Um jogo de dominó possui 28 peças com duas pontas numeradas de zero a seis, independentemente, de modo que
cada peça seja única, conforme ilustra a Figura 1.
0
Peça 6|0
6
Figura 1
Mão do
jogador
Mesa de jogo
à frente
Mão do
jogador Mão do
à esquerda jogador
à direita
Sua mão
Figura 2
No jogo da Figura 2 (acima), é a sua vez de jogar e você constatou que o jogador à sua direita não possui peças com
ponta 5 e o jogador à sua frente não possui peças com ponta 0. Você analisou todas as possíveis configurações de peças
que os jogadores podem ter em suas mãos e decidiu jogar de modo a garantir que uma das pontas livres da mesa só
possa ser usada por uma peça de sua posse, e que esta será a sua última peça em mão. Ao utilizar essa estratégia:
a) Quantas configurações de peças nas mãos dos jogadores garantem a vitória do jogo a você?
b) Essa quantidade corresponde a qual percentual do total de configurações possíveis?
Observação:
• A ordem das peças na mão de um jogador não importa.
Resolução:
a) O conjunto das peças que estão nas mãos dos outros jogadores é 3|2, 4|0, 4|1, 5|0, 5|1, 5|4, 6|0, 6|5. Pelas restrições,
necessariamente, a peça 5|0 deve estar na mão do jogador à esquerda. Considerando que eu devo jogar de modo a garantir
que uma das pontas livres da mesa só possa ser usada por uma peça da minha posse, eu devo encaixar a peça 6|2 na peça
6|3 , deixando as duas pontas livres com o número 2 . Para que eu tenha garantida a vitória, basta que a peça 3|2 não esteja
na mão do jogador à esquerda. Com a peça 3|2 na mão do jogador à direita, o número de configurações é 6 , sendo duas em
que ele tem apenas uma peça com o número 0 e quatro em que ele tem duas peças com o número 0 . Com a peça 3|2 na
mão do jogador à frente, o número de configurações é 3. Assim, ao todo, 6 3 9 configurações garantem a minha vitória.
b) Além das 9 configurações que fazem com que eu tenha a vitória garantida, há apenas outra configuração possível. Esta ocorre
na hipótese de o jogador à esquerda ter as peças 5|0 e 3|2. Com isso, há, ao todo, 10 possíveis configurações. Assim, a
quantidade de configurações que garantem a minha vitória corresponde a 90% do total de configurações possíveis.
Questão 02
Definimos a função : ⟶ da seguinte forma:
f 0 0
f 1 1
f 2n f n , n 1
f 2n 1 f n 2 log 2 n , n 1
Determine ( (2019)).
Observação: k é o maior inteiro menor ou igual a k.
Resolução:
f :
f 0 0
f 1 1
f 2n f n
f 2n 1 2 f n
log 2 n
Se 2m n 2m 1 , então log 2 n m.
f 2019 2 log 2 1009
f 1009
2 2 9 log 2 504
f 504
2 2 f 252
9 8
29 2 8 f 126
29 2 8 f 63
29 2 8 2 log 2 31
f 31
2 2 2 2
9 8 4 log 2 15
f 15
29 2 8 2 4 23 2 log 2 7
f 7
2 2 2 2 2 2
9 8 4 3 2 log 2 3
f 3
2 2 2 2 2 2 2
9 8 4 3 2 1 log 2 1
f 1
2 2 2 2 2 2 2 1
9 8 4 3 2 1 0
800
f f 2019 f 800
f 400
f 200
f 100
f 50
f 25
2 f 12
log 2 12
2
23 f 6
23 f 3
23 2 f 1
log 2 1
2 2 1
3 0
8 11
10
Questão 03
Dadas as funções definidas nos reais :
f1(x) = ex, f2(x) = sen(x), f3(x) = cos(x), f4(x) = sen(2x) e f5(x) = e–x.
Mostre que existe uma única solução a1, a2, a3, a4, a5, tal que:
a1f1(x) + a2f2(x) + a3f3(x) + a4f4(x) + a5f5(x) seja a função constante nula, onde a1, a2, a3, a4, a5, .
Resolução:
Definindo
F x a1e x a2sen x a3 cos x a4 sen 2 x a5e x
Deseja-se calcular a1, a2, a3, a4, a5 para que F(x) seja identicamente nula.
F
4
x a1e x a2 sen x a3 cos x 16 a4 sen 2 x a5e x
F
4
x F x 15 a4 sen 2 x 0 (Identicamente nula)
a4 0
F x a1e x a2 sen x a3 cos x a4 sen 2 x a5e x , com a4 0
F x a1e x a2 sen x a3 cos x a5e x
F
2
x a1e x a2 sen x a3 cos x a5e x
F
2
x F x 0 2 a2 sen x 2a3 cos x 0
a2 a0 0.
F x F x 0 2a1e x 2a5e x 0 a1 a5 0
2
F x 0 a1 a2 a3 a4 a5 0
Questão 04
complexo Z .
Resolução:
a Z cos b
Seja Z a bi Z cis tg I
b Z sen a
Logo, tem-se Z a bi Z cis .
Do enunciado, log 3 2 Z 2 Z 1 2
2Z 2Z 1 9
2 a bi 2 a bi 1 9
4a 8 a 2
2Z 2 Z cis
Seja W W 2cis 2cis 2
Zi 2 2
Z cis cis
2
3
Do enunciado:
3 3 5 5
arg W 2 2
4 2 4 4 8 2 8
2tg
8 1
Tem-se que tg tg 2
4 8
1 tg 2
8
tg 2 2tg 1 0
8 8
2 2 2
4 4 8 tg . Como tg 0 tg 2 1
8 2 8 8
Tem-se tg tg cotg
2 8 8
Em I , tem-se b a tg
2 2 2 1
b 2 cotg
8 2 1
2 1
2
2 1
Portanto, Z 2 2 2 1 i
Questão 05
Mostre que os números 16, 24 e 81 podem pertencer a uma PG e obtenha a quantidade de termos dessa PG, sabendo
que seus elementos são números naturais.
Resolução:
Seja uma PG com razão q, cujos elementos são números naturais. Provemos que 16, 24 e 81 podem ser termos de uma
PG desse tipo.
Da teoria de PG, tem-se:
4
81 34 3
I. 81 16 q a q a
16 24 2
1
24 23 3 3
II. 24 16 q b q b
16 23 2 2
3
81 33 3 3
III. 81 24 q c q c
24 23 3 2
3
Dessa forma, pode-se afirmar que q , com a = 4, b = 1 e c = 3.
2
Vejamos se há termos menores que 16 nessa PG:
16 16 32
x x 16 é o 1º termo da PG a1 16
q 3 3
2
2
3
a5 16q 4 54 81
2
3 243
a6 16q 5 81 a6 Essa PG só tem 5 termos
2 2
Logo, a PG é (16, 24, 36, 54, 81).
4
Questão 06
Seja o polinômio q(x) = x4 – 8x3 + 6x2 + 40x + 25 + k que possui valor mínimo igual a – 64, onde k é uma constante real.
Determine as raízes de q(x).
Resolução:
1ª Solução
Analisando a derivada de q(x) é possível verificar os pontos onde ocorrem os máximos e mínimos
q ( x) x 4 8 x 3 6 x 2 40 x 25 k
q '( x) 4 x 3 24 x 2 12 x 40
Por pesquisa de raízes percebemos que –1 é raiz, ou seja, q '(1) 0 .
Desta forma podemos reduzir o grau da equação simplificada de q’(x): x3 6 x 2 3 x 10 0 , através de Briot-Ruffini:
–1 1 –6 3 10
1 –7 10
x 2 7 x 10 0
x 4 8 x3 6 x 2 40 x 39 x2 4x 3
x 4 4 x3 3x 2 x 2 4 x 13
4 x3 3x 2 40 x 39
4 x3 16 x 2 12 x
13 x 2 52 x 39
13x 2 52 x 39
0
As raízes x 2 4 x 13 são:
As raízes de q(x) são, portanto: 2 17,1,3, 2 17
2ª Solução
q ( x) k x 4 8 x3 6 x 2 40 x 25 x 5 x 1
2
q x k x 5 x 1 0
2
q x k
Como o mínimo de q ( x) é 64 , k 64
q x x 1 x 5 82
2
q x x 1 x 5 8 x 1 x 5 8
q x x 2 4 x 3 x 2 4 x 13
4 42 4 13
q x x 1 x 3 x 2 4 x 13 x 2 4 x 13 0 x
2
x 2 17
As raízes de q(x) são, portanto: 2 17,1,3, 2 17
5
Questão 07
Determine todas as soluções da equação
4 sen 2 (7 x) cos(2 x) 2 sen(9 x) 8 sen 2 ( x) 5cos(2 x) 2 sen(5 x) 4
3
no intervalo , 2 .
2
Resolução:
3
4sen 2 (7 x) cos(2 x) 2sen(9 x ) 8sen 2 ( x) 5cos(2 x) 2 sen(5 x) 4, x , 2
2
9 x 5x 9 x 5x
4sen 2 (7 x) cos(2 x) 2 2 sen cos cos(2 x) 0
2 2
cos(2 x) 2sen(7 x) 1 0
2
cos(2 x) 0 ou 2 sen(7 x) 1 0
1
sen(7 x)
2
6
Questão 08
3 5
A reta r é normal à cônica C, de equação 9x2 – 4y2 = 36, no ponto A 3, e intercepta o eixo das abscissas no
2
ponto B. Sabendo que F é o foco da cônica C mais próximo ao ponto A. determine a área do triângulo ABF.
Resolução:
r
–2 2 F B x
–3
dy 9 x
Derivando implicitamente a equação da cônica, tem-se que . Com isso, o coeficiente angular da reta normal à cônica no
dx 4 y
4 yA 2 5 2 5 y 0
ponto A, que é a reta r, é tal que mr , ou ainda, mr . Sendo B ( xB , 0) , tem-se que A , o que
9 xA 9 9 x A xB
39
implica xB , considerando que F = (c, 0), tem-se que c2 = 4 + 9, ou ainda c 13 . Desse modo, xF 13 . Com isso, sendo S
4
( x xF ) y A
a área do triângulo ABF, S B
2
3
39 4 13 5 .
16
Questão 09
30º e que
Uma corda CD corta o diâmetro AB de um círculo de raio R no ponto E. Sabendo que o ângulo ABC
EC R 2 , calcule a medida do segmento ED .
Resolução:
R 3
R 2
A 30°
B
R O E y
30º , tem-se que o ponto E deve estar entre O e B, conforme a figura, pois EC R 2 R OC .
Dado que EC R 2 e ABC
Caso contrário, teríamos EC R .
3
Dado que AB é diâmetro ∆ABC é retângulo em C. Desta forma, BC AB cos30 2 R R 3.
2
7
Seja EB y AE 2 R y . No ∆BEC, tem-se:
– Lei dos cossenos
2 2 2
EC EB BC 2 EB BC cos 30º
3
( R 2) 2 y 2 ( R 3) 2 2 y R 3
2
2 R 2 y 2 3R 2 3Ry
y 2 3Ry R 2 0
9 R 2 4 R 2 5R 2
3R 5 R
y
2
Descartando a solução , pois y < 2R:
3 5
y R EB
2
43 5 1 5
AE 2 R y R R
2 2
Dadas as cordas AB e CD , tem-se a seguinte Potência de Ponto:
AE EB EC ED
1 5 3 5
R R R 2 ED
2 2
3 5 3 5 5
2 ED R
4
2 52
2 ED R
4
ED
10 2
R
2 5 1R
4 4
Questão 10
Um cubo com diagonal principal AG é interceptado pelo plano α, perpendicular à AG , formando uma seção
hexagonal regular. Calcule, em função da aresta a do cubo:
a) o apótema dessa seção hexagonal;
b) o raio da esfera que é tangente a essa seção e às faces do cubo que contém o vértice A.
Resolução:
a) Observe a figura.
F
H
A
E
O
G
D B O’
C
8
Os vértices da secção devem ser os pontos médios das respectivas arestas a que pertencem. O ponto O é o centro do hexágono
e do cubo, o ponto O’ é a projeção de O sobre a face inferior do cubo e B é o ponto médio de CD . Com isso,
a a 2
OO ' e O'B .
2 4
2
a a 2
2
2 a 6
Assim, OB , o que implica OB .
2 4 4
a 6
Portanto, o apótema da secção é .
4
b) Observe a figura.
F
H
A
J’ O
I
G
D B
C
a 3 a 6
Na figura, JO JJ ' R , sendo R o raio da esfera. Sabe-se que AO . Com isso, já que OB , no
2 4
2 2
2 a 3 a 6 3a 2
AOB , AB , o que implica AB . Com a semelhança dos triângulos AOB e AJ’J, observa-se
2 4 4
a 6 3a 2
OB AB 4 4
que , ou ainda .
R AO R R a 3
R
2
3 3
Disso, conclui-se que R a.
4
9
RASCUNHO
10
RASCUNHO
11
Matemática
Anderson
Ney
Rodolfo
Salviano
Colaborador
Cirillo Sales
Digitação e Diagramação
Márcia Santana
Pollyanna Chagas
Revisor
Celso Faria
Desenhista
Rodrigo Ramos
Projeto Gráfico
Vinicius Ribeiro
Supervisão Editorial
Aline Alkmin
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