Você está na página 1de 8

ESTRUTURA E SIMILARIDADE EM FLORESTAS URBANAS NA REGIÃO

METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO


Cláudio Alexandre de Aquino Santana, Welington Kiffer de Freitas e
Luís Mauro Sampaio Magalhães

RESUMO

As florestas tropicais apresentam diferentes tendências de cia a altura do peito >15cm. Foi observada baixa similarida-
sucessão ecológica, conforme uma combinação de fatores na- de florística e estrutural, mesmo em remanescentes de mesmo
turais e antrópicos. Com o objetivo de identificar padrões, tempo de sucessão, indicando a existência de diferentes fatores
foram compilados dados de estudos realizados na Região Me- envolvidos na sucessão nestes locais. A riqueza e a diversida-
tropolitana do Rio de Janeiro entre 1993 e 2006, em oito re- de estão diretamente relacionadas ao tempo, enquanto outros
manescentes de floresta secundária, utilizando o método de atributos variam conforme o uso anterior do solo e caracterís-
parcelas de área fixa, com critério de inclusão de circunferên- ticas do sitio.

Introdução distinto da dinâmica de clarei- Gestores públicos e moradores Janeiro (Santana et al., 1994,
ras associadas a f lorestas têm destacado o papel das 2004; Santana e Magalhães,
A longa história de ocupa- preservadas (Ewel, 1980; florestas secundarias urbanas 1995; Santana, 2002; Gomes,
ção da Mata Atlântica brasilei- Mesquita et al., 2001). A des- para as cidades. A todos os 2006). Estes estudos foram
ra resultou na drástica redução peito disto, sua estrutura pode serviços já mencionados, se realizados pelo Laboratório de
de sua área ao longo dos últi- se tornar semelhante à de flo- somam os benefícios que estas Manejo de Paisagens da
mos 500 anos (Dean, 1997). restas climáxicas em prazo proporcionam à vida das cida- Universidade Federal Rural do
Seus remanescentes ocupam relativamente curto, embora a des e às populações humanas Rio de Janeiro (UFRRJ) entre
11,7% de sua área original na composição florística possa ser que habitam estes espaços, 1993 e 2006, em florestas se-
forma de fragmentos em está- bastante distinta (Guariguata e como o conforto ambiental, a cundárias em estágios iniciais
gios diversos de alteração Osteartag, 2001; Holl, 2007). redução de poluentes do ar e o de sucessão. Foram estudadas
(Ribeiro et al., 2009; Zaú, As características e a velocida- convívio com elementos natu- 75 parcelas de 10×10m (100m²),
2011). O estado do Rio de de deste processo dependem rais, dentre outros. agrupadas em unidades de 500
Janeiro mantém ainda 18,6% das particularidades do sítio, e O presente artigo busca des- a 1000m², locadas no sentido
de suas f lorestas (Fundação do tipo e da intensidade do crever as características de da maior declividade do terre-
SOS Mata Atlântica, 2013), uso anterior do solo (Silva- fragmentos de florestas secun- no. A amostragem incluiu todas
concentradas principalmente Matos et al., 2005; Siminski dárias na Região Metropolitana as árvores com circunferência a
em Unidades de Conservação et al., 2011). do Rio de Janeiro, com o obje- altura do peito (CAP) >15cm.
e áreas de difícil acesso Estas florestas são provedo- tivo de identificar padrões de A Tabela I apresenta as áreas e
(Rocha et al., 2003). ras de serviços ambientais sig- desenvolvimento destas forma- suas características, e a
A maior parte das florestas nificativos e realizam funções ções, através da análise de sua Figura  1 a respectiva distribui-
existentes no estado do Rio de ecossistêmicas tais como pro- composição florística, estrutura ção espacial.
Janeiro resulta da regeneração teção de solos, sumidouro de fitossociológica e similaridade As espécies tiveram sua ta-
natural (IBDF, 1984) e são carbono atmosférico, repositó- florística. xonomia revisada conforme o
classificadas como f lorestas rios de material genético e APG III (2009), tendo como
secundárias, resultantes da al- fontes de biomassa, alimentos Material e Métodos apoio Lorenzi (1992, 2002,
teração originada pela ação e princípios medicinais, e por 2009), Carvalho (2003, 2006,
humana (Brown e Lugo, 1990; sua importância devem ser Foram utilizados dados 2008, 2010) e Lista de Espécies
Finegan, 1992; Corlett, 1995). devidamente estudadas e ma- oriundos de oito levantamen- da Flora do Brasil (Flora do
Seu processo de formação, tí- nejadas (Brown e Lugo, 1990; tos realizados na Região Brasil, 2014), sendo incluídos
pico de áreas abertas, é Guariguata e Ostertag, 2001). Metropolitana do Rio de nas análises apenas os taxa

PALAVRAS CHAVE / Análise de Agrupamento / Fitossociologia / Florestas Secundárias /


Recebido: 14/08/2014. Modificado: 01/06/2015. Aceptado: 10/06/2015.

Cláudio Alexandre de Aquino Welington Kiffer de Freitas. Luís Mauro Sampaio Magalhães. Ciências Ambientais, Instituto
Santana. Engenheiro Florestal e Engenheiro Florestal, Mestre e Engenheiro Florestal, UFFRJ, de Florestas, UFRRJ. Rodovia
Mestre em Ciências Ambientais Doutor em Ciências Florestais e Brasil. Mestre em Ciências de 465, Km 07, Seropédica, RJ,
e Florestais, Universidade Ambientais, UFRRJ, Brasil. Florestas Tropicais, Instituto CEP 23897-000. Brasil. e-mail:
Federal Rural do Rio de Janeiro Professor, Escola de Engenharia Nacional de Pesquisas da l.mauro@terra.com.br
(UFRRJ), Brasil. Engenheiro Industrial e Metalúrgica de Amazônia, Brasil. Doutor em
florestal, Prefeitura da Cidade Volta Redonda e Universidade Ciências do Solo, UFRRJ,
do Rio de Janeiro, Brasil. e- Federal Fluminense, Brasil. e- Brasil. Professor, UFRRJ,
mail: csantana72@uol.com.br mail: wkfreitas@gmail.com Brasil. Endereço: Depto. de

JULY 2015, VOL. 40 Nº 7 0378-1844/14/07/468-08 $ 3.00/0 479


STRUCTURE AND SIMILARITY OF URBAN FORESTS IN THE METROPOLITAN AREA OF RIO DE JANEIRO
Cláudio Alexandre de Aquino Santana, Welington Kiffer de Freitas and Luís Mauro Sampaio Magalhães
SUMMARY
Tropical forests have different trends of succession, com- at breast height >15cm. The results show high structural and
bining natural and anthropogenic factors. In order to identify floristic dissimilarity even in remnants with equal succession
patterns, data from studies in the Metropolitan Region of Rio time, indicating the existence of multiple pathways for succes-
de Janeiro, Brasil, between 1993 and 2006 in eight second- sion in these places. Richness and diversity are directly related
ary forest remnants were compiled. The method of fixed area to the time of succession, while other attributes vary according
plots was used, with tree inclusion criteria of circumference to previous land use and features of the site.

ESTRUCTURA Y SIMILARIDAD EN FLORESTAS URBANAS EN LA REGIÓN METROPOLITANA DE RIO DE JANEIRO


Cláudio Alexandre de Aquino Santana, Welington Kiffer de Freitas y Luís Mauro Sampaio Magalhães
RESUMEN
Las florestas tropicales presentan diferentes tendencias de de circunferencia a la altura del pecho >15cm. Fue observada
sucesión ecológica, de acuerdo a una combinación de facto- baja similitud florística y estructural, aún en áreas preserva-
res naturales y antrópicos. Con el objetivo de identificar es- das con el mismo tiempo de sucesión, indicando la existencia
tándares, fueron compilados datos de estudios realizados en de diferentes factores involucrados en la sucesión en estos lo-
la Región Metropolitana de Rio de Janeiro entre 1993 y 2006, cales. La riqueza y la diversidad están directamente relaciona-
en ocho áreas preservadas de floresta secundaria, utilizando das al tiempo, mientras otros atributos varían de acuerdo con
el método de parcelas de área fija, con criterio de inclusión el uso anterior del suelo y las características del lugar.

TABELA I por 1 e 0, de forma a calcular com menor similaridade, quan-


CARACTERÍSTICAS DAS ÁREAS DE ESTUDO DE o índice de Kulczinsky, com do comparada com as demais
FRAGMENTOS DE FLORESTAS SECUNDÁRIAS NA a formação de dendrograma (20%). Um segundo agrupa-
REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO através do método de aglome- mento ocorreu entre as áreas
Áreas T S H’ G D Dm Alt ração UPGMA (Valentin, Mendanha 2 e 4, com simila-
Cemag 1 20 12 2,167 3,6 490 9,67 120
2000). Todas as análises ridade de 33%, às quais se
Cemag 2 25 20 2,634 11,8 460 18,07 125 foram realizadas com o uso uniu, num segundo momento,
Tonelero 35 35 3,061 18,3 1090 14,62 100 do software Fitopac v. 2.1.2 a área CEMAG 2, ao nível de
Realengo 7 7 0,850 5,3 700 9,82 160 (Shepherd, 2011). 27% de similaridade.
Jacarepaguá 25 17 2,598 15,6 770 16,06 95 A f lorística das áreas ca-
Casas Altas 15 13 2,278 3,9 600 9,10 90 Resultados e Discussão racterizou-se pelo predomínio
Mendanha 1 35 14 1,94 4,01 440 10,77 110 de espécies pioneiras e secun-
Mendanha 2 35 25 2,43 3,39 940 6,78 120
Foram amostrados 549 indiví- dárias iniciais, representadas
T: tempo estimado de sucessão (anos), S: riqueza (nº de espécies), duos, pertencentes a 74 espé- por 65% dos taxa, de ocor-
H’:  índice de diversidade de Shannon-Weaver (nats/ind), G: área cies, das quais cinco alóctones, rência ampla, com baixa ri-
basal (m²·ha-1). D: densidade (ind/ha), D m: diâmetro médio (cm), Alt: e 27 famílias (Tabela II). As queza por local, variando en-
altitude (msnm).
famílias mais bem representadas tre 7 e 35 espécies. Em rela-
foram Fabaceae (14 espécies), ção à síndrome de dispersão,
identificados a nível especifi- área basal, densidade, diâmetro Moraceae, Melastomataceae e a zoocoria predominou entre
co. A identificação foi realiza- médio e percentual de espécies Meliaceae (5 espécies cada). as espécies amostradas, conta-
da no campo, sendo coletado de estágios avançados de suces- Nenhuma espécie foi comum a bilizando 57% do total. A
material apenas das plantas em são (pioneiras + secundárias todas as áreas amostradas, sen- anemocoria, síndrome típica
que persistia alguma dúvida, iniciais / secundárias tardias / do apenas quatro encontradas de clareiras e áreas abertas,
para posterior identificação no climáxicas) (Magalhães e em pelo menos metade dos le- representou 24%, e a autoco-
herbário da UFRRJ. Freitas, 2013), utilizando o mé- vantamentos. Refletindo este ria, aqui associada principal-
A partir da experiência pré- todo da regressão linear sim- fato, a similaridade entre as mente a espécies de legumi-
via dos autores na região, as ples (Spiegel, 1993) calculada áreas foi baixa. nosas secundárias iniciais,
espécies foram agrupadas, de com o software Excel® 2010. O dendrograma de similari- totalizou 12% (Figura  3).
acordo com a presença nas A análise fitossociológica é dade (Figura 2) formou um Essas áreas apresentam sinais
diferentes fases sucessionais, a descrita em Mueller- primeiro grupo com as áreas de degradação, com uso pre-
utilizando-se a separação pro- Dombois e Ellemberg (1974), Casas Altas e Jacarepaguá, térito para extrativismo, agri-
posta por Budowski (1965). O com cálculos para densidade, com 43% de similaridade. cultura e pastagens, além do
mesmo foi feito para as sín- dominância e frequência, Uma terceira área, Tonelero, efeito de borda que provavel-
dromes de dispersão seguindo além do valor de importância. apresentou similaridade de mente interfere nos fatores
Van der Pijl (1982). O cálculo da similaridade uti- 34% em relação a este grupo, abióticos, tais como baixa
Foi estabelecida correlação lizou uma matriz de presença- e a estas se associa a área circulação atmosférica, maior
entre a idade de regeneração e -ausência, cujo caráter foi re- CEMAG 1, com 28%. A área temperatura e menor umidade
os fatores riqueza, diversidade, presentado respectivamente Realengo é a que se apresenta (Oliveira et al., 1995). O

480 JULY 2015, VOL. 40 Nº 7


índice de diversidade de
Shannon (H´) variou entre
0,850 e 3,061 nats/ind, as den-
sidades absolutas entre 440 e
1.090 ind/ha, áreas basais entre
3,6 e 18,3m²·ha-1 e diâmetros
médios entre 9,10 e 18,07cm.
A maioria das espécies do-
minantes em cada área
(Figura  4) possui forte repre-
sentatividade nos três parâme-
tros considerados no valor de
importância (densidade, domi-
nância e frequência). Este con-
junto corresponde a 49 espé-
cies, ou 66% do total encon-
trado. Quase todas as famílias
presentes no estudo estão re-
presentadas através das espé-
cies de maior importância (23
em 27, ou 85,2%).
As correlações entre idade e
os fatores riqueza, área basal,
Figura  1. Localização das áreas de estudo de fragmentos de florestas secundárias na Região Metropolitana do diversidade, densidade e diâ-
Rio de Janeiro (imagem GoogleEarth®).
metro médio foram positivas,
embora o coeficiente de ajuste
TABELA II r² tenha sido significativo ape-
LISTAGEM DE ESPÉCIES ENCONTRADAS NESTE ESTUDO, nas para riqueza, diversidade e
POR FAMÍLIA, COM O NÚMERO DE INDIVÍDUOS POR ÁREA percentual de espécies de está-
Família / Espécie A B C D E F G H GE SD gios avançados. Os outros pa-
Anacardiaceae
râmetros apresentaram baixa
correlação com a idade de su-
Astronium graveolens Jacq.  1  6 St An
cessão (Figura  5).
Mangifera indica L.  8 E Sc Os resultados encontrados
Schinus tertebinthifolius Raddi  1  1  3 Pi Zo são compatíveis com aqueles
Spondias lutea L.  1  5  2 Si Zo encontrados em outras flores-
Annonaceae tas secundárias desenvolvendo-
Annona sylvatica A. St. Hill  1 Si Zo -se após a ação antrópica
Apocynaceae (Oliveira, 2002; Magalhães e
Aspidosperma parvifolium A.DC. 10 St An Freitas, 2013). A estrutura das
Tabernaemontana australis Müll. Arg.  2 Pi Zo áreas demonstra o domínio de
Tabernamemontana fuchsiaefolia Miers.  7  4 Pi Zo poucas espécies, característica
amplamente reconhecida em
Asteraceae
estágios iniciais da sucessão
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera  1 28 Si An
(Budowski, 1966; Guariguata e
Vernonia crotonoides Sch.Bip. ex Baker  1 Pi An Ostertag, 2001). Em relação à
Bignoniaceae composição de grupos ecológi-
Jacaranda macrantha Cham.  2 St An cos, a predominância encontra-
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. 10  4  5  1  3 Si An da de pioneiras e secundárias
Boraginaceae iniciais é característica mar-
Cordia taguahyensis Vell.  5 St Zo cante de estágios iniciais
Cannabaceae (Budowski, 1966; Finegan,
Trema micrantha (L.) Blume  1 10 Pi Zo 1996), onde um pequeno gru-
Erytroxylaceae po responde pela concentração
de atributos estruturais da flo-
Erytroxyllum pulchrum A. St.-Hil.  5 Si Zo
resta, com a presença de pou-
Euphorbiaceae
cas famílias (Corlett, 1995).
Sapium glandulatum (L.) Morong  1 Pi Zo Tal característica tende a se
Elaeocarpaceae diluir com o tempo, com o
Sloanea monosperma Vell.  1 Cl Au ingresso de espécies de grupos
Fabaceae mais avançados e com diferen-
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan  6  3  6 Si Au tes histórias de vida (Cheung
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr  1  1 Si Au et al., 2010; Siminski, 2011).
Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld  3  6  4 St An A formação do dendrograma
Lonchocarpus guilleminianus (Tul.) Malme  1  2 Si Au pelo método UPGMA destacou
dois grandes grupos (Figura  2),

JULY 2015, VOL. 40 Nº 7 481


Família / Espécie A B C D E F G H GE SD com baixa similaridade entre as
Machaerium nyctitans (Vell.) Benth.  8 St An áreas componentes de ambos
(0,20 e 0,27). O primeiro grupo
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel  1 St An
engloba as áreas Casas Altas,
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze  1  1 Pi Au Jacarepaguá, Tonelero, CEMAG
Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert)  1  3  7 Si An 1 e Realengo, associando mais
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.  4 21  4  3  4 Si Au fortemente as duas primeiras
Piptadenia paniculata Benth.  1  1  7 Si Au (0,43). A área de Realengo, por
Pseudopiptadena warmingii (Benth.) sua vez, encontra-se na posição
 2  1 Si Au de maior dissimilaridade em
G.P. Lewis & M.P. Lima
Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake  1 Si An relação às demais áreas do gru-
Senegalia polyphylla DC.  9 13  6 Si Au po (0,20). Neste grupo, reú-
Swartzia langsdorffii Raddi  1 Si Zo nem-se áreas com maior núme-
Lamiaceae
ro de espécies em comum entre
si. A presença de espécies nati-
Aegiphila mediterranea Vell.  1 Pi Zo
vas é mais significativa, com
Aegiphilla sellowiana Cham.  1 Pi Zo poucas alóctones. Não há espé-
Lauraceae cies em comum entre as cinco
Nectandra rigida (Kunth) Nees  2  3 St Zo áreas do grupo, ou um padrão
Persea americana Mill.  1 E Sc sucessional definido, pois se
Persea pyrifolia Nees.  2 Cl Zo agrupam áreas de idades dife-
Malvaceae rentes (7, 15, 20, 25 e 35 anos).
Ceiba speciosa (A.St.-Hill.) Ravenna  3 St An A área menos similar é a de
Luehea grandiflora Mart. e. Zucc.  1  1  3 Si An menor tempo de sucessão e a
Melastomataceae mais impactada por fatores ex-
Miconia cabussu Hoehne  4 Pi Zo
ternos (no caso, incêndios fre-
quentes decorrentes da criação
Miconia calvescens Schrank & Mart. ex DC  1 Pi Zo
de gado e domínio de uma só
Miconia cinammomifolia (DC.) Naud.  6 3 Si Zo espécie com capacidade de
Miconia prasina (Sw.) DC. 2 Pi Zo ocupação do terreno via propa-
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.  9 Pi An gação vegetativa). Estas áreas
Meliaceae encontram-se em diferentes
Cabralea cangerana Sald. 3  1 Cl Zo pontos da Região Metro-
Guarea guidonea (L.) Sleumer 1 1 14 6  1 Si Zo politana, em diferentes zonas
Trichilia hirta L.  1 Si Zo climáticas, diferentes vertentes
Trichilia martiana C.DC.  4 Si Zo e com diferentes históricos
Trichilia sylvatica C.DC. 1 Si Zo de uso do solo (Tabela I e
Moraceae
Figura 1).
O segundo grupo engloba
Artocarpus heterophyllus Lam. 1 20 37 E Sc
as áreas Mendan ha 1 e 2
Ficus gomelleira Kunth & C.D. Bouché 1 Cl Zo como as mais similares (0,33),
Ficus microcarpa L.f. 1 E Sc com a área CEMAG 2 apre-
Brosimum glaziouii Taub.  1 9 Cl Zo sentando a maior dissimilari-
Brosimum guianense (Aublet) Huber 3 1 Cl Zo dade (0,27). Este grupo carac-
Myrtaceae teriza-se pelo domínio da es-
Plinia glomerata (Berg.) Amsh.  1 Cl Zo pécie alóctone Artocarpus
Psidium guajava L. 2 2 E Sc heterophyllus, presente nas
Nyctaginaceae três áreas, sendo a de maior
Guapira hoehnei (Standl.) Lundell  4 St Zo impor tância nas áreas
Guapira opposita (Vell.) Reitz 3 1  1 Si Zo
Mendanha 1 e 2. A segunda
espécie de maior representati-
Phytolaccaceae
vidade nestas áreas é Guarea
Galesia integrifolia (Spreng.) Harms  4 St An guidonea, uma autóctone com
Seguiera langsdorfii Moq.  1 St An características de crescimento
Rutaceae e de arquitetura semelhantes a
Zanthoxyllum chiloperone (Mart.) Engl. 5 Si Zo A. heterophyllus, e igualmente
Zanthoxyllum rhoifolium Lam. 2 Si Zo presente nas três amostras. A
Salicaceae ligação da área CEMAG 2 a
Casearia decandra Jacq. 1 4 Si Zo este grupo se dá através des-
Casearia obliqua Spreng.  1 Si Zo tas duas espécies, que confe-
Casearia oblongifolia Rusby  1 Si Zo rem a maior u nifor midade
Casearia sylvestris Sw. 2 1  1 Si Zo
deste agrupamento. As duas
áreas de maior similaridade
Sapindaceae
deste segundo grupo encon-
Cupania oblongifolia Mart. 1 1  1 Si Zo tram-se geograficamente mui-
Cupania vernalis Cambess. 7 Si Zo to próximas, em vertente sul

482 JULY 2015, VOL. 40 Nº 7


Família / Espécie A B C D E F G H GE SD Janeiro, das quais apenas duas
Sapotaceae alcançaram valores >25%; o
autor atribui este fato à gran-
Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk.  3 Cl Zo
de var iedade de ambientes
Solanaceae estudados.
Metternichia princeps Mik. 2 Si An O grupo de espécies mais
Solanum pseudoquinӕ A. St. Hill 1 Si Zo comuns, encontradas em pelo
Urticaceae menos metade das áreas é re-
Cecropia catarinensis Cuatrec. 1  1 Pi Zo presentado por apenas quatro
Cecropia glaziouii Snethl.  3 1 2  2 Pi Zo espécies, ou 5,4% dos taxa
Cecropia pachystachya Trécul. 1  1 Pi Zo encontrados são Cecropia gla-
Verbenaceae ziouii, Guarea guidonea,
Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss.  4 St An Piptadenia gonoacantha e
Sparattosperma leucanthum.
A: CEMAG 1, B: CEMAG 2, C: Tonelero, D: Realengo, E: Jacarepaguá, F: Casas Altas, G: Mendanha 2, H: Essas são espécies de ocorrên-
Mendanha 4, GE: grupo sucessional, SD: síndrome de dispersão, Pi: pioneira, Si: secundária inicial, St: se- cia ampla, com capacidade de
cundária tardia, Cl: climáxica, E: exótica, Zo: zoocórica, An: anemocórica, Au: autocórica, Sc: sem
classificação. rebrota e com diferentes estra-
tégias de dispersão; mas, via
de regra, com facilidade de
transporte por aves ou vento,
Média de grupo (UPGMA) e baixa encosta, compar ti- ou com presença em chuva e
lhando características de his- bancos de sementes, perten-
0,0 toria de formação e suporte centes a gr upos iniciais de
geoclimático. A área CEMAG sucessão. Também são espé-
2 situa-se relativamente dis- cies encontradas em áreas ex-
Kulkzinsky

0,5 tante destas duas, em local e ploradas previamente pela


vertente distintas, porem com- agricultura (Lorenzi, 1992;
partilha o mesmo histórico de Oliveira, 2002; Sólorzano e
abandono de atividade agríco- Oliveira, 2005; Simões e
la pretérita. Marques, 2007).
1,0 A baixa similaridade encon- As áreas de maior diversi-
trada deve decorrer das carac-
Casas altas

Jacarepaguá

Tonelero

CEMAG 1

Realengo

Mendanha 2

Mendanha 1

CEMAG 2

dade (H´) foram também as


terísticas de sucessão em áre- de maior riqueza de espécies,
as abandonadas após ciclos e os índices encontrados fo-
agrícolas, que têm seu rumo ram compatíveis com estudos
determinado por uma combi- em á reas de past agem em
nação de fatores, dos quais Mata Atlântica, com idade
podem ser citados: alta diver- similar (Liebsch et al., 2008).
Grupo 1 Grupo 2 sidade f lorística e de nichos Em áreas de floresta origina-
existente na Mata Atlântica da do abandono da agricultu-
Figura  2. Dendrograma aplicado às áreas de estudo de frag- brasileira (Scudeller et al., ra, os índices são mais altos,
mentos de florestas secundárias na Região Metropolitana do 2001; Câmara,1991), existência resultantes do menor impacto
Rio de Janeiro. de espécies tropicais capazes desta atividade, se compara-
de ocupar o mesmo nicho das ao uso como pastagem
(Guariguata e Ostertag, 2001), (Guapyassu, 1994; Oliveira,
disponibilidade de meios de 2002).
(a) (b) regeneração, existência de O fator tempo se mostra
15% 12% nut r ientes no solo ( U hl, particularmente significativo
25% 1987), tempo de abandono para os parâmetros diversida-
7%
(Liebsch et al., 2009); orienta- de, riqueza e aumento da pro-
ção de encostas (Oliveira porção de espécies de estágios
11% et al., 1995); disponibilidade avançados, que se mostram
27% de fauna dispersora de semen-
39% 57% 7% mais fortemente correlaciona-
tes (Holl, 1999), intensidade dos com o tempo de sucessão.
do uso anterior, se agricultura Esta característica de florestas
ou pecuária, incluindo o uso secundárias foi observada por
do fogo, o qual pode levar à Finegan (1996), Guariguata e
Climáxica Anemocórica
redução da biomassa florestal Ostertag (2001), e particular-
Alóctone Autocórica
(Aide et al., 1995; Oliveira mente para Mata Atlântica por
et al., 1995; Cavelier et al., Cheung et al. (2010) e Liebsch
Pioneira Alóctone
1998; Laurance et al., 1998). et al. (2011). Magalhães e
Secundária inicial Zoocórica
Peixoto (2002) encontrou bai- Freitas (2013) estudaram a su-
Secundária tardia xa similaridade utilizando os cessão secundária em áreas de
Figura  3. Grupos ecológicos (a) e síndromes de dispersão (b) das espé- índices de Jaccard e Sørensen pousio e abandono e de agri-
cies encontradas nas áreas de estudo de fragmentos de florestas secun- ao comparar 18 áreas de flo- cultura em Bom Jardim (RJ),
dárias na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. resta no estado do R io de e verificaram que em áreas

JULY 2015, VOL. 40 Nº 7 483


Realengo Casas Altas Jacarepaguá
Cupania oblongifolia Schinus terebinthifolius Luehuea grandiflora
Cecropia glaziouii Peltophorum dubium
Vernonia crotonoides Piptadenia gonoacantha Cabralae canjerana
Cecropia glaziouii Gallesia integrifolia Casearia decandra
Machaerium hirtum Piptadenia gonoacantha
Piptadenia paniculata
Aloysia virgata Erytroxyllum pulchrum
Schinus terebinthifolius Senegalia polyphilla Zanthoxyllum pulchrum
Psidiumguajava Trema micrantha Cupania vernalis
Pletophorum dubium Sparattosperna leucanthum
Gochnatia polymorpha Guarea guidonia Senegalia polyphilla

10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00

0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00

0,00
Drel DoRel Frel Drel DoRel Frel Drel DoRel Frel

Tonelero Mendanha 1 Mendanha 2


Sparattosperma leocanthum Guapira opposita Tabernaemontana australis
Nectandra rigida Swartzia langsdorffii Pligia glomerata
Spondias lutea Sloanea monosperma Trichilia martiana
Miconia cinammomifolia Ficus microcarpa Sparattosperma leocanthum
Cordia taguahyensis Persea americana Guapira hoehnei
Machaerium aculeatum Pseudopiptadena warmingii Guarea guidonia
Machaerium nyctitans Astronium graveolens Astronium graveolens
Brosimun glaziouii Piptademia gonoacantha Anadenanthera colubrina
Aspidosperma parvifoluim Guarea guidonia Piptadenia gonoacantha
Piptadenia gonoacantha Artocarpus heterophyllus Artocarpus heterophyllus
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00

0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00

0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
Drel DoRel Frel Drel DoRel Frel Drel DoRel Frel

CEMAG 1 CEMAG 2
Brosimum glaziouii Mimosa bimucronata
Spondias lutea Artocarpus heterophyllus
Luehue grandiflora Miconia prasina
Machaerium hirtuum Psidium guajava
Cecropia plaziouii Nectandra rigida
Miconia cimammomifolia Tabernaemontana fuchsiafolia
Tabernaemontana fuchsiaefolia Anadenanthera colubrina
Tibouchina granulosa Piptadenia gonoacantha
Sparattosperma leocanthum Senegalia polyphylla
Anadenanthera colubrina Mangifera indica
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00

0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
Drel DoRel Frel Drel DoRel Frel100,00
Figura  4. Valores de importância das principais espécies amostradas nas áreas de estudo de fragmentos de f lorestas secundárias na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro. DRel: densidade relativa, DoRel: dominância relativa, e Frel: frequência relativa.

com o mesmo histórico de uso a influência antrópica em seu Conclusões ampla ocorrência. Espécies
e situadas na mesma região, a curso (Ewel, 1980; Siminski secundárias tardias e climáxi-
riqueza e a diversidade aumen- et al., 2011). Fatores como as Os resultados permitem con- cas apresentaram-se com
tam significativamente após os espécies dominantes, as estra- cluir que, para a região estu- maior representatividade em
35 anos de abandono, mas tégias de regeneração predomi- dada, há pouca previsibilidade áreas de idade mais avançada,
aproximam-se florística e es- nantes ou a interação com o na sucessão secundária de áre- evidenciando a necessidade de
truturalmente de florestas ma- ambiente abiótico parecem ter as impactadas pelos vetores manutenção e proteção dos
duras apenas após os 70 anos, forte influência. A densidade mais característicos de áreas remanescentes secundários, de
o que demonstra a importância apresenta tendência a se redu- urbanas ou peri-urbanas, como forma que avancem a fases
desta variável. zir em fases intermediárias do fogo frequente, uso como pas- maduras de desenvolvimento.
Outras características das processo sucessional, o que to e deposição de resíduos só- São necessárias maiores in-
áreas amostradas não apresen- pode indicar a mortalidade dos lidos. No entanto, alguns indi- vestigações sobre os processos
taram correlação significativa, grupos iniciais para o ingresso cadores encontrados foram si- de sucessão secundária em
como no caso de área basal, de novas espécies, com perda milares aos de outros estudos. áreas urbanas, que acompa-
densidade e diâmetro médio. temporária de biomassa no Na composição f lorística nhem seu desenvolvimento por
Esta variação demonstra os processo (Tabarelli e Manto- encontrada destacam-se prin- períodos longos, de forma a
múltiplos caminhos que a su- vani, 1999; Magalhães e cipalmente espécies de está- estabelecer padrões mais preci-
cessão pode assumir, ou ainda, Freitas, 2013). gios iniciais da sucessão, de sos. Desta forma, poderiam ser

484 JULY 2015, VOL. 40 Nº 7


(a) (b) Corlett RT (1995) Tropical second- (1998) Rain forest fragmenta-
Riqueza (nº de espécies) ary forests. Progr. Phys. Geogr. tion and the dy namics of

Área basal (m2·ha-1)


40 y=0,9218x-2,5203 20 y=0,4557x-1,8456
35 18 19: 159-172. Amazonian tree communities.
30
R2=0,7586 16 R2=0,388 Ecology 79: 2032-2040.
14 Dean W (1996) A Ferro e fogo. A
25 12
20 10 História da Devastação da Liebsch D, Marques MCM,
15 8 Mata Atlântica. Schwarcz. São Goldenberg R (2008) How long
6
10 4 Paulo, Brasil. 449  pp. does the Atlantic Rain Forest
5 2
0 0 Ewel J (1980) Tropical succession: take to recover after a distur-
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40 manifold routes to maturity. bance? Changes in species com-
Idade (anos) Idade (anos) Biotropica 12: 2-7. position and ecological features
during secondary succession.
Finegan B (1992) The management Biol. Conserv. 141:  1717-1725.
(c) (d) potential of Neotropical second-
Lorenzi H (1992) Ár vores

Densidade (ind.ha-1)
ary lowland rain forest. For.
Diversidade (nats.ind-1)

3,5 y=0,069x-0,7179 1200 y=11,667x+428,12


3 R2=0,761 1000 R2=0,1675 Ecol. Manag. 47:  295-321. Brasileiras: Manual de
2,5 Identif icação e Cultivo de
2
800 Finegan B (1996) Pattern and process Plantas Arbóreas Nativas do
1,5
600 in neotropical secondary rain Brasil. Vol. 1. Instit uto
1 400 forest: the first 100 years of Plantarum. Nova Odessa, São
0,5 200 succession. Tree 11:  119-124. Paulo, Brasil. 368 pp.
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Flora do Brasil (2014) Jardim Lorenzi H (2002) Ár vores
Botânico do Rio de Janeiro. Brasileiras: Manual de
Idade (anos) Idade (anos)
IPJBRJ. Rio de Janeiro, Brasil. Identif icação e Cultivo de
www.f loradobrasil.jbrj.gov.br/ Plantas Arbóreas Nativas do
(e) (f) (Cons. 19/02/2014). Brasil. Vol. 2. Instit uto
Diâmetro médio (cm)

20 y=0,2131x+7,1465 40 y=0,8928x-3,4351 Plantarum. Nova Odessa, São


tardias + climáxicas

18 Fundação SOS Mata Atlântica


35 R2=0,6549
% Secundárias

16 R2=0,2042
30 (2013) Atlas dos Remanescentes Paulo, Brasil. 368 pp.
14
12 25 Florestais da Mata Atlântica: Lorenzi H (2009) Ár vores
10
8
20 Período 2011-2012. Fundação Brasileiras: Manual de
15
6 10 SOS Mata Atlântica. Instituto Identif icação e Cultivo de
4
2 5 Nacional de Pesquisas Espa- Plantas Arbóreas Nativas do
0 0 ciais. São Paulo, Brasil. www. Brasil. Vol. 3. Instit uto
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40 sosma.org.br/w p - content / Plantarum. Nova Odessa, São
Idade (anos) Idade (anos) uploads/2013/06/at- Paulo, Brasil. 384 pp.
l a s _ 2 011- 2 01 2 _ r e l a t o r i o _
Figura  5. Análise de regressão linear referente aos parâmetros avaliados Magalhães LMS, Freitas WK (2013)
tecnico_2013final.pdf (Cons.
nas áreas de estudo de fragmentos de florestas secundárias na Região Composição florística e simila-
28/09/2013).
ridade de fragmentos florestais
Metropolitana do Rio de Janeiro. a: riqueza, b: área basal, c: diversidade, Gomes ERS (2007) Espécies com diferentes.Cienc. Agr.
d: densidade, e: diâmetro médio, f: percentual de espécies secundárias Exóticas Invasoras em 56: 212-220.
tardias e climáxicas. Unidades de Conservação da Martins FR, Santos FAM (1999)
Cidade do Rio de Janeiro, RJ Técnicas usuais de estimativa da
- Estudo da População de biodiversidade. Holos (ed. espe-
gerados subsídios para práticas Carvalho PER (2003) Espécies Jaqueiras no Parque Natural
Arbóreas Brasileiras. Vol. 1. cial: 236-267. www.lerf.eco.br/
adequadas de manejo e con- Municipal do Mendanha. Tese. img/publicacoes/2000_3011%20
Coleção Espécies Arbóreas Universidade Rural do Rio de
servação, bem como o conhe- Brasileiras. Embrapa Informações Tecnicas%20usuais %20de%20
Janeiro, Brasil. 83 pp.
cimento acumulado sobre esta Tecnológica. Brasília, Brasil. estimativa%20da%20biodiversi-
sucessão poderá servir como 1039 pp. Guapyassú MS (1994) Caracteriz- dade.pdf (Cons. 02/02/2014).
ação Fitossociológica de Três Mesquita RCM, Ickes K, Ganade G,
modelo para a recomposição Car valho PER (2006) Espécies Fases Sucessionais de uma
Arbóreas Brasileiras. Vol. 2. Williamson GB (2001) Alter-
de áreas naturais degradadas. Floresta Ombróf ila Densa native successional pathways
Coleção Espécies A rbóreas Submontana, Morretes - Paraná.
Brasileiras. Embrapa Informa- following deforestation in the
Tese. Universidade Federal do Amazon Basin. J. Ecol.
REFERENCIAS ções Tecnológica. Brasília, Paraná, Brasil. 165  pp.
Brasil. 627 pp. 89:  528-537.
Guariguata MR, Ostertag R (2001) Mueller Dombois DY, Ellenberg M
Aide TM, Zimmerman JK, Herrera Car valho PER (2008) Espécies Neotropical secondary forest
L, Rosario M, Serrano M (1995) Arbóreas Brasileiras. Vol. 3. (1974) Aims and Methods in
succession: changes in structur- Vegetation Ecolog y. Wiley.
Forest recovery in abandoned Coleção Espécies A rbóreas al and functional characteris-
tropical pastures Puerto Rico. Brasileiras. Embrapa Informa- Nova York, EEUU. 547  pp.
tics. For. Ecol. Manag.
For. Ecol. Manag. 77: 77-86. ções Tecnológica. Brasília, 148:  185-206. Oliveira RR (2002) Ação antrópica e
APG III (2009) An update of the Brasil. 593 pp. resultantes sobre a estrutura e
Holl KD (1999) Factors limiting composição da Mata Atlântica
Angiosperm Phylogenetic Group Car valho PER (2010) Espécies tropical rain forest regeneration
classification for the orders and Arbóreas Brasileiras. Vol. 4. na Ilha Grande, RJ. Rodriguésia
in abandoned pastures: seed 53: 33-58.
families of flowering plants. Bot. Coleção Espécies A rbóreas rain, seeed germination, micro-
J. Linnean Soc. 161:  105-121. Brasileiras. Embrapa Informa- climate and soil. Biotropica Oliveira R R, Zaú AS, Lima DF,
Brown S, Lugo AE (1990) Tropical ções Tecnológica. Brasília, Silva MBR, Vianna MC, Sodré
31:  229-242.
secondary forests. J. Trop. Ecol. Brasil. 644  pp. DO, Sampaio PD (1995)
Holl KD (2007) Old field vegetation Significado ecológico da orien-
6: 1-32. Cavel ie r J, A ide T, Sa nt os C, succession in the neotropics. In
Eusse A, Dupuy J (1998) The tação de encostas no Maciço da
Budowski GN (1965) Distribution of Cramer VA, Hobbs RJ (Eds.) Tijuca, Rio de Janeiro - RJ.
tropical American rainforest savannization of moist forests Old Fields. Island Press.
in the Sierra Nevada de Santa Oecol. Bras. 1:  523-541.
species in the light of sucessión Washington, DC, EEU U.
Marta, Colombia. J. Biogeogr. Peixoto GL (2002) Composição
processes. Turrialba 15:  40-52. pp.  93-117.
25:  901-912. Florística e Estrutura de um
Budowski GN (1966) Los bosques de IBDF (1984) Inventário Florestal Fragmento de Mata Atlântica
los trópicos húmedos de Cheung KC, Liebsch D, Marques
Nacional: Florestas Nativas Rio de em Pedra de Guaratiba,
América. Turrialba 16:  278-285. MCM (2010) Forest recovery
in newly abandoned pastures Janeiro e Espirito Santo. Instituto Município do Rio de Janeiro,
Câmara IG (1991) Plano de Ação in Souther n Brazil: Brasileiro de Desenvolvimento RJ. Tese. Universidade Federal
para a Mata Atlântica. Fundação Implications for the Atlantic Florestal. Brasilia, Brasil. 204 pp. de Viçosa. Brasil. 73 pp.
SOS Mata Atlântica. São Paulo, Rain Forest resilience. Nat. Laurance WF, Ferreira LV, Rankin- Ribeiro MC, Metzger JP, Martensen
Brasil. 152  pp. Conserv. 8: 66-70. de-Merona JM, Laurance SG AC, Ponzoni FJ, Hirota MM

JULY 2015, VOL. 40 Nº 7 485


(2009) The Brazilian Atlantic Santana CAA, D´Ávila NSG, Moura on post-fire regeneration of the Tabarelli M, Mantovani WA (1999)
Forest: How much is left, and FAE, Carapiá VR, Magalhães pioneers Cecropia glazioui and Regeneração de uma f loresta
how is the remaining forest dis- LMS (1994) Estrutura de uma Trema micrantha in a lowland tropical montana após corte e
t ributed? Implic. Conser v. mata secundária de encosta lo- Brazilian Atlantic Forest. Rev. quei ma (Sã o Pau lo -Br a si l).
142:  1141-1153. calizada em Campo Grande, Biol. Trop. 53: 1-4. Rev. Bra. Biol. 59:  239-250.
Rocha CFD, Bergallo HG, Alves Zona Oeste da cidade do Rio de Siminski A, Fantini AC, Guries RP, Uhl C (1987) Factors controlling
MAS, Sluys MV (2003) A Janeiro. Anais da IV Jornada de Ruschel AR, Reis MS (2011)
Iniciação Cientifica da UFRRJ. succession following slash-and-
Biodiversidade nos Grandes Secondary forest succession in burn agriculture in Amazonia.
Remanescentes Florestais do Universidade Federal Rural do the Mata Atlantica, Brazil:
Rio de Janeiro. Brasil. 16  pp. J. Ecol. 75:  377-407.
Estado do Rio de Janeiro e nas Floristic and phytosociological
Restingas da Mata Atlântica. Santana CAA, Lima CCD, Magalhães trends. Ecology 2011:  1-19. Valent i n J L (20 0 0) Ecolog ia
Rima. São Carlos, Brasil. 160 pp. LMS (2004) Estrutura horizontal Numérica. Uma Introdução à
Simões CG, Marques MCM (2007) Análise Multivariada de Dados
e composição florística de três The role of sprouts in the resto-
Santana CAA (2002) Estrutura e Ecológicos. Interciência. Rio de
fragmentos secundários na cida- ration of an Atlantic Rain Forest
Florística de Fragmentos de Janeiro, Brasil. 117  pp.
de do Rio de Janeiro. Acta Sci.. in southern Brazil. Restor. Ecol.
Florestas Secundárias de
Biol. Sci. 26:  443-451. 15:  53-59. Van der Pijl L (1982) Principles of
Encosta no Município do Rio de
Janeiro. Tese. Universidade Scudeller VV, Martins FR, Shepherd Dispersal in Higher Plants. 3a
Solórzano A, Oliveira RR, Guedes-
Federal Rural do Rio de Janeiro. GJ (2001) Dist ribu-tion and Bruni RR (2005) História ambien- ed. Springer. Berlin, Alemanha.
Brasil. 133  pp. abundance of arboreal species in tal e estrutura de uma floresta 214  pp.
the Atlantic ombrophilous dense urbana. Em Oliveira RR (Org.) As Zaú AS (2010) Composição, Estrutura
Santana CA A, Magalhães LMS forest in Southeastern Brazil.
(1995) Estrutura de f lorestas Marcas do Homem na Floresta: e Efeitos de Bordas Lineares na
Plant Ecol. 152:  185-199. História Ambiental de um Trecho Comunidade Arbustiva-Arbórea
secundárias de encostas do
Grande Rio. Anais da 47ª Shepherd GJ (2011) FITOPAC 2.1.2. de Mata Atlântica. PUCRio. Rio de um Remanescente Urbano de
Reunião Anual da Sociedade Manual do Usuário. UNICAMP. de Janeiro, Brasil. pp. 87-118. Mata Atlântica no Sudeste do
Brasileira para o Progresso da Campinas, Brasil. 91  pp. Spiegel MR (1993) Estatística. 3ª ed. Brasil. Tese. Escola Nacional de
Ciência. Universidade Federal Silva Matos DM, Fonseca GDFM, Pearson Mak ron. São Paulo, Botânica Tropical. Rio de Janeiro,
do Maranhão. Brasil. 93 pp. Silva-Lima L (2005) Differences Brasil. 642  pp. Brasil. 229  pp.

486 JULY 2015, VOL. 40 Nº 7

Você também pode gostar