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Sumário
7. EXEMPLO DE UM PROJETO PREDIAL ......................................................................................................... 4
7.1 Iluminação ................................................................................................................................................................ 4
a) Apartamento Tipo ............................................................................................................................................. 4
b) Área Comum ..................................................................................................................................................... 5
c) Salas Comerciais ............................................................................................................................................... 6
7.2 Pontos de Tomada ..................................................................................................................................................... 6
a) Apartamentos Tipo ............................................................................................................................................ 7
b) Área Comum ..................................................................................................................................................... 8
c) Salas Comerciais ............................................................................................................................................. 10
7.3 Potência Instalada e Potência de Alimentação ....................................................................................................... 11
a) Apartamentos Tipo .......................................................................................................................................... 12
b) Salas Comerciais ............................................................................................................................................. 12
Sala Comercial 01 .................................................................................................................................................. 12
Sala Comercial 02 .................................................................................................................................................. 12
Sala Comercial 03 .................................................................................................................................................. 12
7.4 Cálculo da Demanda Provável do Edifício ............................................................................................................ 12
7.5 Especificação dos Cabos de Entrada e Disjuntores ................................................................................................ 14
a) Critério da Capacidade de Corrente ..................................................................................................................... 14
Entrada da Instalação ...................................................................................................................................... 15
Motor do Elevador .......................................................................................................................................... 16
Cabo de Entrada do Apartamento ................................................................................................................... 17
b) Critério da Queda de Tensão ............................................................................................................................... 18
Cabo de Entrada da Instalação ........................................................................................................................ 18
Cabo do Motor do Elevador ............................................................................................................................ 19
Cabo de Entrada do Apartamento ................................................................................................................... 20
7.6 Separação em Circuitos ......................................................................................................................................... 20
a) Apartamentos Tipo .............................................................................................................................................. 21
b) Área Comum ....................................................................................................................................................... 22
c) Salas Comerciais.................................................................................................................................................. 24
7.7 Divisão em Fases............................................................................................................................................. 26
a) Apartamentos Tipo .............................................................................................................................................. 26
b) Edifício ................................................................................................................................................................ 27
7.8 Iluminação de Emergência .............................................................................................................................. 29
8. PROJETO TELEFÔNICO ............................................................................................................................ 30
9. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ........................................ 33
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7. EXEMPLO DE UM PROJETO PREDIAL
O edifício a ser dimensionado é localizado na cidade de Itajaí - SC, bairro Fazenda. É de suma
importância saber a localização e o tipo de solo da residência para o dimensionamento do sistema de
aterramento. O edifício tem uma área de 2.841,73m² qual está construído em um terreno de
aproximadamente 645,00m², composto por um andar térreo, no qual se localiza três lojas, um andar de
garagem, cinco andares com apartamentos tipo, sendo cada tipo com área de 126,00m², sendo dois
apartamentos por andar, um andar com a casa de máquinas e um andar com o reservatório elevado de
água.
7.1 Iluminação
Para o dimensionamento da potência do ponto de luz que será utilizado em cada cômodo do
edifício, assim como dos apartamentos, utilizou-se o critério da NBR 5410, o qual indica que podem ser
adotados os seguintes critérios:
a) Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m², deve ser prevista uma
carga mínima de 100VA;
b) Em cômodos ou dependências com área superior a 6m², deve ser prevista uma carga
mínima de 100VA para os primeiros 6m², acrescida de 60VA para cada aumento de 4m²
inteiros.
Obviamente, que esses critérios, não são validos para as garagens, sendo nas mesmas,
estipulados os pontos de iluminação pelos projetistas.
Portanto, com base nos itens “a” e “b”, calcularam-se as potências de iluminação para cada
cômodo do apartamento tipo, das salas comerciais, e das áreas comuns do edifício, como esta apresentada
na tabela abaixo:
a) Apartamento Tipo
TIPO
CÔMODOS ÁREAS (m²) ILUMINAÇÃO (VA)
Sala de Estar 48,25 700,00
Cozinha 10,38 160,00
Lavanderia 4,61 100,00
Lavabo 2,25 100,00
Dormitório 1 17,58 220,00
Dormitório 2 12,56 160,00
Dormitório 3 10,31 160,00
Banheiro 1 3,44 100,00
Banheiro 2 4,67 100,00
Circulação 1 5,85 100,00
Potência Total (VA) 1.900,00
Potência Total (W) 1.900,00
4
Observa-se que a potência ativa é a mesma que a potência aparente, pois foi considerado o
pior caso, um fator de potência igual a 1, que é o caso das lâmpadas incandescentes.
b) Área Comum
ÁREA COMUM
CÔMODOS ÁREAS (m²) ILUMINAÇÃO (VA)
Hall Externo 6,11 100,00
Guarita 2,70 100,00
Hall Social 24,49 340,00
Hall Elevadores 16,80 220,00
Circulação 1 8,50 100,00
Sala do Condomínio 14,09 220,00
Escada - Térreo / G1 -- 100,00
Escada - G1 / Tipo 1 -- 100,00
Escada - Tipo 1 / Tipo 2 -- 100,00
Escada - Tipo 2 / Tipo 3 -- 100,00
Escada - Tipo 3 / Tipo 4 -- 100,00
Escada - Tipo 4 / Tipo 5 -- 100,00
Escada - Tipo 5 / Cs de Maq. -- 100,00
Depósito do Condomínio 17,50 220,00
Casa de Bombas 2,16 100,00
Banheiro 1 2,22 100,00
Lixeira -- --
GLP -- --
Garagem Térrea -- 700,00
Garagem 1 -- 1.800,00
Antecâmara - Térrea 3,00 100,00
Antecâmara - G1 3,00 100,00
Antecâmara - Tipo 1 3,00 100,00
Antecâmara - Tipo 2 3,00 100,00
Antecâmara - Tipo 3 3,00 100,00
Antecâmara - Tipo 4 3,00 100,00
Antecâmara - Tipo 5 3,00 100,00
Antecâmara - Casa de Maq. 3,96 100,00
Hall - Tipo 01 9,72 100,00
Hall - Tipo 02 9,72 100,00
Hall - Tipo 03 9,72 100,00
Hall - Tipo 04 9,72 100,00
Hall - Tipo 05 9,72 100,00
Acesso ao Telhado 2,60 100,00
Casa de Máquinas 6,90 100,00
Potência Total (VA) 6.200,00
Potência Total (W) 5.580,00
Como citado anteriormente, não se utilizou o critério da área para a iluminação das garagens. A
as iluminações podem ser distribuídas conforme a necessidade, sendo cada ponto de iluminação de 100 VA
de potência. O mesmo ocorreu para as escadas, considera-se 100 VA para cada andar de escada.
5
Como as lâmpadas do condomínio nem todas são incandescentes, utiliza-se um fator de
potência de 0,90. Sendo a potência ativa menor que a potência aparente.
c) Salas Comerciais
SALA COMERCIAL 01
CÔMODOS ÁREAS (m²) ILUMINAÇÃO (VA)
Sala 86,85 1300,00
Banheiro 3,24 100,00
Potência Total (VA) 1.400,00
Potência Total (W) 1.260,00
SALA COMERCIAL 02
CÔMODOS ÁREAS (m²) ILUMINAÇÃO (VA)
Sala 95,95 1420,00
Banheiro 2,63 100,00
Potência Total (VA) 1.520,00
Potência Total (W) 1.368,00
SALA COMERCIAL 03
CÔMODOS ÁREAS (m²) ILUMINAÇÃO (VA)
Sala 42,69 640,00
Banheiro 2,63 100,00
Potência Total (VA) 740,00
Potência Total (W) 666,00
Como nem todas as lâmpadas das salas comerciais são incandescentes utiliza-se um fator de
potência de 0,90.
Conforme a NBR 5410, em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um
ponto de luz fixo no teto, comandado por um interruptor. Com base nesse item, foram distribuídas as
iluminações, em cômodos onde se viu a necessidade da colocação de mais de um ponto de luz, o mesmo
foi feito, dividindo igualmente a potência total para o ambiente entre os pontos de luz colocados.
a) Apartamentos Tipo
As tomadas de uso específico utilizadas nos apartamentos são as citadas na tabela abaixo:
TIPO
CÔMODOS ÁREAS (m²) PERÍMETRO (m) TUG (VA) TUE (W)
Sala de Estar 48,25 27,70 600,00 --
Cozinha 10,38 13,60 1.900,00 1.480,00
Lavanderia 4,61 -- 600,00 616,00
Lavabo 2,25 -- 100,00 --
Dormitório 1 17,58 18,00 400,00 2.639,00
Dormitório 2 12,56 14,20 300,00 2.639,00
Dormitório 3 10,31 13,00 300,00 --
Banheiro 1 3,44 -- 600,00 4.000,00
Banheiro 2 4,67 -- 600,00 4.000,00
Circulação 1 5,85 -- 100,00 --
Potência Total (VA) 5.500,00 --
Potência Total (W) 4.400,00 15.374,00
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Vale ressaltar que para as TUGs utiliza-se um fator de potência de 0,80 e para as TUEs os
fatores citados na tabela acima.
b) Área Comum
As tomadas de uso específico utilizadas nas áreas comum são as citadas na tabela abaixo:
Como o edifício terá dois elevadores, sendo seus motores trifásicos, pode-se utilizar um fator
de demanda para a determinação da potência dos mesmos. Utiliza-se também duas bombas trifásicas, uma
principal e uma reserva, porém as mesmas nunca funcionaram ao mesmo tempo, deste modo, não se
considera fator de demanda para as bombas. A potência em kVA das TUEs trifásicas é obtida por meio da
seguinte tabela:
Já o portão é monofásico, deste modo, sua potência é determinada por meio da seguinte
tabela:
8
Deste modo, conforme as tabelas apresentadas anteriormente, as potências das TUEs da área
comum são as seguintes:
MOTORES POTÊNCIA (CV) POTÊNCIA (KVA)
2 Bombas de Recalque 5,00 6,02
2 Elevadores 10,00 17,31
Motor de portão 2,00 2,97
Tomada de Emergência -- 0,10
ÁREA COMUM
ÁREAS PERÍMETRO
CÔMODOS TUG (VA) TUE (VA)
(m²) (m)
Hall Externo 6,11 -- -- --
Guarita 2,70 -- 100,00 --
Hall Social 24,49 20,00 400,00 100,00
Hall Elevadores 16,80 -- 100,00 200,00
Circulação 1 8,50 -- 100,00 --
Sala do Condomínio 14,09 15,60 400,00 --
Escada - Térreo / G1 -- -- -- 100,00
Escada - G1 / Tipo 1 -- -- -- 100,00
Escada - Tipo 1 / Tipo 2 -- -- -- 100,00
Escada - Tipo 2 / Tipo 3 -- -- -- 100,00
9
Escada - Tipo 3 / Tipo 4 -- -- -- 100,00
Escada - Tipo 4 / Tipo 5 -- -- -- 100,00
Escada - Tipo 5 / Casa de Maq. -- -- -- 100,00
Depósito do Condomínio 17,50 17,20 400,00 --
Casa de Bombas 2,16 -- 100,00 6.020,00
Banheiro 1 2,22 -- 100,00 --
Lixeira -- -- -- --
GLP -- -- -- --
Garagem Térrea -- -- 800,00 3.370,00
Garagem 1 -- -- 2.000,00 600,00
Antecâmara - Térrea 3,00 -- -- --
Antecâmara - G1 3,00 -- -- --
Antecâmara - Tipo 1 3,00 -- -- --
Antecâmara - Tipo 2 3,00 -- -- --
Antecâmara - Tipo 3 3,00 -- -- --
Antecâmara - Tipo 4 3,00 -- -- --
Antecâmara - Tipo 5 3,00 -- -- --
Antecâmara - Casa de Maq. 3,96 -- -- --
Hall - Tipo 01 9,72 -- 100,00 100,00
Hall - Tipo 02 9,72 -- 100,00 100,00
Hall - Tipo 03 9,72 -- 100,00 100,00
Hall - Tipo 04 9,72 -- 100,00 100,00
Hall - Tipo 05 9,72 -- 100,00 100,00
Acesso ao Telhado 2,60 -- 100,00 100,00
Casa de Máquinas 6,90 -- 100,00 17.310,00
Potência Total (VA) 5.200,00 28.900,00
c) Salas Comerciais
As tomadas de uso específico que foram utilizadas nas salas comerciais foram as do ar
condicionado, sendo este de 15.000 BTU, sendo dois na sala comercial 1, dois na sala comercial 2, e um na
sala comercial 3. Além do ar condicionado também se especificou uma tomada para luz de emergência
para cada sala. Deste modo, segue a tabela com as TUEs utilizadas:
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUEs)
CÔMODOS EQUIPAMENTOS POTÊNCIA (W) FP POTÊNCIA (VA)
1. Salas Ar condicionado 4.398,00 0,80 5.497,50
Comerciais Tomada Emergência 90,00 0,90 100,00
Deste modo, a tabela das tomadas das salas comerciais é a seguinte:
SALA COMERCIAL 01
CÔMODOS ÁREAS (m²) PERÍMETRO (m) TUG (VA) TUE (VA)
Sala 86,85 47,20 1.000,00 11.095,00
Banheiro 3,24 -- 100,00 --
Potência Total (VA) 1.100,00 11.095,00
Potência Total (W) 880,00 8.886,00
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SALA COMERCIAL 02
CÔMODOS ÁREAS (m²) PERÍMETRO (m) TUG (VA) TUE (VA)
Sala 95,95 47,70 1.000,00 11.095,00
Banheiro 2,63 -- 100,00
Potência Total (VA) 1.100,00 11.095,00
Potência Total (W) 880,00 8.886,00
SALA COMERCIAL 03
CÔMODOS ÁREAS (m²) PERÍMETRO (m) TUG (VA) TUE (VA)
Sala 42,69 26,30 600,00 5.597,50
Banheiro 2,63 -- 100,00
Potência Total (VA) 700,00 5.597,50
Potência Total (W) 560,00 4.488,00
O fator de demanda para o somatório da potência de iluminação de das TUG é dado por meio
da tabela a seguir:
11
3 56
4 48
Fonte: COBEI.
a) Apartamentos Tipo
Conforme descrito acima, calculou-se a potência instalada e de alimentação para os
apartamentos tipo do edifício em questão:
Já a potência de alimentação é:
b) Salas Comerciais
Sala Comercial 01
A potência instalada da sala comercial 01 é:
Já a potência de alimentação é:
Sala Comercial 02
A potência instalada da sala comercial 02 é:
Já a potência de alimentação é:
Sala Comercial 03
A potência instalada da sala comercial 03 é:
Já a potência de alimentação é:
13
Sendo: B – demanda referente à iluminação das áreas comuns, aplicando alguns fatores de
demanda:
100% para os primeiros 10 kW
25% para as cargas acima de 10kW (FP=0,9)
Para o edifício em questão, o fator “E” é igual à zero, pois não se tem no prédio nenhuma carga
especial.
Já o fator “G” sim se tem, pois se refere as três lojas comerciais que existem no pavimento
térreo do edifício, como são somente três lojas comerciais, não se utiliza fator de demanda, deste modo,
sua carga ref erente à iluminação, TUGs e TUEs é considerada por inteiro. Sendo este fator com o seguinte
valor:
Com todas as variáveis já calculadas e definidas, enfim, pode-se calcular o fator de demanda
do edifício.
14
Entrada da Instalação
Sendo “S” a demanda provável já calculada em VA e “VL” a tensão de linha que será fornecida,
neste caso 380V. Deste modo:
Com a corrente já calculada, pode-se especificar o disjuntor de entrada, o qual no caso seria
um de 200 A. Para determinar o cabo, recorre-se a tabela 36 da NBR 5410:2004 e verifica-se qual bitola
suporta uma corrente de 181,12A.
A coluna que deve ser utilizada para especificar o cabo de entrada é a coluna B1,
considerando a entrada três condutores. Deste modo, observa-se a tabela a seguir:
15
Observando-se a tabela, nota-se que se deve utilizar um cabo bom bitola de 95mm² para a
entrada da instalação. Portanto, de forma resumida:
CORRENTE (A) 181,12
CABO (mm²) 95,00
DISJUNTOR (A) 200
Motor do Elevador
O critério da capacidade de corrente leva em consideração a potência do elevador. Por meio
desta, calcula-se a corrente que o elevador utilizará, ponderando-a por um coeficiente de segurança, e
consequentemente recorre-se a uma tabela para especificar o cabo de entrada. A corrente é calculada
conforme a seguinte equação:
17
b) Critério da Queda de Tensão
O critério da queda de tensão leva em consideração que pode se perder uma parte da tensão
fornecida pela rede. Esta queda é calculada por meio das seguintes equações:
A porcentagem de tensão que pode se perder entre a rede de distribuição (poste) e o quadro
geral de disjuntores do edifício é de 3% e a maior tensão que é utilizada no edifício será de 380V. Deste
modo:
18
Nota-se pela tabela que o cabo por este critério seria de 16mm². Quando comparando com o
cabo especificado pelo critério da capacidade de corrente, apresenta-se muito inferior. Portanto utiliza-se o
cabo de 95,00mm².
Capacidade de Corrente (mm²) 95,00
Queda de Tensão (mm²) 16,00
Cabo Utilizado (mm²) 95,00
A corrente do elevador é calculada da mesma maneira que foi calculada pelo critério da
capacidade de corrente, porém agora, não se majora a mesma, portanto a corrente será:
19
Com este valor já calculado, analisa-se a tabela apresentada acima, e determina-se o diâmetro
do condutor, pelo critério da queda de tensão.
Portanto, a área do condutor pelo critério da queda de tensão é de 4,00mm². Comparando com
a bitola encontrada no critério da capacidade de corrente, tem-se:
Capacidade de Corrente (mm²) 2,50
Queda de Tensão (mm²) 4,00
Cabo Utilizado (mm²) 4,00
Considerando que o disjuntor especificado pelo critério da capacidade de corrente foi de 50A,
portando considera-se que a corrente (I) seja igual a 50A. Já o comprimento L, refere-se ao comprimento
entre a saída dos fios do disjuntor geral do condomínio até a entrada no quadro de disjuntores do
apartamento. O apartamento que se considera, é o mais desfavorável, portanto, o do último andar mais
longe do disjuntor geral do condomínio. Portanto o comprimento (L) é de 31,35m.
Com este valor já calculado, analisa-se a tabela apresentada acima, e determina-se o diâmetro
do condutor, pelo critério da queda de tensão.
Portanto, a área do condutor pelo critério da queda de tensão é de 10,00mm². Comparando
com a bitola encontrada no critério da capacidade de corrente, tem-se:
Capacidade de Corrente (mm²) 10,00
Queda de Tensão (mm²) 10,00
Cabo Utilizado (mm²) 10,00
20
d) De produção – por exemplo, minimizando as paralisações resultantes de uma ocorrência;
e) De manutenção – por exemplo, facilitando ou possibilitando ações de inspeção e de
reparo.
Além das exigências já citadas, existem algumas regras básicas para serem seguidas:
a) Separar os circuitos de iluminação e tomadas;
b) Recomendam-se pelo menos dois circuitos para iluminação e dois circuitos para TUGs;
c) Cada TUG deve ter aproximadamente 8 pontos, tendo no máximo 4400VA;
d) Cada circuito de iluminação deve ter aproximadamente 8 pontos, não ultrapassando
2200VA;
e) Para as TUEs quando a corrente do equipamento for superior ou igual a 10A, esta TUE
deve ser um circuito;
a) Apartamentos Tipo
Como recomendado, utilizam-se dois circuitos para a iluminação dos apartamentos tipo,
dividindo os cômodos dos mesmos conforme tabela a seguir:
Conforme citado, as TUEs que apresentam corrente maior que 10A e consequentemente
necessitam de um circuito somente para elas, são as apresentadas a seguir:
Já as TUEs que apresentam potência menor que 2200VA e as TUGs dos cômodos, foram
divididas conforme apresentado a seguir:
21
Sendo: S – Potência (VA);
V – Tensão (V)
Desta forma, foi calculada a corrente para cada circuito e especificado seu disjuntor, DR caso
seja necessário e seu cabo, conforme a tabela abaixo:
CIRCUITOS S (VA) P (W) I (A) DJ (A) DR (A) CABO (mm²)
1. Chuveiro - BWC 1 4.000,00 4.000,00 20,00 20 20 4,00
2. Chuveiro - BWC 2 4.000,00 4.000,00 20,00 20 20 4,00
3. Ar Cond. - D01 3.298,75 2.639,00 16,49 20 -- 2,50
4. Ar Cond. - D02 3.298,75 2.639,00 16,49 20 -- 2,50
5. Iluminação 1 1.060,00 1.060,00 5,30 10 -- 1,50
6. Iluminação 2 840,00 840,00 4,20 10 -- 1,50
7.TUG 1 2.600,00 2.080,00 13,00 15 20 2,50
8.TUG 2 1.300,00 1.040,00 6,50 10 -- 2,50
9.TUG 3 1.000,00 800,00 5,00 10 -- 2,50
10.TUG 4 600,00 480,00 3,00 10 -- 2,50
11.TUE 2.620,00 2.096,00 13,10 15 16 2,50
Nota-se que para muitas TUGs poderiam ser utilizados cabos de 1,5mm², porém, como
recomendado em norma, utiliza-se de 2,5mm².
Para a especificação do quadro de distribuição, faz-se necessário saber a quantidade de
circuito que saíram do quadro. Conforme a tabela apresentada a seguir, quando existem 11 circuitos, deve-
se deixar um espaço do quadro de distribuição para mais 3 circuitos reservas. Portanto, o quadro de
distribuição dos apartamentos tipo deve ser para 15 circuitos.
b) Área Comum
22
Escada (Tipo 2 / Tipo 3), Escada (Tipo 3 / Tipo 4), Antecâmara (Tipo 03),
Ilum. 7 8 600
Antecâmara (Tipo 4), Hall (Tipo 3), Hall (Tipo 4)
Escada (Tipo 4 / Tipo 5), Escada (Tipo 5 / Cs de Máquinas), Antecâmara (Tipo 5),
Ilum. 8 8 600
Hall (Tipo 5), Acesso ao Telhado, Antecâmara (Casa de Máquinas)
Ilum. 9 Casa de Máquinas 1 100
Conforme citado, as TUEs que apresentam corrente maior que 10A e consequentemente
necessitam de um circuito somente para elas, são as apresentadas a seguir:
Circuito Cômodo Potência (VA)
ELEVADOR 01 Casa de Máquinas 11.540,00
ELEVADOR 02 Casa de Máquinas 11.540,00
BOMBA DE RECALQUE Casa de Bombas 6.020,00
PORTÃO ELÉTRICO Garagem Térreo 2.970,00
Já as TUEs que apresentam potência menor que 2200VA e as TUGs dos cômodos, foram
divididas conforme apresentado abaixo:
Circuitos Cômodos Pontos Pot. (VA)
TUGs 1 Guarita, Hall Social, Sala do Condominio, Banheiro 1 10 1000,00
TUGs 2 Hall Elevadores, Circulação 1, Depósito do Condominio, Casa de bomba 7 700,00
TUGs 3 Garagem Térreo 8 800,00
TUGs 4 Garagem G1 10 1000,00
TUGs 5 Garagem G1 10 1000,00
TUGs 6 Hall Tipos 1, 2, 3, 4, 5, Acesso ao Telhado 6 600,00
TUGs 7 Casa de Máquinas 1 100,00
Hall Social, Hall Elevadores, Escada (Térreo / G1), Garagem Térreo, Escada
(G1 / Tipo 1), Escada (Tipo 1 / Tipo 2), Garagem 1, Hall (Tipo 1), Escada (Tipo
TUEs –
2 / Tipo 3), Escada (Tipo 3 / Tipo 4), Escada (Tipo 4 / Tipo 5), Escada (Tipo 5 / 26 2600,00
Emergência
Casa de Máquinas), Hall (Tipo 1), Hall (Tipo 2), Hall (Tipo3), Hall (Tipo 4), Hall
(Tipo 5), acesso ao telhado
Desta forma, foi calculada a corrente para cada circuito e especificado seu disjuntor e seu
cabo, conforme a tabela abaixo:
CIRCUITO POTÊNCIA (VA) I (A) DJ (A) CABO (mm²)
1. Iluminação 1 980,00 4,90 10 1,50
2. Iluminação 2 800,00 4,00 10 1,50
3. Iluminação 3 620,00 3,10 10 1,50
4. Iluminação 4 900,00 4,50 10 1,50
5. Iluminação 5 1.100,00 5,50 10 1,50
23
6. Iluminação 6 500,00 2,50 10 1,50
7. Iluminação 7 600,00 3,00 10 1,50
8. Iluminação 8 600,00 3,00 10 1,50
9. Iluminação 9 100,00 0,50 10 1,50
10. TUGs 1 1.000,00 5,00 10 2,50
11. TUGs 2 700,00 3,50 10 2,50
12. TUGs 3 800,00 4,00 10 2,50
13. TUGs 4 1.000,00 5,00 10 2,50
14. TUGs 5 1.000,00 5,00 10 2,50
15. TUGs 6 600,00 3,00 10 2,50
16. TUGs 7 100,00 0,50 10 2,50
17. TUEs - Emergência 2.600,00 13,00 15 2,50
18. ELEVADOR 01 11.540,00 19,29 20 2,50
19. ELEVADOR 02 11.540,00 19,29 20 2,50
20. BOMBA DE RECALQUE 6.020,00 10,06 15 2,50
21. PORTÃO ELÉTRICO 2.970,00 14,85 15 2,50
Nota-se que para muitas TUGs poderiam ser utilizados cabos de 1,5mm², porém, como
recomendado em norma, utiliza-se de 2,5mm².
c) Salas Comerciais
Utiliza-se somente um circuito para a iluminação das salas comerciais, devido a pequena
quantidade de pontos e pequena potência, conforme tabela a seguir:
SALA COMERCIAL 1
Circuito Cômodos Pontos Pot. (VA)
Ilum. 1 Sala Comercial 1 e Banheiro 6 1400,00
SALA COMERCIAL 2
Circuito Cômodos Pontos Pot. (VA)
Ilum. 1 Sala Comercial 2 e Banheiro 5 1520,00
SALA COMERCIAL 3
Circuito Cômodos Pontos Pot. (VA)
Ilum. 1 Sala Comercial 3 e Banheiro 3 740,00
Conforme citado, as TUEs que apresentam corrente maior que 10A e consequentemente
necessitam de um circuito somente para elas, são as apresentadas a seguir:
SALA COMERCIAL 1
Circuito Potência (VA)
AR CONDICIONADO 1 5.497,50
AR CONDICIONADO 2 5.497,50
SALA COMERCIAL 2
Circuito Potência (VA)
AR CONDICIONADO 1 5.497,50
AR CONDICIONADO 2 5.497,50
24
SALA COMERCIAL 3
Circuito Potência (VA)
AR CONDICIONADO 1 5.497,50
Já as TUEs que apresentam potência menor que 2200VA e as TUGs dos cômodos, foram
divididas conforme apresentado abaixo:
SALA COMERCIAL 1
Circuito Cômodos Pontos Pot. (VA)
TUGs 1 Sala Comercial 1 6 600,00
TUGs 2 + TUE Sala Comercial 1, Banheiro 6 600,00
SALA COMERCIAL 2
Circuito Cômodos Pontos Pot. (VA)
TUGs 1 Sala Comercial 2 6 600,00
TUGs 2 + TUE Sala Comercial 2, Banheiro 6 600,00
SALA COMERCIAL 3
Circuito Cômodos Pontos Pot. (VA)
TUGs 1 + TUE Sala Comercial 3, Banheiro 8 800,00
Feita a divisão dos circuitos, calculam-se as correntes, para consequentemente a especificação
dos disjuntores e da bitola dos cabos.
A corrente calculada é ponderada por um coeficiente de segurança de 10% além do valor real,
conforme é apresentado na equação a seguir:
Desta forma, foi calculada a corrente para cada circuito e especificado seu disjuntor e seu
cabo, conforme a tabela abaixo:
SALA COMERCIAL 01
CIRCUITO POTÊNCIA (VA) I (A) DJ (A) CABO (mm²)
1. Iluminação 1 1.400,00 7,00 10 1,50
2. TUGs 1 600,00 3,00 10 2,50
3. TUGs 2 + TUE 600,00 3,00 10 2,50
4. AR CONDICIONADO 1 5.497,50 27,49 30 4,00
25
5. AR CONDICIONADO 2 5.497,50 27,49 30 4,00
SALA COMERCIAL 02
CIRCUITO POTÊNCIA (VA) I (A) DJ (A) CABO (mm²)
1. Iluminação 1 1.520,00 7,60 10 1,50
2. TUGs 1 600,00 3,00 10 2,50
3. TUGs 2 + TUE 600,00 3,00 10 2,50
4. AR CONDICIONADO 1 5.497,50 27,49 30 4,00
5. AR CONDICIONADO 2 5.497,50 27,49 30 4,00
SALA COMERCIAL 03
CIRCUITO POTÊNCIA (VA) I (A) DJ (A) CABO (mm²)
1. Iluminação 1 740,00 3,70 10 1,50
2. TUGs 1 + TUE 800,00 4,00 10 2,50
3. AR CONDICIONADO 1 5.497,50 27,49 30 4,00
Nota-se que para TUGs poderiam ser utilizados cabos de 1,5mm², porém, como recomendado
em norma, utiliza-se de 2,5mm².
Para a especificação do quadro de distribuição, faz-se necessário saber a quantidade de
circuito que saíram do quadro. Para a sala comercial 1,2 e 3, conforme a tabela apresentada a seguir,
quando existem menos de 6 circuitos, deve-se deixar um espaço do quadro de distribuição para mais 2
circuitos reservas. Portanto, o quadro de distribuição das salas comerciais 1 e 2 deve ser para 7 circuitos, já
para a sala comercial 3 deve ser para 5 circuitos.
Vale ressaltar que os motores trifásicos não entram na divisão em fases, pois os mesmos são
alimentados igualmente pelas três fases, portanto, os elevadores e a bomba de recalque não entram na
divisão de fases.
a) Apartamentos Tipo
Os apartamentos são bifásicos, como se deve obter um maior equilíbrio entre as fases, dividiu-
se a potência instalada do apartamento em dois, para saber qual deve ser a potência aproximada de cada
fase. Portanto:
26
Deste modo, cada fase, vai alimentar em torno de 10.837,00W de potência. Assim, respeitando
os critérios apresentados anteriormente, os mesmos foram separados conforme apresentado a seguir:
R S
FASES S T
R T
1. Chuveiro - BWC 1 4.000,00
2. Chuveiro - BWC 2 4.000,00
3. Ar Cond. - D01 2.639,00
4. Ar Cond. - D02 2.639,00
5. Iluminação 1 1.060,00
6. Iluminação 2 840,00
7. TUG 1 2.080,00
8.TUG 2 1.040,00
9.TUG 3 800,00
10.TUG 4 480,00
11.TUE 2.096,00
TOTAL 10.855,00 10.819,00
b) Edifício
]Para efetuar a divisão de fases do edifício, transformam-se as potências para watts. Para isso,
utiliza-se um fator de potência para a iluminação de 0,90, para TUGs de 0,80, para as TUEs de emergência
0,90 e para o portão 0,80. Deste modo:
27
Feita a divisão de fases dos apartamentos, sabendo-se que as salas comerciais 1 e 2 são
bifásicas e a sala comercial 3 é monofásica, faz-se a divisão de fases do prédio, com o objetivo de que a
diferença entre a fase mais carregada e a menos carregada seja inferior a 5%.
DIVISÃO EM FASES
Local Apto, Circuito / Fase R S T
Apto 101 10.855,00 10.819,00
Apto 102 10.855,00 10.819,00
Apto 201 10.855,00 10.819,00
Apartamentos
Iluminação 8 540,00
Iluminação 9 90,00
TUGs 1 800,00
TUGs 2 560,00
TUGs 3 640,00
TUGs 4 800,00
TUGs 5 800,00
TUGs 6 480,00
TUGs 7 80,00
TUEs 1 2340,00
Portão 2970,00
ercial Comercial 02 Comercial 01
Iluminação 1 1260,00
TUGs 1 480,00
Sala
TUGs 2 480,00
Ar Condicionado 01 4398,00
Ar Condicionado 02 4398,00
Iluminação 1 1368,00
TUGs 1 480,00
Sala
TUGs 2 480,00
Ar Condicionado 01 4398,00
Ar Condicionado 02 4398,00
Com
Sala
Iluminação 1 666,00
03
TUGs 1 640,00
28
Ar Condicionado 01 4398,00
Como já citado, a diferença de potência em cada fase, não deve ser superior a 5%, portanto,
calcula-se esse erro por meio da seguinte equação:
Como a diferença entre a fase com maior potência e a de menor potência foi menor que 5%, a
divisão entre fases está de acordo com o recomendado pela NBR 5410.
A corrente por circuito de iluminação de emergência não pode ser maior que 12 A; por fiação;
Cada circuito de emergência não pode alimentar mais do que 25 luminárias;
As bitolas dos fios rígidos não podem ser inferior a 1,5 mm2;
O sistema não pode ter uma autonomia menor do que 1 hora de funcionamento, incluindo uma
perda não maior que 10% da sua luminosidade inicial;
Nível mínimo de iluminamento no piso:
o 5 luxes em locais de desníveis (escada);
o 3 luxes em locais planos (corredores, halls);
O fluxo luminoso do ponto de luz deve ser no mínimo de 30 lm;
Luminárias recomendadas: fluorescente (compacta) ou LEDs.
29
8. PROJETO TELEFÔNICO
Para um melhor entendimento do projeto telefônico deve-se compreender dois conceitos
básicos: Tubulação primária e tubulação secundária.
A tubulação primária é a parte que engloba a caixa de distribuição geral, as caixas de
distribuição e as tubulações que as interligam. Já a tubulação secundária é destinada à instalação telefônica
interna do prédio.
O procedimento para determinar todos os elementos de uma instalação telefônica começa
determinando os pontos de utilização, conforme a tabela a seguir:
30
Nº de
Andares
andares
Térreo 2º 5º 8º 11º 14º 17º 20º 23º 26º 29º
Até 2 X
3a4 X X
5 a7 X X X
8 a 10 X X X X
11 a 13 X X X X X
14 a 16 X X X X X X
17 a 19 X X X X X X X
20 a 22 X X X X X X X X
23 a 25 X X X X X X X X X
26 a 28 X X X X X X X X X X
29 a 31 X X X X X X X X X X X
Pontos
Caixa de distribuição Caixa de Caixa de
acumulados
geral - Nº distribuição - Nº passagem - Nº
na caixa
Até 5 3 - 2
De 6 a 21 4 3 3
De 22 a 35 5 4 3
De 36 a 70 6 5 4
De 71 a 140 7 6 5
De 141 a 280 8 7 6
Acima de 280 Sala de distribuição geral e poço de elevação
Correlaciona-se cada número com as dimensões internas das caixas, conforme tabela abaixo,
podendo-se assim detalhar e orçar as mesmas.
Dimensões Internas
Caixas - Nº Profundidade (cm)
Altura (cm) Largura (cm)
1 10 10 5
2 20 20 13,5
3 40 40 13,5
4 60 60 13,5
5 80 80 13,5
6 120 120 13,5
7 150 150 16,8
8 200 200 21,8
31
Por fim, para determinar os diâmetros internos das tubulações, utiliza-se a tabela abaixo,
correlacionando os pontos acumulados em cada trecho e fazendo a correlação com seu diâmetro.
32
9. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Um edifício sempre está exposto aos fatores meteorológicos, sendo eles, sol, chuvas,
descargas atmosféricas, ventos e etc. As descargas atmosféricas é um fator preocupante para a segurança
dos usuários do edifício, e principalmente para os equipamentos elétricos. Sabendo disso, foram
desenvolvidos sistemas de proteção contra as mesmas. Sendo os mais usuais o sistema Franklin, Esfera
Rolante e Faraday.
O conteúdo abaixo segue a norma NBR 5419, porém ainda não está atualizada para a última
versão desta norma, publicada este ano (NBR 5419: 2015). Durante o curso, será chamada a atenção para
as principais mudanças ocorridas.
Para o edifício que está sendo dimensionado, utilizou-se o critério de Franklin complementado
pela Esfera Rolante, conforme é apresentado a seguir.
O método de Franklin tem por base a utilização de uma haste elevada em forma de pontas. O
fato de a haste estar mais próxima da nuvem faz com que a ionização do ar aumente, propiciando um
ambiente adequado para as descargas atmosféricas. Já o sistema de aterramento que é ligado na haste
pelo cabo de descida, é responsável pelo escoamento do raio.
O método de Franklin considera uma área espacial de proteção protegida pelo para raio. Esta
área de proteção é formada por um cone descendo da haste em direção ao solo, e que o ângulo de
proteção depende da altura e do grau de proteção pretendido, conforme é mostrado na tabela a seguir:
O grau de proteção para edifícios é o grau III, e vale ressaltar que quando se coloca mais de
um para raio deve-se somar 10° no ângulo apresentado na tabela. Como o edifício em questão apresenta
uma altura de 22,45 metros do piso até cobertura, o mesmo se enquadra na segunda linha e segunda
coluna da tabela acima.
O método calcula a altura que a haste deve estar do piso da cobertura do edifício para a
mesma ser eficiente. Esta altura é calculada pela seguinte equação:
a) 1 Para Raio
Posicionando o para raio no centro geométrico da cobertura, tem-se que as distâncias até os
extremos do edifício são:
33
- Horizontal: 11,50 metros
- Vertical: 6,78 metros
Deste modo, calcula-se “Rp” e consequentemente a altura do para raio.
Nota-se que quando se utiliza 1 para raio a altura que a haste deve estar da laje é muito
grande, deste modo, calcula para a utilização de 2 hastes de proteção contra descargas elétricas.
b) 2 Para Raios
Posicionam-se os para raios na cobertura do edifício de modo que a área de proteção dos
mesmos não se sobreponha, os para raios foram colocados em linha paralelamente ao maior lado do
edifício, sendo as distâncias até os extremos:
- Horizontal: 5,75 metros
- Vertical: 6,78 metros
Deste modo, calcula-se “Rp” e consequentemente a altura do para raio.
Como está se utilizando dois para raios, soma-se 10° ao ângulo da tabela acima. Deste modo,
“Rp” = “Hc”.
34
Deste modo, deslocaram-se os para raios a 3 metros da extrema do edifício,
consequentemente, calculou-se novamente o raio de proteção “Rp” e o “Hc”.
- Horizontal: 3,00 metros
- Vertical: 6,78 metros
Consequentemente:
Com o descolamento dos para raios para 3 metros da borda do edifício, o método da Esfera
Rolante se apresentou satisfatório.
Quando se utiliza mais de uma haste de Franklin em linha em uma mesma estrutura, o volume
de área protegida aumenta devido a um fenômeno que chamamos de condutor fictício horizontal. Porém,
para que o cabo fictício seja satisfatório a seguinte equação tem que ser satisfeita:
Como o maior lado do edifício tem comprimento de 23,00 metros e as hastes estão a 3,00
metros do extremo do edifício, à distância “D” é igual a 17,00 metros. Da mesma forma que anteriormente
explicado, para um nível de proteção III, o valor de “R” é igual a 45,00 metros. Deste modo:
Como o valor calculado foi menor que 17,00 metros, determina-se que existe uma proteção
extra devido a linearidade dos para raios por um cabo fictício horizontal do edifício.
Como as hastes não estão localizadas acima do reservatório elevado, mas a sua altura
ultrapassa a altura do reservatório, é necessário fazer um cálculo para verificar se a laje do reservatório
também está sendo protegida pelas hastes, ou se haverá a necessidade da colocação da mais uma haste
sobre o reservatório.
Neste cálculo se encontrará um ΔH, e compara-se este valor com a diferença de altura entre a
ponta do captor e o piso onde está apoiado o para raio, com a altura da laje superior do reservatório
elevado e o piso onde está apoiado o para raio. A equação que calcula o ΔH é a seguinte:
35
- Altura do apoio do para raio até ponta do mesmo (Hc) = 7,41m
- Altura do apoio do para raio até a laje superior do reservatório elevado = 6,19m.
Deste modo a diferença entre as alturas é:
Como ΔH1 é menor que ΔH2, considera-se que a laje do reservatório elevado está protegida
pelos para raios.
As especificações abaixo seguem de acordo com a norma / instituição vigente:
A haste do para raio tem comprimento de 5 metros, e sua seção transversal tem área
de 50mm²;
A haste de aterramento do para raio tem 3 metros de comprimento e sua área da
seção transversal é de 50mm²;
O captor dos para raios é de cobre e tem área de transversal de 35mm²;
Para edifícios com mais de 20 metros de altura, os cabos de descida são de 35mm².
Para o cálculo da quantidade de cabos de descida, divide-se o perímetro do edifício por 20,
pois se deve ter um cabo de descida a cada 20 metros de distância no máximo. Portanto:
Nota-se que deve haver 4 cabos de descida, não distanciados a mais de 20 metros entre eles.
36