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Constantino Gabriel Mucuele

Periodização literária

(Licenciatura em Ensino de Português)

Universidade Rovuma
Lichinga
2020
Constantino Gabriel Mucuele

Periodização literária

Trabalho da cadeira de Estudos literários, a ser apresentado e


entregue no Departamento de Ciências da Linguagem e
comunicação para fim avaliativo, sob orientação da Dr.
Eusébio Félix.

Universidade Rovuma

Lichinga
Índice

Objectivo geral….………………………………………………………………………………1

Objectivo Especifico….…………………………………………………………………………1

Periodização literária.…………………………………………………………………………..2

Modelos de periodização….…………………………………………………………………….3

Conceitos e diferença entre períodos literário….………………………………………….....4

Movimentos literários…………………………………………………………………………..5

Geração literária….……………………………………………………………………………...6

Elementos configuradores da evolução literária….……………………………………............7

Conclusão ….……………………………………………………………………………………..8

Referências bibliográficas….……………………………………………………………............9
Introdução

O presente trabalho versa sobre estudos literários, Periodização histórica da literatura, modelos da
periodização circular e espiral, conceitos e diferenças entre períodos literários, movimentos
literários, geração literária, elementos configuradores da evolução literária e exemplos dos
elementos configuradores da literatura.

Objectivo

Objectivo geral

Analisar os aspectos referentes a periodização da literatura.

Objectivos específicos

 Identificar os periodos historicos da literatura;


 Diferenciar os periodos historicos da literatura;
 Caracterizar os movimentos literarios.

Metodologia do trabalho

Tal como se vislumbra a presente pesquisa é bibliográfica.


1.Evolução histórica da periodização

Conceito:

    Periodização literária, “acto de periodizar”, ou seja dividir em períodos a literatura. É assim que o
dicionário define e foi desta forma que no Egipto e na Grécia antiga se realizava uma preparação,
primeiramente para as batalhas e posteriormente com o surgimento dos Jogos Olímpicos, foi utilizada
esta mesma periodização de forma a melhorar a performance dos atletas, tal como foi citado por Braz
(2006), citando Dantas (2003), “De início utilizado apenas para fins militares e depois passou a ser
utilizada com o objectivo de aumentar a performance na prática desportiva.”

- A literatura situa-se forçosamente no devir temporal e no transcurso histórico. As obras literárias,


porém, não se inserem no discurso temporal de modo fortuito, nem como uma gigantesca coleção de
indivíduos absolutamente alheios uns aos outros.

- A literatura situa-se forçosamente no devir temporal e no transcurso histórico. As obras literárias,


porém, não se inserem no discurso temporal de modo fortuito, nem como uma gigantesca coleção de
indivíduos absolutamente alheios uns aos outros.

- É lógico que os historiadores e os estudiosos do fenômeno literário, movidos por autênticas


exigências críticas, ou, algumas vezes, por razões meramente didáticas, tenham procurado estabelecer
determinadas divisões e batizadas no domínio vastíssimo da literatura.

- Tem de reconhecer-se, todavia, que as tentativas levadas a efeito no campo da periodização literária
apresentam, muitas vezes, acentuada heterogeneidade e carência de fundamentação.

- O século é uma unidade estritamente cronológica, cujo início e cujo término não determinam
forçosamente a eclosão ou a morte de movimentos artísticos, de estruturas literárias, de idéias estéticas,
etc.

- Tão inconsistente como a divisão em séculos da história literária, revela-se a fixação dos períodos
literários segundo acontecimentos políticos ou sociais: “literatura do reinado de Luís XIV”, “literatura
elisabetana” ou “vitoriana”, etc. Este enfeudamento da história literária à história geral, política ou
social – enfeudamento que já durou muitos anos e que ainda persiste –, radical numa concepção
viciada do fenômeno literário: este é entendido como uma espécie de epifenômeno dos fatores
políticos e sociais, e portanto como um elemento carecente de autonomia e desenvolvimento próprio.

- A atitude nominalista é uma atitude cética que reduz a história literária a um acervo assignificativo,
desconhecendo um aspecto essencial da atividade literária: a existência de estruturas genéricas que,
sob múltiplos pontos de vista, possibilitam a obra individualizada.

- Paul Valéry, exprimindo este ceticismo, escreveu (Mauvaises pensées) que é impossível pensar
seriamente com vocábulos como “classicismo”, “romantismo”, “humanismo” e “realismo”, pois que
ninguém mata a sede ou se embriaga com os rótulos das garrafas.

- O ceticismo de uma concepção nominalista dos períodos literários é compreensível, dada a licenciosa
utilização que tem sido feita de palavras como “classicismo”, “romantismo”, “realismo”, etc. Quando
muitos críticos falam do movimento romântico introduzido por S. Paulo no pensamento grego, ou na
textura e na essência românticas da Odisséia, ou quando afirmam que o romantismo “nasceu no jardim
do Éden” e que “a serpente foi o primeiro romântico”, é compreensível que um estudioso como o Prof.
Arthur Lovejoy escreva que “a palavra romântico chegou a significar tantas coisas que, por si própria,
não significa nada. Deixou de realizar a função de um signo verbal”.

- É necessário escolher critérios literários para fundamentar e definir os períodos literários, evitando a
intromissão perturbadora de esquemas e classificações originários da política, da sociologia, da
religião, etc. O ponto de partida terá de ser a própria realidade histórica da literatura, as doutrinas, as
experiências e as obras literárias, para não se tombar, precisamente, no nominalismo ou no
metafisicismo.

- Parece-nos que o Prof. René Wellek encontrou o caminho justo, ao definir o período literário como
“uma seção de tempo dominada por um sistema de normas, convenções e padrões literários, cuja
introdução, difusão, diversificação, integração e desaparecimento podem ser seguidos por nós”. Esta
definição apresenta o período literário como uma “categoria histórica” ou como uma “idéia
reguladora”, excluindo quer a tendência nominalista, quer a tendência metafísica, pois os caracteres
distintivos de cada período estão enraizados na própria realidade literária e são indissociáveis de um
determinado processo histórico.
- Assim fundamentada, a periodização literária não se confunde com qualquer espécie de tipologia
literária, de teor psicológico ou filosófico, visto que os esquemas tipológicos desconhecem a
historicidade dos valores literários.

- Na definição proposta por René Wellek, o período é definido por um “sistema de normas,
convenções e padrões literários”, isto é, por uma convergência organizada de elementos, e não por um
único elemento. O romantismo, por exemplo, é constituído por uma constelação de traços – hipertrofia
do eu, conceito de imaginação criadora, irracionalismo, pessimismo, anseio de evasão, etc, - e não por
um único traço.

- Cada um dos elementos formativos da estética romântica pode ter existido anteriormente, isolado ou
integrado noutro sistema de valores estéticos, sem que tal fato implique a existência de romantismo
nos séculos XVI ou XVII, por exemplo.

- Falar de romantismo a propósito de Eurípedes, Shakespeare, etc., representa um asserto desprovido


de sentido histórico e de rigor crítico, mesmo quando se acrescenta ao vocábulo “romantismo” uma
expressão como avant la lettre ou outra semelhante.

- A definição de Wellek claramente demonstra que o conceito de período literário não se identifica
com uma mera divisão cronológica, pois cada período se define pelo predomínio, e não pela vigência
absoluta e exclusivista, de determinados valores.

- Um período não se caracteriza por uma perfeita homogeneidade estilística, mas pela prevalência de
um determinado estilo.

- O historiador italiano Eugenio Battisti diz que “a possibilidade de reduzir tudo a poucos e simples
conceitos é um mito metodológico, somente fruto da ignorância ou da preguiça”.

- Na França, por exemplo, durante o século XVII, coexistem um estilo barroco e um estilo clássico,
com caracteres diferentes e até opostos, mas apresentando freqüentes interferências mútuas.

- O conceito de período literário, tal como o entendemos, implica ainda outra consequência muito
importante: os períodos não se sucedem de modo rígido e linear, como se fossem entidades discretas,
blocos monolíticos justapostos, mas sucedem-se através de zonas difusas de imbricação e de
interpenetração.

- O processo de formação e desenvolvimento de um período literário é vagaroso e complexo,


subsistindo em cada período novo, em grau variável, elementos do período anterior. No romantismo
persistem elementos neoclássicos, como persistem no realismo elementos românticos.

- A utilização de datas precisas para assinalar o fim de um período e o início de outro, como se
tratasse de marcos a separar dois terrenos contíguos, não possui valor crítico, apenas lhe podendo
ser atribuída uma simples função de balizagem, como que a indicar um momento particularmente
representativo na aparição de um período.

- O estudo da periodização literária exige uma perspectiva comparativa, pois os grandes períodos
literários, como a Renascença, o maneirismo, o barroco, o classicismo, o romantismo, etc., não são
exclusivos de uma determinada literatura nacional, abrangendo antes as diferentes literaturas
européias e americanas, embora não se manifestem em cada uma delas na mesma data e do mesmo
modo.

1.1-Modelo da periodização literária em destaque ( modelo circular e espiral)


Octavio Paz recupera e ressalta a importância dos mitos pré-cortesianos, que denunciam a
existência de outras temporalidades míticas incrustadas na história mexicana e operam uma volta
ao tempo circular das culturas pré-colombianas, na tentativa de reconciliar passado e presente.

 a)  Modelo Circular;

O poema “Piedra de Sol” marcou, segundo Maya Schärer-Nussberger, uma passagem na obra
poética de Octavio Paz em que, mais que uma volta do tempo, sugerida pelas voltas dos ciclos
planetários (as voltas do planeta Vênus, como se apresenta no poema) impõe-se a metáfora do
círculo e da espiral, como se o poema literalmente terminasse em seu começo: Não há dúvidas de
que Piedra de Sol é o poema paziano do Eterno Retorno. Não só porque se remete ao Calendário
Asteca, mas principalmente por sua estrutura. Como advertiu o poeta em uma nota na primeira
edição em 1957, os 584 decassílabos que compõem o texto correspondem aos 584 dias do ciclo
do planeta Vênus. É como se o poema seguisse exatamente o ‘caminho’ da ‘revolução sinódica
do planeta Vênus (poema 674).55 Como um texto que gira sobre si mesmo e que se desdobra
diante de nós, como as voltas intermináveis de uma escritura cujo fim se enlaça ao princípio, as
voltas intermináveis da escritura paziana, diz Maya SchärerNussberger, se enlaçam às voltas da
leitura, o que torna possível ler o poema Piedra de Sol como máquina de movimento perpétuo. A
leitura gravita em torno de um texto circular, reforçando a metáfora do “eterno retorno” que
expressa o vínculo entre a poética paziana e a filosofia de Nietszche; o Romantismo e as
vanguardas.56 O poema segue os movimentos do planeta Vênus, um movimento em espiral em
que a revolução dos astros não se projeta em direção ao futuro, mas representa um voltar atrás,
uma volta às origens. Para Octavio Paz, o termo revolução não está relacionado à realização da
utopia, localizada no futuro, mas a uma volta às origens, ou à busca de uma idade de ouro
perdida no passado. 55 Schärer-Nussberger, Maya. Octavio Paz, Trayectorias y Visiones.
México, D.F.: EFE, 1989, p. 130. 56Ver: Schärer-Nussberger, Maya. Op. Cit, p. 131. A autora
refere-se a uma epígrafe do poeta Gérard Nerval em Les Chimères, que se refere às voltas do
tempo e que influenciou Octavio Paz. 38 A concepção moderna de história interpreta as
Revoluções como uma ruptura abruta, capaz de negar completamente o passado e instituir a
sociedade livre igualitária, projetada no futuro. Mas o tempo, na obra poética e crítica de Octavio
Paz não se expressa como um movimento projetado em direção ao futuro, que seria a realização
da utopia, da sociedade feliz. Na poética de Octavio Paz, as vueltas e re-vueltas do tempo
expressam a existência ou a história do homem, lançado em um labirinto espacial e temporal. A
metáfora do tempo na história moderna é representada, muitas vezes, pelo sinal de uma linha ou
de uma flecha; na poética paziana e nos ensaios sobre a história, a metáfora do tempo pode ser
representada por uma espiral, ou pelo desenho do labirinto. A poesia de Octavio Paz expressa o
movimento da continuidade do tempo cíclico, interrompido pelos instantes verticais, que abrem
portas sobre o ser, marcando uma imagem de simultaneidade de todos tempos. Apesar da
referência, constante, às concepções de tempo das sociedades americanas anteriores à conquista,
que são cíclicas (o tempo para os astecas, por exemplo, é repetição do passado no presente), não
é tanto a irrupção do passado pré-hispânico, que coloca em xeque o tempo cronológico. Ao
confundir passado e presente, algo que chama a atenção no poema Piedra de Sol é o movimento
de ir e vir no poema, fazendo com que cada instante se transforme em um agora ao qual sempre
estamos chegando. Se nos recordamos de que, para Octavio Paz, o poema é histórico e ultrapassa
a história, podemos perceber como sua obra buscou alcançar uma síntese entre o tempo linear e o
tempo cíclico. Em Piedra de Sol, ele não fica preso no tempo cronológico da história moderna,
nem no tempo circular das sociedades anteriores à conquista. Nesse poema, o tempo mítico se
enlaça com o tempo histórico, pois sobre o tempo circular do mito se inserta a história:
b) Modelo Espiral.
Octavio Paz recupera e ressalta a importância dos mitos pré-cortesianos, que denunciam a
existência de outras temporalidades míticas incrustadas na história mexicana e operam uma
vuelta ao tempo circular das culturas précolombianas, na tentativa de reconciliar passado e
presente. O poema “Piedra de Sol” marcou, segundo Maya Schärer-Nussberger, uma passagem
na obra poética de Octavio Paz em que, mais que uma volta do tempo, sugerida pelas voltas dos
ciclos planetários (as voltas do planeta Vênus, como se apresenta no poema) impõe-se a metáfora
do círculo e da espiral, como se o poema literalmente terminasse em seu começo:

1.2-Periodo Literário

Conceito:
Período literário também implica um agrupamento através do tempo. Mas uma obra, ao invés de ser
“colocada” dentro do todo da história literária, é “colocada” dentro de um prazo muito mais restrito.

Literatura barroca em Portugal


A literatura barroca portuguesa foi impressa principalmente em duas antologias: Fénix_Renascida e
Postilhão_de_Apolo, que reuniu autores como: D. Francisco Manuel de Melo, Jerónimo Baía, Soror
Violante do Céu, António da Fonseca Soares (Frei António das Chagas), D. Tomás de Noronha, Diogo
Camacho e António Barbosa Bacelar, Eusébio de Matos, Bernardo Vieira Ravasco, Francisco Rodrigues
Lobo e D. Francisco Xavier de Meneses, entre outros. Além desses poetas, destaca-se igualmente o padre
Antônio Vieira, que participa tanto da história da literatura portuguesa quanto da literatura brasileira, e a
escritora sóror Mariana Alcoforado.

O Renascimento, ou Renascença, foi um importante movimento cultural que ocorreu na Europa entre os
séculos XIV e XVI. Entre os principais artistas deste período, podemos citar:
- Francisco de Holanda,Jorge Afonso,Nuno Gonçalves, Vasco Fernandes, Jorge Afonso,
Humanismo é o nome da produção literária do período situado entre o final da Idade Média e o início da
Idade Moderna. Ou seja, entre o século 15 e o início do 16.
Fernão Lopes e Gil Vicente

Naturalismo
Baseia-se na filosofia de que só as leis da natureza são válidas para explicar o mundo e de que o homem
está sujeito a um inevitável condicionamento biológico e social. Aluísio Azevedo, Inglês de Souza,
Adolfo Caminha O Neoclassicismo surgiu em Portugal no último quartel do século XVIII. Começou por
ter uma maior expressão no Porto e só depois se estendeu para Lisboa.
Faustino José Rodrigues;
Barros Laborão··O Romantismo em Portugal surgiram no século XIX. Nas artes plásticas o Romantismo
é normalmente encarado como um movimento oposto ao neoclassicismo
, por ser uma reacção à excessiva racionalidade clássica, negando os princípios de harmonia, ordem e
proporção. Autores no papel.

O Simbolismo começou em 1857 com a publicação de As flores do Mal, de Charles Baudelaire (1821 –
1867). Esteticamente, os simbolistas se

1.3-Movimentos Literários em Portugal e no Brasl.

.Movimentos literários portugueses

A literatura brasileira formou-se com base na literatura europeia. Por isso, a periodização das escolas
literárias é elaborada por aqui tendo como berço a Europa. Importante Salientar que a delimitação
cronológica das escolas literárias é um recurso meramente didático, uma vez que entre elas acaba existindo
uma interdependência de estilos, e também porque o início de uma nova tendência nem sempre coincide
com o final da anterior.

Era medieval

Os principais movimentos literários em Portugal na Idade Média foram:


 Trovadorismo: inicia-se em 1189 (ou 1198), data provável da publicação da “Canção da
Ribeirinha”, cantiga de amor de Paio Soares de Taveirós, considerada o mais antigo texto escrito em
galego-português.
 Humanismo: inicia-se em 1434, quando Fernão Lopes é nomeado cronista-mor da Torre do
Tombo.

Era clássica

Os principais movimentos literários em Portugal entre os séculos XVI e XVIII foram:

 Classicismo ou Quinhentismo: inicia-se em 1527, quando Sá de Miranda (1481-1558) retorna


da Itália, introduzindo em Portugal a estética renascentista.
 Barroco ou Seiscentismo: inicia-se em 1580, quando Portugal passa a ser dominado pela
Espanha.
 Arcadismo (Neoclassicismo) ou Setecentismo: inicia-se em 1756, ano da fundação da
Arcádia Lusitana.

Era romântica ou moderna

Os principais movimentos literários em Portugal nos séculos XIX e XX foram:

 Romantismo: inicia-se em 1825, com a publicação do poema “Camões”, de Almeida Garrett


(1799-1854).
 Realismo: inicia-se em 1865, com a polêmica denominada “Questão Coimbrã”.
 Simbolismo: inicia-se em 1890, com a publicação do livro Oaristos, de Eugênio de Castro
(1869-1944).
 Modernismo: inicia-se em 1915, com a publicação da revista Orpheu. Alguns autores
consideram um novo período modernista a partir de 1945, denominado Neorrealismo.

Movimentos literários brasileiros

A literatura brasileira apresenta dois grandes períodos, o colonial e o nacional, divididos pela
proclamação da Independência do Brasil (1822).

Período colonial
A era colonial brasileira compreende três movimentos literários:

quinhentismo corresponde ao período literário que abrange todas as manifestações literárias produzidas
no Brasil à época de seu descobrimento pelos portugueses, durante o século XVI. É um movimento
paralelo, ou seja, parecido, ao classicismo português e possui ideias relacionadas ao renascimento, que
vivia o seu auge na Europa. A literatura informativa, também chamada de literatura dos viajantes ou dos
cronistas, consiste em relatórios, documentos e cartas que empenham-se em levantar a fauna, flora….
Barroco ou Seiscentismo

Protestante no século XV. No século seguinte, teve início a Contra-reforma, que seria um tipo de
resposta da Igreja para as acções de Lutero, onde se procurava ensinar as doutrinas de Igreja e propagar
a religião. O Barroco é o movimento artístico e literário do período da Contra-reforma. A palavra
Barroco, que em português de Portugal significa pérola negra de formato irregular, começou a ser
utilizada para descrever objectos de forma irregular ou que fugisse dos padrões estabelecidos. 2. O
conflito barroco….

.Arcadismo ou Setecentismo

O período nacional compreende no Brasil os seguintes movimentos literários:

 Romantismo
 Realismo e Naturalismo
 Simbolismo
 Modernismo
 Pré-Modernismo

1.4-Geração Literária

Grupo de escritores contemporâneos e coetâneos que comungam dos mesmos ideiais, respondem aos
mesmos desafios históricos, partilham a mesma estética e que muitas vezes procuram construir
uma obra com características comuns. O conceito é naturalmente frágil se atribuído apenas
em função do critério da contemporaneidade de um conjunto de escritores; também não é correcto
agrupar escritores numa geração literária em função da idade, se não existirem afinidades ideológicas e
estéticas e, sobretudo, um desejo colectivo de afirmação literária, condição que nos parece fundamental
na canonização de uma geração literária; e ainda pode falhar o critério da familiaridade de opiniões e
pensamento para agrupar certos escritores numa geração literária, porque esta admite a inclusão de
indivíduos que não concordam com os mesmos ideiais, mas que, por razões históricas ou culturais, se
encontram ligados a um grupo determinado. O conceito pode ser também de aplicação mais restrita, por
exemplo, quando utilizado em expressões do tipo “a geração literária do autor A.”, que diz respeito,
normalmente, ao conjunto de escritores revelados no momento histórico em que esse autor se anunciou,
sem que necessariamente todos eles se tenham constituído em escola.

Uma das mais famosas gerações portuguesas, a Geração de 1870, de que fazem parte, entre outros, Eça
de Queirós, Antero de Quental, Ramalho Ortigão e Oliveira Martins, só é agrupável se considerarmos a
existência de um programa estético colectivo e a aspiração comum de construção positiva de um dado
caminho na história literária. O conceito já está, nesta altura, a germinar — é o próprio Antero que
reconhece a existência de uma “geração nova” que está a nascer na vida literária portuguesa, o que se
comprova no texto inconclusivo que preparou entre 1872 e 1875, com o título de “Programa para os
Trabalhos da Geração Nova”. Uma geração literária, como afirmação colectiva de um grupo de
escritores, necessita de estabelecer quase sempre um corte de relações ideológicas com as gerações
precedentes, sem com isso estarem obrigados a assinarem os mesmos textos nos mesmos momentos
históricos. Um grupo de escritores da mesma idade também não faz por si só uma geração literária, que
pode acolher escritores de diferentes formações académicas e revelados em momentos únicos. Uma
geração literária pode, por esta razão, admitir a existência de dissidentes, que escolhem não seguir a
mesma ideologia, mesmo que, eventualmente, sejam da mesma idade do conjunto de escritores que a
constituem.

A ideia de inscrever na história literária determinadas gerações é praticamente uma invenção do século


XIX, embora já Heródoto, nas suas Histórias, tenha dividido o século em três gerações (aetates). Uma
das primeiras tentativas de identificar e caracterizar gerações literárias é a de Friedrich Schlegel, que,
em História da Literatura Antiga e Moderna (1815), destaca três gerações de escritores alemães no
século XVIII. Devemos, no entanto, a outro filósofo alemão, uma das primeiras reflexões teóricas sobre
o conceito de geração: num estudo dedicado a Novalis (1865), W. Dilthey discute a aplicação do
conceito, descurando, todavia, o critério da idade na sua formulação. Fidelino de Figueiredo, numa das
primeiras tentativas portuguesas de fazer história crítica da literatura, divide essa história em épocas,
mas não deixa de considerar, por exemplo, em História da Crítica Literária em Portugal (1910), que
existiu uma geração de 1870 que se afirmou pelo gosto anti-romântico.

O conceito de geração pertence ao grupo de termos necessários para fazer história literária e sua
respectiva didáctica. Aí se incluem os conceitos de era / época (podemos falar, por exemplo, de uma era
monárquica e de uma era republicana; e podemos distinguir uma época romântica e uma época realista,
como subdivisões epocais),  período / fase (falamos, por exemplo, do período barroco; e falamos da fase
barroquista do escritor A., como subdivisão do barroco),  movimento ou corrente (termos sinónimos
para caracterizar uma escola de escritores — não necessariamente uma única geração de escritores —
que se reúnem numa mesma ideologia e possuem uma estética individualizada, geralmente traduzida
num programa estético-literário, por exemplo, o movimento impressionista, expressionista, cubista,
futurista, etc.). O conceito de geração literária partilha a mesma noção de grupo de intelectuais que
pretendem afirmar-se social e culturalmente, rompendo com as regras estabelecidas para o momento
histórico, época, período, movimento ou corrente em que pretendem estabelecer uma ruptura. Tal
geração afirmar-se-á se conseguir formar uma escola de pensamento influente no progresso social, nos
costumes civilizacionais, nas políticas culturais ou na educação literária dos indivíduos. O grau de
combatividade de uma geração está, naturalmente, dependente do estado actual das coisas no momento
em que se afirma o desejo colectivo de mudança.

1.5-ELEMENTOS CONFIGURADORES DA EVOLUCAO DA LITERATURA

O estudo sistemático da Literatura deu seus primeiros passos apenas no século XIX quando a “ideia
literatura” alcançou sua concretude no meio científico.

Os historiadores da literatura utilizavam-se da “média evolutiva da tradição” para definir o posto de cada
obra em períodos pré-definidos. Esta crítica diacrônica preocupava-se apenas em reconhecer
características clássicas e excluía tudo o que não correspondesse às normas em vigor. Neste ponto, o
historicismo e o psicologismo são os instrumentos de que se valem estes pseudo críticos. A compreensão
da literatura estava na investigação dos fenômenos que ocorrem na psique do autor e nos fatores externos
(sociais e históricos) que pudessem influenciar o momento da composição da obra.

Entretanto, um acontecimento revolucionaria este cenário: a delimitação do objeto de estudo da


Linguística e seu reconhecimento como ciência. Isto ocorre exatamente no século XIX. Até então, a
eleição da análise diacrônica como método de investigação não representava oposição a outro método
como se supõe. É com os estudos linguísticos que surge um novo ponto de observação para os críticos
literários. Neste momento, instaura-se a oposição entre os procedimentos de análise. Configuram-se,
neste cenário, duas fortes correntes: a subjetivista e a formalista.
Os formalistas elegeram o texto como fonte única de pesquisa, valorizaram a Poética dentro da
Linguística e o estudo sincrônico como forma de avaliar as obras produzidas no período e a tradição
revivida.

Assim como não há substituição do método diacrônico pelo método formalista de pesquisa, não há
substituição de um sistema literário pelo seu sucessor. O que se determinou ‘evolução literária’ deveria
ser, na verdade, um estudo da variabilidade literária. Admitindo-se que cada época se constitui em um
sistema particular com seu procedimento criativo único, não se pode aplicar a épocas variadas o mesmo
critério de avaliação

Tynianov estabelece um procedimento de investigação que abrange todos os aspectos que envolvem o


processo criativo:

FC: Função construtiva (elo), objeto de estudo.

FA: Função autônoma (sistema interno da obra), foco principal da investigação.

FS: Função sinônima (elementos presentes na obra e no sistema particular).

Partindo do micro para o macro, a relação entre função autônoma e função sinônima seria a seguinte:

a) Micro: o próprio texto. Ex.: o valor e a função do elemento léxico dentro do texto e dentro do sistema.

b) Macro: o sistema literário. Ex.: a obra literária como expoente da tradição do sistema.

A função construtiva está no contexto em que aparece o elemento lexical, na obra representativa de uma
tradição e na relação obra-sistema. de igual maneira, a função construtiva é o elo entre a obra e os
elementos característicos do sistema, mas que não a compõe (micro) e, entre o sistema e o outro, e um
sistema e a variabilidade da linha diacrônica da literatura (macro).

Para Tynianov,
“a função autônoma não decide, ela apenas oferece uma possibilidade, é uma condição da função
sinônima.”

A função construtiva deve ser o principal objetivo de observação do crítico, mas é a função autônoma o
fator que permite a construção de uma ciência literária. Exatamente por isso é que o estudo imanente da
obra perde seu valor como dado científico. O fato literário apurado mediante uma investigação puramente
imanente perde sua significação, pois não encontra o diferencial que a justifique.

“O estudo isolado de uma obra não nos dá certeza de falarmos corretamente de sua construção, de falarmos
da própria construção da obra.”

Outro importante aspecto que se deve observar é o comportamento dos elementos formativos através do
tempo. A forma é a única a evoluir no processo literário. O elemento formativo em suas várias faces e
funções é o verdadeiro responsável pelo que se convencionou chamar “evolução”. Por este motivo é que
os gêneros não são constantes: o elemento formativo está em constante metamorfose.

O elemento formativo destacado por um determinado período torna-se dominante e graças a esta
variável dominante a obra adquire função literária. Quando este elemento, em sua metamorfose,
coloca-se em um pólo oposto ao da série a que pertence, surge um agente de vanguarda.

Com relação ao extraliterário, especificamente à vida social, é preciso esclarecer também a sua função no
processo criativo.

Diferentemente do que observam os subjetivistas, a vida social não é um fator de influência na psiquê do
autor.

A vida social está presente na obra ainda mais directamente do que se supunha: está presente no texto
através de seu aspecto verbal. A intenção criadora do autor alcança seu objetivo através das atividades
linguísticas.
“Para manejar um material especificamente literário, o autor submete-se a ele e afasta-se dessa forma de
sua intenção.”

A perda provocada por este afastamento é recuperada na forma linguística.

O processo inverso, ou seja, a expansão da função literária na vida social, acontece por meio da
personalidade literária e não da pessoa (do autor). Este talvez seja o maior ponto de conflito entre
subjetivistas e formalistas.

Aspectos pessoais, psicológicos e sociais podem ou não influenciar de forma significativa o processo
criativo. Entretanto, os elementos formais que personificam esta influência nunca serão testemunhas da
individualidade do autor.

O estudo da evolução literária está condicionado ao estudo da função construtiva e da interacção com a
função literária, e esta com a função verbal. Somente desta forma a literatura pode se configurar como
um sistema.
Conclusão

    Após descrever os modelos de periodização literária, concluí que implica um agrupamento através do
tempo. Mas uma obra, ao invés de ser “colocada” dentro da história literária, é “colocada” dentro de um
prazo muito mais restrito de forma ou de outra, parece que todos os modelos tiveram como referência o
considerado a ideia de inscrever na história literária determinadas gerações é praticamente
uma invenção do século XIX, embora já Heródoto, nas suas Histórias, tenha dividido o século em três
gerações (aetates). Uma das primeiras tentativas de identificar e caracterizar gerações literárias é a de
Friedrich Schlegel, que, em História da  Literatura Antiga e Moderna (1815), destaca três gerações de
escritores alemães no século XVIII.

.
Referências

 Braz (2006), citando Dantas (2003), “De início utilizado apenas para fins militares e depois passou
a ser utilizada com o objectivo de aumentar a performance na prática desportiva.”
 Bompa (2002) resgata a teoria de Matveev mas critica-a se referindo que esse modelo serve apenas
para modalidades que exigem potência e velocidade.

OLIVEIRA, A.L.B.; SEQUEIROS, J.L.S.; DANTAS, E.H.M. Estudo comparativo entre o modelo de
periodização clássica de Matveev e o modelo de periodização por blocos de Verkhoshanski.
55 Schärer-Nussberger, Maya. Octavio Paz, Trayectorias y Visiones. México, D.F.: EFE, 19

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