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Síndrome do impacto

→ Atrito entre a porção tendinosa do


manguito rotador do ombro com a porção
do ombro ântero-inferior do acrômio,
ligamento coraco-acromial e articulação
acrômio-clavicular, levando a uma
degeneração e ruptura do manguito
rotador

Etiologia Multifatorial
Trauma:
→ Ruptura do tendão supraespinal
Área Crítica de Codman
→ Hipovascularizada
→ Inserção do SE, junto ao TM cerca de 1 cm medial
→ Vulnerável para impacto, início da degeneração do manguito.

Impacto Subacromial:
→ Impacto da Tuberosidade Maior do
Úmero contra 1/3 Anterior do Acrômio
→ Movimentos repetitivos: Overhead →
sobrecarga em exercícios com elevação
muito alta, bem acima da cabeça
→ Osteófitos no Acrômio (Primário)
→ Tração do Ligamento Coraco-Acromial
→ Compressão do Arco Coraco-Acromial
→ Degeneração Progressiva do Tendão
do Supra-espinhal
→ Instabilidade Anterior da Cabeça
(Secundário)
→ Impacto Subcoracóide
→ Impacto Interno (Excesso RE) Osteofito

Região crítica de Codman

Corresponde a uma região


hipovascularizada próxima a
inserção do tendão supraespinhal,
sendo também a superfície articular
menos vascularizada do que a
superfície bursal
Tipos de curvatura de acrômio:
Bigliani et al 1986:
→ Tipo 1 ou Plano
→ Tipo 2 ou Curvo
→ Tipo 3 ou Ganchoso

Estágio I
→ Edema e Hemorragia Reversíveis
→ Indivíduos Jovens, com menos de 25 anos (Atletas de Arremesso)

→ Uso Excessivo de Membro acima da Cabeça

Estágio II
→ Tendinopatias, Bursites, Fibrose e Espessamento da Bursa

→ Indivíduos com idade entre 25 e 40 anos


→ Dor Intermitente durante a Atividade Física

Estágio III
→ Rupturas Parciais e Totais de Tendões → rupturas crônicas

→ Presença ou não de Osteófitos


→ Acima de 40 anos
→ Dor recorrente e Piora Progressiva da Função

→ Membro Dominante 80%


→ Alterações Degenerativas

↳ Aspecto Isquêmico e Atrófico

↳ Consistência Friável
↳ Afilamento
↳ Delaminação Longitudinal
↳ Retração Variável dos Cotos Tendinosos Rotos
Biomecânica
→ Maior ativação do Trapézio superior em relação ao Trapézio inferior
→ Atraso de ativação de Trapézio inferior e Serrátil anterior
→ Diminuição do Tilt posterior e rotação superior
→ Diminui espaço subacromial.
Classificação
Espessura
→ Rupturas Completas ou Transfixantes
→ Parciais ou não transfixantes → Menor de 50% da espessura e Maior de
50% da espessura

Tamanho da Lesão (Completa) → Cofield 1982


→ Pequena → menor do que 1 cm;
→ Média → entre 1 e 3 cm
→ Grande → entre 3 e 5 cm
→ Maciça/ Extensa → maior do que 5 cm
→ Irreparável → maior do que 5 cm;
Grau de Retração do Coto Tendinoso do Supra-Espinhal → Patte 1990
I. Retração Mínima
II. Retração Medial a área de Inserção
III. Retração no Nível da Glenóide
Quadro clínico
→ Dor (AVDs)
→ Arco de movimento doloroso → entre 60°
e 120° de ADM
→ Início insidioso e longa duração
→ Região ântero-lateral do ombro
→ Intensidade
→ Noturna
→ Evita decúbito lateral
→ Pontos Gatilhos
→ Arco de movimento
→ Crepitação
→ Perda de força muscular
→ Hipotrofia

Diagnóstico
→ HMA
→ Provas de força muscular
→ Exames de imagem
→ Inspeção
→ Palpação
→ ADM
→ Questionários → DASH, SPADI, Western Ontario
→ Testes especiais → Teste de Jobe, Teste de Neer, Lift-off test/ Gerber
test, Teste do infraespinhoso e Teste de Hawkins-Kennedy
Questionários
DASH
Ases
Spadi
Testes especiais
Teste de Jobe

Teste de Neer
Lift-off test/ Gerber test

Teste do infraespinhoso

Teste de Hawkins-Kennedy
Diagnóstico por imagem
Radiografia Simples
→ AP → antero-posterior
→ Axilar
→ Perfil Escapular

Classificação da Artropatia do manguito rotador


Classificação Hamada de artrite em rupturas crônicas do manguito rotador
Estágio 1 → intervalo acromio-umeral maior que 6mm.

Estágio 2 → intervalo acromio-umeral menor


que 7 mm.
Estágio 3 → intervalo acromio-umeral menor
que 7 mm com acetabulização do acrômio
Estágio 4a → intervalo acromio-umeral menor
que 7mm com artrite glenoumeral sem
acetabulização
Estágio 4b → intervalo acromio-umeral menor
que 7 mm com acetabulização e artrite
glenoumeral
Estágio 5 → intervalo acromio-umeral menor
que 7 mm com osteonecrose da cabeça
umeral
Diagnóstico por imagem
→ Ultrassonografia
→ Ressonância Magnética
↳ Classificação de Goutallier
Diagnostico diferencial
→ Artrose Gleno-Umeral
→ Artrose Acrômio-Clavicular
→ Capsulite Adesiva
→ Radiculopatia Cervical
→ Artrite Reumatóide
→ Os Acromiale → defeito de fusão do centro de ossificação do acrômio

Tratamento conservador
→ Analgésicos
→ Relaxante Muscular
→ AINE
→ Infiltração
→ Bloqueio Nervoso
→ Terapia por Ondas de Choque
→ Taping → KnesioTaping e Taping rígido
→ Acupuntura
→ Dry Needling

Tratamento fisioterapêutico
→ Avaliação
→ Testes Clínicos
→ Escalas e Questionários
→ Agentes Eletrofísicos
→ Mobilização
→ Cinesioterapia
→ Alongamento Ativação
→ Fortalecimento
Tratamento cirúrgico
Indicação
→ Falha no Tratamento Conservador
→ Duração de Sintomas de 6-12 meses
→ Dor Contínua
→ Lesão "grande" com mais de 3 centímetros
→ Perda de Força
→ Incapacidade Funcional
→ Ruptura Aguda e Recente: Trauma
→ RNM → Grau de Retração e Degeneração Gordurosa
Reparo Artroscópico
→ Pouco invasivo
→ Cortes pequenos
→ Integridade de Deltóide
→ Redução de tempo de
recuperação
→ Menor Dor pós-operatória
→ Menor risco de lesões musculares
e neurovasculares
→ Acesso completo a diversos
compartimentos
→ Menor risco de formação de
hematoma
→ Infecção pós-operatória
→ Melhor resultado estético
Reparo Aberto
→ Incisão tradicional: 8-12 cm
→ Via Transdeltóide
→ Acromioplastia
→ Lesões extensas ou
complexas
→ Transferências Musculares
→ Artropatia do Manguito
Complicações pós cirúrgicas
→ Dor Persistente
→ Re-ruptura
→ Rigidez pós-operatória
→ Capsulite Adesiva
→ Infecção
→ TVP → trombose venosa profunda
→ Lesão do nervo axilar

Intervenção do fisioterapeuta no pós operatório


Fase 1 → de 0 a 6 semanas

→ Imobilização → 02 semanas
→ 1 a 2 vezes por semana
→ Educação do paciente
→ Comunicação → Equipe, Paciente e Família
→ ADM passiva protetora (menor carga no reparo)
→ Table Slide → deslizamento da mão na mesa para facilitar a flexão e
abdução
→ EMG supra espinhal <15%
→ Pouca alavanca e com mínima ação da gravidade;
→ Lesões pequenas (<4 cm)
→ Uso de crioterapia, TENS, NMES;
→ 19-30% cicatrização do tendão
Fase 2 → de 6 a 12 semanas
→ 2 a 4 vezes semanas
→ Transição de exercícios ativo-assistidos para ativos (bastão) e com
resistência bem leve
→ Elevação ativa 130º sem compensação
→ Qualidade do movimento (sem dor) – 09 semanas
→ Wall slide/ wall walk → deslizamento da mão na parede facilitando a
elevação/flexão de ombro
→ Lata cheia evita impacto subacromial
→ EMG supra espinhal 16-29%
→ Isometria submáxima
→ Discinesia Escapular e Core
→ 29-50% cicatrização do tendão com 12 semanas
Fase 3 → de 12 a 20 semanas:
→ Exercícios Ativos-Resistidos (hipertrofia muscular e força para AVDs)
→ Tendão quase íntegro com 15 semanas
Fase 4 → de 20 a 26 semanas:

→ Força máxima e resistência


→ Trabalhos manuais rigorosos, atletas alta demanda
→ Avaliar ADM → Goniômetro, Dinamômetro, Inclinômetro
→ Trofismo → Músculos Periescapulares
→ EVA + Questionarios

Exercícios

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