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Transformadores
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
As proteções que precisam ser aplicadas num transformador dependem da sua
capacidade nominal e da importância da carga que alimenta.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Tipos de falhas nos transformadores
• Internas
As faltas internas ao transformador são aquelas que ocorrem entre as buchas de
tensão superior e inferior, ou ainda todas as falhas que ocorrem dentro da zona de
proteção diferencial. São elas:
• Sobrepressão, resultado de curto-circuito entre espiras com baixa corrente de defeito que forma
gases e estes se acumulam no tanque do transformador.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Tipos de falhas nos transformadores
• Internas
• Falhas súbitas e que demandam a intervenção do sistema de proteção para que os danos
sejam reduzidos.
• Curtos-circuitos entre espiras do enrolamento, originados de impulsos de descargas atmosféricas
ou de manobras na rede.
• Curtos-circuitos entre fases e entre qualquer parte viva interna ao transformador e a carcaça.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Tipos de falhas nos transformadores
• Externas
São todas as falhas que afetam o transformador, mas ocorrem fora da sua zona de
proteção diferencial. São defeitos cuja corrente normalmente é muito elevada, e passa
através das bobinas primárias e secundárias, podendo ocasionar danos se o tempo não
for limitado aos valores máximos do transformador. As principais faltas são:
• Curtos-circuitos
• Sobrecargas
• Sobretensão
• Subfrequência
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
De forma geral, os transformadores de potência devem ser protegidos contra os
seguintes eventos:
- Sobrecarga.
- Sub e sobretensão.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
O grau de proteção dos transformadores é definido por custo-benefício.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
Além destas funções, é necessário que os transformadores de potência sejam protegidos
contra descargas atmosféricas através de para-raios de sobretensão.
São utilizados para proteger contra correntes de curto-circuito de natureza externa, e não
protegem contra faltas internas nem contra sobrecargas prolongadas.
Em geral, os fusíveis são utilizados em transformadores com potência de até 7,5 MVA e tensão
nominal menor ou igual a 138 kV.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção por relés de sobrecorrente (funções 50 e 51)
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção por relés de sobrecorrente (funções 50 e 51)
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção por relé diferencial de sobrecorrente (Função 87)
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção por relé diferencial de sobrecorrente (Função 87)
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção por relé de sobretensão
Para proteção contra descargas atmosféricas diretas, normalmente são utilizadas haste do
tipo Franklin ou cabos para-raios instalados sobre o transformador.
Para a proteção contra as sobretensões de origem dentro do sistema elétrico, devem ser
utilizados relés de sobretensão, Função 59.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção de Transformadores
• Proteção por imagem térmica
Para necessário manter o controle da temperatura a fim de evitar reduzir o tempo de vida
útil do transformador e danos precoces das isolações.
- Proteção através de relés secundários.
- Proteção intrínseca do tipo térmica.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção de Transformadores
• Proteção por imagem térmica
O relé funciona pelo princípio da imagem térmica, função 49RMS, utilizando a corrente de carga
suprida pelo transformador. O relé de imagem térmica protege o transformador contra o
sobreaquecimento excessivo dos condutores que formam as suas bobinas.
O relé digital de imagem térmica opera a partir de um software residente que simula as
características térmicas do equipamento que se quer proteger, ou seja, motor, gerador e
transformador, nas condições de operação a quente e a frio, protegendo-os contra sobrecargas.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção de Transformadores
• Proteções intrínsecas
As proteções intrínsecas, por sua vez, são inseridas ao corpo do transformador durante a
sua fabricação, e a quantidade de funções utilizadas depende da potência do
transformador e da importância da carga que ele alimenta.
➢ Térmica
São empregados termômetros de temperatura do óleo e dos enrolamentos para enviar sinais de
alerta quando o limite térmico do equipamento é atingido.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção de Transformadores
• Proteções intrínsecas
➢ Mecânica
➢Proteção por relé acumulador de gás, função 63 (relé Buchholz) - são aplicados na proteção de
transformadores de potência com equipamentos com conservadores de óleo e sem espaço de
gás dentro do tanque.
A principal função do relé é a proteção do transformador quando ocorre um defeito entre
espiras, entre partes vivas, entre partes vivas e terra, queima do núcleo, vazamento de óleo
no tanque ou no seu sistema de resfriamento. O relé de gás atua perante a formação de
gases e na condição de súbita variação do nível de óleo, em virtude de operação anormal
do transformador.
Na ocorrência de defeitos, surgem bolhas de gás que se acumulam no relé e desencadeiam a
sua atuação.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção de Transformadores
• Proteções intrínsecas
➢ Mecânica
➢Proteção por relé detector de gás – normalmente são instalados na tampa dos transformadores de
potência e detectam a presença de gases desenvolvidos por arcos elétricos de baixa energia (ex:
defeitos entre espiras).
➢Proteção por relé de súbita pressão de gás (função 63A) e óleo – tem como função detectar a
variação da pressão do gás e do óleo, respectivamente, desenvolvidos por arcos elétricos de alta
energia resultantes (ex: curtos circuitos entre fases).
➢ Válvula de explosão – sua finalidade é aliviar a pressão interna do tanque sempre que a formação
de gases atingir um valor que ameace a integridade do equipamento. A pressão é aliviada através
de uma membrana que é rompida, permitindo que o óleo seja expelido para fora do transformador.
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PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Proteção de Transformadores
• Barreira Corta-Fogo
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Geradores
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PROTEÇÃO DE GERADORES
Os geradores são máquinas de grande importância dentro de um sistema de
potência, e sua falha ou saída intempestiva provoca graves consequências no
sistema elétrico se não houver geração disponível para substituir a unidade
defeituosa.
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PROTEÇÃO DE GERADORES
• Tipos de falhas nas unidades de geração
• Externas
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PROTEÇÃO DE GERADORES
• Tipos de falhas nas unidades de geração
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PROTEÇÃO DE GERADORES
Independente de sua classificação, um sistema de proteção para geradores deve
apresentar as seguintes características básicas:
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PROTEÇÃO DE GERADORES
O número de funções de proteção adotadas para um gerador é uma questão
técnico/econômica. Algumas funções que podem ser empregadas são:
- Função 12: proteção contra sobrevelocidade. -Função 50/50N: proteção instantânea de fase e
- Função 21: proteção distância. neutro
- Função 25: dispositivo de sincronização. - Função 51: proteção temporizada de fase e neutro.
- Função 27: proteção contra subtensão. - Função 51G: proteção contra sobrecorrente
- Função 32P: proteção direcional contra potência temporizada de terra.
ativa: antimotorização. - Função 59: proteção contra sobretensão.
- Função 32Q: proteção direcional contra potência - Função 60: proteção contra desequilíbrio de tensão.
reativa. - Função 61: defeitos entre espiras do estator
- Função 37: proteção contra perda de excitação. -Função 78: proteção contra perda de sincronismo.
- Função 46: proteção contra desequilíbrio de - Função 81: proteção contra sub e sobrefrequência.
corrente, também conhecida como proteção de - Função 86: relé de bloqueio de segurança.
sequência negativa. - Função 87G: proteção de sobrecorrente diferencial.
- Função 49: proteção de imagem térmica.
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PROTEÇÃO DE GERADORES
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PROTEÇÃO DE GERADORES
• Proteção Diferencial de Corrente (Função 87G)
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PROTEÇÃO DE GERADORES
• Proteção Contra Faltas na Rede Elétrica
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PROTEÇÃO DE GERADORES
• Proteção Contra Sobrecarga
Os enrolamentos também podem ser afetados pela obstrução dos canais de ventilação,
ocasionando aquecimento e queima da isolação.
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PROTEÇÃO DE GERADORES
• Proteção Contra Cargas Assimétricas (Função 46 – Proteção contra desequilíbrio
de corrente)
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PROTEÇÃO DE GERADORES
• Proteção Contra Motorização
A potência necessária para que isso aconteça é muito baixa, e assim, quando os
reservatórios das hidrelétricas, por exemplo, atingem um nível muito baixo, em que a
queda d’água passa a ser insuficiente para movimentar adequadamente as turbinas
hidráulicas, é necessário retirar de operação todas as máquinas, a fim de evitar o
processo de cavitação (formação de bolhas) das turbinas e a vibração decorrente.
A proteção indicada para essa situação operacional é o relé direcional de potência, função
32G.
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PROTEÇÃO DE GERADORES
• Proteção Contra Sub (Função 27) e Sobretensão (Função 59)
O relé de sobrevelocidade, função 12, que deve ser ajustado para valores de 3 a 5%
da velocidade nominal do gerador.
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Motores
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PROTEÇÃO DE MOTORES
A proteção para motores de baixa tensão de pequena potência pode ser realizada
por meio de disjuntores termomagnéticos apropriados ou relés térmicos
associados a contatores.
Para potências superiores, bem como para motores isolados em média tensão, as
proteções devem ser aplicadas com maior número de recursos.
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PROTEÇÃO DE MOTORES
As principais funções aplicadas à proteção de motores elétricos são:
- Função 21: proteção de distância. -Funções 50/50N: proteção instantânea de fase e
- Função 23: dispositivo de controle de neutro.
temperatura. - Função 51/51N: proteção temporizada de fase e
- Função 26: proteção térmica. neutro.
- Função 27: proteção contra subtensão. - Função 59: proteção contra sobretensão.
- Função 37: proteção contra perda de carga. - Função 59N: proteção contra deslocamento de
- Função 38: proteção de mancal. tensão de neutro.
- Função 46: desbalanço de corrente (corrente - Função 66: monitoramento do número de
de sequência negativa). partidas por hora.
- Função 47: proteção de sequência de fase de - Função 78: medição de ângulo de fase/perda de
tensão. sincronismo.
- Função 48: proteção contra partida longa. - Função 86: relé de bloqueio de segurança
- Função 49: proteção térmica para motor. - Função 87M: proteção diferencial de máquina.
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PROTEÇÃO DE MOTORES
• Proteção Contra Sobrecorrentes
A proteção contra sobrecargas não se mostra eficiente para a proteção do motor, sendo
mais indicada a utilização de proteção de imagem térmica.
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PROTEÇÃO DE MOTORES
• Proteção Contra Sobrecorrentes
Este tipo de proteção é a mais adequada para defeitos internos. Entretanto, é necessário
para aplicar a proteção diferencial que os seis terminais do motor estejam acessíveis.
A proteção diferencial não é sensível às correntes elevadas de partida dos motores e não é
necessário estabelecer nenhum critério de coordenação.
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PROTEÇÃO DE MOTORES
• Proteção Contra Sobrecorrentes
• Relés de Distância
Em motores que acionam cargas com tempos de partida elevados em relação ao tempo de
rotor bloqueado, as proteções de sobrecorrente não poderiam ser aplicadas, uma vez que
deveriam ser desconectadas no período de partida.
Neste caso, podem ser adotados relés de distância para proteção contra rotor bloqueado,
aproveitando a variação da impedância do motor durante a partida.
Os relés de distância tem seu tempo de atuação proporcional à distância entre o ponto de
instalação do relé e o ponto de defeito, a partir da impedância “vista” no condutor. Esses
relés são alimentados por tensão e corrente do circuito protegido (V/I).
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PROTEÇÃO DE MOTORES
• Proteção através de Detectores de Temperatura
Para proteger os motores elétricos contra o aquecimento anormal dos seus enrolamentos
são utilizados relés de imagem térmica e dispositivos térmicos que se mostram sensíveis
ao nível de temperatura máxima que o motor pode atingir.
Para avaliar a temperatura interna dos enrolamentos do motor, o relé de imagem térmica
processa através de um algoritmo a somatória das perdas de efeito Joule e a dissipação
térmica da máquina, gerando uma grandeza proporcional à temperatura.
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PROTEÇÃO DE MOTORES
• Proteção Contra Rotor Bloqueado
Assim, o tempo de ajuste do relé de sobrecorrente deve ser igual ou inferior ao tempo de
rotor bloqueado.
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Sistemas de Transmissão
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
Para minimizar os efeitos desses eventos, as linhas de transmissão são protegidas ao longo
do seu percurso e nas duas extremidades pelos seguintes dispositivos:
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
As proteções das linhas de transmissão devem utilizar, a princípio, relés muito rápidos.
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
• Proteção de Sobrecorrente
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
• Proteção de Direcional de Sobrecorrente
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
• Proteção de Direcional de Sobrecorrente
• Proteção instantânea: quando a corrente inversa for superior a 80% da corrente que deve
fluir no sentido normal.
• Proteção temporizada: quando a corrente inversa for superior a 25% da corrente que flui
no sentido normal.
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
• Proteção de Distância
A proteção por sobrecorrente pode não ser efetiva em algumas situações de operação, em
que a impedância do sistema é alterada e, consequentemente, a corrente de curto circuito,
que é a grandeza de parametrização destes relés.
Cabe ao projetista a seleção do tipo de relé de distância que irá adotar em função das
particularidades da linha de transmissão em que trabalha.
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
• Proteção de Distância
1ª zona: corresponde a 80% do comprimento da linha 1, podendo chegar a 90%.
Valores superiores podem fazer a atuação da 1ª zona alcançar indevidamente as proteções
da extremidade oposta da linha de transmissão, perdendo a coordenação e seletividade.
2ª zona: corresponde a 100% de alcance da linha 1 e mais 20% a 50% de alcance da linha 2.
3ª zona: corresponde a 100% de alcance da linha 1, mais 100% de alcance da linha 2 e mais
20% da linha 3.
4ª zona: corresponde à zona reversa, quando o alcance do relé está no sentido inverso ao
anteriormente adotado, limitando-se ao secundário do transformador.
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
• Proteção de Distância
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
• Proteção Diferencial de Linha
Os relés empregados nesse tipo de proteção utilizam a função 87L e são instalados nas
duas extremidades das linhas de transmissão e interligados por um dos meios de
comunicação.
Esses relés devem comparar as correntes local e remota de fase e de sequência para
permitir a operação num tempo esperado muito curto.
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
• Proteção Diferencial de Linha
Os relés 87L ainda são dotados de funções de medição de tensão, corrente, potência ativa,
potência reativa, potência aparente e fator de potência, e localização da falta.
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
• Proteção Diferencial de Linha
A proteção diferencial de linha pode ser aplicada em linha de transmissão com dois ou três
terminais, e a proteção diferencial pode evitar a perda da linha para uma falta da linha de
derivação.
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PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
• Proteção de Sobretensão
O desequilíbrio pode ser ocasionado pela abertura de um disjuntor, que remove uma
grande quantidade de carga do sistema. As sobretensões muitas vezes são acompanhadas
de sobrefrequências.
Para estabelecer os ajustes dos relés de sobretensão, são necessários estudos do sistema
em regime dinâmico.
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