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Plano Curricular
Ensino Secundário Geral
Ficha Técnica
Título
Plano Curricular do Ensino Secundário Geral
Autor
INIDE/MED
Coordenação Geral
Manuel Afonso
José Amândio F. Gomes
João Adão Manuel
Coordenação Técnica
Joaquim Edgar de Jesus Manuel
Rita Francisco Manuel Neto
Correcção
Grupo Multidisciplinar do INIDE
Editora
Editora Moderna
E-mail: geral@editoramoderna.com
Introdução 05
Bibliografia 52
Ensino Secundário Geral 5
Introdução
O item 1, “contexto educativo angolano”, traz uma descrição bastante resumida sobre
a realidade económica, política, social e cultural do país, que impactam a razão deste
plano curricular.
crença religiosa.
›› Ensino Geral de Base com oito classes. As quatro primeiras constituíam o I Nível
obrigatório (1ª a 4ª classe); duas do II Nível (5ª e 6ªclasses) e duas do II Nível (7ª e
8ªclasses);
Para alcançar os objectivos acima referenciados, Angola contava apenas com cerca de
25 mil professores, a maioria dos quais mal formados.
Entre 1977 e 1980 estudavam nas escolas do país cerca de meio milhão de angolanos,
um número bastante considerável se comparado ao do tempo colonial. Esta grande
afluência da população às escolas, provocou um impacto negativo no Sistema de
Educação. Por outro lado, a guerra civil que teve inicio em 1975 e continuou, com
alguns intervalos até 2002, cujas consequências faziam-se sentir principalmente nas
zonas rurais onde as infra-estruturas escolares não foram poupadas, constituiu um
outro impacto negativo no Sistema de Educação e Ensino.
Estes motivos bastantes, fizeram com que em 1986, o Ministério da Educação efectuasse
um diagnóstico ao Sistema de Educação, o que permitiu fazer um levantamento das
suas debilidades e necessidades. Com base nesse diagnóstico concluiu-se que era
necessário realizar uma nova Reforma Educativa. Assim sendo, foram traçadas as
Ensino Secundário Geral 9
De 1990 a 1992, a taxa bruta de escolaridade atingiu cerca de 80% no ensino primário.
A partir de 1992, a situação agravou-se, estimando-se que o número de crianças em
idade pré-escolar havia ultrapassado dois milhões, mas, somente 1% dessas crianças
tinham acesso ao ensino.
a) Educação Pré-Escolar;
b) Ensino Primário;
c) Ensino Secundário;
d) Ensino Superior.
da vida quotidiana.
da ciência.
Com este nível aplicativo, procura-se, tão-somente, que o aluno seja preparado,
– no quadro da educação escolar, como um potencial descobridor de soluções
para situações-problema que a vida coloca diante da ciência. Trata-se, assim, em
contextos de ensino, do momento de aprendizagem de conteúdos que visa o
desenvolvimento da capacidade retroactiva do conhecimento com implicações à
outras capacidades, nomeadamente a criativa, inovativa, recreativa e critica do
aluno, todas de natureza científica.
1- Trata-se do momento em que os alunos procuram descobrir, por si mesmos, as relações intrínsecas
de natureza pedagógica e didáctica entre o conhecido e o desconhecido no acto da resolução de
situações-problema, variáveis indispensáveis nos processos de ensino e da aprendizagem escolar.
16 PL ANO CURRICUL AR DA EDUCAÇÃO
(IV) Sociais: são tipicamente decorrentes das relações humanas que se estabelecem
enquanto se resolvem as situações-problema. Isto porque os processos de ensino
e da aprendizagem que informam a realização do conjunto de operações, quer de
natureza mental como física e afectiva, não só têm lugar num meio social, mas
também, porque implicam relações interpessoais de diferentes dimensões entre
alunos e estes com o professor.
Por isso, parece importante repensar-se a estruturação das etapas que impactam os
processos de ensino e da aprendizagem, no sentido destas informarem uma educação
problematizadora, porque criativa, inovadora, crítica, inclusiva e integradora, como
forma de se cumprir com os fins da educação do estado angolano (artigo 4º da LBSE).
Com o efeito, clama-se por abandono do paradigma que consiste em dar aulas para
assumir-se o de fazer aulas, onde o aluno, sob orientação e supervisão do professor,
é o protagonista da sua própria aprendizagem mediante interacção com os outros e
com os recursos didácticos e pedagógicos disponíveis.
O ensino secundário geral compreende dois ciclos de três classes sendo o Iº ciclo do
Ensino Secundário Geral que compreende as classes da 7ª, 8ª e 9ª, frequentado por
alunos dos 12 (doze) aos 14 ( catorze) anos de idade e II Ciclo que as 10ª, 11ª e 12ª
classes frequentado por alunos dos 15 (quinze) e 17 ( dezassete) anos de idade.
Ensino Secundário Geral 17
Este ciclo abarca três classes nomeadamente a 7ª. 8ª. 9ª, com uma duração de três
anos, cuja idade mínima para o ingresso, aproximadamente entre os 11 aos 12 anos
de idade.
Na fase intelectual, segundo o pedagogo Jean Piaget, o aluno nesta faixa entra no seu
estado de operações formais, que é o estado da inteligência operatória, abstracta ou
formal. As Características dos alunos nestas fazes subdividem-se em dois sub-estádios
estádios:
5.4.Estrutura Curricular
O plano de estudo visa principalmente a continuação dos estudos, cujas actividades
educativas se baseiam num regime de docência de professor por disciplina de maneiras
a atingir os objectivos de assegurar a consolidação e o progresso aprofundamento de
conhecimentos, bem como o desenvolvimento de competências, atitudes e valores
que permitam aos alunos o prosseguimento de estudos em domínios diversificados e
uma preparação básica para o ingresso na vida activa.
A construção do plano de estudo, isto é a selecção das disciplinas operou-se com base
no princípio da coerência entre os objectivos gerais do ensino secundário e ao perfil de
saída que se pretende alcançar ao terminar este ciclo de ensino.
média técnica.
Atendendo a que o ano lectivo regular é de 30 semanas, cada disciplina terá a carga
horária semanal e anual, de acordo com o respectivo Plano de Estudo.
Horário semanal
Disciplinas
7ª 8ª 9ª Total por
Classe Classe Classe Disciplina
Matemática 3 3 3 270
Biologia 2 2 3 210
Física 3 2 2 210
Química 2 3 2 210
Geografia 2 2 3 210
História 3 3 2 240
Empreendedorismo 2 2 2 180
Total de Disciplinas 13 13 13
Ensino Secundário Geral 23
É evidente que o que está em causa são as opções educacionais previstas que se
consubstancia a formação das novas gerações, que delas esperam se ver contemplados
os interesses e as necessidades de uma sociedade em franco desenvolvimento.
Nessa perspectiva, a decisão fundamental de uma reforma curricular justifica, em si,
o demorado processo da sua concepção e do seu desenvolvimento, ou seja, da sua
experimentação.
A Lei de Bases do Sistema de Educação (Lei n.º 17/16 de 7 de Outubro) fixa um quadro
de referências que definem as finalidades educacionais e as orientações básicas para
a configuração da estrutura e organização escolares. Tendo como referência a Lei de
Base do Sistema de Educação foi elaborada a Estrutura Curricular com objectivo de
organizar as áreas de conhecimento, tendo em conta a natureza dos cursos e o perfil
desejável dos alunos ao final do ensino secundário.
Para a presente estrutura, a organização do currículo do 2.º Ciclo teve como base os
pressupostos anteriores que, por sua vez, funcionaram como orientação para ajudar os
autores dos programas escolares a harmonizá-los do ponto de vista do plano curricular.
Em relação à estrutura, foi adoptado um esquema básico que todas as equipas de
disciplinas deverão respeitar. O esquema foi elaborado sem excessiva rigidez, de
modo a garantir a relativa homogeneidade formal dos conteúdos programáticos.
Como parte das intenções pedagógicas, a articulação vertical e horizontal foi tida
como indispensável.
A Lei de Bases do Sistema de Educação determina, no seu artigo 30º, que o Segundo
Ciclo do Ensino Secundário é organizado em áreas de conhecimento de acordo com a
natureza dos cursos a que dá acesso e que compreende as 10ª, 11ª e 12ª classe: Esse
quadro contempla um conjunto de dois grandes objectivos:
É evidente que o que está em causa são as opções educacionais previstas que se
há-de se consubstanciar na formação das novas gerações, que delas esperam-
se ver contemplados os interesses e as necessidades de uma sociedade em franco
desenvolvimento. Nessa perspectiva, a decisão fundamental de uma reforma curricular
justifica, em si, o demorado processo da sua concepção e do seu desenvolvimento, ou
seja, da sua experimentação.
A Lei de Bases do Sistema de Educação (Lei n.º 17/16 de 7 de Outubro) fixa um quadro
de referências que definem as finalidades educacionais e as orientações básicas para
Ensino Secundário Geral 25
Para a presente estrutura, a organização do currículo do 2.º Ciclo teve como base os
pressupostos anteriores que, por sua vez, funcionaram como orientação para ajudar os
autores dos programas escolares a harmonizá-los do ponto de vista do plano curricular.
Em relação à estrutura, foi adoptado um esquema básico que todas as equipas de
disciplinas deverão respeitar. O esquema foi elaborado sem excessiva rigidez, de
modo a garantir a relativa homogeneidade formal dos conteúdos programáticos.
Como parte das intenções pedagógicas, a articulação vertical e horizontal foi tida
como indispensável.
A vida sócio afectiva e intelectual do aluno evoluem lado a lado, o que significa:
›› Do ponto de vista sócio afectivo, nesta faixa etária, o aluno organiza-se em função
da sua escala de valores. Inicia a sua integração na sociedade, especialmente
no que respeita à certeza na escolha de uma profissão. Neste período de vida
diminuem as oscilações morais e inicia a maturidade na sua conduta e nas suas
relações interpessoais.
›› A ideia de entrada no mundo do trabalho e as preocupações dos estudos
superiores tornam-no cada vez mais sensível aos problemas do mundo.
›› Do ponto de vista intelectual, o aluno desenvolve as capacidades lógicas e
de representação simbólica, tal como são usadas pelos adultos. Aprende a
26 PL ANO CURRICUL AR DA EDUCAÇÃO
Tudo isso concorre para o perfil de saída do aluno da 12ª que se pretende, que se
consubstancia nos quatro pilares fundamentais do sistema de educação baseados
no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século
XXI, coordenada por Jacques Delors.
Os quatro pilares são conceitos que se propõe uma educação direccionada naquilo
que são os aspectos fundamentais de educação, que predestina o perfil de saída dos
alunos, que são: aprender a conhecer isto é adquirir instrumentos da compreensão;
aprender a fazer, o aluno poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver
juntos, a que permite que no aluno tenha uma cooperação com os outros em todas
as actividades humanas; e, por último aprender a ser, cuja finalidade, é a integração
com os demais pilares.
Nesta perspectiva os quatro pilares se revêem num único perfil de saída dos alunos
da 12ª classe, onde permite que os alunos tenham as seguintes sapiências, no:
Aprender a ser, neste pilar o perfil do aluno consiste em fazer que ele seja capaz de
desenvolver a sua personalidade dentro dos valores predominantes na sociedade,
para a construção do aluno enquanto indivíduo;
Ainda neste pilar o perfil aluno deve ser dotada certa autonomia intelectualmente
activa e independente, capaz de estabelecer relação salutar entre si e, serem
proactivos na sociedade;
28 PL ANO CURRICUL AR DA EDUCAÇÃO
Aprender a conviver, é também um dos pilares para o perfil, de modo a permitir que
o aluno venha ter desafios de convivência valorizando o respeito e todo o exercício
de fraternidade como caminho do entendimento, de modo que nasce a bondade na
relação entre alunos e nunca a maldade;
A Área de Ciências Físicas e Biológicas está direccionada para cursos de: Engenharia,
Medicina, Ciências da Saúde, Enfermagem Geral, Ciências Biológicas, Agronomia,
Medicina Veterinária, Psicologia, Ciências da Educação, entre outros.
A Área de Artes Visuais, orientada para o acesso aos cursos de Artes Plásticas,
Música, Arquitectura, Design, Belas Artes e afins.
Língua Portuguesa
O Português é uma língua oficial, a língua de escolarização. O seu domínio é decisivo
no desenvolvimento do conhecimento pessoal, no relacionamento social, no sucesso
escolar e profissional.
Na disciplina de Língua Portuguesa é definida objectivos para desenvolver as
capacidades fundamentais de compreensão, expressão oral e expressão escrita a
cada aluno. É necessário garantir a cada aluno as capacidades complementares de
comunicação, criatividade, participação e de socialização, através de: compreensão
dos discursos em português, alargamento da sua expressão oral e ao público, criar
hábitos de leitura e técnicas fundamentais da escrita.
A compreensão define-se em descodificar um texto, interpretar a gramática e
informações de construção de conhecimentos;
A expressão oral consiste na capacidade de produzir cadeias fónicas dotadas de
significados mediante a gramática da língua;
A expressão escrita é o produto dotado de significados mediante a gramática da língua
resultado de um processo que inclui o conhecimento do sistema de representação
gráfica adoptado. O conhecimento incluído envolve o planeamento, a formatação
linguística, revisão, correcção e reformulação do texto.
Fazem parte destas características as Línguas Estrangeiras, Línguas de Angola e a
Literatura. Todas elas são disciplinas que concorrem para aquisição e treinamento
do vocabulário preciso, ortografia, pontuação, fluidez mental, redacção correcta,
elaboração de textos, conversação, saber escutar, dialogar, interpretação, análise
Ensino Secundário Geral 31
Horário semanal
Disciplinas
10ª 11ª 12ª
Total do curso
Classe Classe Classe
Formação geral
Língua Portuguesa 3 3 3 270
Matemática 4 3 3 300
Informática 4 - - 120
Filosofia - 2 2 120
Empreendedorismo 2 2 2 180
Formação específica
Física 4 4 4 360
Química 4 3 3 300
Biologia 4 4 4 360
Geologia - 2 2 120
Opção - 2 2 120
Total 30 30 30
Horário semanal
Disciplinas
10ª 11ª 12ª
Total do curso
Classe Classe Classe
Formação geral
Língua Portuguesa 3 3 3 270
Matemática 4 4 - 240
Informática 4 - - 120
Filosofia - 2 2 120
Empreendedorismo 2 2 2 180
Formação específica
Introdução ao Direito 3 3 2 240
História 3 3 3 270
Geografia 3 3 3 270
Desenvolvimento Económico
- - 4 120
e Social
Opção - 2 2 120
Total 30 27 27
Horário semanal
Disciplinas
10ª 11ª 12ª
Total do curso
Classe Classe Classe
Formação geral
Língua Portuguesa 4 4 4 360
Matemática 3 2 - 150
Informática 4 - - 120
Filosofia - 2 2 120
Empreendedorismo 2 2 2 180
Formação específica
Língua estrangeira 4 4 4 360
História 3 3 3 270
Geografia 3 3 3 270
Literatura - 2 2 120
Opção - 2 2 120
Total 26 27 25
Os programas das disciplinas de História o Geografia desta área são idênticas aos da
área de Ciências Económico - Jurídicas.
Horário semanal
Disciplinas
10ª 11ª 12ª
Total do curso
Classe Classe Classe
Formação geral
Língua Portuguesa 4 3 3 300
Matemática 3 - - 90
Informática 4 - - 120
Filosofia - 2 2 120
Empreendedorismo 2 2 2 180
Formação específica
Desenho 3 3 2 240
Técnica de Expressão
3 4 4 330
Artística
Opção - 2 2 120
Total 27 28 25
O elenco disciplinar das opções nesta área é constituído pela Psicologia e Sociologia.
Técnicas de Expressão Artística −considerada como vertente prática que poderá dotar
o aluno de uma sensibilidade para o trabalho artístico ligado à análise e organização
formal.
Estratégias de Ensino
Entende-se que é necessário criar situações de aprendizagem organizadas para
desenvolver competências, habilidades, atitudes e valores (CHAVE) a partir de um
currículo transformador, inclusivo, democrático e integrador que valorize uma ampla
rede de saberes.
A aula é um conjunto dos meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula
o processo de ensino em função da actividade próprio do aluno no processo da
aprendizagem escolar. Exige do professor competências que têm por finalidade
garantir a aprendizagem dos alunos de forma integral. Nesta perspectiva para
operacionalizar as componentes da aula, o professor deve cumprir com estrutura
didáctica desta (Objectivos, Conteúdos, Métodos, Meios de ensino e Avaliação). Sendo
assim, a selecção do método depende da compatibilidade com desenvolvimento das
CHAVEs e dos paradigmas socioculturais (existencial, dialéctica social, simbiosinérgico)
e educacionais (racional, tecnológico, humanista, sociointeracionista) adoptados”.
40 PL ANO CURRICUL AR DA EDUCAÇÃO
Estratégias de avaliação
A proposta da Revisão Curricular no novo paradigma propõe uma avaliação mais
progressista, que é diagnóstica, contínua, dinâmica, colectiva, reflexiva, dialógica, com
o foco no aluno, no professor e no processo de ensino e de aprendizagem e que, com a
orientação do professor, ambos possam redireccionar acções e prioridades de ensino
para alcançarem as metas curriculares ansiadas. Isso significa assegurar a participação
do aluno em sua própria aprendizagem. A partir daí, os professores precisam reflectir
sobre sua prática e buscar formas de solucionar problemas de aprendizagem ainda
durante o processo e não apenas no final da unidade/tema ou fim do ano lectivo.
O processo avaliativo exige que se definam as metas curriculares, para que sejam
estabelecidos os critérios e indicadores, sejam escolhidos os procedimentos, inclusive
aqueles referentes a recolha de dados, utilizando vários instrumentos avaliativos
durante a aula. Descreve quais conhecimentos, atitudes ou aptidões que os educandos
adquiriram, ou seja, quais habilidades do ensino já atingiram num determinado
momento do percurso e quais dificuldades estão a revelar relativamente a outros.
Nessa perspectiva, a avaliação torna-se meio nesse processo e não fim, entendendo
que é através dela que o educando toma consciência de seu desenvolvimento
intelectual, social e afectivo e ao professor é oportunizada uma análise reflexiva dos
avanços e dificuldades do aluno, permitindo rever e redefinir sua prática pedagógica.
Para que este acto pedagógico seja prazeroso é necessária a inclusão da teoria da
aprendizagem que leva o aluno a construir o seu próprio conhecimento. As teorias
que interferem na nossa prática pedagógica são (i) Comportamentalismo (ou
Behaviorismo) e (ii) Construtivismos. É de lembrar que a teoria comportamentalista
consubstancia-se na avaliação do comportamento do aluno, ou seja, a avaliação nesta
teoria está intimamente ligada a avaliação dos resultados e não dos processos e isso
pode influenciar negativamente na qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Ao
contrário, no construtivismo estes interagem no processo permanente de construção
de conhecimentos. Em outras palavras, a avaliação deve estar vinculada ao que o
professor considerava conhecimento válido, útil, desejável ao processo de construção
do mesmo. A perspectiva actual é a de perceber o educando como construtor dos
seus saberes, enquanto o professor assume o papel de mediador e orientador desse
processo, também aprendendo. Essa modalidade tendencialmente produz aulas
mais favoráveis à aprendizagem, também imprime um novo desenho ao processo de
ensino, exigindo uma redefinição das acções relacionadas ao ensinar e ao aprender.
Ensino Secundário Geral 41
Estratégias de aprendizagem
Como afirmam Nisbet e Shucksmith (1996), Schumek (1988) e Nisbet (1991), a estratégia
é considerada como um guia das acções que a seguir e que é, obviamente, anterior à
eleição de qualquer outro procedimento para actuar.
Elementos do programa
O tempo previsto para cada subtema tem a ver com a importância e a complexidade
dos conteúdos e ajuda o professor a elaborar a planificação geral, no sentido de
cumprir, pelo menos os conteúdos básicos e essenciais de modo que os alunos os
assimilem.
As metodologias irão determinar o tipo de aula a planificar (I) teórica, (II) teórico-
prática ou (III) prática.
Para tal, é necessário elaborar um plano de aula que resuma a preparação metodológica
do professor e que este o utilize n desenvolvimento das aulas para dirigir a actividade
cognoscitiva e prática dos alunos.
1. Introdução
2. Desenvolvimento
Retroalimentação e reorientação.
3. Conclusões
Preparação metodológica
›› Antecedentes;
›› Actividades do professor e do aluno;
›› Métodos;
›› Meios de ensino,
›› Actividades avaliativas;
›› Consolidação;
›› Tarefa para casa.
a) Caracterização do tema;
c) Plano do Tema;
›› A importância do tema;
›› Conhecimentos, habilidades e atitudes antecedentes do tema;
›› Vínculo com as outras disciplinas;
›› Horas de aulas;
›› Actividades experimentais/práticas.
48 PL ANO CURRICUL AR DA EDUCAÇÃO
›› Verificar as consequências da má
alimentação no homem;
c) Planificação do Tema
Tratamento
Tipo de metodológico
Aula Data Semana Objectivos Sumário
Aula das aulas do
tema
d) Planificação de Aulas
Disciplina: Biologia
Classe: 8.ª
Duração: 45 min
Objectivos específicos:
- Inorgânicos
Sumário:
›› Noção de alimento;
›› Diferença entre alimento e nutriente;
›› Classificação dos compostos orgânicos e inorgânicos;
Antecedentes:
›› Conceito de alimento;
›› Conceito de nutrientes;
Ensino Secundário Geral 51
Métodos de ensino:
›› Elaboração conjunta;
›› Explicação.
Procedimentos metodológicos:
›› Perguntas orais;
›› Debates observação;
›› Chuvas de ideias.
Recursos pedagógicos:
›› Jornais, revistas;
›› Alimentos naturais.
Introdução:
›› ANP (asseguramento ao nível de partida);
›› OAO (orientação aos objectivos).
Desenvolvimento:
›› Realização de actividades pelos estudantes dependendo do tipo de aula.
Conclusão:
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