Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
LEITURAS CLÁSSICAS DE
DIREITO TRIBUTÁRIO
2018
Sumário
INTRODUÇÃO
Caliendo
I – ECONOMIA POLÍTICA
ADAM SMITH................................................................................................................. 49
Carlos Alexandre de Azevedo Campos
ADOLPH WAGNER........................................................................................................ 97
Pedro Adamy
17
LEITURAS CLÁSSICAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
18
Sumário
CONCLUSÃO
19
INTRODUÇÃO
A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
Carlos Alexandre de Azevedo Campos1
Denise Lucena Cavalcante2
|
Paulo Caliendo3
|
Sumário: 1. Por que ler os clássicos; 2. O início pela Economia Política; 3. Ascensão da
Ciência das Finanças; 4. Do Direito Administrativo ao Direito Financeiro; 5. A Codificação
e o Direito Tributário Clássico; 6. Gigantes que “ainda têm muito a nos dizer”.
1. Mestre e Doutor em Direito Público pela UERJ. Professor-Adjunto de Direito Financeiro e Tri-
butário nos cursos de graduação, mestrado e doutorado da UERJ. Ex-Assessor de Ministro do
STF. Advogado.
2. Pós-doutora pela Universidade de Lisboa. Doutora pela PUC/SP. Mestre pela UFC. Professora
de Direito Tributário e Financeiro da graduação e pós-graduação – UFC/UNI7. Procuradora
da Fazenda Nacional.
3. Mestre pela UFRGS, Doutor pela PUCSP, Estágio de Doutoramento na Ludwig-Maximilians
Universität (Alemanha). Professor Titular e membro do Corpo Permanente do PPGD da PU-
CRS. Ex-Conselheiro do CARF. Advogado. Autor das obras “Direito Tributário e Análise Econô-
mica do Direito” e “Curso de Direito Tributário”.
23
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
4. CALVINO, Italo. Perché leggere i classici. Segrate: Mondadori Ed., 2002, p. 6-7.
5. CALVINO, Italo. Perché leggere i classici. Op. cit., p. 7, 8 e10.
24
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
6. Cf. KRAYE, Jill. The philosophy of the Italian Renaissance. In: PARKINSON, G.H.R. (Ed.) Renais-
sance and 17th Century Rationalism. Routledge History of Philosophy. Vol. IV. New York: Rou-
tledge, 1993, p. 15-64; BROWN, Stuart. Renaissance philosophy outside Italy. In: PARKINSON,
G.H.R. (Ed.) Renaissance and 17th Century Rationalism. Op. cit., p. 65-96.
7. FREEMAN, Samuel. Rawls. New York: Routledge, 2007, p. 21: “As longas conferências de Rawls
sobre Kant […] indicam que Kant é o filósofo que mais profundamente o influenciou. [...] pode-
-se discernir que muitas das principais ideias de Rawls foram profundamente influenciadas
por sua compreensão de Kant”.
8. Cf. VOGEL, Klaus. The Justification for Taxation: a forgotten question. The American Journal of
Jurisprudence. Vol. 33, 1988, p. 19-59.
9. BLOOM, Harold. The Western Canon. The Books and School of the Ages. New York: Harcourt
Brace & Company, 1994, p. 15: “Who reads must choose, since there is literally not enough
25
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
time to read everything, even if one does nothing but reads”; p. 30: “We possess the Canon
because we are mortal and also rather belated”.
10. BLOOM, Harold. The Western Canon. The Books and School of the Ages. Op. cit., p. 18.
11. A advertência deve ser mantida e não possui incoerência com a proposta desta coletânea: é
importante que os leitores busquem o contato direto com os clássicos. Não esperamos que a
investigação dos clássicos se encerre com a leitura de nossa coletânea. Ao contrário, nosso
desejo é que esta coletânea incentive os seus leitores a também buscarem inspiração própria
diretamente nos clássicos, assim como todos nós fizemos.
26
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
12. Diferentemente de outras coletâneas da espécie, não optamos por transcrever trechos sele-
cionados das obras-modelo dos autores clássicos, e sim descrever e problematizar direta-
mente essas obras e suas passagens principais. Em relação a esse modelo de coletâneas de
transcrições dos clássicos, cf. GROOVES, Harold M. Viewpoints on Public Finance. Nova Iorque:
Henry Holt and Co., 1947; MUSGRAVE, Richard A.; PEACOCK, Alan T. (Ed.) Classics in the The-
ory of Public Finance. Nova Iorque: St. Martin Press, 1958.
27
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
13. Sobre a evolução do objeto da Economia Política, cf. LUTZ, Harley Leist. Public Finance. 4ª ed.
New York: D. Applenton and Co., 1947, p. 1-10.
14. LORIA, Achille. Corso di Economia Politica. 3ª ed. Torino: UTET, 1927, p. 74: “A Economia po-
lítica é a ciência da ordem social das riquezas. [...] outras ciências, além da Economia política,
estudam a riqueza [...]. Mas nenhuma dessas estuda a riqueza em suas relações com a prospe-
ridade pública e privada, que é exatamente a característica especial que a definição deve ter
em mente”.
15. COSSA, Luigi. Economia Sociale. 11ª ed. Milão: Ulrico Hoepli Ed., 1899, p. 8: “O ofício da econo-
mia política é dúplice. Ela investiga a essência, as causas e as leis da ordem social das riquezas
e fornece princípios diretivos para a atividade econômica dos corpos políticos”
16. NICHOLSON, J. Shield. Principles of Political Economy. Vol. I. 2ª ed. Londres: Adam and Charles
Black, 1902, p. 3: “Seu campo (de Economia Política) pode, talvez, ser melhor descrito provi-
soriamente nas palavras de Adam Smith, como o da investigação sobre a natureza e as causas
da riqueza das nações”
17. PIERSON, N. G. Trattato di Economia Politica. Torino: Bocca, 1905, p. 3:“Se costuma, em geral,
designar a Economia Política como a ciência que nos ensina quais regras os homens devem
seguir para o seu bem estar material”.
18. JARACH, Dino. Finanzas Públicas y Derecho Tributario. 3ª ed. Buenos Aires: Abeledo-Perrot,
2003, p. 4: “A ciência cameralista é a primeira expressão da ciência das finanças públicas”. No
mesmo sentido, cf. BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. 18ª ed. Rio de
Janeiro: Forense, 2012, p. 20.
28
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
19. COSSA, Luigi. Primi Elementi di Scienza dele Finanze. 9ª ed. Milão: Ulrico Hoepli Ed., 1905
(1876), p. 10.
20. SMITH, Adam. An Inquiry into the Nature and Cause of the Wealth of Nations,1776.
21. COSSA, Luigi. Primi Elementi di Economia Politica. Op. cit., p. 10. Acusando o excesso de tal
afirmação, defendendo o estudo orgânico e sistemático da matéria anteriormente pelos ca-
meralistas, cf. BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. Op. cit., p. 20.
22. Sobre esses princípios, cf. o tema “Adam Smith” no Capítulo I desta obra.
23. RICARDO, David. Political Economy and Taxation, 1817. Sobre a obra de David Ricardo, cf.
MARX, Karl. Storia dele Teorie Economiche. Vol. II: David Ricardo. Turin: Einaudi Ed., 1955.
24. MILL, John Stuart. Principles of Political Economy, 1848.
25. Sobre o legado de Smith nos séculos XVIII e XIX, cf. SHIRRAS, G. Findlay. The Sciense of Public
Finance. Londres: Macmillan and Co., 1924, p. 13-19.
26. BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. Op. cit., p. 21.
27. RICARDO, David. Political Economy and Taxation. Kitchener: Batoche Books, 2001 (1817), p. 5
(Prefácio).
28. MILL, John Stuart. Principles of Political Economy. New York: D. Applenton and Co., 2009
(1848), p. 619-620.
29
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
29. BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. Op. cit., p. 21.
30. RAU, Karl Heinrich. Lehrbuch der politischen Ökonomie. 3 Vols., 1826-1837.
31. VON STEIN, Lorenz. Lehrbuch der Finanzwissenschaft. 4 Vols., 1860. Sobre a teoria de justifi-
cação da tributação de von Stein, cf. VOGEL, Klaus. The Justification for Taxation: a forgotten
question. The American Journal of Jurisprudence. Vol. 33, 1988, p. 33-43.
32. GERLOFF, Wilhelm. Fundamentos de la Ciencia Financeira. In: _____.; NEUMARK, Fritz (Org.).
Tratado de Finanzas. Tomo I. Buenos Aires: El Ateneo, 1961, p. 4-5.
33. Sobre as ideias pioneiras do autor, cf. o tema “Adolph Wagner” no Capítulo I desta obra.
34. WAGNER, Adolph. Finanzwissenschaft, 1880.
30
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
35. COSSA, Luigi. Primi Elementi di Scienza dele Finanze. Op. cit., p. 6.
36. SHIRRAS, G. Findlay. The Sciense of Public Finance. Op. cit., p. 22-23
37. ADAMS, Henry Carter. The Sciense of Finance, 1888.
38. Sobre o trabalho pioneiro do autor, cf. o tema “Edwin Seligman” no Capítulo I desta obra.
39. SELIGMAN, Edwin Robert Anderson. Progressive Taxation in Theory and Practice, 1894; The
Shifting and Incidence of Taxation (1899); Essays in Taxation, 1905; The Income Tax: A Study of
the History, Theory and Practice of Income Taxation at Home and Abroad, 1911.
40. SHIRRAS, G. Findlay. The Sciense of Public Finance. Op. cit., p. 19.
41. Valem ainda as seguintes menções: o alemão Wilhem Roscher, o austríaco Emilio Sax, o fran-
cês Leroy-Beaulieu e o norte-americano Carl C. Plehn. Para uma ampla visão da literatura
econômico-financeira do período entre 1885 e 1900, cf. SELIGMAN, Edwin Robert Anderson.
Essays in Taxation. 8ª ed. Londres: Macmillan and Co., 1913, p. 543-595.
31
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
42. COSSA, Luigi. Primi Elementi di Scienza dele Finanze. Op. cit., p. 6.
43. SHIRRAS, G. Findlay. The Sciense of Public Finance. Op. cit., p. 4.
44. LUTZ, Harley Leist. Public Finance. 4ª ed. New York: D. Applenton and Co., 1947, p. 3.
45. GERLOFF, Wilhelm. Fundamentos de la Ciencia Financeira. In: _____.; NEUMARK, Fritz (Org.).
Tratado de Finanzas. Tomo I. Buenos Aires: El Ateneo, 1961, p. 2: “A ulterior evolução da ciên-
cia financeira, intimamente ligada à história da economia politica [...].
32
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
Ciência das Finanças aos poucos se tornou disciplina autônoma nas mais
importantes universidades da Europa.
A evolução da Ciência das Finanças foi especialmente forte na Itália.
Aluno de Luigi Cossa e de Adolph Wagner, Giuseppe Ricca-Salerno deu
continuidade à crescente importância do estudo autônomo da disciplina
no país46, seguido de Antonio de Viti de Marco47 que assumiu a cátedra
específica de Ciência das Finanças na mesma Universidade de Pavia.
Merecem também destaques os economistas Maffeo Pantaleoni48 e Ugo
Mazzola49, contemporâneos de Cossa, embora, diferentemente deste, va-
lorizassem mais o aspecto econômico das finanças públicas em relação
aos aspectos político e jurídico. Para o ulterior desenvolvimento da Ci-
ência das Finanças como disciplina autônoma também foram importan-
tes Augusto Graziani50 e Luigi Einaudi51.
Graças, portanto, ao ponto de partida de Luigi Cossa, a Ciência das
Finanças assumiu, na Itália, autonomia e relevância didática e científica.
Por sua vez, além da contribuição geral, Cossa lançou a pedra fundamen-
tal para aquele que seria um dos centros de estudo mais importantes do
mundo sobre Direito Financeiro e Tributário: a histórica Escola de Pavia.
Esse é o relato de Benvenuto Griziotti:
A obra de Luigi Cossa serviu, portanto, ao progresso dos estudos finan-
ceiros seja por promover o surgimento da cátedra de Ciência das Finan-
ças e Direito Financeiro nas universidades italianas, seja por fazer pros-
perar a Escola de Pavia, onde se formaram ou se fortaleceram jovens,
que ocupam hoje diversas cátedras e que contribuem, com suas ativi-
dades científicas, ao enriquecimento da literatura financeira italiana52.
46. Assim como Cossa, Ricca-Salerno defendeu o estudo das finanças públicas não apenas sob
o aspecto econômico, mas também sob os aspectos político e jurídico. Cf. RICCA-SALERNO,
Giuseppe. Scienza dele Finanze. 2ª ed. Firenze: G. Barbèra ed., 1890 (1888).
47. DE VITI DE MARCO, Antonio. Il Carattere Teoretico dell’ Economia Finanziaria, 1888. Poste-
riormente: Principî di Economia Finanziaria.3ª ed. Torino: Edizioni Scientifiche Einuadi, 1953
(1934).
48. PANTALEONI, Maffeo. Scritti Varii di Economia, 1904.
49. MAZZOLA, Ugo. I Dati Scientifici dela Finanza Pubblica, 1890.
50. GRAZIANI, Augusto. Istituzioni di Scienza dele Finanze, 1897.
51. EINAUDI, Luigi. Corso di Scienza dele Finanze, 1907.
52. GRIZIOTTI, Benvenuto. Primi lineamenti dele dotrine finanziarie in Italia durante l´ultimo
cinquantennio. In: Economia Politica Contemporanea. Saggi di Economia e Finanza in onere del
prof. Camilo Supino. Op. cit., p. 304.
33
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
53. Ambos são tratados como autores clássicos do Direito Tributário nesta coletânea no capítulo IV.
54. Sobre essas e outras teses, cf. o tema “Benvenuto Griziotti” no Capítulo II desta obra.
55. GRIZIOTTI, Benvenuto. Principii di Politica, Direitto e Scienza delle Finanze, 1929.
56. JÈZE, Gaston. Cours de science des finances et de législation financière française,1922.
34
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
57. BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. Op. cit., p. 32.
58. Cf. o tema “Gaston Jèze” no Capítulo II desta obra.
59. MUSGRAVE, Richard A. The Theory of Public Finance, 1959.
60. Muito ao contrário, próprio do padrão norte-americano, as Finanças Públicas em Musgrave
eram explicadas integradas à Economia Pública ou Política. A sua categorização dentro do ca-
pítulo de Ciência das Finanças nesta coletânea (capítulo II) justifica-se mesmo pela excelência
de suas lições sobre o papel fiscal do Estado.
61. Cf. o tema “Richard Musgrave” no Capítulo II desta obra
62. Cf. BUCHANAN, James; MUSGRAVE, Richard. Public Finance and Public Choice. Two Contras-
ting Visions of the State. Cambridge: The MIT Press, 1999.
63. Cf. o tema “James Buchanan” no Capítulo II desta obra
35
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
64. D’AMATI, Nicola. Il “Diritto Tributario” e la Tradizione Giuridico-Finanziaria Italiana. In: Studi
in Onore di Achile Donato Giannini. Milão: Giuffrè, 1961, p. 399.
65. MAYER, Otto. Deutsches Verwaltungsrecht, 1895.
36
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
66. Sobre a tese de Mayer da relação tributária como relação de poder, cf. o tema “Otto Mayer” no
Capítulo III desta obra.
67. FLEINER, Fritz. Institutionen des deutschen Verwaltungsrechts, 1911.
68. AMATUCCI, Andrea. L’Ordinamento Giuridico dela Finanza Pubblica. 7ª ed. Napoli: Jovene Ed,
2004, p. 21.
69. Sobre a Escola Napolitana de Direito Financeiro fundada por Ranelletti, cf. AMATUCCI, An-
drea. L’Ordinamento Giuridico dela Finanza Pubblica. Op. cit., p. 21-27.
70. RANELLETTI, Oreste. Corso di Diritto Finanziario, 1928.
71. D’AMATI, Nicola. Il “Diritto Finanziario” di Oreste Ranelletti. Padova: Cedam, 1954, p. 3: (Ex-
trato da Diritto e Pratica Tributaria Vol. XXV, núm. 4 (1954).
37
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
72. Sobre os métodos de Oreste Ranelleti e a Escola Napolitana de Direito Financeiro que fundou,
cf. o tema “Oreste Ranelletti” no Capítulo III desta coletânea.
73. SAINZ DE BUJANDA, Fernando. Hacienda y Derecho, Vols. I e II (1962), III (1963), IV (1964), V
(1967) e VI (1973).
74. SAINZ DE BUJANDA, Fernando. Sistema de Derecho Financiero, Tomo I, Vols. 1º (1977) e 2º
(1985).
75. Sobre os métodos, teorias e o legado de Fernando Sainz de Bujanda, cf. o tema “Sainz de Bu-
janda” no Capítulo III desta coletânea.
76. Sobre os principais traços da obra de Sainz de Bujanda, cf. DE LA TORRE, Ángel Sánchez.
Maestros Complutenses de Derecho: Fernando Sainz de Bujanda: Fundador de los estúdios de
Deerecho Financiero y Tributario. Madrid: DP, 2003; TABOADA, Carlos. Uma antologia de
“Hacienda y Derecho” de Fernando Sainz de Bujanda. Revista Española de Derecho Financiero
Núm. 169, jan.-mar. 2016, p. 17-41. Cf. o tema “Sainz de Bujanda” no Capítulo III desta obra.
77. Merece menção especial, considerado esse período de formação científica do Direito Finan-
ceiro, o professor de Economia Política da Universidade de Inssbruck, na Áustria, Myrbach-
-Rheinffeld. Seu manual – Grundriss des Finanzrechts, 1906 – foi de elevada relevância para
38
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
39
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
na forma e no conteúdo deste ramo do Direito, mas também irradiou conceitos e institutos a
outros ramos jurídicos, ultrapassando fronteiras e repercutindo nas legislações e elaborações
doutrinárias e jurisprudências tributárias de outros países”.
80. Na definição do professor alemão Heinz Paulick, “em geral se caracteriza o Código Tributário
como a lei tributária fundamental, por conter as disposições básicas aplicáveis a todos os
impostos. É a ampla codificação de uma parte geral do Direito Tributário e pressupõe uma
compreensão e penetração científicas de todo o Direito tributário, um domínio sistemático
do mesmo, uma formação jurídica de conceitos e uma linguagem e terminologia jurídica. Uma
codificação dessa natureza promove a segurança jurídica e a igualdade de imposição median-
te sua ordenação sistemática e mediante o valor didático unido a esta” (PAULICK, Heinz. Orde-
nanza Tributaria Alemana. Madrid: IEF, 1980, p. 34.
81. SIMON ACOSTA, Eugenio. El Derecho Financiero y la Ciencia Juridica. Bolonia: Real Colegio de
España, 1985, p. 177.
82. BECKER, Enno. Kommentar zur RAO, 1922; Die Reichabgabenordnung vom 13. Dezember 1919
nebst Ausführungsverordnungen, 1921-1922. Cf. o tema “Enno Becker” no Capítulo IV desta
obra.
83. BECKER, Enno. Accertamento e Sviluppo del Diritto Tributario Tedesco. Rivista di Diritto Fi-
nanziario e Scienza dele Finanze, Ano I, Vol. I, 1937, p. 157.
84. BALL, Kurt. Einführung in das Steuerrecht, 1922.
85. WALDECKER, L. Deutsches Steuerrecht, 1924.
86. HENSEL, Albert. Steuerrecht,1924.
87. NAWIASKY, Hans. Steuerrechtliche Grundfragen, 1924.
88. MERK, W. Steuerschuldrecht, 1926.
89. BÜHLER, Ottmar. Lehrbuch des Steuerrechts, 1927.
40
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
90. STOLLEIS, Michael. A History of Public Law in Germany. 1914-1945. New York: Oxford Uni.
Press, 2004, p. 221.
91. PALAO TABOADA, Carlos. Derecho Financiero y Tributario. Vol. I. 2ª ed. Madrid: Colex, 1987, p.
41. Cf. o tema “Albert Hensel” no Capítulo IV desta obra.
92. Sobre a relevância de Albert Hensel para o pensamento de Vanoni e desse para o Direito Tri-
butário italiano, cf. FALSITA, Gaspare. Giustizia Tributaria e Tirania Fiscale. Milão: Giuffrè,
2008, p. 416-425.
93. HENSEL, Albert. Diritto Tributario. Milão: Giuffrè, 1956.
94. BLUMENSTEIN, Ernst. System des Steuerrechts, 1945.
95. BLUMENSTEIN, Ernst. La Causa nel Diritto Tributario Svizzero. Rivista di Diritto Finanziario e
Scienza dele Finanze, Ano III, Vol. III, 1939, p. 355-371
96. TIPKE, Klaus. Moral Tributária do Estado e dos Contribuintes. Madrid: Marcial Pons, 2002, p.
14. O trecho é extraído da “Apresentação” à obra a cargo do tradutor, o Professor da Universi-
dade Complutense Pedro Manual Herrera Molina.
41
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
97. TORRES, Ricardo Lobo. Tratado de Direito Constitucional Financeiro e Tributário. Vol. II. Valo-
res e Princípios Constitucionais Tributários, 2014, p. 140.
98. TIPKE, Klaus. Steuerrecht. Ein systematischer Grundriss, 1973; Steuergerechtigkeit in Theorie
und Praxis, 1981; Die Steuerrechtsordnung, 1993. Cf. o tema “Klaus Tipke” no Capítulo IV desta
obra.
99. Cf., entre outros: Finanzverfassung und politisches Ermessen, 1972.
100. KRUSE, Heinrich Wilhelm. Steuerrecht, 1973.
101. Entre outros: Besteuerung im Verfassungsstaat, Beiträge zur Ordnungstheorie und Ordnungs-
politik. 2000 Einkommensteuergesetz – Kompaktkommentar, 2011.
102. Sobre as duas escolas, cf. AMATUCCI, Andrea. L’Ordinamento Giuridico dela Finanza Pubblica.
Op. cit., p. 14-27.
103. PUGLIESE, Mario. Istituzioni di diritto finanziario: Diritto Tributario, 1937.
104. POMINI, Renzo. La “causa impositionis” nello svolgimento storico della dottrina finanziaria,
1951.
105. MAFFEZZONI, Federico. Il principio di capacità contributiva nel Diritto Finanziario, 1970
106. Cf., em VANONI, Ezio. Opere Giuridiche Vol. II. Op. cit., p. 381-410 e 411-454, respectivamente,
os seus artigos “L’Esperienza della Codificazione Tributaria in Germania” e “Il problema della
Codificazione Tributaria”.
42
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
107. VANONI, Ezio. Natura ed Interpretazione delle Leggi Tributarie, 1932. Cf. o tema “Ezio Vanoni”
no Capítulo IV desta obra.
108. DE MITA, Enrico. Maestri del Diritto Tributario. Milão: Giuffrè, 2013, p. 3.
109. JARACH, Dino. Principi per L’Applicazione delle Tasse di Registro, 1937.
110. JARACH, Dino. Hecho Imponible, 1943. Cf. o tema “Dino Jarach” no Capítulo IV desta obra.
111. TESORO, Giorgio. Principii di DirittoTtributário, 1938.
112. GIANNINI, Achille Donato. Il Rapporto Giuridico d’imposto, 1937; Istituzioni di DirittoTributa-
rio, 1956.
113. Sobre o formalismo jurídico no Direito Tributário, cf. ROCHA, Sergio André. O que é forma-
lismo tributário? In: QUEIROZ, Luís Cesar Souza de et. al. (Orgs.). Tributação Constitucional,
Justiça Fiscal e Segurança Jurídica. Rio de Janeiro: GZ Editora, 2014. p. 45-60.
114. BERLIRI, Antonio. Principii di Diritto Tributario, 1952
43
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
44
INTRODUÇÃO • A RELEVÂNCIA DOS CLÁSSICOS
45
Carlos Alexandre de Azevedo Campos | Denise Lucena Cavalcante | Paulo Caliendo
135. Tomo a frase da citação feita em TABOADA, Carlos. Uma antologia de “Hacienda y Derecho” de
Fernando Sáinz de Bujanda. Revista Española de Derecho Financiero Núm. 169, jan.-mar. 2016,
p. 41. A referência pelo autor a “gigante” tem Sainz de Bujanda como referência.
46