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Emoção,

Razão
Poesia:
Substantivos femininos

Por

Elimacuxi
Para Oficina de Criação Literária,
Arte da Palavra - SESC 2020
@elimacuxi

QUEM SOU EU?

Olá, eu sou a poeta Elimacuxi, paulistana radicada em Boa Vista, RR, desde o ano 2000.
Sou professora de história da arte e atuo como escritora de poesia, divulgando o que
escrevo pela internet, no meu blog, www.elimacuxi.blogspot.com há mais de uma
década. Acredito que o ato de se expressar artisticamente, em qualquer linguagem, é
também um ato humano de (re)produzir-se, como uma verdadeira obra de arte.
Durante os últimos dez anos, vim acumulando experiências de provocação criativa e é
exatamente esse o meu objetivo com a oficina que vamos fazer agora: oferecer
estopins para a explosão da sua atividade de escrita criativa.

Vamos juntos?

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UM BREVE HISTÓRICO DESSA PROPOSTA

A oficina foi pensada para que pudéssemos desenvolver juntos, em cinco encontros,
vivências de valorização do feminino para desembocar em expressão escrita.
Com a pandemia, muito do que foi planejado precisou ser revisto, a fim que de as
atividades pudessem ocorrer mediadas pela tecnologia.
Assim, além dos encontros síncronos em que nos reuniremos para a apresentação e o
fechamento das atividades, você encontrará aqui atividades de provocação à sua
criatividade. A ideia é: entregue-se e permita que a magia da autoexpressão aconteça!

SOBRE AS ATIVIDADES ASSÍNCRONAS

Atividades Assíncronas são aquelas que você vai fazer sem que estejamos
conectados em tempo real. Reserve sempre, no mínimo duas horas para cada uma
delas, e aqui vão duas dicas importantes para que, com essas atividades, a gente atinja
o melhor resultado possível:

DICA 1 - ANTES DE COMEÇAR


Essa é uma oficina de escrita criativa. Então nós queremos escrever. Por isso, para
elaborar as respostas às perguntas feitas para a atividade, não fique apenas pensando,
não. Você pode ter um bloco de notas à mão e escrever a resposta, ou mesmo registrá-
la, escrevendo ou gravando um áudio, no seu celular ou computador. Você decide a
forma, de acordo com o material que dispuser, mas a proposta é dedicarmos um
tempo para colocar as ideias no mundo material.

DICA 2: As atividades trarão textos, áudio e imagens como recursos para te provocar.
Para realiza-las, sempre busque um ESPAÇO TRANQUILO, em que você possa estar
consigo mesmo SEM SER INTERROMPIDO.

ATIVIDADE 1 – EMOÇÃO E RAZÃO

Primeiro é preciso que você possa se ver no espelho, num lugar tranquilo, onde você
possa se concentrar.

Foque na imagem refletida. Examine a imagem detidamente. Observe as cores, os


detalhes, as formas.

O que você vê? Quem você vê?

Em seguida preste atenção no seu corpo, como você está se sentindo? O que olhar
para essa imagem no espelho provocou em você hoje?

Agora escreva. Escreva na forma que achar melhor. Com as palavras que te vierem à
cabeça e ao coração, descreva o que viu, o que sentiu, o que pensou.

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BATE PAPO ...

Você já deve ter ouvido falar da poeta Cecília Meireles, não? Quero começar esse
momento com um poema bem conhecido dela, Retrato, que diz:

Eu não tinha este rosto de hoje,


assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,


tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,


tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Cecília Meireles , Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

É um clássico. E perceba que o exercício que está por trás da escrita desse poema tão
bonito é muito parecido com o que você fez anteriormente: ao ler os versos de Cecília
Meireles, quase podemos vê-la se olhando no espelho, descrevendo a imagem que via
e também a angústia que a imagem vista provocava. É claro que a emoção descrita é
da poeta, que acaba de alguma maneira nos envolvendo e nos emocionando.

Com certeza já ouvimos dizer que o poeta é alguém que sabe descrever emoção e que
a poesia sempre provoca a emoção. E nós sabemos o que são as emoções?

No mundo contemporâneo, em que nós estamos continuamente ligados à tecnologia,


sendo estimulados o tempo todo pelas redes sociais, ou pela propaganda, ou pelas
notícias, ou pela vida em si, super agitada e cheia de possibilidades, corremos o risco
de deixar de lado a conexão que nos leva a sentir e compreender a emoção. Isso
porque as emoções são sentidas a partir de reações físicas sutis, provocadas pela parte
mais primitiva de nosso cérebro.

Vamos fazer um exercício de imaginação.


Imagine-se muito feliz, recebendo uma notícia muito boa e desejada.

[...]

Agora repare na sua respiração. Seu peito está levemente estufado? A emoção positiva
faz a gente encher o peito. Não é a toa que os vencedores de uma competição
geralmente se aprensentam assim:

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Quando estamos atentos ao nosso corpo, podemos identificar outras reações
emocionais nele, como suor frio nas mãos ao ter medo; uma vontade de espreguiçar
ao ver algo fofo (sabe a sensação de cuticuti?), suspensão da respiração ao nos
assustarmos; tensão nos ombros ou um calor subindo do estômago ao sentirmos raiva,
agitação ou irritação ao estarmos aborrecidos ou entediados... Esses exemplos são
colocados aqui pra você perceber que a emoção sempre tem um aspecto físico, se
apresenta no corpo. As emoções são, portanto, alterações físicas sutis que surgem
para provocar reações, seja para nos proteger ou para nos ligar aos outros seres
humanos e ao meio ambiente.

A ciência já descobriu que nosso cérebro aprende aos poucos a identificar essas
sensações físicas e relacioná-las a partir da linguagem. Assim, quando identificamos
que estamos com medo, alegres, tristes ou enojados, por exemplo, a emoção já foi
'lida' e identificada pela razão. Emoções identificadas pela linguagem são o que
chamamos de sentimentos.

Talvez o que eu vou abordar agora te provoque alguma emoção, fique atento.

Vivemos numa sociedade que costuma diferenciar os comportamentos humanos e


determinar que alguns são mais adequados para homens e outros para mulheres. Você
já deve ter ouvido falar que mulheres são mais emocionais e homens mais racionais,
correto?

É hora de virar essa chave e entender que TODOS os seres humanos, homens ou
mulheres, são dotados de emoções.

Numa sociedade machista e que supervaloriza a razão, a "divisão" que separa homens
e mulheres como mais racionais ou mais emocionais só é feita para inferiorizar as
mulheres. O paradoxo é que essa atitude de ignorar a emoção, valorizada
socialmente, nos afasta de refletir sobre nossas sensações corpóreas e nos desconecta
de quem somos. Se não atentamos para as emoções que sentimos, não passamos ao
segundo passo, que é identificá-las a partir da linguagem, não temos tempo de usar a
razão para percebê-las, denominá-las, descrevê-las e, claro, para também decidir o
que fazer com elas.

Gostou do papo? Espero que sim.


Agora, que tal reler o texto que você produziu a partir da atividade de olhar no
espelho? Se considerar apropriado, pode se olhar novamente, detidamente no espelho
e ler o texto para si.
Reflita: o texto escrito demonstra esse contato íntimo de olhar para si mesmo/a? Se
preciso, altere-o, mas registre as mudanças entre a primeira versão e a segunda.

Por fim, não deixe de compartilhar no Fórum, com os colegas, a versão que considerar
mais apropriada.

Um abraço, até a próxima atividade!

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ATIVIDADE 2 – CONEXÃO COM A MÃE

Menino, quem é a sua mãe?

Lembra de ter passado por essa situação? Você criança, abordado por um adulto que
inquire quem seria o responsável por você? É um tanto angustiante. A primeira reação
da criança é apontar logo para o responsável que esteja mais próximo.

Agora faça um exercício, fale a palavra mãe em voz alta. Observe seu corpo enquanto
fala: os lábios juntos, explodem numa expiração, o abdômen se contrai e a palavra sai
sem esforço da boca. E não é muito diferente em inglês (mom), em espanhol (mamá),
em alemão (mama), em francês (maman) ou mesmo em chinês (妈妈 – Māmā).

(O Poderoso Chefinho, detalhe. Dream Works, 2017)

Vocalizar a palavra mãe é um dos primeiros gestos que fizemos para empregar a
linguagem oral, quando ainda éramos bebezinhos, seres humanos muito imaturos e
dependentes. Quando nem tínhamos linguagem para entender/nomear o que
sentíamos. Por isso é uma palavra muito forte e dizê-la provoca um contato direto com
nossa natureza mais primitiva.

Nosso corpo carrega a memória desse momento fundamental da vida, quando todos
nós éramos muito dependentes e tivemos alguém que nos embalou e cuidou. Nosso
corpo é capaz de se reconectar com essas sensações. Lembra da diferença entre
emoção e sentimento? É isso, a palavra mãe tem essa força, de provocar o contato
com emoções profundas.

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Conexão com a mãe. Ilustração digital feita com a plataforma Canva.
Elimacuxi,2020

O áudio disponibilizado para essa aula tem a intenção de te colocar em contato com
essa palavra e também com esses sentimentos. Você vai precisar de mais ou menos
meia hora para realizar a prática com calma, do início ao fim. Busque um local em que
não será interrompido e não ouça o áudio enquanto faz outras atividades.

Se possível, use fones de ouvido.

Ao final da prática, não deixe de compartilhar o texto produzido.

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ATIVIDADE 3 – FORÇA E DELICADEZA

BATE PAPO ...

Se você tivesse que escolher só uma palavra, FORÇA ou DELICADEZA, para atribuir ao
feminino, qual você usaria? Eu já me perguntei isso várias vezes...

Quando eu faço uma pesquisa de imagens no Google, com essas duas palavras, o que
me aparece é isso:

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Percebem que as cores mudam muito, sendo as da força mais quentes e as da
delicadeza, mais frias? Para força, aparece uma formiga, mas não aparece nenhum
vegetal. Já para delicadeza, além de uma borboleta, temos flores... e mais do que isso,
enquanto na pesquisa por força, uma figura feminina só aparece claramente na oitava
e na nona imagens, no caso de delicadeza ela surge na segunda, quarta e oitava
imagens.

Essa escolha do algoritmo, feita pelo mecanismo de pesquisa sobre as imagens, pode
ou não ser compartilhada por nossas percepções mais gerais. Como eu já disse antes,
numa sociedade que sempre divide o que é masculino do feminino, essas percepções
sutis se instalam dentro da gente e provocam sensações, sentimentos e pensamentos
que muitas vezes apenas reforçam estereótipos e não fomentam a igualdade.

Vendo o que o dicionário diz sobre essas palavras, me parece que as imagens dizem
mais respeito aos adjetivos (forte, delicado) do que aos substantivos em si. O que você
pensa disso?

Força - substantivo feminino – 1. FÍSICA, agente físico capaz de alterar o estado de repouso ou
de movimento uniforme de um corpo material; 2. qualidade do que é forte; robustez, vigor
físico.

Delicadeza - substantivo feminino - 1. qualidade, atributo do que é delicado. 2. constituição


física ou material frágil, delgada, fina. 3.detalhe quase imperceptível; sutileza, particularidade,
minúcia. 4.FIGURADO (SENTIDO)•FIGURADAMENTE complexidade, sutileza no processo de
compreensão; argúcia, perspicácia. 5. característica ou qualidade inusual, requintada,
especial. 6. falta de resistência; fragilidade, debilidade, fraqueza. 7. vulnerabilidade de
sentimentos; suscetibilidade. 8. beleza singela e sutil. 9. ação precisa e cuidadosa; habilidade,
apuro. 10. atitude gentil; cortesia, civilidade. 11.comportamento cauteloso; prudência,
precaução. 12. comportamento terno e meigo; doçura, brandura, suavidade. 13. circunstância
dificultosa, complexa ou embaraçosa.

Forte: Adjetivo de dois gêneros - que possui força física e/ou orgânica; cujos músculos são
bem desenvolvidos; robusto, vigoroso.

Delicado: Adjetivo masculino – que possui delicadeza; de espessura reduzida; fino; quase
imperceptível; sutil.

Diante desses dados, eu reflito que se me pedissem pra escolher apenas uma das
palavras para representar o feminino, num poema, eu diria, sem pestanejar, a
delicadeza. Isso porque percebo que embora muitas vezes pareça que força e
delicadeza sejam opostos, não são. Uma teia de aranha é algo delicado e ao mesmo
tempo muito forte. E como podemos ver na descrição que o dicionário traz das duas
palavras, delicadeza é bem mais complexa do que a força.

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Assim, para quem quer escrever poesia, que sempre busca um jeito diferente,
complexo, sutil, minucioso, de dizer algo que poderia ter sido dito de outro jeito, mais
direto, a delicadeza é a chave. Buscar a delicadeza num texto é sempre desafiador. E é
isso que a atividade 3 pretende, ser um exercício de consciência sobre a força e a
delicadeza no uso da linguagem.

Como vamos fazer isso? Você deve pesquisar e selecionar dois textos ou trechos de
texto em prosa ou verso, que considere a) forte e b) delicado. Claro que podem ser
textos seus também. Compartilhe-os no nosso espaço de conversação, para trocarmos
impressões sobre essas duas lindas palavras femininas.

ATIVIDADE 4 – IMAGENS E POESIA

Já vimos na atividade 3, com o exemplo da pesquisa do Google, como as imagens


podem nos provocar sensações, emoções, sentimentos e pensamentos e como podem
ser relacionar com palavras, não é?

BATE PAPO ...

Aqui a conversa é sobre poesia e imagem.

Leia esse poema de Viviane Mosé, se possível vendo as cenas na sua cabeça:

Tudo o que vejo

Era tarde nas janelas da sala,


Um gosto de tarde que eu queria lamber.
Tenho vontade de lamber as coisas que gosto,
Mesmo as que não gosto costumo lamber sem querer.
Às vezes com a língua mesmo.
Molhada e escorrida.
Outras vezes uso a língua da palavra,
Quando tem cheiros ruins
Ou asperezas estranhas ao paladar de minha pessoa,
Ou por nada mesmo por gosto
Passo a língua nas coisas que vejo
E passo as coisas que vejo pra língua.

Durante a leitura do poema, você viu em sua mente uma pessoa em uma sala
iluminada? Em algum momento prestou atenção à sua língua dentro da boca ou

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imaginou alguém lambendo algo? Sentiu nojo ou repulsa? Ao final, pensou na língua
de modo figurado (idioma) e não na língua física?

Essas são algumas das imagens/sensações possivelmente evocadas pelo poema de


Viviane Mosé. Um poema é um texto que geralmente evoca imagens à nossa mente
ou nos coloca diante de sensações inusitadas no momento. Um bom poema, na minha
opinião, é aquele texto que nos surpreende, nos leva para um lugar e depois nos tira
de lá repentinamente, como esse verso do jovem poeta de Roraima, Felipe Thiago:

“Eu quero fazer turismo


dentro do teu organismo...”

Uma das características do poema e da linguagem poética é que eles se distanciam


das formas usuais, objetivas e corriqueiras. Eu poderia te contar sobre minha segunda-
feira, dizendo: “aquele dia estava muito ensolarado e quente, eu tive vontade de sair
para a rua, as árvores e as casas refletiam o sol, aí eu vi um beija-flor e uma mariposa
e me senti feliz”.

Ou posso escrever um poema sobre isso:

“naquele dia
o sol sorria beijando as ruas
as árvores, as casas
as mariposas nuas
os beija-flores inocentes...
e aquele convite quente
para a abrir as asas
me deixou feliz
sem muita razão.”
elimacuxi

Percebe a diferença?

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Agora, vamos relacionar continuar o exercício partindo da imagem para o texto:

Rosas, ilustração digital a partir de fotografia. Elimacuxi,2020.

Texto 1 – Texto 2 –
Comprei esse maço de rosas Pedi às rosas que te contassem,
para declarar ainda abraçadas nesse maço,
que eu te amo. sobre meu afeto e desejo.

Encontrar o seu gosto e estilo na poesia é um exercício de observação do outro e de


si mesmo. Então, observando os textos, tente lembrar das atividades passadas. Pense
nas questões relacionadas com razão e emoção, qual desses dois textos te provoca
mais sensações? E qual texto, desacompanhado da imagem, te evoca mais imagens?

Com base nisso responda: Qual deles te parece mais poético, menos usual, mais sutil
e imagético? O que ele tem de diferente do outro, capaz de provocar essa diferença?

Uma vez entendidas essas nuances, vamos por as mãos à obra. Escolhi especialmente
para essa atividade quatro imagens feitas na Amazônia, onde vivo, e trouxe para
provocá-los. Escolha pelo menos uma delas. Observe-a, preste atenção às suas
sensações, emoções, sentimentos e pensamentos e, em seguida, escreva um poema
a partir disso. Não esqueça de, depois, compartilhar seu texto com a gente.

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Imagem 1

Imagem 2

Imagem 3

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Imagem 4

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ATIVIDADE FINAL – A MORTE, AS MORTES

BATE PAPO ...

Nossa relação está para morrer, essa é uma atividade de despedida... A palavra morte,
te assusta?

Que tipo de emoção ela te provoca?

Podemos dizer que tudo que finda, passa por um tipo de morte. A palavra morte
também é um substantivo feminino e pode ser assustadora se a gente não relativizar
e por em perspectivas os inúmeros fins e recomeços pelos quais passamos todos os
dias.

O luto pode ser uma das experiências mais traumáticas para um ser humano, mas
também evoca sentimentos de compaixão, de empatia e solidariedade. Em tempos de
pandemia, reconheço que falar em mortes pode ser um gatilho para sentimentos
muito negativos, mas gostaria de canalizar a conversa para outro ponto, vamos juntos?

Ciclo das folhas de abacateiro... elimacuxi,2020.

Nem todas as culturas tratam a morte como um fim doloroso. Diversas filosofias
orientais entendem a morte como parte final de um ciclo, que se fecha para que outro
possa começar. Essa ideia de ciclos geralmente se relaciona com a observação da
natureza. Os ciclos marcam as fases de desenvolvimento da vida, o movimento das
águas, das correntes de ar e mais ainda, marcam nosso próprio corpo, desde o primeiro
até o último instante no mundo... Em média, um adulto faz de 17 a 23 mil ciclos
respiratórios por dia e a cada nova inspiração, um novo ciclo começa. Não é bonito?

Por falar no nosso corpo, você sabia que um humano adulto saudável perde em torno
de 70 bilhões de células todos os dias? São 70 mil ciclos encerrados por dia! E por

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causa disso, trocamos completamente de pele a cada período entre 15 dias e um mês...
Não é fascinante?

Tomando a perspectiva que apresentei, podemos considerar que, no nosso encontro


online de fechamento, nenhum de nós é exatamente o mesmo que era uns dias atrás.
Toda essa conversa é para pensarmos na morte como parte de um ciclo que se fecha.
Assim como acontece com a nossa oficina, que está morrendo agora...

Que tal produzir então um texto para se despedir dessa experiência e dar boas vindas
ao novo processo que começa?

Não deixe de compartilhar o seu texto no mural do curso antes do nosso encontro
final...

Um abraço, com muito carinho,

Da Elimacuxi.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Usei aqui algumas referências diretas, então deixo as fontes, para quem quiser saber
mais:

Elimacuxi. Elimacuxi, poesia pura. Disponível em <www.elimacuxi.blogspot.com>

MOSÉ, Viviane. O que pode a palavra? CPFL, Café filosófico. Programa exibido em
2008. Disponível em <
https://www.youtube.com/watch?v=YuQ8sXoTCbQ&ab_channel=Caf%C3%A9Filos%C3%
B3ficoCPFL>

PASSOS, Juliana. Clique Ciência: Quantas células do corpo nascem por dia?
Junho/2013. Disponível em < https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-
noticias/redacao/2013/05/14/clique-ciencia-quantas-celulas-do-corpo-nascem-por-
dia.htm>

RODRIGUES, A. TEIXEIRA, P. Respiramos 23 mil vezes ao dia... setembro/2017.


disponível em https://rr.sapo.pt/2017/09/27/o-mundo-em-tres-dimensoes/respiramos-
23-mil-vezes-ao-dia-o-que-nos-falta-mesmo-e-ar-
puro/artigo/94310/#:~:text=Em%20m%C3%A9dia%2C%20um%20ser%20humano,23.040
%20vezes%20todos%20os%20dias.

THIAGO, F. O poema e o poeta. Festival Boa Vista, vídeos. Prefeitura de Boa Vista. Set/2020.
Disponível em

< https://www.youtube.com/watch?v=ZTIuye_zBXc&ab_channel=PrefeituradeBoaVista>

10 COISAS ASSUSTADORAS QUE NOSSO CORPO FAZ TODOS OS DIAS. Incrível. s/d.
Disponível em < https://incrivel.club/admiracao-curiosidades/10-coisas-assustadoras-que-nosso-
corpo-faz-todos-os-dias-245260/>

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