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Jacinto Elias Nzimo

Estudo de Relativização Segundo o Modelo wh-movement: dos Morfemas onde, cujo e que
Analise de Corpus

Licenciatura em ensino de Português com minor em Inglês

3º Ano, laboral.

Universidade Púnguè

Tete

2019
2

Jacinto Elias Nzimo

Estudo de relativização segundo a hipótese wh-movement: dos morfemas onde, cujo e que
Analise de Corpus

Trabalho de pesquisa a ser apresentado na


cadeira de SSPPII, como requisito de
avaliação sob orientação do docente:
Mestre Wache

Universidade Púnguè

Tete

2019
3

Índice

CAPITULO I...............................................................................................................................................3
1. Introdução................................................................................................................................................3
1.1. Tema.....................................................................................................................................................4
Estudo de relativização segundo a hipótese wh-movement: dos morfemas onde, cujo e que Analise de
Corpus.........................................................................................................................................................4
1.5. Objectivos.............................................................................................................................................5
1.5.2. Específicos.........................................................................................................................................5
2.1. O modelo tradicional............................................................................................................................7
2.2. A hipótese transformacional.................................................................................................................8
2.3. A hipótese wh-movement.....................................................................................................................8
2.5. As construções relativas caracterização..............................................................................................10
2.6.1. As construções com o pronome relativo onde..................................................................................12
2.6.2. As construções com o pronome relativo cujo...................................................................................13
CAPITULO III..........................................................................................................................................14
3. Analise e discussão dos dados...............................................................................................................14
3.1. Analise das construções relativas com os pronome relativo onde, cujo e que.....................................14
CAPITULO IV..........................................................................................................................................50
Metodologia do trabalho............................................................................................................................50
Conclusão..................................................................................................................................................51
Bibliografia................................................................................................................................................52
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CAPITULO I

1. Introdução
Neste presente trabalho, temos como tema Estudo de relativização segundo a hipótese wh-
movement: dos morfemas onde, cujo e que Analise de Corpus. Estamos mais preocupados em
descrever e explicar as construções relativas introduzidas pelas expressões onde, cujo e que, por
vezes tem ocorrido de forma desviante relativamente ao português europeu que e o modelo
padrão. Durante o desenvolvimento do trabalho, iremos procurar corrigir as construções que
estiverem erradas conforme o português europeu, assim como também explicaremos aquelas
orações em que o relativizador esta bem usado naquele contexto, procurando relacionar sempre
todas as frases as erradas e as correctas com o modelo wh-movement. Desta forma, vamos nos
preocupar mais na parte de análise com o antecedente do pronome relativo em estudo em seguida
vamos apresentar a ocorrência do movimento da posição de origem do relativizador para posição
de sintagma complementador ou poiso, indicaremos também o vestígio deixado pelo pronome
relativo que origina sob o domínio do IP. Contudo, o presente estudo, incide na análise das
construções relativas em análise relacionando-as com a hipótese movimento-Q designado por
wh-movement que foi desenvolvimento pelo Chomsky (1977) como o desenvolvimento do
modelo tradicional. O que devemos ter em conta é que quando falamos portanto de hipótese wh-
movement trata-se duma regra que procura explicar o ponto de origem onde o pronome relativa é
gerado para se efectuar o processo de relativização, neste contexto o pronome relativo na
estrutura profunda da frase encontra-se dentro do sintagma flexional onde funciona como
argumento do verbo já na estrutura superficial da frase o pronome relativo é movido para fora do
sintagma flexional que vai encabeçar na oração relativa além disso, quando se move deixa um
trace ou vestígio com traços não fonológicos. Quando ao uso dos pronomes relativos onde, cujo
e que existem também alguns regra que na linguagem oral as vezes torna-se impossível de
obedecer. Numa construção em que se o pronome relativo onde, o seu antecedente é
naturalmente um locativo com funções sintácticas de complemento obliquo ou adjunto adverbial
de lugar. O cujo usa-se para estabelecer a relação de posse mas entre o pronome relativo cujo e o
termo possuído não deve haver uma expressão, já o morfema que considera-se como universal
ocorre como sujeito complemento directo assim também desempenha entre outras funções.
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1.1. Tema

Estudo de relativização segundo a hipótese wh-movement: dos morfemas onde, cujo e que
Analise de Corpus

1.2. Delimitação do tema

Neste subcapítulo, importa-nos referir que o trabalho faz alusão a processo de relativização que
envolve os pronomes relativos tais como: que, onde e cujo por serem as que mais sofrem no
fenómeno em causa, conforme os dados que tivemos acesso no nosso corpus. Na concretização
da pesquisa, trabalhamos com três ficheiros que fomos fornecido pelo docente da cadeira, onde
cada arquivo possuía frases que envolve a manifestação do processo de relativização com os
pronomes relativos onde, que e cujo. Importa ainda dizer que o nosso presente trabalho, esta
dentro da linguística descritiva, na área de sintaxe.

1.3. Problematização

Segundo as constatações acima referidas, há que citar portanto, que o problema reside primeiro
na ma relativização do morfema onde e cujo em algumas frases como as seguinte:

a. os chefes da turma, onde estes últimos acabam formando grupos…

nesta frase o antecedente do morfema onde é humano ocorrre como sujeito, que no Português
Europeu o pronome onde o seu antecedente refere a um lugar, é locativo com funções sintáctica
de complemento obliquo ou adjunto adverbial. Dessa forma a frase em (a) pode ser reformulada
da seguinte maneira:

b. os chefes da turma, que estes últimos acabam formando grupos

Substitui-se o morfema onde com o que, porque em (a) o antecedente não é locativo, não nos
refere a um lugar, enfrento a expressão ( os chefes da turma) é um sujeito por isso usamos em (b)
o morfema que universal que desempenha a função de sujeito.

Como sabemos e, de acordo com vários teorizadores da língua como Wache (2018) e Lindonde
(2018) entre outros, o antecedente do morfema onde é locativo com função de sujeito e adjunto
adverbial o que não acontece, o antecedente do onde ocorre com função de sujeito.
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Sendo o corpus apresentar somente frases relativas com os morfemas onde, que e cujo, esses
pronomes estão ocorrer dentro das regras do Portugues Europeu quanto a relativizaçao?

1.4. Hipótese

Para o trabalho, propomos a seguinte hipótese que será aceite ou refutada, consoante os dados
que vamos trabalhar no nosso corpus.

O desvio no uso dos morfemas onde, que e cujo nas frases, é motivado pelo fraco domínio das
regras da estratégia de relativização.

1.5. Objectivos
Para o presente trabalho propomos os seguintes objectivos

1.5.1. Geral

 Analisar a relativização dos morfemas onde, que e cujo, nas estruturas canónicas e
desviantes por parte do corpus, tendo em conta os contextos previstos Pelo PE.

1.5.2. Específicos
 Indicar os contextos em que o corpus apresenta uso dos morfemas onde, que e cujo
conforme o P.E
 Identificar os contextos em que os morfemas onde, que e cujo estão sendo usados no
corpus, condicionando o desvio do PE

1.6. Justificativa

Como o futuro professor da língua portuguesa, é muito importante saber o comportamento dos
processos de relativização da língua portuguesa para que na sala de aula possa entender as
diversas formas que os alunos com quem vou me deparar vão usando as relativas na fala oral
tanto como na escrita.

De referir que, a escolha deste tema como nosso objecto de estudo deveu-se ao facto de se
verificar que durante as apresentações dos seminários na cadeira de Sintaxe Semântica e
Pragmática de Português II, a turma apresentava dificuldades que o docente Wache decidiu dar
exercícios compostos por onze frases que cada grupo deveria resolver e entregar na mesma
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semana, mas no dia de entregue o Mestre constatou que todos exercícios foram mal feitas, os
estudantes não trabalharam com exercícios conforme as expectativas do docente, logo deu este
tema em individual que cada estudante deveria desenvolver.

O presente trabalho, possui três capítulos. No primeiro e presente capitulo, faz-se a apresentação
do tema, objectivos do trabalho, hipótese, assim como a caracterização do corpus. No segundo
capitulo, far-se-á a revisão da literatura ou melhor fundamentação teórica sobre as orações
relativas em que faz-se portanto referencia dos aspectos mais importante que caracterizam as
construções relativas do português europeu com destaque em procurar perceber o tipo de
antecedente, e a forma que o processo de relativização funcionam de acordo com as normas
padrão não se esquecendo portanto de falar sobre as teorias ou seja modelo wh-movement em
destaque e outras hipóteses para complementar. Neste capitula ainda apresentamos as
propriedades do modelo tradicional, hipótese transformacional, wh-movement e rasing
explicando a forma que as construções relativas ocorrem em cada modelo, depois apresentamos a
definição das construções relativas e os respectivos pronomes e exemplos.
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CAPITULO II

2. Fundamentação Teórica

Nesta parte de trabalho, vamos focar-nos com os aspectos teóricos que caracterizam a oração
relativa, numa primeira fase vamos apresentar os modelos da oração relativas, estamos a falar do
modelo tradicional, transformacional, e o mais importante neste trabalho, wh-movement e o
ultimo raising. Depois de se apresentar oa modelos, teremos a definição da oração relativa e tipos
assim como exemplos.

2.1. O modelo tradicional


O termo tradicional é utilizado para designar o modelo de descrição estrutural de cláusulas
relativas dominante na teoria linguística formal dos últimos vinte e cinco anos.

Tal tradição descritiva foi consolidada pelo trabalho de Chomsky (1977) apud Kennedy
(2002), que caracterizou a relativização como uma instância de aplicação de wh-
movement, o que representou um refinamento da hipótese transformacional, a partir da
qual originariamente se descrevera a relativização nos estudos em sintaxe gerativa.
Tradicional é, portanto, termo sinónimo de transformacional e wh-movement.

Ainda nos dizeres de Kennedy (2002:46) "As diferenças entre as hipótese transformacional e
wh-movement são, como veremos, poucas e representam, na verdade, um mesmo modelo
descritivo localizado em dois momentos distintos da evolução do pensamento linguístico".

O modelo tradicional baseou-se em três hipóteses fundamentais:

(i) o alvo da relativização é um NP;

(ii) o NP relativizado não faz parte da estrutura do CP, e vice-versa;

(iii) a operação que relaciona NP e CP é a adjunção


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2.2. A hipótese transformacional


Segundo a hipótese transformacional, uma cláusula relativa é gerada a partir de uma estrutura
não relativa subjacente, base da derivação de D structure (estrutura profunda).

Para S-structure (estrutura superficial). Por exemplo, a relativa em (a) abaixo seria gerada partir
de uma estrutura não relativa representada.

A esse respeito, a hipótese transformacional sustentou que existem na estrutura de base da


relativização dois NPs exactamente idênticos, o primeiro gerado como alvo da relativização (fora
da cláusula) e o outro, como argumento, então uma estrutura não relativa subjacente (S) seria
estabelecida. (Kennedy (2002:55)

Sobre essa estrutura, diversas transformações seriam aplicadas até que a cláusula relativa
estivesse completamente estruturada. Tal sequência de transformações chamou-se transformação
relativa, a qual seria responsável

(i) pelo apagamento do NP da cláusula relativa idêntico ao alvo da relativização,


(ii) (ii) pelo aparecimento do pronome relativo e
(iii) (iii) seu respectivo posicionamento no início da cláusula.

Por último, a hipótese básica de que a relativização envolveria dois NPs idênticos e
correferentes não foi questionada. Essa hipótese seria aparentemente abandonada em
Chomsky (1977) apud Kennedy (2002:56), mas a sua pressuposição permaneceria no
modelo tradicional até o presente.

2.3. A hipótese wh-movement


Com o estudo de Chomsky (1977) apud Kennedy (2002:60), as cláusulas relativas passaram a
ser definitivamente caracterizadas como uma instância de um fenómeno gramatical regular: o
Movimento de wh. Tal como clivagens, topicalizações e construções comparativas, a
relativização, à semelhança das interrogativas com wh, é gerada por Movimento e apresenta as
seguintes propriedades:

(i) a construção apresenta uma lacuna (gap);

(ii) permite relações de longa distância;


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(iii) é sensível às restrições de ilhas.

Ademais, nenhum factor, na relativização, chegou a ser caracterizado como o motivador para o
alçamento do wh a spec-CP. Nas interrogativas, o traço [+ wh], marcado em CP e caracterizado
como strong wh-feature (traço forte), é também o desencadeado desse Movimento, mas na
relativização o alçamento é apenas atestado, e, mais uma vez, como uma reprodução integral do
que acontece com as wh-questions. Sequer foi possível alegar, no espírito da GB ou mesmo nas
tendências contemporâneas do minimalismo, que o Move nas relativas se deve a alguma razão
estrutural, para receber caso, por exemplo, já que é na posição na qual seria gerado que o wh
receberia papel temático e caso.

1
(1) [NP [NP o homem [CP Bill convidou [NP que]]

D-struture-[ o homem Bill convidou que]

NP

NP CP

Spec N' Spec C'

N C IP

o Spec I'

homem I

VP

NP V'

N' V NP

N convidou N'

Bill que

1
Exemplo de Kennedy (2002)
11

(2) [NP [NP o homem [CP que [Bill convidou]

S-structure [o homem que Bill convidou]

NP

NP CP

Spec N' NP C'

N C IP
O N' Spec I'
homem

N NP I VP

que N' convidou NP V'

N t V NP

t t

Bill

2.5. As construções relativas caracterização


Recebem a designação de construções relativas, na terminologia luso-brasileira, as frases
complexas que geralmente são introduzidas elo pronome relativo. Pires & Moía (1995: 274)
apud Wache (2018:87) afirmam que uma das características das construções relativas é o facto de
o seu uso constituinte inicial conter um pronome relativo que, em si próprio não possui nenhum
significado, partindo ainda na visão dos mesmos autores consideram que o tal pronome esta
semanticamente associado a uma expressão lexical da frase matriz ou u elemento nulo, os quais
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recebem o nome de antecedente, que pode ser um sintagma nominal (relativa de nome, como em
(1.a) ou um estrutura frásica (relativas de frase) como em (1.b). N a língua portuguesa, existe um
tipo de construções relativas que geralmente não possui um antecedente expresso, dai a
designação de relativas sem antecedentes expresso (Moía, 1999), Brito (1998) ou relativas livres
(Brito & Duarte, 2003) ou ainda relativas com antecedente implícito Veloso (2013) apud Wache,
2018:88), como a que se apresenta em (1.c)

(1)2

a. Os meninos que comeram as tuas mangas estão doentes.

b. A Lurdes Mutola ganhou um premio, o que me deixa muito feliz.

c. [-] Quem quer a paz, prepare-se para a guerra.

Em (1.a), o antecedente é o sintagma nominal os meninos, o qual antecede o pronome relativo


que. Em (1.b), o antecedente é a frase A Lurdes Mutola ganhou um premio, que é antecedida pela
locução relativa o que. Já em (1.c) o lugar reservado ao antecedente esta vazio [-], o que significa
que o antecedente não tem uma realização lexical, mas isso não significa que não tenha o
antecedente , porque uma paráfrase da estrutura pode permitir capta-lo, como se pode ver em (2)

(2) A Pessoa que quer a paz, prepare-se para a guerra.

As construções relativas de frase são sempre apositivas, mas as relativas com antecedente
nominal (cf.(1.a)), em português, costumam dividir-se em dois grupos: as relativas
determinativas ou restritivas e as relativas apositivas ou explicativas. As relativas restritivas
servem para descriminar parte de um todo, precisando-a (cf.(3.a)) e as relativas explicativas
servem para dar informação adicional, suplementar ao conteúdo da frase matriz, portanto,
funciona como um epíteto. (cf.(3b)

(3)

a. Os rapazes que rasgaram o livro da biblioteca foram presos.

b. o me tio, que é um bom medico, matou uma pessoa.

2
Estes exemplos foram retiradas em Wache (2018:88)
13

Em (3.a) entende-se que do conjunto dos rapazes, apenas os que rasgaram o livro é que foram
presos e os restantes não. Já em (3b), a alguns gramáticos, como Bechara (1999) apud Wache
(2018:89), por exemplo, defendem que esta expressão pode ser suprimida da frase sem
prejudicar o conteúdo semântico da frase matriz.

Quadro 13: Pronomes Relativos

Variáveis Invariáveis
Masculino Feminino Que, oque,
Singular Plural Singular Plural Quem
O qual Os quais A qual As quais Onde
Cujo Cujos Cuja Cujas Como
Quanto Quantos Quanta Quantas Quando
FONTE: Wache (2018:89)

2.6.1. As construções com o pronome relativo onde


O pronome relativo onde, segundo Veloso (2013:2102) apud Wache (2018:89), caracteriza-se por
ser locativo. Nos dizeres da autora, é graças a esta propriedade que este pronome, com
antecedente explicito ou implícito, tem de denotar obrigatoriamente um lugar e o seu valor
semântico na oração relativa tem de ser locativo, quer funcionando como complemento obliquo
(cf.(4.a) quer como adjunto adverbial (cf.(4b)).

(4)

a. O lugar onde moro é muito lindo.

b. Coloquei um livro no quarto onde dormimos.

Veloso (2013:2012) apude Wache (2018:90) explica que devido a sua natureza adverbial, onde
não pode se nem a função de sujeito nem a de complemento directo, mesmo quando estas
funções se encontram de alguma maneira associadas a um valor locativo. Segundo a autora, em
encontra partida, as construções relativas com o pronome relativo onde podem desempenhar
qualquer função gramatical na oração principal, como se apresenta nas construções em (5)

3
Quadro retirado em wache (2018)
14

(5)4

a. [O local onde jantei-suj.] ficava perto do museu.

b. adorei [o local onde jantamos – c. directo].

c. Embirrei profundamente [com o club onde fomos passar ferias – c. obliquo].

d. Já representei [no teatro onde se estreou a Mirita Casimiro - Adj. Adverbial].

2.6.2. As construções com o pronome relativo cujo


Segundo Silva (2007:48) Cujo sempre empregado com função adjectiva, é relativo e possessivo.
Com relação ao uso do cujas gramáticas apontam para um consenso, tem a função de adjunto
adnominal do substantivo seguinte com o qual concorda em género e numero, e estabelece uma
relação de posse entre um antecedente e um consequente

Já Cansian & Porrua (2011:185) afirmam que o cujo estabelece a relação entre o possuidor e o
possuído, e que nunca se de usar nenhuma palavra entre o pronome e o termo possuído.

As restrições quanto ao uso correcto do pronome também são recorrentes. Considera-se como
erro usar o cujo, precedido de preposição ou seguido de artigo, é o erro o uso do artigo definido
no sintagma introduzido pelo pronome relativo cujo.

(9)5

a. O rio cujas águas são medicinais é o principal atractivo da cidade.

b. Eu vendi a casa cujas paredes pintamos.

O quadro que segue mostra a distribuição dos pronomes relativos no Português. A grande parte
das gramáticas escolares não reconhece os pronomes quando e como sendo relativos.

4
Os exemplos desta parte foram tiradas de Veloso (2013) apud Wache (2018)
5
Exemplos de Silva (2007)
15

CAPITULO III
3. Analise e discussão dos dados
3.1. Analise das construções relativas com os pronome relativo onde, cujo e que
Nesta parte de trabalho, apresenta-se a análise e a discussão de dados relativos as construções
relativas que envolvem o pronome relativo onde, temos também a tabela a seguir que mostra a
distribuição das entradas correctas e desviantes no corpus em análise.

Em primeiro lugar, analisaremos as frases gramáticas em que o pronome relativo onde esta bem
relativizado, tendo em conta com o antecedente do complementador.

Em segundo lugar, analisamos as construções em que são agramaticais, no contexto em que o


antecedente de onde não nos trás a ideia de locativo ou complemento obliquo ou adjunto
adverbial.

Neste estudo estamos apenas mais preocupados em descrever a forma que os informantes usam o
pronome onde em construções relativas.

Conforme, o nosso objectivo especifico, procuramos ainda mostrar o lugar de poiso e o vestígio
e o movimento-Q conforme a hipótese que estamos a seguir.

Temos ainda o quadro 2 que se segue, mostra a quantidade de entradas, no corpus, de


construções relativas.

Quadro 2

Entradas
Quantidade
Correctas 22
Desviantes 37
Total 59
16

Quadro 3

Entradas
Pronome relativo Correctas Desviantes Total
Onde 12 18 30
Cujo 3 8 11
Que 7 11 18
59

As tabelas 2 e 3 ilustram a distribuição de entradas contendo os pronomes relativos onde,


cujo e que no corpus. Como se pode portanto notar, houve 22 entradas que consideramos
conforme a norma do PE e 37 com desvios totalizado 59 entradas.

3.1. Entradas do morfema onde conforme as normas

Nesta parte do trabalho, pretendemos mostrar as construções correctas das frases que possuem o
pronome relativo onde alojado, onde o seu SN antecedente é um locativo, estas frases podem
exibir outro tipo de agramaticalidade, mas de acordo com o nosso foco do trabalho apenas
estamos preocupados em analisar o processo de relativização.

(6)

a. de vista regulamentar, um espaço separado do real por uma legislação precisa que
define o território | onde | se exerce o acto desportivo e estabelece os limites a observar
pelos praticantes desse exercício nas

b. desporto-espetáculo visualizando a escola como mera transmissora dos valores culturais


da sociedade | onde | esta inserida

c. Sim, o desporto é um parceiro, um local e um espaço | onde | o corpo é interlocutor


permanente.
17

d. o ancora-se, em primeiro lugar, no fato de o autor ser estudante de uma universidade e


de uma turma | onde | a diversidade sócio-cultural é um facto, (constituída por
indivíduos pertencentes a diferentes class

e. diversidade sócio-cultural na UP é um facto ou seja, é uma realidade inegável, visto que


é um lugar | onde | encontra-se várias personalidades com diversas matrizes
socioculturais.

f. Conclui-se que a Universidade Pedagógica de Tete (UP-Tete) é um espaço | onde |


cruzam estudantes de vários leques sociais e culturais

g. zagem deve consistir em algo que se considere necessário ao beneficiar ao aprendente


ou a comunidade | onde | se insere.

h. Na pergunta 2 do apêndice II: Como consideras o ambiente que se vive na escola | onde
| estuda o seu filho?

i. Língua estrangeira) enquadra-se na aprendizagem consciente, pois, ela é desenvolvida


na sala de aulas | onde | o professor através de um programa previamente estabelecido
tem o dever de o implementar e garantir

j. do currículo escolar, criação de boas oportunidades de emprego, desejo de viver num


país estrangeiro | onde | a língua é falada entre outras.
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k. nos gráficos ilustram que é desenvolvida nas duas escolas mas com maior incidência na
Escola Urbana | onde | um número significativo indica que ocorre muitas vezes ou
quase sempre.

l. EP2 na actual Escola Secundária de Napipine, vindo-se juntar à Escola Primária


Completa de Napipine, | onde | a actual data funciona e lecciona da 1ª a 7ª classes,
enquanto que o lado onde funcionava a EP2,

O morfema onde tem o carácter locativo e indica um lugar físico , isso significa que ao usarmos
este morfema, o seu antecedente nos trás a ideia de lugar . em Wache (2018:88) o pronome
relativo onde é caracterizado por sr semanticamente locativo e denota obrigatoriamente um
lugar.

Em (6.a) o pronome substitui o seu antecedente, que é o locativo o território, que foi extraído de
um nó reservado a complemento obliquo.

Na frase em (6.b) o relativizador onde substitui sintagma nominal da sociedade que é um


locativo.

Na frase (6.c) o pronome onde vem substituir SN um espaço que funciona com adjunto
adverbial e locativo (-fisino).

Em (6.d) o rlativizador onde funciona como locativo e esta bem empregado substitui expresoes

uma universidade e uma turma estes SNs que denotam a um lugar.

Já em (6.e) o onde funciona como locativo na medida que também faz a retoma de SN um
lugar que é (-fisico).

Na frase (6.f) o COMPL onde funciona como locativo desempenha a funcao sintatica de adjunto
adverbial substitui sintagma nominal um espaço que é (-fisico) mas indica um local.

Em (6.g) o relativizador onde esta ser usado para substituir SPRE a comunidade, o onde tem o
valor locativo e funciona como complemento obliquo.
19

Na frase (6.h) o relativizador onde funciona como locativo, e substitui o SPRE (na escola). Aqui,
o onde se manifesta como adjunto adverbial.

Em (6.i) o relativizador onde substitui o adjunto adverbial na sala de aulas que é seu antecedente
desta forma o onde desempenha também a funcao de adjunto adverbial de lugar.

Na frase (6.j) o relativizador onde esta bem colocado substitui o SPRE num país estrangeiro que
indica um lugar. Nesta frase sintagma substituída desempenha funcao de adjunto adverbial de
lugar isto quer dizer que o pronome onde desempenha também a mesma funcao do seu
antecedente.

Em (6.k) o relativizador esta bem colocado uma vez que substitui uma sintagma que representa
cidade portuária e aeroportuária internacionais. Aqui, nota-se o antecedente do pronome como
sendo um lugar físico, desta forma o onde tem valor locativo.

Na frase (6.l) o relativizador esta bem colocado substitui o adjunto adverbail de lugar na Escola
Urbana, portanto o pronome onde funicona como locativo, é também adjunto adverbial
conforme o seu antecedente.

Em (6.m) o pronome relativo onde substitui SN numa turma que indica um local, neste caso o
morfema onde é locativo.

Em (6.n) o relatizzidor onde também esta bem colocado substitui SN o local , faz a referencia a
uma lugar.

Em (6.o) o trelativizador coreferente do antecedente o local que nos remete a um espaço.

Em (6.p) o relativizador onde substitui à Escola Primária Completa de Napipine que indica o
espaço físico.

Agora, pretendemos mostrar, em frases em analise , os vestígios do relativizador e mostrar


os movimentos do pronome onde segundo a hipote wh- movemente, mostrando no final a
posicao de origem onde foi gerado o pronome relativo ate o local de poiso onde vai se alojar ou
especificador.

(7)
20

a. de vista regulamentar, um espaço separado do real por uma legislação precisa que
define [NP o território [CP onde [IP se exerce o acto desportivo[v]i e estabelece os
limites a observar pelos praticantes desse exercício nas

Notemos a estrutura profunda dafrase, em seguida veremos portanto aquilo que chamamos de
vestígio, que representa a lacuna deixada pelo pronome depois do movimento.

a. (…) [NP o território [CP i [IP se exerce o acto desportivo onde]]]

a. (..) [NP o território i [CP| onde | [IP se exerce o acto desportivo [v]i]]

Movimento

NP

NP CP

D N Spec C

C IP

NP I'

I VP

V NP

O território onde [-INT] [v] se exerce o acto desportivo


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Notamos nesta frase que o pronome relativo onde esta sendo gerado dentro do IP, depois sofre o
movimento da sua posição de origem sob o domínio do IP (sintagma flexional) até a posição de
CP (sintagma complementador). Em (7.a) verifica-se a estrutura profunda da frase e em (7.b) a
estrutura superficial.

b. desporto-espetáculo visualizando a escola como mera transmissora dos valores culturais

[NP da sociedade [CP [IP esta inserida onde]]]

b. (…) [NP da sociedade [CP i onde [IP esta inserida[v ]i]]

Movimento
Na frase de (7.c) representa a estruturara profunda da frase (6.b) e (7.d) a estrutura superficial,
que depois do movimento sofrido sintagma complementador se aloja no poiso fora do IP .

c. Sim, o desporto é um parceiro, um local e [NP um espaço[CP i | onde | o corpo [IP é


interlocutor permanente [v]i]]

. (...) [NP um espaço [CP i onde [IP o corpo é interlocutor [v]]](…)

Movimento

d. ancora-se, em primeiro lugar, no fato de o autor ser estudante de [NP uma universidade e de
uma turma[CP i | onde | [IP a diversidade sócio-cultural [SV é um facto[v]i]]], (constituída por
indivíduos pertencentes a diferentes class

(…)[NP uma turma [CP i onde [IP a diversidade sócio-cultural [SV é um facto[v]i]]]

Movimento
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O relativizador onde move-se da sua posicao de oigem para o especificador que antecede
sintagma nomina uma turma. Ao sair o COMP. Onde deixa um vestígio.

e. diversidade sócio-cultural na UP é um facto ou seja, é uma realidade inegável, visto que é[ NP


um lugar[CP i | onde | [IP encontra-se várias personalidades [v]i]]]com diversas matrizes
socioculturais.

[NP um lugar [CP i onde [IP encontra-se várias personalidades [v]i]

Movimento

NP

NP CP

D N Spec C

C IP

NP I'

I VP

V NP

um lugar onde [-INT] [v] encontra se várias personalidades


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f. Conclui-se que a Universidade Pedagógica de Tete (UP-Tete) é[NP um espaço[CP i | onde | [IP
cruzam estudantes de vários leques sociais e culturais [V]i]]]

[NP um espaço [CP i onde [IP cruzam estudantes de vários leques sociais e culturais[v]i]

Movimento

g. zagem deve consistir em algo que se considere necessário ao beneficiar ao aprendente ou [NP
a comunidade[ CP i| onde | [IP se insere[v]i]]]

(…) [NP a comunidade [CP i onde [IP se insere [v]i

Movimento

NP

NP CP

D N Spec C

C IP

NP I'

I VP

V NP

a comunidade onde [-INT] [v] se insere


24

h (…) Como consideras o ambiente que se vive [NP na escola [CP i | onde | [IP estuda o seu
filho?[v]i]]
(…) [NP na escola [CP i onde [IP estuda o seu filho?[v] i ]]

Movimento

Conforme vimos nas frases de (7.a ate 7.h) O relativizador onde move-se da sua posição de
origem para o especificador que antecede sintagma nomina uma turma. Ao sair o COMP. Onde
deixa um vestígio.

i. Língua estrangeira) enquadra-se na aprendizagem consciente, pois, ela é


desenvolvida[ NP na sala de aulas [CP i | onde | [IP o professor através de um programa
previamente estabelecido [VP tem o dever de o implementar e garantir[ v]i]]

[NP na sala de aulas [CP i onde [IP o professor através de um programa (…)tem o dever[v] i ]]

Movimento

j. do currículo escolar, criação de boas oportunidades de emprego, desejo de viver [NP num

país estrangeiro[CP i | onde | [IP a língua[VP é falada entre outras[v]i]].

[NP num país [CP i onde [IP a língua [VP é falada entre outras [v] i

Movimento

k. nos gráficos ilustram que é desenvolvida nas duas escolas mas com maior incidência[NP
na Escola Urbana [CP i | onde | [IP um número significativo indica [v]i que ocorre
muitas vezes ou quase sempre]]].
25

[NP na Escola Urbana [CP i onde [IP um número significativo indica[v] i ]]

Movimento

NP

NP CP

D N Spec C

C IP

NP I'

I VP

V NP

Na Escola Urbana onde [-INT] [v] indica


26

l. EP2 na actual Escola Secundária de Napipine, vindo-se juntar [NP à Escola Primária
Completa de Napipine,[CP i | onde | [ IP a actual data funciona e lecciona da 1ª a 7ª
classes [v] i, enquanto que o lado onde funcionava a EP2,

[NP Escola Primária Completa de Napipine [CP onde [IP (…) e lecciona da 1ª a 7ª classes [v] i

Movimento

Notamos nesta frase (7.i a 7.l), que o pronome relativo onde esta sendo gerado dentro do IP,
depois sofre o movimento da sua posição de origem sob o domínio do IP (sintagma flexional) até
a posição de CP (sintagma complementador

3.2. Entradas desviantes do morfema onde

Consideramos entradas esviantes as construcoes em que o pronome relativo onde foi utilizado
numa situacao que o seu antecedente não se trata de um locativo, não ocorre para indicar um
determinado lugar em que nas funcoes sintaticas seria adjunto advebial ou complemento obliquo.
Aqui, vamos nos preocupar mais com o tipo de antcede do relativizador.

3.2.1. O pronome relativo onde ocorre como sujeito e complemento directo

Nesta parte do presente trabalho, analisa-se aspectos relacionados com o facto do pronome
relativo onde ser antecedido por sintagma nominal que desempenha as funcoes desujeito e
complemento directo, algo que torna as construcoes agramaticais uma vez que onde so ocorre
antecedido por um sintagma nominal locativo que ocorre como adjunto adverbial ou
complemento obliquo.

(8)

a. dos docentes na formação dos grupos dos seminários deixando a responsabilidade aos
chefes da turma, | onde | estes últimos acabam formando grupos homogéneos que
podem influenciar negativamente no PE-A, assim c
27

Nesta frase, notamos o antecedente do relativizador onde com a funcao de complento directo,
algo que não deveria estar a contecer. O antecendente do onde deve ser apenas complento
obliquo e adjunto adverbial de lugar, as outras funcoes so podem ocorrer com o relativizador que
considerado universal.

Neste caso a nossa frase deveria conter o relativizador que e poderia ser substituído com os
quais.

(…) [SN aos chefes da turma, [CP que [IP estes últimos acabam formando[v] i (…)

Movimento

dos docentes na formação dos grupos dos seminários deixando a responsabilidade aos chefes da
turma, | que | estes últimos acabam formando grupos homogéneos que podem influenciar
negativamente no PE-A, assim c

b. ligação efectiva em Ciências Sociais e Humanas implica necessariamente um contacto


directo com o meio | onde | ocorre o fenómeno e interpretá-lo, dando significado fiel às
percepções dos sujeitos.

ligação efectiva em Ciências Sociais e Humanas implica necessariamente um contacto


directo com o meio | em que | ocorre o fenómeno e interpretá-lo, dando significado fiel às
percepções dos sujeitos.
(…) [NP o meio [CP em que [IP ocorre o fenómeno] e interpretá-lo, dando (…)

Movimento

c. O presente trabalho contem 5 capítulos, no primeiro capítulo contem justificativa | onde


| será expressa a motivação e relevância de forma superficial para o estudo do tema em
questão, depois (extraposição)?

contem[ NP justificativa[CP i [IP será expressa a motivação que [v](…)


28

(…) contem[ NP justificativa[CP i que [IP será expressa a motivação [v](…)

Movimento

d. a de forma superficial para o estudo do tema em questão, depois será feita uma revisão
[NPda literatura [CP| onde | IPserão expostas ideias de alguns autores que abordaram a
respeito de assuntos relacionados, logo em s]]

[NP da literatura [CP i onde [ IP serão expostas ideias[v] de alguns autores que

[NP da literatura [CP i que [ IP serão expostas ideias][v]i de alguns autores que

Movimento

a de forma superficial para o estudo do tema em questão, depois será feita uma revisão [NP
da literatura [CP| que | IP serão expostas ideias de alguns autores que abordaram a respeito
de assuntos relacionados, logo em s]]

e. Acredita-se que o primeiro passo para a superação da desigualdade social | onde | a


educação está inserida é o conhecimento desta problemática.

Acredita-se que o primeiro passo para a superação [NP da desigualdade social[CP i | onde |
[IP a educação está inserida [V]i é o conhecimento desta problemática.]

(…) [NPda desigualdade social[CP |[IP a educação está inserida onde]](…)


29

f. Acredita-se que o primeiro passo para a superação [NPda desigualdade social[CPi | que
[IP a educação está inserida [V]i é o conhecimento desta problemática.]

g. Método de abordagem A abordagem que seguiu-se nesta pesquisa é de natureza


qualitativa | onde | não se preocupa com representatividade numérica, mas com o
aprofundamento da compreensão de um gru

Método de abordagem A abordagem que seguiu-se nesta pesquisa é [NPde natureza


qualitativa[CPi | onde [IP| não se preocupa [v ]i com representatividade numéric, mas com
o aprofundamento da compreensão de um gru

[NPde natureza qualitativa[CP [IPnão se preocupa onde ]

[NPde natureza qualitativa[CPi onde [IP| não se preocupa [v]i

[NPde natureza qualitativa[CPi que [IP| não se preocupa [v]i

Movimento

h. Deste modo, essa amostra permitiu-nos um estudo exaustivo daquilo que era [NP o
nosso objectivo,[ CP i onde [IP recolhemos várias e/ou opiniões sobre a pesquisa.

[NP o nosso objectivo,[ CP que [IP recolhemos várias e/ou opiniões onde]

Movimento
30

1. servação direta, quer através da aplicação de técnicas de pesquisa, como aplicação [de
questionários, [CP onde |[IP permitiu a análise[v ]i das percepções dos docentes e dos
estudantes sobre a problemática da Gestão da di

servação direta, quer através da aplicação de técnicas de pesquisa, como aplicação [de
questionários, [CP que |[IP permitiu a análise[v ]i das percepções dos docentes e dos
estudantes sobre a problemática da Gestão da di

[de questionários, [CP onde |[IP permitiu a análise[v ]i

[de questionários, [CP |[IP permitiu a análise onde]

m. de Sociocultural Ainda dentro desta mesma ordem de questões, lançou-se [NPa seguinte
no 7 [CP onde [IP quisemos saber qual das disciplinas [v ] i é que mais abordam esta
temática, da qual obteve-se os seguintes

n. de Sociocultural Ainda dentro desta mesma ordem de questões, lançou-se [NPa seguinte
no 7 [CP que [IP quisemos saber qual das disciplinas [v ] i é que mais abordam esta
temática, da qual obteve-se os seguintes

se [NP a seguinte no 7 [CP [IP quisemos saber qual das disciplinas onde
31

se [NP a seguinte no 7 [CP i onde [IP quisemos saber qual das disciplinas[v] i

o. Neste sentido, a aprendizagem intercultural possa propiciar aos estudantes uma filosofia
de vida, | onde | apareçam, de modo significativo, uma concepção clara de homem e um
projecto de sociedade.

Neste sentido, a aprendizagem intercultural possa propiciar aos estudantes [NP uma
filosofia de vida, [CP i onde [IP apareçam, de modo significativo[v] i, uma concepção
clara de homem e um projecto de sociedade.

(…) [NP uma filosofia de vida, [CP i [IP apareçam, de modo significativo onde](…)

(…)[NP uma filosofia de vida, [CP i onde [IP apareçam, de modo significativo[v] i(…)

(…) [NP uma filosofia de vida, [CP i [IP apareçam, de modo significativo que](…)

NP uma filosofia de vida, [CP i que [IP apareçam, de modo significativo [v] i

Movimento

p. de sociocultural na UP-Tete no seu todo bem como nas salas de aulas é um facto visto
que é dos docentes na formação dos grupos dos seminários deixando a responsabilidade
32

aos chefes da turma, onde estes últimos acabam formando grupos homogéneos que
podem influenciar negativamente no PE-A, assim c

de sociocultural na UP-Tete no seu todo bem como nas salas de aulas é um facto visto
que é dos docentes na formação dos grupos dos seminários deixando a responsabilidade
[NP aos chefes da turma,[CP onde [IP estes últimos acabam formando grupos
homogéneos[v] i que podem influenciar negativamente no PE-A, assim c

[NP aos chefes da turma,[CP [IP estes últimos acabam formando grupos homogéneos onde ]

[NP aos chefes da turma,[CP onde [IP estes últimos acabam formando grupos homogéneos[v] i

[NP aos chefes da turma,[CP [IP estes últimos acabam formando grupos homogéneos que ]

[NP aos chefes da turma,[CP i que [IP estes últimos acabam formando grupos homogéneos [v]i

Movimento

[NP aos chefes da turma,[CPi os quais [IP estes últimos acabam formando grupos (…) [v]i

q. nça cultural é transmitida às novas gerações através do trabalho de várias instituições;


individual, | onde | a aquisição de conhecimentos, as habilidades, as competências e os
valores

nça cultural é transmitida às novas gerações através do trabalho [NP de várias instituições;
individual, [CP i onde [ NP a aquisição de conhecimentos, as habilidades, as competências e
os valores[v] i]
33

[NP de várias instituições individual, [CP i onde [ NP a aquisição de conhecimentos, as


habilidades, as competências e os valores[v] i]

Em Lindonde por exemplo, o tipo de antecedente que encontramos nesta frase é visto como
menos locativo e esta no grupo de antecedente com com traços locativo nocional, isto é,
menos físico. Neste tipo de situacao recomenda-se a substituicao do pronome onde com o o
relativizador em que.

[NP de várias instituições individual, [CP i em que [ NP a aquisição de conhecimentos, as


habilidades, as competências e os valores[v] i]

r. exemplo, a aprendizagem é descrita segundo as alterações observáveis no comportamento


de uma pessoa | onde | a emitação constitui a base de todo o processo através de
repetição.

exemplo, a aprendizagem é descrita segundo as alterações observáveis no


comportamento [NP de uma pessoa [CP onde [IP a emitação constitui [v] a base de todo
o processo através de repetição.

exemplo, a aprendizagem é descrita segundo as alterações observáveis no comportamento


[NP de uma pessoa [CP que [IP a emitação constitui [v] a base de todo o processo através de
repetição

[NP de uma pessoa [CP [IP a emitação constituin que]

[NP de uma pessoa [CP i que [IP a emitação constitui [v] i


34

Movimento

s. te, o avaliado e o avaliador desenvolvam papeis mais activos nas diversas fases da
produção do teste | onde | os conteúdos linguísticos são especificados em termos de
tarefas linguísticas e não em termos da com

te, o avaliado e o avaliador desenvolvam papeis mais activos nas diversas fases [NP da
produção do teste [CP i onde [IP os conteúdos linguísticos são especificados[v] i em
termos de tarefas linguísticas e não em termos da com

te, o avaliado e o avaliador desenvolvam papeis mais activos nas diversas fases [NP da
produção do teste [CP i que [IP os conteúdos linguísticos são especificados[v] i em
termos de tarefas linguísticas e não em termos da com

[NP da produção do teste [CP i [IP os conteúdos linguísticos são especificados que]

[NP da produção do teste [CP i que [IP os conteúdos linguísticos são especificados [v] i

Movimento

t. bfundamental da sociedade, pois é nela que se espera que ocorra o processo de


socialização primária, onde ocorrerá a formação de valores

fundamental da sociedade, pois é nela que se espera que ocorra o processo [NP de
socialização primária, [CP i onde [IP ocorrerá [v] i a formação de valores
35

fundamental da sociedade, pois é nela que se espera que ocorra o processo [NP de
socialização primária, [CP que [IP ocorrerá[v] a formação de valores

[NP de socialização primária, [CP [IP ocorrerá que ]

[NP de socialização primária, [CP i que [IP ocorrerá [v] i

Movimento

u. de base para a elicitação da competência comunicativa são incorporados no quadro de


comunicação real | onde | se estimula o desejo, a necessidade e objectivo de se comunicar.

de base para a elicitação da competência comunicativa são incorporados no quadro [NP


de comunicação real [CP onde [IP se estimula o desejo[v] i, a necessidade e objectivo
de se comunicar.

de base para a elicitação da competência comunicativa são incorporados no quadro [NP


de comunicação real [CP que [IP se estimula o desejo[v] i, a necessidade e objectivo de
se comunicar.

[NP de comunicação real [CP [IP se estimula o desejo que]

[NP de comunicação real [CP i que [IP se estimula o desejo[v] i

Movimento

3.3. Entradas do morfema cujo conforme as normas

Nesta parte do trabalho, vamos apresentar as construções em que o pronome relativo cujo esta
bem empregue, caracterizando-se com o termo possuído sem ser antecedido por um artigo ou
36

palavra. Ainda na mesma parte do trabalho, vamos indicar o vestígio e o movimento do


relativizador segundo a hipote wh-movement.

Antes de tudo, vamos trabalhar em primeiro lugar, com as frases que estão correctas, depois
analisaremos aquelas construções que estão desviadas.

(10)

a. a Ponte Samora Machel, | cujo | tabuleiro se estende por um quilómetro, construída no


período colonial e projectada pelo engenheiro
b. .O questionário envolveu 6 funcionários | cujas | idades variavam entre 30 a 42 anos de
idade, com níveis medio e superior de formação em varias áreas
c. Porém, durante o período do crescimento das culturas, há regiões | cujas | temperaturas
excedem os 25° C.

Nas frases em (10. a, b, c) todas são correctas, o relativizador cujo esta bem colocado uma vez
entre o pronome cujo e o termo possuido não temos uma palavra no meio, alem disso o sintagma
nominal posterior ao cujo funciona mesmo como termo possuido.

Desta forma, vamos apresentar o movimento do morfema cujo, vestígio e o local onde é gerado.

a. [NP a Ponte Samora Machel, [CP i cujo [IP tabuleiro se estende [v ] i por um,(…)

Movimento

b. (…) envolveu [NP 6 funcionários [CP i cujas [IP idades variavam [v]i entre 30 a 42(…)

Movimento
37

c. (…) das culturas, há[NP regiões [CP i cujas [ IP temperaturas excedem [v]i os 25° C.

Movimento

3.4 .Entradas desviadas do morfema cujo

No uso do pronome relativo cujo, não pode ser seguido pelo artigo, e considera-se erro também
no uso do artigo definido no sintagma introduzido pelo pronome cujo. Estabelece uma relação de
posse entre um antecedente e um consequente. O cujo concorda em género e numero. Já no livro
considera o cujo como pronome que estabelece a relação entre o possuidor e i possuído, afirma-
se ainda que nunca deve-se usar uma palavra entre o pronome cujo e o termo possuído.

Em (10.d) a frase esta desviada na medida que verificamos o uso do cujo, num contexto
impróprio, não temos o termo possuído desta forma teria se usado portanto o relativizador
universal que.

Vamos apresentar a frase substituindo o morfema cujo com o relativizador que, depois
mostraremos o ponto de origem do pronome relativo que e o vestígio.

d. ordem numérica que mostra o número dos Professores inqueridos, a vertical as unidades
de significado que na frente de cada unidades de significado encontramos as respostas de
cada professor simbolizado por

d. (…)[NP as unidades de significado[CP que [IP na frente de cada (…) encontramos[v]i(…)

Movimento

Notemos as nossas frases que estão desviantes das regras estabelecidas quanto ao uso do
morfema cujo. De (10. e ate k) notamos o uso do artigo definido no sintagma introduzido pelo
pronome relativo cujo, isto quer dizer que ocorre ali o uso duma palavra entre o cujo e o termo
possuído.
38

Em (10.e) notemos o uso do pronome possessivo seus entre o cujos e o termo possuído
parceiros. Duma forma correcta teríamos a frase em (10.e) sem a presença do pronome seus que
ficaria da seguinte forma.

e. Para as instituições cujos parceiros nada fazem, estas sugerem ou descrevem que as
instituições parceiras deveriam criar

agora vamos apresentar o vestígio e o movimento do morfema cujo segundo wh-movement

e. (…) [NP as instituições [CP i cujos [IP parceiros nada fazem [v] i, estas sugerem (…)

Movimento

Na frase em (10.f) encontramos os mesmos erros, temos o uso duma palavra depois
do relativizador o que não deveria estar acontecer, alem disso verificamos ainda a ausência do
termos possuído naquela frase, o que nos mostra portanto o uso do morfema cujo no lugar do
relativizador que considerado universal com função sintáctica de sujeito naquela frase, o COMP
que vai estabelecer portanto uma relação com um termo anteriormente citado.

Como se pode notar a ocorrência do cujo seguido do pronome este introduz um outro sintagma
que não tem nada a ver com a ideia do possuído este foi aceite.

Partindo ainda com analise da frase, pode-se substituir o pronome cujo com o relativizador
universal que, assim teremos a frase de seguinte forma:

f. Completa da Cerâmica, efectuamos um pedido para colecta de dados a fim de realizar a


nossa pesquisa, que foi aceite pela Directora da escola em referência.

Ainda nesta frase podemos portanto notar, verificar o movimento e o vestígio do pronome que,
assim como se segue.

i. (…) realizar [NP a nossa pesquisa, [CP i que [IP foi aceite [v] i pela Directora(…)

Movimento
39

Em (10.g) a frase é agramatical pelo facto do sintagma nominal posterior do complementador


relativo cujo sendo antecedido pelo pronome possessivo seu, conforme vimos anteriormente
entre o cujo e o termo possuído não se pode empregar nenhuma palavra.

Assim, teríamos a nossa frase em g da seguinte maneira:

j. O avaliado cujo principal papel é ouvinte tem a tarefa de identificar a figura a ser
descrita a partir de um (…)

Podemos portanto, mostrar o vestígio, segundo o modelo wh-movement que adotamos neste
trabalho.

g. [NP o avaliado [CP cujo [IP principal papel é [v] i ouvinte tem a tarefa de (…)

Movimento

Em (10.h) notamos o mesmo erro, temos o uso dum pronome que introduz o termo possuido, o
que não deveria estar acontecer, vamos ter que eliminar a palavra sua e depois mostrar o local
onde o nosso pronome relativo é gerado e apresentar o vestígio.
h. Factores externos são aqueles que proveem do próprio meio ambiente enquanto os
internos são aqueles cuja origem é do próprio organismo.

k. (…) [NP os internos são aqueles [CP cuja [IP origem é [v] i do próprio (…)

Movimento

Em (10.i) encontramos o uso do artigo definido que introduz o sintagma nominal posterior do
relativizador cujo. Com deve-se apagar o artigo. Em seguida mostraremos o vestígio e o
movimento do relativizador.

l. (…) pessoas que têm o mesmo princípio sociocultural que habitam numa determinada
área geográfica cujo organização estrutural dita o seu funcionamento.

i. (…) [NP área geográfica [CP cujo [IP organização estrutural dita [v] i o (...)
40

Movimento

Na frase (10.j) notamos também o desvio nesta frase relacionado com o facto do termo possuído
ser antecedido por uma artigo, algo que não deveria estar acontecer, vamos portanto apagar o
artigo definido o em seguida apresentamos o movimento do relativizador para a posicao do poiso
ou complementador.
j. em princípio, determinada pelos objectivos que pretende atingir tendo em vista a
natureza de alunos cujo ensino se destina.

m. (…)em vista a natureza [NP de alunos [CP i cujo [ IP o ensino se destina [v]i (…)

Movimento

Em (10.k) verificamos também o uso do artigo definido depois do relativizador cujo, ou seja, o
sintagma nominal que é o possuído esta presidido da artigo definido o o que não deveria estar a
ocorrer neste contexto.
Desta forma, vamos apagar o artigo, mostrando como será a estrutura certa frase, no fim
mostraremos o vestígio e o movimento do relativizador.

n. «[…] é uma substância física, uma máquina biológica complexo, cujo funcionamento é
construtor».

k. (…)[plexo, [CP i cujo [IP funcionamento é [v] i(…)

Movimento

3.6. Entradas do pronome que

(12)
41

Todas as frases que estão nesta parte do trabalho, estão conforme as regras porque o antecedente
do pronome relativo que não é locativo, não desempenha funções de complemento oblíquo ou
adjunto adverbial de lugar, mas sim ocorre como sujeito e complemento directo.

Ainda nesta parte do trabalho, vamos indicar os vestígios das frases segundo o wh-movement
conforme a teoria que estamos a seguir no desenvolvimento deste trabalho.

3.6.1. Entradas correctas do relativizador que

a. Foi através das actividades realizadas durante as PP I, II, III, | que | se constatou o
problema central que s

[NP as PP I, II, III, [ i que [ se constatou o problema[v] i

Movimento
b. Aulas Teórias O começa-se por descrever [as aulas teóricas que | tiravam inicio no 2º
semestre de 2009.

Aulas Teórias O começa-se por descrever [NP as aulas teóricas [CP i que [IP tiravam
inicio [v] i no 2º semestre de 2009.

[NP as aulas teóricas [CP i que [IP tiravam inicio [v] i

Movimento

NP

NP CP

D N Spec C

C IP

NP I'

I VP
42

V NP

as aulas teóricas que [-INT] [v] tiravam inicio

c. os seminários também eram os grupos que seriam destríbuidos para as escolas.

os seminários também eram [NP os grupos [ CP que [IP seriam destríbuidos [v] i para as
escolas.

[NP os grupos [ CP que [IP seriam destríbuidos [v] i

Movimento
d. O estudante deveria observar todos os aspectos | que | compõe uma boa aula.

O estudante deveria observar [NP todos os aspectos [CP i que [IP compõe uma boa aula[v]i.

[NP todos os aspectos [CP [IP compõe uma boa aula que]

Movimento

NP

NP CP

D N Spec C

C IP

NP I'

I VP
43

V NP

todos aspectos que [-INT] [v] compõe uma boa aula

e. É dentro da escola que se aprendem as bases de conhecimento | que | servirão para


sempre.

É dentro da escola que se aprendem as bases [NP de conhecimento [CP i que [IP servirão
[v]i para sempre].
[NP de conhecimento [CP i [IP servirão que para sempre].

[NP de conhecimento [CP i que [IP servirão [v]i para sempre].

Movimento
f. Quando se fala de aula a primeira ideia | que | aparece é do professor em frente dos alunos

Quando se fala de aula [NP a primeira ideia [ CP i que [IP aparece é [v] i do professor em
frente dos alunos

[NP a primeira ideia [ CP [IP aparece é que] i

[NP a primeira ideia [ CP i que [IP aparece é [v] i

Movimento

g. , mas acompanhar o caminho | que | o aluno fez, descobriu dificuldades e necessidades e


alterar os rumos se precisa.
44

, mas acompanhar [NP o caminho [CP que [ IP o aluno fez[v] i , descobriu dificuldades e
necessidades e alterar os rumos se precisa.
[NP o caminho [CP [ IP o aluno fez que [v]

Agora vamos a mostrar o movimento do relativizador que para a posicao de complementador,


depois indicaremos o vestígio deixado pelo o que. Em seguimos teremos a estrutura de arvore da
frase para melhor se comprender o processo de relativizacao da frase.

(…) [NP o caminho [CP i que [ IP o aluno fez[v] i(…)

Movimento

NP

NP CP

D N Spec C

C IP

NP I'

I VP

V NP

o caminho que [-INT] o aluno fez [v]


45

3.6.2. Entradas desviadas do morfema que

h. o professor tem o papel fundamental, neste processo em | que | ajuda o aluno a ultrapassar
as dificuldades ou obstáculos no caminho.

O verbo ajudar nesta frase esta reger a preposição em, isso torna o desvio o processo de
relativização, neste contexto deveríamos ter a regência da preposição a porque se trata duma
conjugação perifrástica. E a estratégia canónica de relativização diz que o movimento do
pronome relativo deve ser feito com a preposição quando o verbo rege a preposição.

i. o professor tem o papel fundamental, [NP neste processo em [CP i que [IP ajuda[v] i o
aluno a ultrapassar as dificuldades] ou obstáculos no caminho.

[NP neste processo [CP i [IP ajuda a que [v] o aluno a ultrapassar as dificuldades]

[NP neste processo a [CP i que [IP ajuda [v] o aluno a ultrapassar as dificuldades]

Movimento

j. Caracterização física da escola A Escola Primária Completa de Mutauanha possui


edifícios | que | dispõem de passeios, janelas, portas.
46

Nesta frase, o desvio esta relacionado com a estratégia canónica de relativização, neste caso ao
se mover o relativizador quando antecedido por uma preposição na estrutura profunda, deve
sofrer o movimento junto com a preposição sempre atrás do relativo.

Caracterização física da escola [A Escola Primária Completa de Mutauanha possui [NP edifícios
[ CP que | [IP dispõem de [v] i passeios, janelas, portas.

[NP edifícios [ CP | [IP dispõem de que [v] i passeios, janelas, portas.

[NP edifícios de [ CP que [IP dispõem [v] i passeios, janelas, portas.

Movimento
superlotação dos alunos na sala de aulas | que | não permitia formar grupos inferiores

superlotação dos alunos [NP na sala de aulas [CP i que [IP não permitia formar grupos[v] i
inferiores

[NP na sala de aulas [CP [IP permitia formar grupos onde [v]

[NP na sala de aulas [CP i onde [IP permitia formar grupos [v] i

Movimento

Quanto ao uso do morfema que, notamos o desvio em que se estava usar o morfema que no lugar
de onde com isso a forma correcta era de se substituir o que com o relativizador onde

a. Dois anos depois inaugurou-se o ginásio e o pavilhão que actualmente é designado


“pavilhão comboio” composto por [5 salas de aulas, que | nessas salas de aula funciona o
magistério primário
47

[NP 5 salas de aulas, [CP i [ IP nessas salas de aula funciona que]

[NP 5 salas de aulas, [CP i que [ IP nessas salas de aula funciona [v] i

[NP 5 salas de aulas, [CP i onde [ IP nessas salas de aula funciona[v]i

b. Edifícios Escolares A Escola em referência possui cinco blocos de salas de aulas


perfazendo [NP quinze salas e um bloco [CP que [ IP serve de biblioteca[v]i onde
funciona a direcção da escola.

Edifícios Escolares A Escola em referência possui cinco blocos de salas de aulas perfazendo
[NP quinze salas e um bloco [CP que [ IP serve de biblioteca[v]i onde funciona a direcção da
escola.

(…) [NP um bloco [CP [IP serve de biblioteca onde ](…)

[NP um bloco [CP onde [IP serve de biblioteca [v] i

c. As PP’s foram e são indispensáveis para o futuro professor conhecer o meio | que | o
espera, por estas, as PPs,
As PP’s foram e são indispensáveis para o futuro professor conhecer [NP o meio [ CP i
em que [IP o espera[v] i, por estas, as PPs,

[NP o meio [ CP i em que [IP o espera[v] i


48

d. Caracterização física da escola A Escola Primária Completa de Mutauanha possui


edifícios que dispõem de passeios, janelas, portas.

Caracterização física da escola A Escola Primária Completa de Mutauanha possui [NP


edifícios [CP que [IP dispõem de[v] i passeios, janelas, portas.

Caracterização física da escola A Escola Primária Completa de Mutauanha possui [NP


edifícios [CP de que [IP dispõem [v] i passeios, janelas, portas.

[NP edifícios [CP [IP dispõem de que ]passeios, janelas, portas.

(…) [NP edifícios [CP de que [IP dispõem [v] i(…)

e. Escola Secundária de Napipine e Namicopo | que | consistiram na observância de alguns


asp

[NP Escola Secundária de Napipine e Namicopo [CP que [IP consistiram [v] i na
observância de alguns asp

O verbo consistir rege a preposicao em, nesta frase temos o ocorrência da estratégia cortadora em
que se omite a preposicao.

[NP Escola Secundária de Napipine e Namicopo [CP [IP consistiram em que]


49

[NP Escola Secundária de Napipine e Namicopo [CP em que [IP consistiram [v] i na
observância de alguns(…)

[NP Escola Secundária de Napipine e Namicopo [CP em que [IP consistiram [v] i

f. Gerir conflitos [na sala de aulas | que | envolvem estudantes entre sí;

Gerir conflitos [NP na sala de aulas [CP i que [IP envolvem estudantes [v]i entre sí;

[NP na sala de aulas [CP i [IP envolvem estudantes onde] entre sí;

[NP na sala de aulas [CP i onde [IP envolvem estudantes [v] i entre sí;

Foi construído [o 1º edifício [ que [ foi baptizado []com o nome de " centro soc

Foi construído [NP o 1º edifício [CP i que [ IP foi baptizado [v] i com o nome de " centro soc

(…) [NP o 1º edifício [CP i [ IP foi baptizado que] (…)

(…) [NPo 1º edifício [CP i que [ IP foi baptizado [v] i(…)

g. ação que falta noutra parte da escola, [Que [ se crie mecanismo] para adquirir um portã
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ação que falta [NP noutra parte da escola, [CP i Que [IP se crie mecanismo[vi] para adquirir
um portã

ação que falta [NP noutra parte da escola, [CP i onde [IP se crie mecanismo[vi] para adquirir
um portã

[NP noutra parte da escola, [CP i onde [IP se crie mecanismo[vi]

movimento

Nas frases (12.f. e h) Notemos o uso portanto do relativizador que num contexto inapropriado
por isso optamos em substituir com morfemas adequados e apropriados ao contexto. Em (f) o
antecedente (na sala de aulas) tem valor locativo não deveria ocorrer com o morfema que, neste
caso optamos em substituir o relativizador que com onde. Assim, passamos ater a seguinte
expressão [CP na sala de aulas i onde [IP envolvem estudantes]
51

CAPITULO IV

Metodologia do trabalho
O presente trabalho está relacionado a linguagem usada por alguns estudantes, conforme
mostram algumas frases das práticas pedagógicas, para a recolha da informação, usamos as
informações escritas que fomos fornecidos pelo Mestre Wache, docente da cadeira, um material
que constituiu o nosso corpus composto por 10 mil palavras e 565 frases, onde optamos em
trabalhar com 59 (cinquenta e nove frases) para termos o trabalho excelente.

A causa que nos fez usarmos o material fornecido pelo mestre, alem de irmos ao campo na busca
de dados, foi o facto de os alunos do ensino geral já se encontrarem de férias, com isso o docente
facultou nessa informação. Na verdade, é que o mestre tinha orientado que fossemos ao campo e
trabalhar com os alunos produzirem redacção mas com o objectivo de usarem os pronomes
relativos nos seus textos, e o número de palavras que se pretendia era também de 10 mil
palavras. O terceiro e o ultimo capitulo, esta reservado a analise dos dados sobre as construções
relativas introduzidas por morfemas onde, cujo e que, produzidas por alguns falantes no corpus
que o docente Wache forneceu, este capitulo compreende três secções, correspondendo a
diferentes contextos frasicos de uso destes três introdutores das construções relativas e no final
de a cada secção procuramos interpretação as construções agramaticais.
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Conclusão
Procuramos ao longo do nosso presente trabalho, tratar sobre o tema Estudo de relativização
segundo a hipótese wh-movement: dos morfemas onde, cujo e que Analise de Corpus. Estamos
mais preocupados em descrever e explicar as construções relativas introduzidas pelas expressões
onde, cujo e que, por vezes tem ocorrido de forma desviante relativamente ao português europeu
que e o modelo padrão. Durante o desenvolvimento do trabalho, iremos procurar corrigir as
construções que estiverem erradas conforme o português europeu, assim como também
explicaremos aquelas orações em que o relativizador esta bem usado naquele contexto,
procurando relacionar sempre todas as frases as erradas e as correctas com o modelo wh-
movement. Desta forma, vamos nos preocupar mais na parte de análise com o antecedente do
pronome relativo em estudo em seguida vamos apresentar a ocorrência do movimento da posição
de origem do relativizador para posição de sintagma complementador ou poiso, indicaremos
também o vestígio deixado pelo pronome relativo que origina sob o domínio do IP. Contudo, o
presente estudo, incide na análise das construções relativas em análise relacionando-as com a
hipótese movimento-Q designado por wh-movement que foi desenvolvimento pelo Chomsky
(1977) como o desenvolvimento do modelo tradicional

Tivemos como objectivos geral (i) conhecer o processo de relativização dos morfemas onde, cujo
e que; (ii) conhecer o modelo wh-movement da teoria das construções relativas; especificas (iii)
definir o modelo wh-movement, (iv) explicar as propriedades morfemas onde, cujo e que; (v)
analisar as frases do corpus segundo o modelo wh-movement; (vi) explicar o antecedente do
pronome relativo ou o termo posterior.
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Bibliografia
WACHE, F. M. O Português em (de) Moçambique: Áreas de Ruptura, editora Real Design,
Maputo, 2018

LINDONDE, L. M. As Relativas Obliquas de Locativo no Português de Moçambique, editora


educar, Tete, 2018

SILVA, H.S. Aprendizagem do Pronome Cujo: Reflexões sobre a escrita. São Pulo, 2007

KENEDY, E. Aspectos estruturais da relativização em português – uma análise baseada no


modelo raising, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2002

CANSIAN, G. L. & PORRUA, R. P. D. Português, Escola técnica do Brasil, Curitiba, 2011

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