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Manual do Discipulador
O que você sentiria se soubesse que uma mulher deu a luz a uma linda
criança, mas que por algum motivo ela não pôde cuidar dela e a abandonou
logo depois de nascer, ao relento, à própria sorte? Imagine ainda que o lugar
esteja cheio de cães ferozes espreitando aquela criança e ela agora está
chorando de fome e solidão. Isso não o faz sentir-se revoltado? Mas a história
ainda não acabou.
Depois de chorar e gritar convulsivamente, por horas a fio, aquela
criança entra num estado de prostração e tristeza. A fome é tamanha que ela
tem alucinação de que está se alimentando. Se nenhuma fera a devorar, é
certo que morrerá, lentamente, esquecida no mundo.
Você certamente está tomado de uma ira explosiva misturada com uma
angustiante compaixão. Você está se perguntando: quem seria capaz de
tamanha atrocidade e desumanidade? A resposta a esta questão talvez o
surpreenda, mas tal pessoa é você.
Infelizmente, esse é o conceito da maioria dos membros da igreja. Para eles,
basta pregar ou levar um visitante ao culto. Eles não veem o novo convertido
como um bebê extraordinariamente frágil, que está exposto a todo tipo de
“cães” espirituais e que necessita de urgente alimento espiritual. Tal bebê
espiritual, assim como o natural, necessita de alguém para cuidar dele. Alguém
que traga proteção, alimento, amor e aceitação.
Mas eu sou responsável por cuidar do meu irmão?
Esta foi exatamente a resposta que Caim deu a Deus lá em Gênesis.
Deus perguntou a ele: “Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei;
acaso, sou guardador de meu irmão” Deus está nos perguntando: Onde estão
os José’s, os João’s, as Maria’s, os Pedro’s? Aqueles que foram feitos seus
irmãos? Espero que a resposta não seja como a de Caim.
Você e eu somos guardadores de nossos irmãos. Nós somos responsáveis por
cada pequenino que se converte em nosso meio. Nós iremos prestar contas de
todos os bebês espirituais que perecem em nosso meio, simplesmente porque
não houve quem guardasse suas vidas. Não seja como Caim que foi um
homicida. Ignorar as necessidades espirituais de um novo convertido é ser um
homicida espiritual. Você pode estar permitindo que eles pereçam pela
eternidade.
No Novo testamento, temos muitos exemplos de irmãos que foram
discipuladores. Talvez o exemplo mais marcante seja o de Ananias, que foi
alguém que acolheu e guardou a vida do apóstolo Paulo nos seus primeiros
dias de convertido.
Ananias nem imaginava quão longe iria aquele novo convertido a quem
estava consolidando. É possível que muitos desses que muitos desses novos
que estão próximos de você hoje sejam os apóstolos das próximas gerações.
Você já ponderou essa possibilidade? Você pode estar matando o mover de
Deus na próxima geração, simplesmente por não guardar os que hoje são bebê
em Cristo.
Já é tempo de mudar essa história. Estou convidando você para ser um
discipulador em nossa igreja.
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Discipulador é um intercessor: Você foi chamado para resistir às
forças destruidoras de Satanás contra vida do novo convertido, que você
está cuidando. Você fará isso por meio da intercessão. Interceder é
colocar-se no lugar do outro, para lutar a guerra dele como se fosse a
sua própria. Às vezes, a intercessão é comparada a dores de parto.
Paulo diz em Gálatas 4:19 que ele sofria dores de parto. Para que Cristo
fosse chamado em seus filhos. Como discipulador, você sendo chamado
para formar Cristo em bebê em Cristo.
Sendo assim: Faça desse novo convertido uma prioridade nas suas orações.
Ore por ele todos os dias. Procure conhecê-lo e saber as suas necessidades.
Coloque-as em oração diante de Deus. Você também será responsável por
ensiná-lo a orar. Deixe que ele o veja orando e faça orações para que ele
possa repeti-las junto com você.
Ensiná-lo a ser intenso e ativo em todas as reuniões da igreja.
Ensiná-lo a resistir ao diabo.
Por isso:
Sendo assim:
Encontre-se com ele uma vez por semana para ministrar o discipulado.
Mantenha contato com ele por telefone durante a semana, mensagens,
ligações etc.
Mande mensagem para ele no dia célula para lembrá-lo da reunião.
Verifique se ele veio ao culto de celebração, se não, mande mensagem
para ele no mesmo dia.
Observe se antigos amigos estão tentando puxar ele de volta para o
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mundo.
Guarde-o. Seja um canal de amor para ele, pois é através de você que
ele vai experimentar o amor de Deus.
Ame-o incondicionalmente. Ele é uma ovelhinha do Senhor.
Deixe que ele seja o centro de relacionamento de vocês.
Um tempo Juntos
Você tem uma grande responsabilidade nas mãos. Você está cuidando
de um bebê em Cristo que acaba de nascer. Você precisa ter paciência e
disposição de ministrar aceitação, compreensão e amor, de forma que ele
possa crescer saudável. O seu tempo com ele precisa ser um tempo de
qualidade.
Seu objetivo é acompanhá-lo nas próximas doze semanas, para ajudá-lo a
crescer em Deus e que, para tanto, vocês deverão se encontrar pelo menos
uma vez por semana, para estudarem juntos as lições.
1) O lugar e a hora
2) O tempo juntos
a) Ouça
Antes de tudo, você deve ouvi-lo. Não simplesmente estimular que ele fale
alguma coisa, mas demonstrar interesse real pela vida dele. Ouvir significa
entender como o outro vê o mundo ao seu redor e, quando entendemos como
ele vê, somos capazes de compreender seus sentimentos.
Não chegue com atitude professoral de quem sabe tudo e outro não sabe
nada. Ouça a sua história, como foi que ele se converteu como chegou até a
igreja e como está se sentindo naquele dia. Lembre-se de que ele é o centro,
portanto, não gaste muito tempo falando de si mesmo.
b) Compartilhe
c) Ore
e) Planeje
Cuidados no acompanhamento
Embora um rapaz possa levar uma moça a Cristo ele não deve ser seu
discipulador.
2- NÃO MANIPULE
Não promova encontro com mais de uma hora de duração. Evite tomar o
tempo do novo convertido desnecessariamente. Seja cuidadoso para não ter
encontro em horários impróprios, como muito tarde da noite ou em lugares
muito movimentados, onde não seja possível a privacidade.
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Não há nada errado com roupas informais, como bermudas e camisetas, mas
seja cuidadoso com higiene pessoal: limpeza, odores e aparência em geral. Se
o encontro for à casa do novo convertido, seja mais criterioso com a aparência.