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DIREITO CIVIL

Docente.: Carlos Pereira


Discente.: Yan Almeida Coelho

Questionário – 1° crédito
1. O que é personalidade?
R: É a aptidão (capacidade ou possibilidade) de adquirir direitos e contrair deveres
na esfera civil.
2. Quais as teorias que explicam a personalidade?
R: Teoria natalista: a personalidade é adquirida a partir do nascimento com vida.
Teoria da personalidade condicionada: o nascimento com vida gera um efeito
retroativo no início da personalidade desde a concepção. Logo, o nascituro teria
seus direitos resguardados se nascesse com vida, possuindo expectativa de direitos.
Teoria concepcionista: a personalidade se inicia a partir da concepção, sem que
haja o perquirir quanto ao nascimento com vida.
3. O que é capacidade de direito (ou de gozo)?
R: É a capacidade que todos os indivíduos possuem indistintamente e só é perdida
com a morte (Art.6, Código Civil)
4. O que é capacidade de fato (ou exercício)?
R: É a capacidade de exercer plenamente todos os atos da vida civil (que, em regra
é adquirida aos 18 anos completos), sendo esta, privada por lei a alguns indivíduos.
5. O que é emancipação?
R: É a antecipação da capacidade plena (obtida aos 18 anos completos) de exercer
todos os atos da vida civil aos indivíduos que tenham mais de dezesseis anos
completos.
6. A emancipação retroage?
R: Não. Pois, por exemplo, num vínculo matrimonial, este produz a cessação da
incapacidade, mesmo que haja a desconstituição do vínculo do casamento, pelo
divórcio ou pela viuvez. A condição da pessoa natural não retroagirá, permanecendo
como emancipado. Cabe ressaltar que a cessação de incapacidade gerada pela
emancipação, tem caráter irrevogável, ou seja, uma vez concedida, não pode o
menor, ou os seus pais voltarem atrás.
7. O que é emancipação voluntária e quantas existem no dispositivo legal?
R: Emancipação voluntária é quando cessa, para os menores, a incapacidade
por ato de ambos os pais, ou um deles, na falta justificável do outro, cujo
procedimento, deve ser realizado via notarial, por meio de instrumento público,
com anotação de assento de nascimento. No CC só existe um que é a Emancipação
Voluntárias Parental.

8. O que é comoliência?
R: É a morte simultânea de dois ou mais indivíduos, não se podendo
averiguar a ordem temporal exata dos fatos.
9. Quais os mecanismos utilizados para identificar a pessoa?
R: No caso de pessoa natural, o CPF, RG, Certidão de Nascimento. No caso de
pessoa jurídica, o CNPJ, a firma e o seu Registro.
10.O que é ausência?
R: É a situação de pessoal natural que desaparece de seu domicílio, sem
deixar representando, provocando incerteza jurídica quanto a sua vida.
11.Quantas fases tem a ausência?
R: Três. A curadoria dos bens do ausente, a sucessão provisória e a
sucessão definitiva.
12.O que é morte presumida?
R: É a morte decretada por determinadas circunstancias. Segundo o art. 7° do CC:
“Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I – Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II – Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado
em até 2 (dois) anos após o término da guerra.”
13.Quando a pessoa está em situação de grande risco e desaparece. Após a
realização das buscas o que pode ser declarado? Igualmente, a militares que,
em campanha, estão desaparecidos por mais de 2 (dois) anos.
R: Declara-se morte presumida.
14.O que é pessoa jurídica?
R: Segundo Maria Helena Diniz, é a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios,
que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito
de direitos e obrigações. A personalidade é do ente coletivo, age como corpo,
adquire a responsabilidade que não passará aos seus associados.
15.Quais as teorias que explicam as pessoas jurídicas?
R: I – teoria da ficção: a pessoa jurídica não teria existência social, mas somente
existência ideal, sendo produto da técnica jurídica. Ou seja, seria uma abstração,
sem realidade social. II – teoria de realidade objetiva: a pessoa jurídica teria
existência social e consiste em um organismo vivo na sociedade (ou seja, com
atuação na sociedade). III – teoria da realidade técnica: equilibra os anteriores.
Reconhece a atuação social da pessoa jurídica, admitindo ainda que a sua
personalidade é fruto da técnica jurídica. Está é aceita pelo CC, baseando-se no art.
45.
16.Analise o artigo 52 do CC e conclua se a pessoa jurídica tem ou não direitos da
personalidade.
R: De acordo com a interpretação do art. 52 do CC é possível perceber a existência
de direitos da personalidade na pessoa jurídica, pois, se assim não fosse, não
haveria necessidade de lhe dar proteção. Art. 52 “Aplica-se às pessoas jurídicas, no
que couber, a proteção dos direitos da personalidade”.
17.Quando começa a existência das pessoas jurídicas?
R: “Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário,
de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as
alterações por que passar o ato constitutivo.”
18.O que são corporações e o que são instituições?
R: Corporação é o conjunto de pessoas que atua com fins e objetivos próprios. São
corporações as sociedades, as associações, os partidos políticos e as
entidades religiosas. Instituições (ou fundações) são criadas por escritura
pública, testamento ou projeto de lei, havendo dotação especial de bens livres,
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de
administrá-la.
19.Quais os tipos de sociedades existentes? O que é sociedade?
R: Sociedade é um tipo de corporação que possui finalidade lucrativa e manifesta de
duas formas: sociedade empresarial (produz ou circula produtos) e sociedade civil
(não produz riqueza com venda de produtos, somente serviços).
20.O que é uma associação?
R: Um conjunto de pessoas que tem o mesmo objetivo, porém sem fins lucrativos.
21.Quantos anos decai o direito de questionar a constituição das pessoas jurídicas?
R: Três anos.
22.Compare o art. 46 e art. 54 do Código Civil.
Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando
houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio,
nesse caso.

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:


I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação
dada pela Lei nº 11.127, de 2005)
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.
(Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005)

23.Pode um associado ser excluído do quadro associativo sem o devido processo


legal?
R: Segundo o art. 57, do CC, não.
24.Dissolvido uma associação, qual o destino do seu patrimônio?
R: Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido,
depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no
parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos
designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à
instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
25.O que é uma fundação? E quais os seus tipos?
R: Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Os tipos de fundação são: fundação de direito público e de direito privado.

26.Pode uma fundação ser criada por instrumento privado?


R: Sim, por testamento ou escritura pública.
27.O que é necessário para alterar o estatuto de uma fundação? Pode-se alterar o
fim desta?
R: Sim.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a
fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45
(quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar,
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
28. Tornando-se ilícita, impossível ou disfuncional uma fundação, o que se fará com
seu patrimônio?
R: Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a
fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou
qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio,
salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação,
designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
29.O que é domicílio?
R: Centro físico de direitos e deveres na vida privada, que pode ser residência ou
moradia.
30.Classifique os domicílios.
R: Existem os seguintes tipos de domicílio: domicílio voluntário, fruto da vontade
das partes; domicílio voluntário especial contratual, quando o cumprimento do
contrato se dá no domicílio do devedor; domicílio voluntário especial processual (ou
de eleição), é a exceção do cumprimento do contrato, pois se realiza no domicílio do
credor.
31.Quais os domicílios das pessoas jurídicas?
R: Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas
diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou
atos constitutivos.

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