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2) O que vem a ser a “morte do autor” sugerida por Barthes e quais são seus
desdobramentos (2) na forma de analisar o texto literário.
A “morte do autor” vem a ser uma pluralidade indenitária, pra ela é a destruição de toda
voz e, de toda origem inclusive a do corpo que escreve. Quando alguém para o Barthes
escreve, não conseguimos mais responder a pergunta: Quem fala aqui? Porque quem
fala aqui não é mais o autor é a linguagem. Para Barthes o escritor nasce com o texto.
Quando a pessoa começa a escrever é como se a pessoa empírica fosse destruída, ela se
torna um ser de papel. Existe um distanciamento entre o ser perecível e aquilo que ele se
torna quando vira escritor.
O que muda no momento de analisar um texto literário é a identificação do
personagem com o autor, a tentativa de relacionar no texto as características destes com
a vida pessoal de quem o escreve. Outro desdobramento que se pode perceber é a
ascensão do leitor; o texto e feito de escrituras múltiplas saídas de várias culturas que se
entram em diálogos e, o leitor é capaz de reunir essas multiplicidades.
3) Explique como a abordagem de Stanley Fish abala concepções tradicionais da
literatura.
4) Explique por que o “leitor” em Barthes e Stanley Fish não é uma categoria
meramente subjetiva e individual.
Para Barthes o leitor é um homem sem história, sem biografia, sem psicologia; é
apenas esse alguém que tem reunido num mesmo campo todos os traços que constituem
o escrito, o que faz dele um ser não individual, mas subjetivo. Para Fish o “eu” que
realiza o trabalho interpretativo e que dá vida aos poemas é um público e não um
indivíduo isolado.