Passo 2: Divida a empresa em departamentos

É necessário que haja uma divisão de departamentos para que se tenha uma visão ampla
do negócio. Às principais áreas de uma empresa são: financeira, operacional, marketing
e recursos humanos.

Passo 3: Crie uma rotina de trabalho para cada departamento

É de extrema importância que tenha horários divididos corretamente perante todos os


departamentos e funcionários envolvidos neles. Uma rotina ou plano de trabalho deve
conter os objetivos e metas dos departamentos, além das principais atividades de cada
pessoa, operacional ou gerencial, envolvida nele.

Passo 4: Delegue as tarefas que só você sabe fazer

Lembre-se: trabalhe menos e gerencie mais. É de extrema importância focar na gestão


da empresa, para que isso aconteça. É preciso preparar as pessoas para substituir você
nos trabalhos.

Passo 5: Capacite sua mão de obra

Não fique preso ao pensamento de que o funcionário aprende e depois vai embora para
o concorrente. Este pensamento é errado. É melhor ele aprender, e enquanto decide se
vai embora ou não, melhorar a sua produção, do que o funcionário continuar
incapacitado na empresa dando diversos prejuízos.
Serralheiro é vidraceiro e vidraceiro é só vidraceiro. Mas será que o vidraceiro do
século XXI consegue ser serralheiro também? Que não se enganem as vidraçarias
tradicionais que dedicaram grande parte de sua existência a instalar somente vidros.

Domínio dos serralheiros

Aos poucos os serralheiros dominam o mercado dos pequenos vidraceiros que mantém
parte do seu negócio em colocar vidros nas janelas e portas dos clientes. Antigamente o
serralheiro era contratado para fabricar as esquadrias, e o vidraceiro para colocar o
vidro. Hoje não funciona mais assim. O cliente está mais exigente e com pouco tempo.
Prefere resolver todo o serviço com um profissional apenas.

Além do mais, precisamos customizar o produto para o cliente. Isso significa que
procurar dois profissionais diferentes para o mesmo serviço, não tem mais condições. O
serviço para o cliente é fechar o vão com uma esquadria. Para ele não importa se tem
vidros, acessórios e instalação, o que importa é chamar um profissional que resolva o
problema, ou seja, a esquadria instalada, com vidro e em perfeito funcionamento.

É comum fazermos compras em supermercados que vendem produtos automotivos.


Quem nunca foi em uma farmácia e encontrou chinelos na prateleira. Hoje o cliente não
tem tempo a perder e as empresas atentas a essa realidade oferecem o maior número de
produtos possível, não importa se o seguimento é outro, o importante é que os clientes
são os mesmos.

A partir dessa nova realidade, os serralheiros avançaram na área do vidraceiro


oferecendo esquadrias customizadas, ou seja, com vidros e instaladas, de acordo com as
necessidades do cliente. Os distribuidores de vidros, com uma política comercial de
igualdade de preços para serralheiros e vidraceiros, ajudaram e muito, nesse avanço de
mercado.

A hora da virada para os vidraceiros

Outro fato interessante são os box temperados. Bem provável que o número de
serralherias que comercializa o box temperado esteja bem próximo das vidraçarias.
Anteriormente o serralheiro produzia o box de acrílico, mais barato se comparado com o
box temperado, porém acumulava sujeiras e de difícil limpeza. O cliente moderno que
quer praticidade, paga mais por menos dor de cabeça. Para a infelicidade do vidraceiro,
o serralheiro percebeu esse nicho de mercado do vidraceiro e agora também instala box
temperado.

Diante desses fatos, vejo uma única solução para os vidraceiros reconquistarem o
espaço perdido e contra atacarem. Precisam ser serralheiros!

Hoje existem cursos de serralheria, seminários, palestras e consultores que podem


auxiliar na adaptação da vidraçaria para serralheria. Conheça aqui alguns cursos.

Afinal de contas, serralheiro é vidraceiro e vidraceiro tem que ser serralheiro.


3 dicas para definir a capacidade
produtiva de uma serralheria
Por
Prof. Alexandre Araújo
-
3 de fevereiro de 2018
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Dimensionar a produção de uma serralheria que vai começar a comercializa esquadrias


sob medida não é nada fácil, por isso exige o mínimo de planejamento do gestor.
Diferente das esquadrias padronizadas, as esquadrias sob medidas possuem medidas
diferentes e uma variedade de tipologias.
No meu livro “A arte da gestão nas serralherias e vidraçarias” (publicado pela Editora
A4), abordo várias dicas úteis sobre produção para os empresários colocarem em prática
no dia a dia e administrarem seu negócio com muito sucesso.

Para ajudar os empresários leitores selecionei três dicas úteis, que avalio importantes
para que o empresário possa dimensionar melhor a capacidade produtiva da sua
empresa.

DICA 1 – Analise o layout

A produção das esquadrias precisa fluir da melhor maneira possível, para tanto é preciso
que o espaço da fábrica seja organizado de forma estratégica e prática. Sendo assim, é
importante na hora da elaboração de um layout levar em consideração três aspectos:

1. Definir a quantidade de esquadrias que será produzida determinará o cálculo do


número de equipamentos e da área de estoque;
2. Considerar os equipamentos necessários;
3. Estabelecer o tipo de layout, levando em consideração também os processos e os
operários.

DICA 2 – Defina a quantidade de operários

Um dos fatores que influenciam o dimensionamento da capacidade produtiva de uma


serralheria é o número de operários (mão de obra direta) envolvidos diretamente no
processo produtivo dos produtos.

Por exemplo, se em uma empresa tiver 20 operários realizando uma fabricação de


esquadrias à razão de 500 kg/mês – então, por operário, a capacidade da fábrica
expressa em números de quilos por mês, será de 10.000 kg (20 operários X 500 kg).
Como vimos, podemos dimensionar a capacidade produtiva de uma empresa já instalada
pelo número de funcionários.

DICA 3 – Determine o tipo e o número de equipamentos

O número de equipamentos usados em uma indústria de esquadrias depende,


principalmente, de três aspectos:

1. Capacidade produtiva;
2. Quantidade de turnos (dois ou três);
3. Especificação técnica de cada equipamento.

O que vejo nas indústrias são equipamentos superdimensionados, comprados sem


nenhum estudo prévio. Por exemplo, uma serra de corte monocabeça, descendente,
semiautomática operada por um operário em um dia de trabalho – em cortes de obras
residenciais – tem capacidade de cortar 1.000 kg por dia, sendo assim, quando essa
quantidade é multiplicada pelo período de um mês (20 dias úteis) o resultado é igual a
20.000 kg (1.000 kg X 20 dias).
Meu livro “A arte da gestão nas serralherias e vidraçarias”, aborda tudo o que é
necessário para se tornar um empresário de sucesso. Esse livro possui uma imensa gama
de dicas que lhe serão extremamente úteis.

Quantas vezes pensei em desistir de tudo e mudar de segmento por conta de diversos
problemas. Mas sempre que tenho esses pensamentos Deus envia pessoas que me
motivam, pessoas que me ensinam, e também envia outras pessoas que me veem como
exemplo de superação e que se motivam com as minhas histórias de vida.

“Penso que o segredo para você nunca desistir dos seus objetivos é ter fé e não deixar
ninguém dizer “não” por você para os seus sonhos.”

Na última empresa que trabalhei como serralheiro, Metalúrgica Andrade, os meus


amigos de profissão me apelidaram de teoria porquê eu tinha sido recém contratado para
trabalhar como serralheiro de alumínio, com promessas para depois de algum tempo ser
transferido para o departamento técnico – havia recentemente terminado o curso de
projetista desenhista de esquadrias de alumínio no SENAI.

Lembro-me como se fosse hoje o bullying que sofria dos colegas. Eu dizia: “em
breve vou subir” (queria dizer que subiria para o escritório para trabalhar como
desenhista). Eles diziam, vai subir para o caminhão e entregar esquadrias junto
com nós.

Enfim, a empresa não me deu oportunidade no departamento técnico, continuei a fazer


de tudo na empresa, inclusive subir no caminhão para ajudar nas entregas. Porém, o
mais importante eu fiz: NÃO DEIXEI NINGUÉM DIZER NÃO POR MIM PARA O
MEU SONHO.

“PS: Esse foi meu último emprego como serralheiro de alumínio antes de iniciar na
área técnica como desenhista.”

Antes que você comece a leitura deste artigo, quero que saiba que essa é uma singela
homenagem que presto a Nelson Kost – um dos maiores projetistas de esquadrias de
alumínio da sua época. Este artigo foi escrito por ele e publicado no Portal
Arquitetura, no dia 13 de abril de 2010. Modifiquei apenas o título e dividi o artigo
em subtítulos para tornar a leitura mais dinâmica.
Nelson Kost morava em São Paulo e nos anos 90 trabalhou
como Gerente de Desenvolvimento de Produtos na ALCAN e na ALCOA. Nesta
primeira empresa ele foi um dos integrantes da equipe dos desenvolvedores da Linha
Suprema. Nos anos 2000 ele trabalhou como Consultor Técnico na AFEAL –
Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio. E nos últimos anos era
sócio diretor da STI Serviços Técnicos Industriais.

“A vida termina e as pessoas vão embora, mas as lembranças que elas deixam nos
mantêm unidos para sempre.”  (Autor desconhecido)

A NBR 10821 – onde tudo começa

Tudo começa com a norma vigente NBR 10821, da ABNT, em vigor desde outubro de
2000. É ela quem determina critérios para o procedimento de testes de desempenho das
esquadrias com relação à estanqueidade ao ar, água, esforços de vento e sucção.
Inicialmente o fabricante de esquadrias deve preparar um protótipo que passará por um
pré-teste no item de estanqueidade à água. Nessa fase, o protótipo pode ser submetido
várias vezes ao procedimento na câmara, até se ajustar ao parâmetro da norma. Depois
dessa etapa, entrará oficialmente em ensaio.

A câmara de teste

O fabricante de esquadrias programa o teste e prepara o protótipo que será instalado em


uma das quatro câmaras do ITEC – Instituto Tecnológico da Construção Civil. A
escolha da câmara está diretamente ligada ao tamanho da esquadria, podendo ir das
menores, na câmara Amarela de 3,00 m x 2,50 m, às fachadas-cortina, na câmara Azul
de 5,00 m x 9,70 m.

A câmara é formada por uma estrutura metálica que contém o sistema hidráulico que
fará a dispersão da água. A tarefa do instituto é construir a parte civil, alvenaria
revestida de argamassa. Ao fabricante cabe a instalação do protótipo, respeitando todos
os cuidados de nível e prumo.
Ensaio de estanqueidade ao ar

No ensaio de estanqueidade ao ar, a janela é vedada por um conjunto de fitas plásticas.


É aplicada uma carga de ar. Um painel digital faz a leitura do volume de ar que está
passando pela câmara, porque existem alguns pontos de vazamento. Quando a fita
plástica que recobre a esquadria é retirada, o equipamento mostra a leitura da diferença
entre a quantidade de ar emitido pela câmara e a que passou para o lado interno da
janela. Cálculos matemáticos mostram se o volume de ar que penetrou ‘no ambiente’
está dentro dos limites de tolerância da norma.

Ensaio de estanqueidade à água

O próximo passo é o teste de estanqueidade à água. Durante 15 minutos aplica-se o


equivalente a 4 litros de água/minuto/m2. Durante o teste não pode ocorrer nenhum
ponto de vazamento. A pressão da água, simulando o vento da chuva, gera dentro da
câmara uma pressão positiva e, fora, negativa. A água se encaminha para o lado onde a
pressão é menor, portanto, para o que seria o ambiente. Nesse ensaio, a vedação da
esquadria é avaliada em detalhes. Pode ocorrer, por exemplo, de se constatar que o
ângulo de 45 graus foi mal executado ou sem calafetação, ou que a água passou pelo
rompimento de uma eventual falha de silicone, pela própria pressão positiva da câmara.

Ensaio de estanqueidade a deformação dos perfis

Na sequência, os equipamentos são preparados para ensaiar a deformação dos perfis e


das partes móveis, resultante da pressão dos ventos. São colocados deflectômetros –
aparelhos que medem a deformação dos perfis das esquadrias em teste específico de
pressão positiva e pressão negativa – em pontos estratégicos, nas colunas e travessas,
para uma leitura digital.

Os testes realizados anteriormente utilizam pressão positiva. Neste caso, o desempenho


da esquadria é avaliado mediante uma pressão negativa. Trata-se de um novo
procedimento introduzido pela norma revisada, chamado de “sucção”.

Esse ensaio simula a abertura de uma porta e de uma janela, simultaneamente, numa
casa. Se a porta bater é porque o ar que passou pela janela aberta fez uma reversão e
empurrou a porta. O risco é que na reversão do ar, a janela caia para fora. Assim, não
pode haver rompimento de qualquer elemento de esquadria, desde quebra do vidro até o
baguete que se desprenda ou o fecho que se solte.

É comum na sucção que, se o fecho da janela maxim–ar estiver instalado com apenas 1
mm ou 2 mm de contato com o contra fecho, a folha se desloque para o lado externo.
Um aprendizado que a engenharia não pode calcular

Para o fabricante de esquadrias, submeter seu produto aos ensaios representa oferecer ao
cliente garantia de que aquela é uma esquadria de qualidade, que segue as normas nos
seus mais exigentes critérios.

Outro importante papel que os ensaios cumprem é servir de aprendizado para o


fabricante e o projetista. Ele vai poder constatar os erros e acertos daquele protótipo,
tanto na fase de projeto quanto na fase de fabricação.

É comum o engenheiro dominar os cálculos estruturais que preveem a deformação dos


perfis. Se, calculamos que vai deformar 5,8 mm, o ensaio apenas confirma, com
variações insignificantes. No entanto, não existe cálculo matemático para a entrada da
água e do ar. É a experiência que cada um transfere para o projeto que vai dar a
segurança de que a água e o ar não vão passar.

A câmara é que indicará a necessidade de uma guarnição com maior ou menor dureza,
ou o design de uma borracha mais ou menos robusta. Não é possível se obter na
prancheta essas previsões exatas. O teste será, portanto, a consagração ou a decepção
total quanto ao produto desenvolvido.

Conclusão

Vale a pena ensaiar, não apenas a fachada-cortina de uma torre de vidro, como as
esquadrias de uma residência unifamiliar ou de um prédio pequeno. E se o fabricante
utilizar bem o ensaio, ressaltando-o no marketing da empresa e de seus produtos, o
custo final será zero.

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