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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

DISCIPLINA: História do Brasil VI – 2020.1

DOCENTE: Caroline Alamino

DISCENTE: Gabriel da Conceição Fernandes

QUESTÃO DA ATIVIDADE 7: ​No texto ​A constelação da esquerda brasileira nos anos


1960 e 1970​, Marcelo Ridenti traça uma longa descrição dos movimentos de esquerda
que havia antes do Golpe de 1964 e a reestruturação que sofre a esquerda após o Golpe
de 1964. Descreva como foi essa reestruturação, como funcionavam esses grupos, suas
ações práticas, dilemas e dificuldades em alcançarem a revolução almejada.

A partir da leitura do texto de Marcelo Ridenti, percebemos que existiam diversos e


distintos partidos e movimentos de esquerda no cenário político brasileiro no começo da
década de 1960. Ridenti nos apresenta um conjunto de siglas que tiveram força expressiva no
contexto da época, siglas como: PCB, AP, POLOP. PC do B e o PORT. Porém, como salienta
Ridenti, “o golpe civil-militar e a derrota sem resistência das forças ditas progressistas em
1964 marcaram profundamente os partidos e movimentos de esquerda brasileiros” (RIDENTI,
2010). Percebemos que por mais que os grupos dos partidos e os movimentos de esquerda
estivessem se mobilizando para resistir a um golpe iminente, tais grupos pouco fizeram em
1964, assistiram a tomada do poder pelos militares - apoiados por grupos civis, é claro. É a
partir desse cenário, dessa “reação passiva”, talvez o termo melhor seja uma “não-reação”,
diante deste ocorrido, que tanto os partidos e movimentos de esquerda passaram a contestar,
com mais veemência as circunstâncias que levaram a esse cenário. Também podemos
perceber, através da leitura do texto de Ridenti, que tal ímpeto revolucionário estava
associado com os eventos externos. Vivia-se em diferentes pontos do globo manifestações
contrárias a determinadas ordens vigentes, ecoava no Brasil as manifestações de 1968.
Ridenti nos informa que houve, neste período, uma fragmentação do PCB. Os
membros, insatisfeitos com os posicionamentos do partido, romperam com a legenda e
criaram outros grupos. Formaram-se, pelo Brasil, diferentes grupos de diferentes matizes. Um
outro aspecto mencionado por Ridenti foi a criação de grupos armados, dentre os grupos, a
ALN - Aliança Libertadora Nacional -, liderada por Carlos Marighella, se destaca. Apesar das
múltiplas organizações, dos diferentes matizes da adoção, ou não, da revolução armada, os
objetivos revolucionários enfrentaram forte oposição do governo.

REFERÊNCIAS:

RIDENTI, Marcelo. A constelação da esquerda brasileira nos anos 1960 e 1970. In:
RIDENTI, Marcelo. ​O fantasma da revolução brasileira – 2ª ed. rev. e ampliada​. São Paulo:
Editora UNESP, 2010.

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