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1) Tomando como base o texto de Terry Eagleton, apresente e problematize duas

propostas de definição de literatura.

Primeira definição de literatura: defini-la como escrita “imaginativa”, no sentido


de ficção, porem tal fato não é totalmente verídico, pois, a distinção entre facto e ficção
pode ser questionável; ao exemplo dos romances e dos jornais que não eram claramente
fatuais ou fictícios, há obras que são lidas como um e de outro jeito. Outro exemplo são
os quadrinho do Super homem que são ficção, mas não são considerados literatura. E
levanta se o questionamento do porque a literatura pode ser criativa e imaginativa e a
história, filosofia e as ciências naturais não.
Segunda definição de literatura: Estranhamento ou desfamiliarização, que é a
distinção entre a linguagem literária e a linguagem comum que deforma está de várias
maneiras. A linguagem comum era ampliada e intensificada no texto literário tornando a
“estranha” e não familiar ao mundo cotidiano. Como oposição há opinião da
“estranheza” é a de que todos os tipos de escrita podem se tornar estranhas se forem
bem trabalhadas; como o exemplo da placa do metro e outras que se for observar seu
vocábulo ela pode se tornar estranha também.

2) O que vem a ser a “morte do autor” sugerida por Barthes e quais são seus
desdobramentos (2) na forma de analisar o texto literário.

A “morte do autor” vem a ser uma pluralidade indenitária, pra ela é a destruição de toda
voz e, de toda origem inclusive a do corpo que escreve. Quando alguém para o Barthes
escreve, não conseguimos mais responder a pergunta: Quem fala aqui? Porque quem
fala aqui não é mais o autor é a linguagem. Para Barthes o escritor nasce com o texto.
Quando a pessoa começa a escrever é como se a pessoa empírica fosse destruída, ela se
torna um ser de papel. Existe um distanciamento entre o ser perecível e aquilo que ele se
torna quando vira escritor.
O que muda no momento de analisar um texto literário é a identificação do
personagem com o autor, a tentativa de relacionar no texto as características destes com
a vida pessoal de quem o escreve. Outro desdobramento que se pode perceber é a
ascensão do leitor; o texto e feito de escrituras múltiplas saídas de várias culturas que se
entram em diálogos e, o leitor é capaz de reunir essas multiplicidades.
3) Explique como a abordagem de Stanley Fish abala concepções tradicionais da
literatura.

Stanley Fish ao comentar sobre os traços distintivos abala as concepções de


literatura, pois ele menciona que não são estes que faz com que se reconheça um poema
como tal. Ele não gosta dessa ideia de senso comum, para ele um poema ser
reconhecido por sua linguagem e características não o faz assim. São os atos de
reconhecimento que vem antes que o torna como poema, ao saber que estar lidando com
o poema que os traços distintivos aparecem. Ao perceber que aquele texto que está ali
inserido é uma poesia isso faz com que o indivíduo já o leia assim, com “olhos-de-ver-
poesia”.

4) Explique por que o “leitor” em Barthes e Stanley Fish não é uma categoria
meramente subjetiva e individual.

Para Barthes o leitor é um homem sem história, sem biografia, sem psicologia; é
apenas esse alguém que tem reunido num mesmo campo todos os traços que constituem
o escrito, o que faz dele um ser não individual, mas subjetivo. Para Fish o “eu” que
realiza o trabalho interpretativo e que dá vida aos poemas é um público e não um
indivíduo isolado.

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