Rio de Janeiro
2017
DANIELLY JOSÉ DE SOUZA
NATÁLIA NASCIMENTO DOS REIS
ORIENTADOR:
Rio de janeiro
2017
DANIELLY JOSÉ DE SOUZA
NATÁLIA NASCIMENTO REIS
Banca Examinadora
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 07
2 LITERATURA ............................................................................................. 09
2.1 PIGMENTAÇÃO DA PELE .......................................................................... 10
Melanócitos .............................................................................................. 10
Melanossomas ......................................................................................... 11
Melanina ................................................................................................... 11
Hiperpigmentação ................................................................................... 12
2.2 DERMATOSES HIPERCRÔMICAS ........................................................... 13
Melasma ................................................................................................... 13
Hipercromia pós inflamatória .................................................................... 13
Efélides ..................................................................................................... 14
Hiperpigmentação periorbital .................................................................... 14
Melanose solar ou Lentigo Senil .............................................................. 15
2.3 TRATAMENTOS UTILIZADOS NA REDUÇÃO DAS HIPERCROMIAS...... 15
3 METODOLOGIA .......................................................................................... 19
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 23
Categorias 1- tratamentos da hiperpigmentação ........................................ 23
Categorias 2- técnicas utilizadas no tratamento ........................................ 25
Categorias 3- respostas apresentadas ...................................................... 27
Categorias 4- reações adversas no tratamento da hiperpigmentação ...... 29
5 CONCLUSÃO ........................................................................................... 31
REFERÊNCIAS
7
1– INTRODUÇÃO
1
Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/portal/decs-locator/?lang=pt&tree_id=F02.463.425.720
&term=Experi%C3%AAncia&tree_id=F02.463.785.477&term=Est%C3%A9tica
8
2 – LITERATURA
2
Figura 1. Nesta figura é possível distinguir as camadas da epiderme.
2
Disponível em: http://clubedasesteticistas.blogspot.com.br/2014/01/as-camadas-da-pele.html
10
Sabatovich (2009, p.06) referem que: "O limite entre elas é dado pelo plexo vascular
superficial, que se situa um pouco abaixo da base dos cones epidérmicos."
Maio (2011, p. 22-23) afirma que:
Melanócitos
Os melanócitos são células dendríticas que produzem os grânulos de
melanina. "Os melanócitos transferem os melanossomas para dentro dos
11
Melanossomas
Situados no interior dos melanócitos, os melanossomas são organelas
elípticas responsáveis pela formação e armazenamento de melanina. A formação da
melanina ocorre dentro do melanócitos, conhecida como melanogênese que se
desenvolvem em diferentes estágios morfológicos, desde estruturas
despigmentadas até organelas repletas de melanina (MIOT et al, 2009 p.625).
Melanina
A melanina é o principal pigmento determinante da cor da pele, cabelo e cor
dos olhos. Além de definir a característica do fenótipo humano, tem um papel
importante na fotoproteção devido à sua capacidade de absorver a radiação
ultravioleta. Existem dois tipos de melanina: eumelanina que é caracterizada pelo
pigmento castanho escuro ou negro e a feomelanina que possuí os pigmentos
vermelho- amarelo (VIDEIRA; MOURA; MAGINA, 2013, p. 02).
12
Harris (2009, p.45-47) ressalta que após a ação da tirosinase sobre a tirosina
é produzido a dopa e está por sua vez em dopaquinona. A condensação da
dopaquinona com a cisteína3 gera a cisteinidopa produzindo assim a feomelanina.
Contudo a produção da eumelanina ocorre com a condensação da dopaquinona
com cisteína formada a leucodopacromo. “As eumelaninas protegem as células
basais da epiderme dos efeitos nocivos da radiação UV” e, por isso, indivíduos com
menor capacidade de produção são mais propensos a queimaduras solares e a
manifestação de câncer de pele.
4
Figura 2. Imagem simplificada da síntese de melanina chamada de melanogênese
Hiperpigmentação
Devido a traumas ou inflamações, os melanócitos podem sofrer alterações e
produzir menor ou maior quantidade de melanina. Essas desordens pigmentares,
locais ou generalizadas são classificadas de acordo com a distribuição anormal de
melanina em acromias, hipocromias e hipercromias (DRAELOS, 2012 p. 29).
As dermatoses hipercrômicas podem ser originadas por causas: naturais,
primárias e secundárias. Desta forma são “naturais: quando inerentes à raça;
primaria: devido a uma desordem de pigmentação adquirida, idiopáticas ou por
vezes familiares; secundária: geralmente decorrentes de processos inflamatórios”
(KEDE; SEBATOVICH, 2009, p. 370).
3
Cisteína, é um aminoácido. Sendo, portanto, um dos componentes das proteínas dos seres
vivos. Disponível em: http://www.dicionarioinformal.com.br/ciste%C3%ADna.Acesso em 11 de maio
de 2017.
4
Disponível em: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4484
13
Melasma
Melasma é uma discromia hiperpigmentada que acomete principalmente
mulheres adultas, predominantemente na região facial. O aparecimento desta
patologia pode estar relacionado com alguns fatores de riscos como: hormônios
sexuais femininos, gravidez, exposição solar, uso de medicamentos
fotossensibilizantes, cosméticos e terapias de reposição hormonal (MEDEIROS et al.
2016, p. 180).
O melasma pode ser formado por uma única lesão ou pelo agrupamento de
várias manchas, variando entre a coloração marrom claro e marrom-acinzentado
apresentar bordas simétricas e irregulares, encontradas principalmente nas regiões
da bochecha, testa, nariz, queixos e labial superior, entretanto essas lesões podem
acontecer em outras áreas com antebraços e costas (GRIMES, 2012).
5
Figura 3. Ilustrativa da distribuição do Melasma na região facial.
Figura 4. Nesta imagem é possível observar a hiperpigmentação causada por sequelas de acne.
5
Disponível em: http://www.justaboutskin.com/2016/08/melasma-pregnancy-pigmentation/
14
Efélides
Como assegura Lucena et al (2013) as efélides são máculas hipercrômicas,
de pequeno porte, que constituem uma área com maior aumento da produção de
melanina e que acomete indivíduos geneticamente predispostos de pele clara.
Apresentam boas respostas aos tratamentos clínicos pelo motivo de serem mais
superficiais, por serem causadas pelo aumento dos melanossomas e da produção
de melanina e não pelo aumento do número de melanócitos ativos.
6
Figura 5. Imagem demostrando o acometimento das efélides na região nasal e maças do rosto.
Hiperpigmentação periorbital
A hiperpigmentação periorbital, mais conhecida comumente como olheira,
pode acomete ambos os sexos, entretanto, são mais frequentes em mulheres.
Sendo uma das queixas de desordem pigmentar mais difícil de tratar, pois sua
etiologia é multifatorial, pode estar relacionada com o aumento dos vasos
sanguíneos na região, exposição solar, transmissão genética, hiperpigmentação
pós-inflamatória, hipertransparencia da pele, edema periorbital ou até mesmo com a
herniação da gordura palpebral. Esses fatores interferem na aparência facial dando
ao paciente um aspecto de cansaço e baixa autoestima (OLIVEIRA e PAIVA; 2015
p. 134).
7
Figura 6. Imagem ilustrativa da hiperpigmentação periorbital.
6
Disponível em: http://www.nathaliagussoni.com/2015/07/falando-sobre-discromias.html
7
Disponível em: http://www.dicasonline.tv/eliminar-olheiras-bicarbonato-sodio/
15
8
Figura 7. Nesta imagem é possível visualizar a Melanose solar ou Lentigo Senil no dorso da mão.
8
Disponível em: https://www.drcraggs.be/laser-behandelingen?lightbox=dataItem-itltfhb01
16
são menos específicos e menos eficientes, porque seu aspecto de radiação abrange
vários comprimentos de onda simultaneamente (AGNE, 2013, 403)
A energia emitida pelo Laser é absorvida pelas moléculas chamadas de
cromóforos, que são as melaninas, hemoglobina e a água presente na pele. A
energia absorvida por esses cromóforos é convertida em térmica, mecânica ou
química. Por fim, é rompida por partículas de coagulação, vaporização ou
fotoxidação sendo absorvida pelo organismo. Esse processo irá causar a
remodelação do tecido danificado (OLIVEIRA e PAIVA, 2016, p. 136).
19
3- METODOLOGIA
Quadro I: Análise dos artigos selecionados quanto ao tema, profissão dos autores,
período em que foram publicados e forma de citação dos artigos.
Quadro II: Análise dos artigos selecionados quanto ao tema, profissão dos autores,
período em que foram publicados e forma de citação dos artigos.
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a análise dos dados foram selecionados dez estudos. Destes quatro
foram produzidos por Fisioterapeutas, dois por Dermatologistas, dois por
Esteticistas, um Biomédico e em um estudo não disponibilizou a sua especificação.
Isso demonstra a importância do tema e a sua avaliação por diversas áreas, o que
pode maximizar a possibilidade de tratamento para a clientela.
Quanto ao recorte temporal identificou-se que os estudos foram publicados
nos anos de 2010(1), 2012(1) e 2017(1), 2016 (3) e 2013 com o maior número de
artigos produzidos (4). Também foi realizado o levantamento dos profissionais
envolvidos, onde foram encontrados nos estudos: Fisioterapeutas, Dermatologistas,
Esteticista, Psicólogo, Bioquímico e Biomédicos
No delineamento desta pesquisa entre os artigos selecionados verificou-se
que oito utilizaram a abordagem metodológica de revisão bibliográfica, um artigo
descreveu um relato de caso e um artigo realizou um estudo experimental.
Para a análise dos dados após leitura e releitura dos materiais buscou-se
identificar as temáticas dos artigos, os resultados e contribuições destes, para assim
organizar as categorias analíticas que emergiram das publicações e estas serão
apresentadas a seguir:
o aparelho Fitto Ultrafit FCD da marca Tonederm com pressão média de -120mmHg
e ponteira abrasiva de 100 microns, com intervalo entre as sessões de quinze dias,
foram suficientes para apresentar resultados satisfatórios na redução da tonalidade
das manchas senis nas mãos dos idosos avaliados(DODE et al, 2017).
Contudo, os autores não observaram consonância quanto ao intervalo para
reaplicação da técnica. Baseado nos estudos de Grimes (2005), Dode et al (2017)
que as mudanças associadas na epiderme e derme com a microdermoabrasão, em
dez pacientes estudados foi alcançado com intervalo de sete a dez dias, período
menor do que o período utilizado por Dode et al (2017).
O uso de produtos tópicos é a forma mais conveniente para começar um
tratamento para a maioria dos pacientes. Existem vários produtos que afirmam
combater as hiperpigmentação periorbital, porém, poucos ensaios clínicos provam a
eficácia desses produtos. Atualmente, as principais alternativas são a utilização de
peelings, lasers, cosméticos, carboxiterapia, preenchimento e Plasma Rico em
Plaqueta (OLIVEIRA e PAIVA, 2016).
Para o uso de hidroquinona, a concentração preconizada varia de 2 a 10%,
sendo que o tratamento não deve ser superior a seis meses, pois nestes casos,
observa-se um efeito menos tóxico com o uso do produto (GOLARTT et al, 2013).
As terapias combinadas e as associações medicamentosas tendem a ser
mais eficazes no tratamento do melasma, quando comparadas a monoterapias.
(MEDEIROS et al, 2016). O autor (op cit, 2016) destaca um experimento realizado
em uma portadora de melasma, no qual foi utilizado peeling oral a base de ácido
tranexamico (250 mg) acrescido de antioxidante, fitoterápicos e minerais orais e
tópicos para potencializar o tratamento e também promover a quimioproteção oral,
com cerca de um mês de tratamento, trouxe resultados visíveis na melhora do
melasma e da acne.
Medeiros et al (2016) relata que, a técnica de microinjecção intradérmica do
ácido tranexâmico mostra-se como uma terapia efetiva e promissora no tratamento
de melasma, produzindo efeitos relativamente rápidos, sem efeitos adversos
significativos. Os autores (op cit, 2016) ressaltam que a associação de cremes
despigmentantes no período pós tratamento se mostrou necessária e efetiva na
manutenção de resultados em longo prazo.
Oliveira e Paiva (2016) informam que, os Lasers mais usados para tratamento
da hiperpigmentação periorbital incluem o Q-switched ruby (694 nm), Q-switched
27
Nd:YAG (1064 nm), pulsed dye (585 nm), Q-switched Nd:YAG polyderm (650 e
532 nm), high-energy pulsed CO2, and Q-switched Alexandrite. Pontes e Levin
(2016) acrescentam que o Vapor de cobre, cripiton, KPT, também são tipos de
lasers utilizados.
A técnica de Carboxiterapia com a administração do gás (CO2), em plano
subcutâneo para tratamento da hiperpigmentação periorbital, provoca um enfisema
(presença de ar ou gás no tecido) pelo descolamento da pele desse local com
afastamento dos planos que passam a ser ocupados pelo gás. Esse descolamento
se dá isento de traumas vasculares ou nervosos, porém, provoca trauma suficiente
para desencadear fisiologicamente o fenômeno conhecido como processo de
cicatrização, consequentemente há aumento da produção do colágeno e elastina
(OLIVEIRA e PAIVA, 2016).
Yokomizo et al (2013) explica que os peelings muito superficiais dispensam
preparo, mas os médios e profundos necessitam de concentrações proporcionais à
profundidade pretendida. Estes são realizados com substâncias que condicionam a
pele, visando obter resultados mais perceptíveis em menor tempo, pode-se utilizar a
técnica dos peelings combinados, em que se associam dois tipos de fármacos na
mesma sessão.
Segundo Yokomizo et al. (2013) o ácido salicílico pode ser usado em
formulações de 20 ou 30% em solução alcoólica e a 40 ou 70% em forma de pasta
para aplicação em membros superiores.
Os peelings químicos podem ser incorporados em géis, cremes e loções não
iônicas. Para peles oleosas recomenda-se o uso de sabonete adequado, antes da
aplicação do ácido Fítico, para facilitar a permeabilidade (PEREIRA e MEJIA, 2010
apud DOMÍNGUEZ, 2002).
Como resultado, o Laser oferece melhor resolução para lesão a ser tratada
como menor agressão aos tecidos vizinhos, além de um processo de cicatrização
mais fácil e rápido (PONTES e LEVIN, 2016).
Pereira e Mejia (2010) consideram que o uso dos peelings químicos é contra
indicado nos casos de fotoproteção inadequada, gravidez (devido a possibilidade de
absorção das substâncias presente no peeling podendo atingir o feto e gerar
grandes problemas), cicatrizes (os peeligns podem produzir uma formação
exacerbada de colágeno favorecendo o aparecimento de cicatrizes queloidianas),
indivíduos com história de hiperpigmentação pós-inflamatória, pele com ferimentos,
cicatrizes de pós-operatório recente, herpes, alergia aos ácidos, e em indivíduos
com dificuldade para compreender as orientações fornecidas pelo profissional.
Extremamente tóxico para todas as células, o Fenol pode provocar
taquicardia quando se encontra em concentrações elevadas no sangue. Após a sua
absorção é evacuado pela urina (PERREIRA e MEJIA, 2010, p.13).
Pessoas com fototipos mais altos na utilização dos Lasers são mais
propensos a efeitos colaterais como edema, hiperpigmentação, hipopigmentação,
prurido, eritema e cicatrizes, porque apresentam maior quantidade de melanina e
maior sensibilidade a estímulos exagerados (PONTES e LEVIN 2016 apud COSTA
et al, 2011).
Guerra et al, (2013) refere que no tratamento com microdermoabrasão
algumas complicações podem ocorrer, em geral, essas estão relacionadas à
indicação incorreta do procedimento, orientações deficientes ou não obedecidas
pelo doente e/ ou má técnica de aplicação dos peelings.
31
5- CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS