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RESUMO:

Este trabalho objetivou analisar a importância da fotografia publicitária


referentes à área de alimentos para consumo, bem como a publicidade que se
faz uso de imagem fotográfica para essa comunicação consumista. Ao
construir a mensagem publicitária por meio da fotografia de alimentos, são
escolhidos ‘a dedo’ alguns determinados elementos, onde cada um deles tem
um significado, porém juntos, compõem o sentido a transmitir a isenção
alimentar que o produto deseja evidenciar ao futuro consumidor. O estudo visa
também analisar quais são as características da fotografia publicitária, e quais
seriam melhores exploradas na fotografia de alimentos. Nesse sentido, este
trabalho tem o intuito de mostrar algumas técnicas e elementos utilizados na
composição da fotografia publicitária de alimentos, a qual contribui para
estimular o paladar por meio da visão, assim como alcançar seu o principal
objetivo, o qual é seduzir e persuadir o consumidor para a compra desse
produto gastronômico.

Palavras chave: Fotografia Publicitária. Fotografia Gastronômica. Fotografia


Still.
ABSTRACT:

This work aimed to analyze the importance of advertising photography related


to the area of food for consumption, as well as the publicity that makes use of
photographic image for this consumer communication. In constructing the
advertising message through food photography, certain elements are selected
'to the finger', where each of them has a meaning, but together, they make up
the meaning to convey the food exemption that the product wishes to bring to
the future consumer. The study also aims to analyze what are the
characteristics of advertising photography, and which would be best explored in
food photography. In this sense, this work intends to show some techniques
and elements used in the composition of food advertising photography, which
contributes to stimulate the palate through vision, as well as to achieve its main
objective, which is to seduce and persuade the for the purchase of this
gastronomic product.

Keywords: Publicity Photography. Photography Gastronomic. Photography Still.


SUMÁRIO:

1- INTRODUÇÃO ................................................................................... p 14
2- METODOLOGIA DO ESTUDO .......................................................... p 16
3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................... p 19
3.1- Apontamentos sobre fotografia ..................................................... p 19
3.2- História da Fotografia ................................................................... p 20
3.3- A Câmera Escura ......................................................................... p 21
3.4- A primeira fotografia por Niepce ................................................... p 23
3.5- A primeira fotografia colorida ........................................................ p 25
3.6- Kodak ............................................................................................ p 26
3.7- A Era Digital .................................................................................. p 28
4- FOTOGRAFIA PUBLICITÁRIA .......................................................... p 30
4.1- Áreas da fotografia Publicitária gastronômica .............................. p 32
4.2- Fotografia na Gastronomia............................................................ p 35
4.2.1- Mercado para a fotografia gastronômica ...................................... p 38
4.3- Profissionais da fotografia gastronômica ...................................... p 39
5- FOTOGRAFIA STILL LIFE – CONCEITO ......................................... p 45
5.1- Equipamentos ............................................................................... p 46
5.1.1- Câmera OSLR .............................................................................. p 46
5.1.2- Objetiva ......................................................................................... p 49
5.1.2.1- Diafragma ................................................................................ p 51
5.1.3- Tripé .............................................................................................. p 56
5.1.4- Flash ............................................................................................. p 59
5.2- Iluminação .................................................................................... p 60
5.2.1- Natural .......................................................................................... p 62
5.2.2- Artificial ......................................................................................... p 65
5.2.3- Luz e Sombra............................................................................... p 66
5.2.4- Cores ............................................................................................ p 68
5.3- Estúdios ........................................................................................ p 70
5.3.1- Sombrinha .................................................................................... p 73
5.3.2- Rebatedor ..................................................................................... p 74
5.4- Mesa Still ...................................................................................... p 75
5.5- Preparos e Técnicas ..................................................................... p 77
5.5.1 Técnica Still Life ............................................................................ p 78
5.5.2- Composição de tema para Still Life .............................................. p 80
6- PRODUÇÃO E ANÁLISE DE IMAGEM ............................................. p 81
6.1- Produto café ................................................................................. p 81
6.2- Produto capeleti ............................................................................ p 83
6.3- Produto cereal de chocolate ........................................................ p 84
6.4- Produto de layout e o real ao servir .............................................. p 85
7- CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................... p 88
8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... p 90

LISTA DE ILUSTRAÇÕES:
Imagem 01: Litografia ...................................................................................... 21

Imagem 02: Câmera Escura ............................................................................ 22

Imagem 03: Primeira fotografia por Niepce ..................................................... 24

Imagem 04: A primeira fotografia com uma pessoa ........................................ 25

Imagem 05: A primeira fotografia colorida do mundo ..................................... 26

Imagem 06: A primeira câmera Kodak .......................................................... 27

Imagem 07: Rolos de filme colorido Kodak ..................................................... 28

Imagem 08: Escola da Arte Culinária Laurent Suaudea .................................. 33

Imagem 09: Foto comercial ............................................................................. 34

Imagem 10: Fotografia Gastronômica ............................................................. 35

Imagem 11: Fotografia de Francesco Tonelli, Pasta & Race .......................... 37

Imagem 12: Lou Manna ................................................................................... 40

Imagem 13: Fotografia de Lou Manna ............................................................. 41

Imagem 14: Mauro Holanda ............................................................................ 41

Imagem 15: Fotografia de Mauro Holanda ...................................................... 41

Imagem 16: Biography Alan de Herrera .......................................................... 43

Imagem 17: Fotografia de Alan de Herrera ..................................................... 44

Imagem 18: Esquema comparativo olho humano com a câmara fotográfica


.......................................................................................................................... 47

Imagem 19: Fotografia do obturador protegendo o sensor ............................. 48


Imagem 20: Foto modelo de uma Câmera DSLR ............................................ 49

Imagem 21: Objetiva 300mm com diafragma configurado em f/13 ................. 50

Imagem 22: Objetiva 16mm com diafragma configurado em f/2.8 .................. 51

Imagem 23: Diafragma aberto e a profundidade de campo ............................ 52

Imagem 24: Fotografias de profundidade de campo, dois exemplos ............. 52

Imagem 25: Movimento da foto ....................................................................... 53

Imagem 26: Diferentes tamanhos de abertura do diafragma .......................... 55

Imagem 27: Fotografias gastronômicas com uma lente macro ...................... 56

Imagem 28: Modelo de tripé para celular ........................................................ 57

Imagem 29: Modelo de tripé para câmera ...................................................... 58

Imagem 30: Modelo de tripé amador .............................................................. 58

Imagem 31: Modelo de tripé com dois estágios para uso em vídeo
profissional ............................................................................................................
.............. 59

Imagem 32: Exemplo de tocha eletrônica/flash ............................................... 60

Imagem 33: Exemplo de fotografias com iluminação correta e incorreta ....... 61

Imagem 34: Exemplo de fotografias e a composição da iluminação .............. 62

Imagem 35: Iluminação natural ....................................................................... 64

Imagem 36: Iluminação artificial ...................................................................... 66

Imagem 37: Comparativo de brilho .................................................................. 67

Imagem 38: Roda de Cores ............................................................................. 69

Imagem 39: Fotografia do equipamento mini estúdio ..................................... 71

Imagem 40: Exemplo estúdio de still e equipamentos .................................... 72

Imagem 41: Sombrinhas .................................................................................. 74


Imagem 42: Rebatedores ................................................................................ 75

Imagem 43: Exemplos de mesa para still ....................................................... 76

Imagem 44: Conjunto Still 5500k com mesa portátil para fotografia de
produtos ................................................................................................................
.......... 76

Imagem 45: Fotografia Still e sua mensagem ................................................. 80

Imagem 46: Foto produto café .........................................................................82

Imagem 47: Foto produto capeleti................................................................... 83

Imagem 48: Foto produto cereal de chocolate ................................................ 85

Imagem 49: Foto do sanduíche da Burger King .............................................. 86

Imagem 50: Foto do sanduíche do McDonald’s .............................................. 86

1- INTRODUÇÃO:
Este trabalho veio a analisar um cotidiano que se faz na
atualidade, o qual se tornou comum observar pessoas em um
restaurante tirando foto de seu alimento. Pode-se verificar que há todo
um trabalho em acomodar todos os itens que comporão o prato, bem
como em pensar nos elementos que torne aquela foto significativa.
Assim, estar diante dessa refeição oportuniza a sensação de se ganhar
sentidos para além do ritual diário da alimentação.

Há que se ter certo apuro estético para que as pessoas


compartilhem em suas redes sociais, enviem a seus amigos, entre
outras finalidades. Os usuários das ferramentas digitais estão
procurando um aperfeiçoamento em suas fotos, e sem perceberem, se
utilizam de certos conhecimentos sobre fotografia que antes estavam
reservados aos profissionais e iniciantes, mesmo sem saber os termos
técnicos, apenas visualizam tais técnicas criativamente.

Pensando nisso, o fotógrafo profissional tem, cada vez mais, se


especializado em técnicas fotográficas para um aperfeiçoamento do que
chamaremos aqui de ‘fotos gastronômicas’. A técnica mais comum
utilizada para fotos de objetos imóveis é a still, como alimentos, pedras
preciosas, peças decorativas, etc., que compõe as fotos destinas à
venda, conhecidas como fotos publicitárias entre os profissionais do
ramo. No inglês, still pode significar tranquilidade, calma, e quando une
com a palavra vida, still life, traduzindo para a língua portuguesa, deve
passar a ideia de qualidade, conforto, tranquilidade, bom gosto, status,
etc. Por isso a técnica still life é conhecida como fotografia de produto, e
coloca em teste a criatividade e as técnicas de uma fotografia.

Uma fotografia bem realizada concede valor especial ao produto,


e por isso será explorado nesse trabalho um foco sobre o uso da técnica
citada. A partir de referências de teóricos e de profissionais renomados,
tentaremos demonstrar como o registro de um simples sanduíche pode
torná-lo mais atrativo, criando no publico alvo o desejo de consumi-lo.

A importância de uma fotografia publicitária de alimentos para um


restaurante ou qualquer ramo alimentício está em exercer uma ação
poderosa sobre o consumidor, estimulando o desejo e a preferência por
determinado alimento. Uma imagem fotográfica eficiente, desperta o
desejo e, ainda, leva o consumidor a tomar a decisão de consumir o
determinado produto.

A publicidade desperta uma vontade no cliente para o consumo


de um determinado produto, motivo o qual uma boa foto do alimento
anseia o apetite mesmo que o individuo não esteja com fome. A
fotografia cria desejos que o público, até então, não sabia que tinha.
Dentro desse contexto, neste estudo pretende-se explicitar a importância
da fotografia publicitária de alimentos no consumo, e como a publicidade
faz uso da imagem fotográfica em sua composição para incentivar a
compra do produto gastronômico.

Dessa forma o trabalho foi dividido em capítulos, dos quais nos


primeiros se explicita a metodologia que foi utilizada para a construção
deste trabalho, para que no segundo possa ser explanada a
contextualização teórica sobre a fotografia, se focando na fotografia
gastronômica com técnica still, a qual é mais descrita no capítulo próprio
que segue esta fundamentação teórica.

Para a conclusão da análise, se utilizou de um último capítulo o


qual se analisou uma fotografia de alimento, o qual passou pelo
processo de criação e produção publicitária, comparando-a com a
fotografia do mesmo alimento, realizada após a compra, sem passar por
todo processo criativo e de produção. Relacionando as duas imagens
devem ser possíveis apontar quais as características da fotografia
publicitária é explorada na fotografia de alimentos, favorecendo a
compra do produto pelo seu o publico alvo. Compreende-se então que
com o experimento realizado descrito neste capítulo foi de grande valia,
pois ficou claro que as fotos dependem muito das escolhas de
produções e produtos para atingirem a durabilidade e melhor qualidade
de imagem para a melhor foto publicitária.

2- METODOLOGIA DO ESTUDO:

Para a elaboração deste construto se fez uso de uma metodologia


com caráter qualitativo, com o qual se utilizou do método de revisão
bibliográfica, realizando um levantamento teórico dos conceitos, funções
e importância sobre a fotografia gastronômica e a técnica still. Esta
inicial se justifica pelo privilégio de fundamentar a pesquisa, que, de
acordo com Marconi e Lakatos:

[...] é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi


escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive
conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por
alguma forma, quer publicadas, quer gravadas (MARCONI,
LAKATOS; 2007, p. 71).

Assim, a pesquisa em construção se beneficiará do método de


revisão bibliográfica, realizando um levantamento teórico dos conceitos,
funções e técnicas fotográficas com o foco em fotografias de alimentos
(gastronômica), bem como a importância de tal desenvolvimento no
marketing que essa ferramenta oportuniza ao produto uma apresentação
visual que objetiva intuir o paladar, e assim, o consumo do produto
alimentar.

Após definidas as etapas acima, conforme sugerido por Raupp e


Beuren,optou-se por tipologias de delineamento de pesquisa agrupadas
em três grupos: “quanto aos objetivos, quanto aos procedimentos e
quanto à abordagem do problema”.(BEUREN, RAUPP; 2003, p. 78).
Será utilizada uma abordagem de pesquisa qualitativa e
descritiva, pois se objetiva analisar e registrar os dados coletados, sem
manipulá-los.A revisão histórica se dará por meio de artigos e notícia de
fácil disponibilização com o intuito de averiguar a importância que se dá
à temática pesquisada. A pesquisa se classifica como descritiva, pois
será descrito a história da fotografia, bem como delinear a evolução
desta ferramenta em ambientes gastronômicos com objetivo de
propaganda e consumo pela imagem. Segundo Andrade, “nesse tipo de
pesquisa, os fatos são observados, registrados, analisados,
classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles”.
(ANDRADE; 2010, p. 124).

Nesse sentido, por esta pesquisa ter caráter qualitativo, segue-se


na observância conforme o autor Richardson leciona que “[...] as
pesquisas qualitativas de campo exploram particularmente as técnicas
de observação e entrevistas devido à propriedade com que esses
instrumentos penetram na complexidade de um problema”
(RICHARDSON; 1999, p. 82).

Quanto à classificação da pesquisa que será utilizada, esta será


realizada sob vários aspectos, que, conforme Gil:

As pesquisas podem ser classificadas de diferentes maneiras. Mas


para que esta classificação seja coerente, é necessário definir
previamente o critério adotado para classificação. Assim, é possível
estabelecer múltiplos sistemas de classificação e defini-las segundo a
área de conhecimento, a finalidade, o nível de explicação e os
métodos adotados. (GIL; 2010, p. 25).

Dessa forma a classificação da pesquisa, do ponto de vista de


sua natureza, se resume em uma pesquisa básica e aplicada, já que se
pretende fazer uso do estudo durante os contatos profissionais na área,
sabidos que o trabalho irá proporcionar tais encontros, o que irá
colaborar com a especialização do leitor em sua carreira. Neste estudo a
pesquisa será aplicada pela necessidade de coletas de dados e com a
vivência que esta coleta irá oportunizar para este construto, pois,
segundo Gil,pesquisa aplicada “é voltada à aquisição de conhecimentos
com vistas à aplicação numa situação de pesquisa específica”. (GIL;
2010, p. 27).
A pesquisa também se dará de natureza básica, pois serão
analisados os dados coletados em artigos e notícias atuais, com o
objetivo de observar o futuro evolutivo da profissão que o fotógrafo
constantemente convive. Segundo Vergara: “[...] a pesquisa pura é
motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador e
situada, sobretudo no nível da especulação”. (VERGARA; 1998,p. 45).

O instrumento de coleta, bem como a análise dos dados se dará


mediante a utilização da técnica de análise documental apartir das
literaturas que tenham como foco epistemológico no foco gastronômico
de fotografar e ofertar o produto alimentício por meio de imagens
criativas e cheia de técnicas estilísticas, e, dessa maneira, se saberá a
dimensão que a temática tem na atualidade e na realidade dessa nova
sociedade. Segundo Andrade, “a pesquisa documental é aquela
baseada em documentos primários e originais referente ao fenômeno
investigado”. (ANDRADE; 2010, p. 117).

O estudo terá como critérios de exclusão os artigos e/ou notícias


arquivados em línguas estrangeiras, para facilitar o filtro da pesquisa;
trabalhos que não tiverem metodologia bem clara e referências
duvidosas e/ou desatualizadas no tema.As palavras chaves da pesquisa
que serão utilizadas serão: fotografia gastronômica, profissão de
fotógrafo, os melhores fotógrafos gastronômicos, a história da fotografia.
(PEREIRA; 2011, p. 21).
3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

3.1- Apontamentos sobre fotografia:

De acordo com Philippe Dubois, “a fotografia é um documento de


imagem que indubitavelmente não se pode questionar, pois nela se
mostra a realidade de onde foi fotografada” (DUBOIS; 1998, p. 37). A
foto é concebida como uma forma de prova incontestável daquilo que
mostra.

A fotografia consiste em uma representação da realidade, uma


imagem que simboliza algo que realmente existe. Diante da imagem
fotográfica o espectador pode fazer múltiplas leituras, a partir das pistas
deixadas pelo fotógrafo. Pode-se, ainda, ter a possibilidade de criar um
desenho com a luz de um determinado momento, e compor a imagem
usando objetos, pessoas, comida, produtos e entre outras
possibilidades. Logo, os elementos capturados na criação de uma
fotografia induzem o espectador a interpretá-la, mas também apresenta
um documento cronológico, pois é a demonstração de algo que
aconteceu ou pode acontecer.Nesse contexto, o autor Jacques Aumont
aduz que:

É o segundo ‘andar’ dessa construção teórica, sendo o efeito do real,


que é mais original. Oudart designa assim o fato de que, na base de
um efeito de realidade suposto e suficientemente forte, o espectador
induz um "julgamento de existência" sobre figuras de representação e
atribui-lhes um referente no real. Ou seja, o espectador acredita, não
que o que vê é real propriamente (Oudart não faz uma teoria da
ilusão), mas o que vê ilustrado existiu, ou pôde existir, no real
(AUMONT; 1990, p. 111).

As imagens fotográficas estão de tais maneiras difundidas no


tempo atual que, por vezes, nem nos apercebemos da sua presença.
Nas primeiras décadas de sua existência a fotografia já mostrava o seu
imenso potencial de uso. A pesquisadora portuguesa Célia Martins, trata
a imagem como aspecto mental de uma determinada realidade,
permitindo “associar dois mundos ou realidades divididas tanto no tempo
quanto no espaço” (MARTINS; 2010, p. 02). Desta forma, é possível
entender que a imagem é, ao mesmo tempo, uma aproximação de
diferentes perspectivas como uma metáfora, e também uma descrição
daquilo que é visto no mundo.A fotografia é uma forma de transmitir e
vincular informações para que um determinado público possa interpretá-
la, tal como afirma Susan Sontag:

Ao ensinar-nos um novo código visual, as fotografias transformam e


ampliam as nossas noções do que vale a pena olhar e do que pode
ser observa- do. São uma gramática e uma ética da visão. O
resultado mais significativo da atividade fotográfica é dar-nos a
sensação de que a nossa cabeça pode conter todo o mundo – como
uma antologia de imagens (SONTAG; 1997, p. 08).

Não é necessário ser fotógrafo para gostar de fotografia, assim


como para gostar de música você não necessariamente precisa ser um
músico. Como qualquer disciplina artística, na fotografia há a
necessidade de constante aperfeiçoamento. O estudo das técnicas é de
suma importância para que se tenha um amplo entendimento da
fotografia. De acordo com Cláudio Araújo Kubrusly “a fotografia se
tornou algo que pode ser acessado e a validade de abordagens que se
pode dar a uma fotografia abre um maior escopo de trabalho para o
fotógrafo” (KUBRUSLY;1991, p. 19).

3.2- História da Fotografia:

Para um entendimento melhor sobre a fotografia temos que voltar


um pouco na história e destacar a litografia, que, segundo Anna Teresa
Fabris tem “um valor significativo para o inicio do processo fotográfico”
(FABRIS;1991, p. 21). Segundo a autora, a técnica surgiu em 1797,
inventada pelo checo Aloysius Senefelder (1771-1834), que obtinha
“imagens a partir de uma gravação usando lápis gorduroso sobre uma
matriz de pedra calcaria, se utilizando disto para realizar diversas cópias
do mesmo desenho” (FABRIS;1991, p. 21). A autora ainda observa que,
do processo litográfico para a fotografia, existe uma significativa
diferença, onde não há uma mera copia de um desenho, e sim, a
captura de uma cena real (FABRIS;1991, p. 22). Nesse sentido, a autora
Susan Sontag diz que:

Colecionar fotos é colecionar o mundo. Filmes e programas de


televisão iluminam paredes, reluzem e se apagam; mas, com fotos, a
imagem é também um objeto, leve, de produção barata, fácil de
transportar, de acumular, de armazenar. (SONTAG; 1977, p. 13).

IMAGEM 01: LITOGRAFIA:


Fonte:Site Simplesmente Artes (SIMPLESMENTE; 2018).

3.3- A Câmera Escura:

De acordo com Cláudio Araújo Kubrusly a “câmera escura era um


instrumento auxiliar para o pintor, que a utilizava para obter uma versão
confiável do real” (KUBRUSLY; 1991, p. 78).O autor Michael Bussele
narra o funcionamento desse dispositivo da seguinte forma:

A câmera escura é uma caixa fechada com apenas um orifício em um


dos lados. Quando o objeto a ser visto era posto diante do orifício, do
lado de fora da caixa, à imagem era projetada invertidamente para
dentro da caixa em uma superfície pintada de branca (BUSSELE;
1996, p. 218).

A câmera escura é o princípio básico da máquina fotográfica, na


medida em que tal aparelho vai se desenvolvendo com o tempo.
Diversos artistas, entre eles Leonardo da Vinci (1452-1519), fizeram uso
desta ferramenta, que com o passar do tempo, precisou ser adequada
para atender às necessidades de quem a utilizava.

IMAGEM 02: CÂMERA ESCURA:


Fonte: PORTO; 2005, in site.

A câmera escura ainda não tinha o poder de fixar as imagens,


embora essa possibilidade já fizesse parte do imaginário das pessoas,
que, segundo o autor Claudio Araújo Kubrusly,"todo aquele que viu o
'cineminha' no fundo da caixa escura deve ter sonhado com poder reter
aquelas imagens, transformá-las num objeto como um quadro ou
desenho" (KUBRUSLY; 1991, p. 24).

Muitos devem ter pensando em como ter o sucesso de uma


imagem fixada sobre alguma superfície, e quais procedimentos teriam
que tomar para que esse fenômeno acontecesse. Continuando com o
autor Cláudio Araújo Kubrulsy, muitos chegaram a resultados um tanto
quanto satisfatórios, e esta é a explicação para tantos nomes serem
citados nos livros sobre a criação da fotografia (KUBRUSLY; 1991, pp.
10-11). No Brasil, inclusive, aparece o nome de Hércules Florence
(1804-1879) cujas primeiras experiências com a câmera obscura e a
fotografia, encontram-se registradas no manuscrito Livre D'Annotations
et. Premier Matériaux.

3.4- A primeira fotografia por Niepce:

Segundo o autor Cláudio Araújo Kubrulsy, a “impossibilidade de


observar a fotografia fixada em algum painel ou papel, não lhe dava uma
credibilidade” (KUBRUSLY; 1991, p. 73), mas em 1839 um jornal inglês
publicou uma nota sobre Henry Fox Talbot (1800-1877), o qual, com a
ajuda da luz, capturou silhuetas de objetos, sobre papel sensível. Este
foi um grande processo para a criação da fotografia, mas a primeira
aparição de uma fotografia capturada por uma câmera escura surgiu em
1827, na qual se vê o quintal de Nicéphore Niépce. Sobre esse episódio,
o autor Michael Buselle aduz que:

Ele conseguiu reproduzir, após dez anos de experiência, a vista


descortina- da janela de sótão de sua casa, em chalons-sur-Saône.
Oriundo da Borganha. Ele era um homem arredio, dedicado à
invenção de aparelhos técnicos, e interessara-se pela produção de
imagem por processo mecânico, através da ação da luz em 1816
(BUSSELE; 1996, p. 30).

IMAGEM 03: PRIMEIRA FOTOGRAFIA POR NIEPCE:

Fonte: G1; 2012, in site


Mas ainda assim era impraticável fotografar pessoas, pois o
tempo de exposição era de oito horas para se obter uma imagem clara.
Era impraticável que um ser humano permanecesse imóvel por todo
esse tempo. Em cenas de rua, por exemplo, as pessoas desapareciam
diluídas pelas longas horas de exposição. As ruas estavam sempre
desertas nas fotografias.

Segundo Kubrusly, a primeira pessoa fotografada “estava


inconsciente, que viraria modelo para o autor da primeira patente de um
processo fotográfico”, o qual conseguiu captar a cena da sacada de sua
janela, na rua Boulevard du Temple, em Paris (KUBRUSLY; 1991, p.
68). Só o que se vê é uma silhueta; ninguém sabe seu nome ou quem
seja. A data desta foto também é uma incógnita, a única coisa que se
tem conhecimento que esta é a primeira foto de uma pessoa.

IMAGEM 04:A PRIMEIRA FOTOGRAFIA COM UMA PESSOA:


Fonte: MACHADO 2014, in site.

A partir do ano de 1841 os processos de fotografia tiveram um


avanço significativo por conta de terem criado chapas mais sensíveis,
lentes mais luminosas e um processo químico mais aprimorado.
Naquele mesmo ano, os primeiros estúdios fotográficos foram criados.

3.5- A primeira fotografia colorida:

Foram poucas as mudanças na forma de fazer fotografia, apenas


os avanços tecnológicos é que forma se aperfeiçoando para uma
agilidade e uma qualidade significativa em vários aspectos, como cores
contraste e resolução. O estudo para se realizar uma fotografia colorida
levou certo tempo, até que alguém conseguisse esse aprimoramento.

Segundo o site da revista Super Interessante sobre esse tema, o


repórter Vinícius Gibaexplica a origem da primeira fotografia colorida:

James Clerk Maxwell, físico escocês conhecido por criar a teoria do


campo eletromagnético e seu assistente Thomas Sutton, estavam
fazendo estudos de como o olho humano percebe as cores. Se
utilizando da fotografia em preto e branco, ele utilizou três filtros
diferentes de cores e que acidentalmente fez a primeira captura de
foto colorida. O dia 17 de maio de 1861 ficou conhecido como a
primeira exibição de fotografia em cores. Mais tarde em 1903 surgiria
à técnica Autochrome Lumière, a primeira forma de tirar fotos
coloridas. (GIBA; 2015, in site.)

IMAGEM 05:A PRIMEIRA FOTOGRAFIA COLORIDA DO


MUNDO:
Fonte: Super Interessante; GIBA; 2015, in site.

3.6- Kodak:

A Kodak tem um papel fundamental e histórico na história da


fotografia, de acordo com a reportagem de Felipe Moreno:

A Kodak teve início em 1880, quando o banqueiro George Eastman


(1854-1932) seu fundador inventou o primeiro papel rolo, um material
de placas metálicas secas com emulsões de sais de prata sensíveis à
luz pra gerar imagens. Este material é um processo básico nas
fotografias modernas e as placas foram os primeiros produtos da
empresa (MORENO; 2017, in site).

A fotografia se popularizou a partir de 1888, e a Kodak só chegou


a ser registrada nessa época, com um filme para 100 poses. Agora um
produto mais fácil de ser utilizado, tinha como discurso de marketing a
frase: "você aperta o botão, e a gente faz o resto”. Introduz-se também a
câmera tipo caixão, que foi o ponto inicial da Kodak no ramo fotográfico
(MORENO; 2017, in site).
IMAGEM 06:A PRIMEIRA CÂMERA KODAK:

Fonte: A primeira câmera Kodak de 1888 e a embalagem do primeiro


filme em rolo. (LEITE; 2008, in site).

A Kodak não foi a primeira a vender este tipo de câmera e nem


rolos de filme, mas o diferencial que tiveram no mercado era vender a
câmera com o rolo embutido e com 100 poses para você ter sua livre
criatividade e produzir um bom conteúdo.

Com o estabelecimento do filme colorido, o mercado fotográfico


cresceu muito, pois a evolução tecnológica foi ampla já que era cada vez
mais fácil fotografar. Mas o desenvolvimento não parou por aí, houve
uma evolução significativa na história tendo o filme colorido como
padrão, foco automático, ou exposição automática. Esses avanços
facilitaram a captação de imagens, melhoraram a qualidade de
reprodução, mas os princípios básicos muito pouco foram alterados.

IMAGEM 07: ROLOS DE FILME COLORIDO KODAK:


Fonte: Produtos à venda, sem data de publicação. (MERCADO; in
site).

3.7- A Era Digital:

As grandes mudanças começaram a partir do século XX, que


ficou conhecida como era digital dos sistemas fotográficos. A fotografia
digital foi o avanço que todos precisavam. A diminuição dos custos
facilitou a aquisição das câmeras, processos foram acelerados
facilitando a produção, armazenamento e a transmissão de imagens
para o mundo. Surgem os celulares, telas de computadores com suas
câmeras embutidas, entre outros, revelando-se um grande arsenal de
novas formas de conectividade, e também novas formas de
aproximação da fotografia. Atualmente da tecnologia presente nas
câmeras fotográficas ainda está em constante crescimento. Assim,
colaborando nesse construto, o autor J.Berger explica que:

Nosso próprio senso de situação agora é articulado pelas


intervenções da câmera. A onipresença de câmeras sugere de
maneira persuasiva que o tempo consiste de eventos interessantes,
eventos dignos de serem fotografados. Isso por sua vez torna fácil
sentir que todo evento, uma vez a caminho, e seja qual for seu
caráter moral, deveria poder completar-se de modo que outra coisa
possa ser trazida ao mundo: a fotografia (...). O espetáculo cria um
presente eterno de expectativa imediata: a memória cessa de ser
necessária ou desejável. Com a perda da memória, também
perdemos as continuidades do significado e julgamento. A câmera
nos alivia da carga da memória. Ela nos vigia como Deus, e vigia
por nós. Mas nenhum outro deus foi tão cínico, pois a câmera
registra a fim de esquecer (BERGER; 2003, p. 59).
Não podemos deixar de citar a introdução da Polaroid, em 1948,
pela forma com que ela entrou no mercado com sua instantaneidade da
imagem fotográfica tanto desejada. Essa tecnologia teve um grande
sucesso até 2008 quando da entrada no mercado das câmeras digitais.
A exigência de uma boa qualidade nas imagens superou a vontade de
ter a foto feita na hora, além do fato de que a cor de suas imagens não
conseguia se manter por muito tempo. Então, com esses adventos, a
empresa teve que abrir espaço para as máquinas fotográficas que
estavam sendo muito mais procuradas.

Marcas como CANNON e NIKON foram referências no mercado


da fotografia devido à tecnologia de ambas serem mais
avançadas.Essas duas marcas se destacaram por terem criado o
conceito de ser referência no mercado ao produzir câmeras fotográficas
de qualidade, até então exclusivamente importadas e muito caras.

A Era Digital chegou para a fotografia e os fotógrafos, que contam


agora com os softwares como um novo e forte aliado bem como as
novas câmeras digitais cheias de tecnologias. As fábricas e os
fornecedores de equipamentos vêm focando em dois públicos distintos
com alvos específicos: o amador e o profissional. Afinal para gostar de
fotografia você não precisa ser um fotógrafo.

4- FOTOGRAFIA PUBLICITÁRIA DE ALIMENTOS:


Martine Joly nos remete aos tempos de Platão, e aduz que para o
filósofo:

[...] a imagem seria um componente em relação a outro, representa-


do por ela de acordo com certas leis particulares, como a imagem
representada em um espelho, de acordo com as leis da física:
"chamo imagens primeiramente às sombras, depois aos reflexos que
se veem nas águas ou na superfície dos corpos opacos, polidos e
brilhantes, e a todas as representações semelhantes” (JOLY;2007, p.
13).

Todo individuo ao redor do mundo é consumidor de imagem, a


imagem está presente em toda parte. É quase impossível olhar ao redor
e não se deparar com uma foto, um quadro, um desenho, grafites,
cartazes, uma imagem mental, imagem de marca, entre outras coisas
que se configuram como imagem.Por esta razão são vários os
significados para a palavra imagem. Embora seja comum,se tem certa
dificuldade para definir esta palavra, ao que ressalta o autor Martine Joly
que:

Apesar da diversidade de significações da palavra, conseguimos


compreendê-la. Compreendemos que indica algo que, embora nem
sempre remeta ao visível, toma alguns traços emprestados do visual
e, de qualquer modo, depende da produção de um sujeito: imaginária
ou concreta, a imagem passa por alguém que a produz ou reconhece
(JOLY; 2007, p.13).

O termo imagem, também pode ser referido à imagem mental,


imaginada através dos sonhos, fantasias. Em resumo, podemos dizer
que é aquilo que nossa mente consegue imaginar, quando lê um livro ou
quando a mente produz seus sonhos. Portanto, se imaginamos ou
ouvimos alguma coisa estamos produzindo uma imagem mental:

A imagem mental corresponde à impressão que temos quando, por


exemplo, lemos ou ouvimos a descrição de um lugar, a impressão de
o ver quase como se lá estivéssemos. Uma representação mental é
elaborada de um modo quase alucinatório e parece pedir emprestada
as suas características à visão (JOLY; 2007, p.20).

Existem ainda diversas formas de determinar a imagem. Para os


autores Malena Segura Contrera e Osvaldo Takaoki Hattori, “imagem é
um termo que comumente utilizamos para designar representações
gráficas ou verbais de algo que existe ou poderia existir” (CONTRERA,
HATTORI;2003, p. 26).
Dessa forma compreende-se que a imagem é a representação de
algo por semelhança. Mesmo sem ignorar os diversos tipos de imagens
apresentados, este trabalho considera as imagens de forma visual, as
imagens visuais. Por fim, a imagem é remetida a algo que tudo se
assemelha a qualquer outra coisa, a não ser quando falarmos sobre a
imagem mental em que não se caracteriza uma semelhança, e sim algo
que criamos com a mente para conseguir visualizar o que o que está
sendo remetido (MACEDO; s/ data, in site).

A fotografia publicitária pode ser conceituada como uma imagem


realizada e tratada por profissionais da área, com o intuito de venda, de
campanha publicitária ou persuasão do publico alvo. A diferença que a
fotografia publicitária tem em relação à jornalística, artística ou
documental, é a utilização de artifícios e ferramentas para atrair a
atenção do espectador a que a imagem se destina. De acordo com o
autor Eduardo Neiva, o objetivo da imagem publicitária é “ilustrar algo
mais que o produto, é mostrar o real e ainda orientar o receptor sobre o
que a imagem quer passar. Isso tudo tem que ser feito com coerência
para que a mensagem não chegue errado ao seu publico alvo” (NEIVA;
1994, p. 13).

O fato de a imagem ser cada vez mais utilizada na publicidade é a


vantagem que ela tem sobre a leitura na agilidade de transmitir uma
mensagem sem precisar de um texto explicativo. Ela é mais atraente
para o público entre outras funcionalidades que ela passa aos
receptores. Ainda com o autor Eduardo Neiva "na publicidade a imagem
é obrigatória: quase não há anúncios sem figuração. Os próprios
elementos textuais são frequentemente visualizado graças ao uso de
tipos-fantasias" (NEIVA;1994, p. 69).

Assim então podemos concluir que a percepção que o público


receptor tem de uma imagem publicitária, está ligada aos elementos de
uma imagem trabalhada, como cor, luz, sombras, contrastes,
profundidade entre outros. Tudo isto contribui para que com bons olhos
as imagens que vinculam sejam bem vistas e lidas. A interpretação seria
o que aquela imagem significa para quem a percebe e avalia, e no caso
da publicidade, estaria ligada a identificação ou não com a imagem, a
decisão de se aquilo lhe convenceu ou não, o que possivelmente
desencadearia a compra.

Quando uma imagem é bem elaborada, tratada, ela tende a


persuadir seus receptores com eficiência. O uso deste termo
‘persuasão’, muitas vezes é visto como uma maneira de enganar o
público consumidor, uma mensagem negativa, sendo compreendido, na
maioria das vezes como forma aproveitar-se de um acontecimento ou de
uma situação. Para Adilson Citelli:

[...] persuadir, antes de qualquer coisa, é sinônimo de submeter-se,


daí sua vertente autoritária. Quem persuade leva o outro a aceitação
de uma dada ideia. É aquele irônico conselho que está embutido na
própria etimologia da palavra: per + suadere = aconselhar (CITELLI;
2002, p. 16).

A fotografia publicitária, desde o principio é aceita como prova


definitiva de algum produto, fato, etc. Por registrar o real, sua
credibilidade tem um aumento significativo. De acordo com Boris
Kossoy:

[...] a imagem fotográfica sempre foi um meio de veiculação de ideia


eficaz e um meio para formação da opinião pública, e isso se tornou
possível pela credibilidade perante o público, sendo seu conteúdo
entendido e aceito por eles (KOSSOY; 2000, p. 49).

Definido como a mensagem que a fotografia faz junto à


publicidade, pode-se dizer que persuadir não é o ato enganar as
pessoas. Trata-se de levá-las a acreditar por meio de argumentos que
aquilo que lhe é mostrado a partir de uma imagem publicitária trabalhada
é real, ou ao menos se assemelha ao real. Portanto, os anúncios
publicitários fazem menção à realidade, podendo criar por meio da
propaganda, necessidades e desejos.

4.1- A Fotografia e o Fotógrafo Publicitário:


O ramo da fotografia no mercado gastronômico cresceu muito, e
com isso, a procura de fotógrafos profissionais também aumentou para
atender a esta demanda. O mercado para a fotografia gastronômica
pode ser fracionado em três áreas de atuação: fotojornalismo de
culinária, editorial de culinária e comercial de culinária (SILVA;2016, p.
63).

O fotojornalismo de culinária está relacionado à educação e a


procura de informações, como o passo a passo dos alimentos,
inaugurações de eventos de grandes chefes, algumas fotos jornalismo
de alimentos são ilustrações ligadas a algum assunto da gastronomia e
seus chefes. Esse estilo de fotografia deve ser acessível, simples e claro
(SILVA;2016, p. 63).

IMAGEM 08: ESCOLA DA ARTE CULINÁRIA LAURENT


SUAUDEA:

Fonte: Escola da Arte Culinária Laurent Suaudea (ROGÉRIO, s/data, in site).


A fotografia comercial de culinária é a forma com a qual empresas
ou profissionais apresentam seu trabalho, tendo como objetivo final a
venda do produto gastronômico. Com isso o fotógrafo contratado segue
um briefing para assim conseguir realizar a foto para que seu público
alvo seja atingido com sucesso (SILVA;2016, p. 66).

IMAGEM 09: FOTO COMERCIAL:

Fonte: Home 23ª Feira do Empreendedor. (AUGUSTO 2015, in


site).

O editorial de culinária é o modo pelo qual os profissionais da


área apresentarem seus produtos culinários. Um método que envolve
além da fotografia a criação do prato que será apresentado. Esse
segmento da fotografia relaciona o estilo de vida a um conceito
gastronômico. Nesse ramo, é consentido ao fotógrafo criar
artisticamente, pois a flexibilidade desse tipo de trabalho permite que ele
expresse seu estilo pessoal em sua obra (SILVA;2016, p. 65).
IMAGEM 10: FOTOGRAFIA GASTRONÔMICA:

Fonte: Sabor à vida gastronomia (CARVALHO 2018, in site).

A imagem publicitária de alimentos em suas diferentes formas é


um elemento importante para a gastronomia, pois exerce uma ação
poderosa sobre o consumidor, e, partindo de uma necessidade
existente, estimula o desejo e a preferência por de- terminado
produto/alimento. Desse modo, de acordo com a autora Elaine
Karsaklian,o consumidor tomará sua decisão com relação à preferência
estimulada:

[...] é por isso que se diz que a publicidade ‘dá vontade’ de consumir o
produto. É o trabalho feito sobre as motivações que estimulará os
desejos que tem o consumidor e dessa forma ele deverá optar pelo
produto adequado para satisfazer a sua necessidade de base
(KARSAKLIAN; 2009, p. 24).

4.2- Fotografia na Gastronomia:


A fotografia na gastronomia é um tipo de foto gourmet, e
encontra-se em várias categorias de fotografia e para diversos fins. Em
geral ela circula entre as fotografias publicitárias e as fotografias de
alimentos, sendo inclusive usada no jornalismo e em matérias
publicadas em revistas, por exemplo (HOFFMANN;2016, p. 75.).

A fotografia gastronômica é dedicada à área de publicidade de


alimentos e procura imitar fielmente a realidade de modo a atrair,
persuadir e estimular os consumidores. Procura reproduzir por meio de
ilustração o seu referente da forma mais fiel possível, objetivando a
interação e a comunicação entre a imagem e o produto, pois são os
mesmos ingredientes e as mesmas características que devem ser
representadas.

Os melhores fotógrafos de comida tratam os pratos como se fossem


peças escultóricas, dando atenção especial à iluminação que realçará
as formas, as texturas e a cor. Utilizam o ponto de vista, o foco e a
profundidade de campo para realçar a aparência dos pratos
(PRAKEL; 2010, p. 70).

A fotografia publicitária na gastronomia deve ter a capacidade de


informar e sugerir sensações presentes no alimento, e ausentes na
aparência, pois, ela tem que ser fiel não só com a aparência, mas com o
que se propõe a ser. O foco é sugerir ao consumidor o seu paladar, o
qual se deixa levar pela sugestão da fotografia, mesmo sabendo que o
que vê não se adapta precisamente (LIMA;2013, p. 09).

Esse tipo de fotografia tem o objetivo em enfatizar nos alimentos


a representação visual do aroma, da textura, do sabor e da temperatura.
Nesse contexto, a imagem precisa ter um visual atraente e forte, capaz
de despertar os demais sentidos do consumidor, visto que este visual
tem o poder de envolver-se com o imaginário criativo do consumidor,
que com apenas uma olhar no alimento vem o desejo de comê-lo.
Compreende-se, dessa forma, que o objetivo da fotografia de
gastronomia é estimular o paladar por meio da visão, sentido esse que
seduz e condicionar o consumidor à compra do produto gastronômico
(LIMA;2013, p. 09).

IMAGEM 11: FOTOGRAFIA DE FRANCESCO TONELLI, PASTA


& RACE:

Fonte: Fotografia de Francesco Tonelli. (TONELLI; s/data, in site).

O consumidor está cercado de publicidades contendo fotografias


de alimentos em embalagens,revistas, cartazes, banners no ponto de
venda, folders, panfletos, displays, cardápios, redes sociais, outdoors,
entre outros.

Ao analisar a imagem acima, percebe-se que o profissional se


ateve à técnica e muita atenção em cada detalhe minuciosamente, algo
importante na fotografia com o uso de alimento, pois qualquer pequeno
descuido deixado passar em branco pode prejudicar o resultado final
(HOFFMANN;2016, p. 78). Para esse profissional a criatividade e um
olhar aguçado são fatores indispensáveis parasse fotografar alimentos.
A criatividade está na escolha do cenário, da iluminação, dos
acessórios e do estilismo. Este será feito por um membro
especializado da equipe, mas o fotógrafo precisará compreender e
aconselhar sobre como mostrar da maneira as texturas e cores
(PRAKEL; 2010, p.71).

Esta fotografia deve ter como objetivos a venda de um produto,


de conquistar o consumidor pelos olhos seduzindo-o à compra de um
produto, ou ajudando-o a decidir em qual restaurante escolher para fazer
sua refeição. A dedicação e a criatividade da equipe por trás de uma
fotografia gourmet é que convence o resultado (HOFFMANN;2016, p.
78).

4.2.1- Mercado para a fotografia gastronômica:

Quando se trata de mercado para esse tipo de fotografia de


gastronomia, é notório ser um dos segmentos fotográficos que mais
oferece oportunidades, principalmente nas capitais do país, os grandes
centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo horizonte e Porto
Alegre, os quais se destacam pela oportunidade vasta de possibilidades
para atuação desses profissionais que escolhem atender essas
demandas comerciais (MACEDO; s/ data, in site).

 Apesar de ser uma nova tendência esse mercado, ele ainda é novo no
Brasil, e por isso a fotografia de alimentos exige, além de bastante
técnica,conhecimento para inserção nesse mercado. Assim, fotografia
gastronômica pode ser dividida em áreas como fotojornalismo,
editorial,comercial e still. (MACEDO; s/ data, in site).
 Fotojornalismo: a fotografia é destinada a documentação do tema
gastronomia quando se relaciona a eventos, festas, chefs de cozinhas e
tudo mais relacionado ao o que está sendo trabalhado. Pode-se usar como
pauta tanto receitas com resultado final e passo a passo, como a inclusão
de fotografias que captem o cenário de degustação;
 Foto editorial: a fotografia é destinada para a área de atuação mais
tradicional e antiga da fotografia gastronômica, e está relacionado no uso
revistas, livros e jornais, além de sites de gastronomia;
 Foto comercial: a fotografia é destinada a venda do alimento, seja em
ações comerciais ou publicitárias, com o intuito de aguçar o paladar ou de
despertar o desejo de consumir o prato, como nas fotografias dos fast
foods, que remetem bem esta área de atuação; e
 Fotografia still: a fotografia é destinada em mostrar o alimento, ou seja,
mostrar a beleza de um elemento que faz parte da composição, com o
máximo de detalhes, como suas texturas e cores (MACEDO; s/ data, in
site).

Esses tipos de fotografias se destinam na publicidade dos


alimentos, sendo considerada uma ferramenta de marketing entre as
empresas, sendo hoje de uso tendencioso para este fim, pois é sabido
que é apartir dela que os consumidores são induzidos a adquirir tal
produto que chamou sua atenção após a vista da imagem sugestiva. As
empresas de grande porte incluísse possuem um profissional em food
styling, pelo grande crescimento no mercado, bem como pela função
desse profissional de unir gastronomia e design, ocasionando uma
enorme diferença no resultado final (LIMA;2013, p. 32).

Para o autor Gilberto Gerônimo Oller :

O trabalho vai além da fotografia publicitária. Você tem que saber e


conhecer de comida. É como se fosse o corpo humano, precisa
conhecer a anatomia dele para produzir a imagem perfeita. Alguém
de bom gosto, supostamente, saberia fazer uma coisa bonita. Mas é
difícil saber a técnica, saber quais produtos usar para conseguir tal
resultado. A gente tem uma didática e um método para construir os
pratos. E você tem de saber como deixar a pessoa com água na boca
(OLLER; 2014, in site.)

O mercado está se apropriando também das técnicas da


neuromarketing, usadas muitos nas áreas de mídia sociais e marketing
digital, porque auxilia por meio de técnicas na venda de produtos. Essa
tendência se fundamentou segundo o resultado do estudo de Marcelo
Peruzzo, o embaixador no Brasil da Associação Mundial de
Neuromarketing (NMSBA), o qual afirma que em:
[...] uma campanha de comunicação para fast foods, o ideal é a
utilização da cor verde nas imagens com alimentos. Desta forma,
nosso cérebro reage mais rapidamente pelo fato da imagem de
alimentos influenciarem a nossa percepção ao transmitir uma
mensagem.(PERUZZO; 2013, p. 36).

4.3- Profissionais da fotografia gastronômica:

 Lou Manna / Estados Unidos:

IMAGEM 12: LOU MANNA:

Fonte: Mia Anzola’s Blog. (BLOG; 2009, in site).

Lou Manna é um fotógrafo de gastronomia premiado, com


experiência de mais de 30 anos neste ramo. Iniciou sua carreira no New
York Times. Suas fotografias ilustraram muitas campanhas de
marketing, publicações do setor e mais de 40 livros de receitas.
Utilizando técnicas criativas de iluminação para conseguir suas fotos,
Lou Manna é responsável por imagens de dar água na boca. Ele ainda é
autor e educador e revela muitos segredos em seu livro FoodDigital
Photography.

IMAGEM 13: FOTOGRAFIA DE LOU MANNA:

Fonte: Lou Manna Photography. (IPHOTOGRAPHY; s/data, in site).

 Mauro Holanda / Brasil:

IMAGEM 14: MAURO HOLANDA:


Fonte: Mauro Holanda (HOLANDA; s/data, in site).

Mauro Holanda, um especialista na fotografia gastronômica, pioneiro na


foto- grafia gastronômica moderna, tirando as equipes do estúdio e instalando
suas tralhas nos restaurantes. Colocou a fotografia dentro da cozinha. Mauro
virou o Brasil à procura de recantos, produtos e delícias desconhecidas para os
leitores da revista Gourmet nos idos dos anos 80. Nesta época a cozinha
regional só era conhecida na própria região. Desde então o fotógrafo vem se
dedicando exclusivamente à gastronomia, fotografando, escrevendo, proferindo
palestras e ministrando workshops em diversos cantos do país.

IMAGEM 15: FOTOGRAFIA DE MAURO HOLANDA:


Fonte: Mauro Holanda (HOLANDA; s/data, in site).

 Alan De Herrera / Estados Unidos:

Alan começou como fotógrafo de alimentos em 2006. Ele acredita


que a fotografia de comida é desafiadora em diversos aspectos. Realiza
fotografia de alimentos e bebidas para livros de receitas, revistas,
jornais, negócios culinários e restaurantes em todo o mundo. Seus
principais clientes são: Subway,Coca Cola, JackDaniel’s Meats,
Celebrity Chef Guy Fieri, Bush’s Beans, Famous Dave’s BBQ.

IMAGEM 16: BIOGRAPHY ALAN DE HERRERA:

Fonte: Biography: Alan de Herrera. (HERRERA;


2011, in site).
IMAGEM 17: FOTOGRAFIA DE ALAN DE HERRERA:

Fonte: Fotografia de Alan de Herrera. (HERRERA; s/data, in site).


5- FOTOGRAFIA STILL LIFE – CONCEITO:

Em referência ao que fora conhecido antigamente como ‘natureza


morta’,o fotógrafo John Hedgecoe se refere a esta técnica Still como
sendo uma fotografia cujos objetos são inanimados, e possuem
interesse em manipular a luz e o contraste, de modo a evidenciar
elementos específicos (LOURO; 2016, p. 10).

A fotografia encontra-se, nos dias de hoje em uma fase em que é


possível adquirir uma câmera de qualquer tipo, máquinas profissionais
ou não. Com essa facilidade e a indústria da fotografia crescendo, todos
se acham aptos a tirar uma fotografia, mas para ser um profissional do
ramo, você tem que estudar e conhecer as técnicas especiais para uma
boa produção da foto. Trata-se de um estudo que credencia alguém a
ser um fotógrafo profissional.

Obviamente ninguém entende todo o processo que gera uma


fotografia, desde a emulsão atingida pela luz até a imagem revelada,
tudo isso exige aprendizado e cada fotógrafo tem sua visão. Mas para
chegar perto de uma perfeita foto, algumas técnicas fotográficas são
necessárias, e neste momento ser profissional é de suma importância,
pois não basta mirar a câmera para um objeto e apenas fotografar, pois
existem conceitos, técnicas e métodos para que a foto a ser observada
pelo espectador tenha sua função atingida com sucesso (FOTOGRAFIA
MAIS; 2019, in site).

As principais composições para uma foto gastronômica perfeita e


bonita dependem, inicialmente, da escolha de produtos de forma a
corresponder com o assunto fotografado, não se esquecendo da
mensagem que se pretende transmitir com a imagem pensando no
resultado final, já que depende dessa escolha paras e obter o sucesso
objetivado, que é despertar o paladar.

Segue-se na lista de procedimentos a escolha e composição do


cenário, sendo essencial para isso um estúdio de fotografia bem
equipado, seguindo o formato de uma cozinha, com equipamentos
culinários e elementos decorativos cuidadosamente pensados. Deve-se
ainda ter muito cuidado com o manuseio dos produtos alimentares a
serem fotografados, para que estes não desmontem ou se danifiquem
ao longo da sessão fotográfica (FOTOGRAFIA MAIS; 2019, in site).

O fotógrafo pode contar com a ajuda de um food styling,um


profissional qualificado em organizar artisticamente os elementos que irá
compor autografia, escolherá e avaliará a seleção pretendida, e ainda
uma composição de cena minimalista.

Ao fotografar deve-se ater à iluminação eficaz, pois esta faz toda


a diferença no controle do contraste da sombra e a qualidade da luz.
Dentre os tipos de luzes que será descritas a seguir, sabe-se que na
fotografia de alimentos a luz natural é a mais recomendada, pois não
altera a textura, nem a cor natural (FOTOGRAFIA MAIS; 2019, in site).

As fotografias em preto e branco para alimentos não são as mais


usadas, pois as cores aguçam o paladar, e nesse sentido, o fotógrafo
deve se ater na aplicação de cores, sendo um fator relevante uma boa
harmonia das cores.
5.1- Equipamentos:

5.1.1- Câmera OSLR:

O Blogspot publicou uma matéria online, na qual explica como


funciona o funcionamento das câmeras fotográficas e a luz para as fotos
e suas técnicas. Assim esta matéria inicia explicando brevemente sobre
a luz que entra no olho, a qual “é focada pela córnea e pelo cristalino
que se encontra sobre a retina” (BLOGSPOT; 2012, in site). Contudo,
antes de chegar ao cristalino ela passa pela pupila, que é uma abertura
que existe no meio da íris, e esta tem a função parecida com a do
diafragma: ao expandir-se ou contrair-se, controla a entrada de luz. As
células fotorreceptoras localizadas na retina captam a luz e transformam
a imagem projetada em sinais elétricos, levados a uma região do
cérebro, o qual fará a interpretação das informações como as cores, as
textura, as formas, etc. logo é perceptível que sem luz não há imagem,
pois, “em sua ausência, as células que se encontram na retina são
insensíveis, e, dessa forma, o cérebro nãoregistra a imagem”
(BLOGSPOT; 2012, in site).O processo visual para formar uma imagem
tem certa semelhança ao de uma câmera fotográfica como explica a
imagem 18.

IMAGEM 18: ESQUEMA COMPARATIVO OLHO HUMANO COM


A CÂMARA FOTOGRÁFICA:
Fonte: Fotografia adaptada do site Blogspot (BLOGSPOT; 2012, in site).

Uma câmera fotográfica é como se fosse uma réplica do olho


humano, este onde é a retina a responsável em organizar a luz em
imagens, enquanto nas câmeras fotográficas esse trabalho é do sensor
dela. Este sensor é uma peça da câmara muito sensível às sujeiras e a
luz intensa, e por esse fator de sensibilidade, este sensor é protegido
pelo obturador dentro da câmera, o qual funciona como uma cortina que
cobre o sensor e se abre rapidamente quando uma fotografia é tirada.
Ou seja, a máquina fotográfica é uma câmera escura, que por meio de
uma abertura mínima, uma lente ou um conjunto de lentes projeta a
imagem sobre uma superfície plana.

IMAGEM 19: FOTOGRAFIA DO OBTURADOR PROTEGENDO O


SENSOR:
Fonte: Foto do acervo de Ana Nemes. (NEMES; 2011, in site).

Esse é um dos modelos que podem ser encontrados, pois cada


modelo depende da respectiva câmera, e marca que ainda varia em
diferentes posições, contudo sua função é sempre a mesma: abrir-se
para a passagem de luz. Ele pode ter também vários formatos.

Os mais comuns são os circulares, que se abrem de maneira


semelhante ao diafragma (são encontrados em câmeras antigas), e
os obturadores mais modernos, com placas sobrepostas que se
abrem verticalmente, como uma persiana (NEMES; 2011, in site).

Um modelo mais utilizado é a Câmera Digital Canon DSLR Semi


profissional, com 18MP, T100,wi-fi, bluetooth e zoom 3x. Os anunciantes
de essa imagem a seguir a definem como sendo de excelência para
registrar aqueles momentos inesquecíveis e com qualidade, o resultado
é excelente, pois é fácil o seu manuseio.

IMAGEM 20: FOTO MODELO DE UMA CÂMERA DSLR:

Fonte: Foto do site de compras Magazine Luiza (LUIZA; in site).


5.1.1- Objetiva:

Em casos da fotografia digital, existe um dispositivo eletrônico,


conhecido como Dispositivo de Carga Acoplada (CCD), que converte as
intensidades de luz que incidem sobre ele em valores digitais
armazenáveis na forma de Bits e Bytes que são, gravados na memória.
Este dispositivo é um sensor semicondutor para captação de imagens
formado por um circuito integrado que contém uma matriz de
capacitores acoplados.

Essa abertura da objetiva é o principal fator que controla a


profundidade de campo das fotografias. Essa profundidade de campo é
a área dentro da imagem onde se tem nitidez, área esta que pode ser
curta, como nos casos em que o fundo fica desfocado, ou longa, como
nos casos em que tudo está em foco desde o início até o fim da imagem.

Há ainda outros dois fatores influenciam muito a produção final de


uma fotografia, que seriam a distância focal da objetiva, e a distância do
fotógrafo para o objeto e o objeto do fundo, logo se percebe que não é
somente a abertura da objetiva que controla a profundidade de campo
de uma imagem. Assim, quanto maior a distância focal [mais ‘zoom’] a
objetiva oferece, menor será a profundidade de campo. Em contra
partida, quanto mais próximo o fotógrafo estiver do tema fotografado, e
mais distante o tema fotografado esteja do fundo, menor será a
profundidade de campo.

Na imagem 21 Neto Macedo utilizou uma objetiva 300mm com


diafragma configurado em f/13, sendo uma abertura que, normalmente,
não ofereceria uma profundidade de campo rasa. Porém, quando Neto
Macedo escolheu utilizar uma objetiva com grande distância focal e
também por estar muito próximo ao modelo e o modelo muito distante
do fundo, ele obteve uma profundidade de campo bastante reduzida.
IMAGEM 21: OBJETIVA 300MM COM DIAFRAGMA
CONFIGURADO EM F/13:

Fonte: Foto do acervo de Neto Macedo.(MACEDO; s/ data, in site).

Conforme explica o fotógrafo Neto Macedo nesse curso online:

Como a distância focal da objetiva também interfere na profundidade


de campo, não deixando isto somente a cargo do diafragma, quando
utilizamos objetivas grande angulares (com baixa distância focal)
vamos quase sempre obter uma alta profundidade de campo, mesmo
em aberturas de diafragma muito grandes (MACEDO; s/ data, in site).

Este fotógrafo continua explicando em outra imagem, com o


diafragma foi configurado em f/2.8, uma abertura grande, porém, devido à
pequena distância focal de 16mm oferecida pela objetiva, a
profundidade de campo continua alta, já que quanto menor a distância
focal maior será a produção.

IMAGEM 22: OBJETIVA 16MM COM DIAFRAGMA


CONFIGURADO EM F/2.8:
Fonte: Foto do acervo de Neto Macedo. (MACEDO; s/ data, in site).

5.1.2.1- Diafragma:

O diafragma é a parte principal dentro do processo fotográfico o


qual controla a profundidade de campo, conhecido como ato de
‘desfocar o fundo’ em termos leigos.Abrindo ou fechando o diafragma da
objetiva, se pode controlar a área de nitidez dentro da imagem.

IMAGEM 23: DIAFRAGMA ABERTO E A PROFUNDIDADE DE


CAMPO:
Fonte: Imagem do acervo Neto Macedo. (MACEDO; s/ data, in site).

IMAGEM 24: FOTOGRAFIAS DE PROFUNDIDADE DE CAMPO,


DOIS EXEMPLOS:

Em f/8 Neto Macedo obteve uma Como o diafragma foi configurado


alta profundidade de campo na em f/1.4, Neto Macedo obteve uma
imagem deixando em foco desde os grande abertura, reduzindo
elementos frontais até os elementos drasticamente a profundidade de
posicionados no horizonte. campo da imagem.

Fonte: Ambas as fotos do acervo de Neto Macedo. (MACEDO; s/ data, in site).

O autor Neto Macedo leciona que ISSO e diafragma detém um pouco de


controle sobre a imagem, mas “na hipótese se desejar uma alta profundidade
de campo, pode-se fechar o diafragma e compensar a pouca quantidade de luz
a entrar na objetiva aumentando a sensibilidade ISSO” (MACEDO; s/ data, in
site). Em caso contrário, ao diminuir a profundidade de campo aumentando o
diafragma, “pode-se compensar a grande quantidade de luz a entrar na câmera
diminuindo o a sensibilidade ISSO” (MACEDO; s/ data, in site).

Na hora de fotografar, faz-se um balanço entre o ISO, abertura de


diafragma e velocidade de obturador para alcançar a luz ideal. Mas
tudo isto fica para o último artigo, onde falo de fotometria (MACEDO;
s/ data, in site).
Nesse contexto, tem-se ainda que observar a velocidade de disparo, que
é o tempo que o obturador fica aberto, antes de voltar para a posição inicial.
Em um exemplo dessa velocidade a que está diretamente ligada com a ideia
de movimento da foto, e com a quantidade de luz que o sensor será capaz de
captar, a qual pode ser facilmente controlada pelo profissional.

IMAGEM 25: MOVIMENTO DA FOTO:

Fonte: Foto do acervo de Ana Nemes. (NEMES; 2011, in site).

A autora Ana Nemes se utiliza de alguns termos técnicos para explicar a


imagem acima da seguinte forma:

A velocidade de disparo, ou “shutter”, é medida em segundos, ou


frações de segundos, expressos desta forma: 05” para velocidade
acima de um segundo, que neste caso são 5 segundos, pois o
numero representa o tempo; e 1/200 para velocidades abaixo de um
segundo, neste caso a velocidade é um segundo dividido por 200.
Quanto mais rápido, menos luz é captada, porém as chances da
imagem ficar tremida são bem menores (NEMES; 2011, in site).

Continuando com a autor, esta aduz que não se pode confundir o


obturador com o diafragma, pois são partes diferentes da câmera e têm
funções diferentes: enquanto o obturador é o responsável por proteger o
sensor e se abrir apenas brevemente para deixar a luz passar, o diafragma
controla a quantidade de luz que chega ao obturador, deixando a passagem
maior ou menor, dependendo de sua abertura (NEMES; 2011, in site).
Exemplificando novamente conforme nossos olhos, esta pequena parte
da máquina fotográfica é considerada a íris das câmeras, a qual se encontra
dentro da lente, cuja objetiva cumprir o papel mais fundamental para a
fotografia: controlar a profundidade de campo. Conforme a autora Ana Nemes
explica:

O diafragma pode se abrir e fechar, permitindo uma passagem maior


ou menor de luz para o obturador e para o sensor. Quanto maior é a
abertura, mais luz é captada e a velocidade de disparo pode ser
maior, diminuindo o tempo necessário de exposição. A abertura do
diafragma é medida em números f, que são escritos desta forma:
f/2.1, f/5.6, f/22, etc.. Sendo que, quanto maior a abertura, menor é o
número. É importante entender este conceito, pois, desta forma,
quando falamos em uma grande abertura do diafragma, é possível
saber que o número f em questão é bem pequeno. É comum referir-
se à abertura do diafragma apenas como “abertura”. (NEMES;
2011,in site).

IMAGEM 26: DIFERENTES TAMANHOS DE ABERTURA DO


DIAFRAGMA:

Fonte: Foto do acervo de Ana Nemes. (NEMES; 2011,in site).


Dentre outras dicas na sua reportagem a autora Ana Nemes aduz que a
abertura da câmera se diferencia do modelo da marca de máquina que se for
adquirir, bem como do tipo de lente que está sendo usado, pois nem todas as
câmeras conseguem ajustar a abertura para todos os valores.

Ao comprar uma câmera ou lente nova, tente encontrar informações


sobre os valores de abertura, o máximo e o mínimo. Isso classifica as
lentes em “claras” e “escuras”, sendo que, geralmente, quanto mais
clara for à lente, maior é o seu valor. É claro que os valores também
dependem da luminosidade dos ambientes, e variam de acordo com
isso, mas em um mesmo local com as mesmas condições de luz, a
regra vai estar sempre valendo: quanto maior for um valor, menor
será o outro. (NEMES; 2011,in site).

Em se tratando de fotografias gastronômicas, uma lente macro é sempre


bem-vinda, pela sua maior capacidade de registrar detalhes pequenos,
podendo obter fotos com mais textura.

IMAGEM 27: FOTOGRAFIAS GASTRONÔMICAS COM UMA LENTE


MACRO:
Fonte: Foto do acervo da Equipe Fotografia Mais. (FOTOGRAFIA
MAIS; 2018, in site).

5.1.3 - Tripé:

O tripé apoia e estabiliza a câmera, e em especial se estiver se


utilizando de lentes macro. Se tiver se beneficiando da luz natural, o tripé este
uma utilidade interessante, pois o fotógrafo pode se utilizar dessa luz em
conjunto com uma velocidade mais baixa, e o papel do tripé é de conseguir
uma foto bem nítida será essencial utilizar um tripé. Na falta de um tripé, por
exemplo em fotografias gastronômicas, se recomenda o uso de velocidades
mais altas, pois fotografia de comida não é nada se não estiver nítida. Assim,
observa-se que não há apenas um único truque para se obter fotos bem
focadas, haja vista as ferramentas variadas que um profissional pode obter
essa foto. Logo, para se conseguir fotos perfeitamente nítidas, o fotógrafo deve
se lembrar de que o tripé é de suma importância para esse objetivo (FOCUS;
2007, in site).

O costume entre esses profissionais mais renomados é o uso frequente


do tripé mesmo a luz do dia. Alguns profissionais acreditam que é mais
trabalhoso, porém estes sabem também que o tripé é o elemento chave que os
fotógrafos amadores não percebem, sendo esse um dos segredos que esses
profissionais usam para obterem em suas fotos a aparência que tem. Apesar
da função de um tripé se resumir, em visão geral, para apenas manter a
câmera parada e firme, existem diferentes tipos de tripés, e quanto mais
profissional e caro, melhores ferramentas este possui, facilitando a imagem
final. Os tripés muito baratos não conseguem manter a câmera com o grau de
firmeza desejado, e é por isso que eles são baratos (FOCUS; 2007, in site).
IMAGEM 28: MODELO DE TRIPÉ PARA CELULAR:

Fonte: Modelo de tripé para celular, produto à


venda nos sites das Lojas Americanas online
(AMERICANAS; in site).

IMAGEM 29: MODELO DE TRIPÉ PARA CÂMERA:

Fonte: Modelo de tripé para celular, produto à


venda nos sites das Lojas Americanas online
(AMERICANAS; in site)

IMAGEM 30: MODELO DE TRIPÉ AMADOR:


Fonte: Modelo de tripé amador, produto à venda nos
sites das Lojas Amazon.com.br online (AMAZON; in
site).

IMAGEM 31: MODELO DE TRIPÉ COM DOIS ESTÁGIOS PARA USO


EM VÍDEO PROFISSIONAL:

Fonte: Modelo de tripé com dois estágios


para uso em vídeo profissional, produto à
venda nos sites das Lojas Magazine
Luiza.com.br online (LUIZA; in site).

5.1.4- Flash:
Flashes, ou também conhecido como Tochas Eletrônicas,são utilizados
em diversos trabalhos profissionais, já que cada tocha eletrônica é composta
por dois tipos de lâmpada. A lâmpada halógena, ou de tungstênio, é conhecida
como luz piloto ou lâmpada de modelagem. A lâmpada de pirex ou quartzo, é o
flash propriamente dito.

A luz piloto é uma luz contínua, de temperatura de cor baixa, e que têm
por principal função simular a luz do flash, assim, ela fica acesa durante todo o
processo de preparação da foto, para que o fotógrafo possa posicionar a luz e
montar os devidos acessórios de iluminação, de forma a conseguir o resultado
desejado. O flash só é acionado no momento em que o obturador da câmera é
disparado. As tochas são normalmente conectadas a unidades geradoras de
potência.

O Flash também conhecido por Feixo e Flecha, sendo um aparelho


utilizado em fotografia, o qual que dispara energia sob a forma de luz em
simultâneo com a abertura do diafragma, e mediante a abertura do obturador .
É usado em situações de pouca luz, de penumbra e de eclipses, mas mesmo
com bastante luz, ao sol por exemplo, pode ser usado para o preenchimento de
sombras muito fortes evitando a saturação exagerada, chamada de fill flash.

IMAGEM 32: EXEMPLO DE TOCHA ELETRÔNICA/FLASH:


Fonte: Foto do acervo da autora Karen Lynne Dejean. (DEJEAN; 2018, p. 28).

5.2- Iluminação:

O profissional em fotografia deve ter domínio sobre o jogo de luzes que


comporá as cenas da desejada imagem. Como fotografar alimentos se trata de
uma fotografia still,o fotógrafo deve ter o controle sob a manipulação da luz de
modo que ele consiga um resultado mais próximo do possível e da realidade na
foto executada.

A atenção e foco é chave para esse feito, pois se prestar atenção em


alguns pontos importantes na hora da execução, como o tipo de luz e sua
direção, no resultado final da foto fará uma diferença marcante. Os tipo de
luzes como natural ou artificial pode ser pensadas com as técnicas de cores e
sombreamento. Para a fotografia still o importante é que a luz exerça funções
maiores que apenas iluminar que são:

 Fazer profundidade;
 Textura;
 Cor correta em relação;
 Todos os aspectos em relação ao produto; e
 Não produzir reflexo.

IMAGEM 33: EXEMPLO DE FOTOGRAFIAS COM ILUMINAÇÃO


CORRETA E INCORRETA:
Correto Incorreto

Fonte: Acervo do autor Luiz Felipe Silva Louro. (LOURO; 2016, p. 18).

Outro desafio para o fotógrafo é tirar boas fotos de objetos com


propriedades reflexivas como metais, vidros, cristais, joias,pedras preciosas,
óculos de sol. O fotógrafo deve saber manipular a luz para que essa tarefa
possa ser facilmente resolvida, eliminando pontos de luz desnecessários e
reflexos recorrentes.

Dentre os diversos métodos para se fotografar um objeto translucido


(vidro, cristais etc.), é iluminar o objeto por trás.Este método é chamado de
‘retro iluminação’, e causa uma composição muito mais harmoniosa em relação
à aparência do objeto fotografado. No caso dos óculos de sol, por exemplo, é
preciso rebater a luz criada ao iluminar o objeto e com isso dissipar a luz de
forma que fique mais suave.

IMAGEM 34: EXEMPLO DE FOTOGRAFIAS E A COMPOSIÇÃO DA


ILUMINAÇÃO:

Composição incorreta. Composição correta.

Fonte: Acervo do autor Luiz Felipe Silva Louro. (LOURO; 2016, p. 19).
5.2.1- Natural:

É notória a importância da iluminação em toda fotografia, e ainda em se


tratando de trabalhos com ingredientes in natura e frescos, sorvetes e alguns
molhos, por exemplo, “a utilização do flash eletrônico” é primordial, pois outro
tipo de iluminação como a incandescente poderia “causar desidratação,
derretimento e evaporação nesses tipos de alimentos”, impedindo, assim,
atingir o resultado pretendido naquela foto. (CHIACHIRI FILHO; s/ data, p. 04).

Quando se trata de equipamento necessário, somente se saberá de


acordo com a necessidade da produção, pois podem variar muito. Em se
tratando de equipamentos de iluminação, os modificadores de luz são o mais
importante.

Também é possível obter bons resultados com quase nenhuma


estrutura. Na luz natural, o horário é o fator que definirá a inclinação dos raios
luminosos em relação ao objeto fotografado,sendo dela que resultará um
determinado efeito. A luz de janela é uma das formas de se obter uma
iluminação natural, e deve ser o maior aliado do fotógrafo, pois este poderá
usar a luz do sol em diferentes horários do dia para conseguir efeitos
diferentes, sendo a fotografia de produto é um ensaio perfeito para estudar
sobre a iluminação.

Neste sentido, Medeiros, afirma que o segredo de uma bela foto está na
iluminação (MEDEIROS; 2012, in site). Este profissional usou de exemplo de
uma foto de alimentos, com uma fonte vinda de trás, valorizando a textura e
dando um volume ao alimento. Abaixo segue a ilustração do exemplo acima
citado e mencionado por Medeiros, feita por Michel Téo Sin, para a campanha
da rede de comidas mexicana Cactus Mexican Food:
IMAGEM 35: ILUMINAÇÃO NATURAL:

Fonte: Acervo do fotógrafo Michel Téo Sin. (MEDEIROS;


2012, in site).

A imagem demonstra toda a iluminação presente nos detalhes ao fundo,


sem, contudo tirar o destaque dos objetos em primeiro plano. Verifica-se
também outro detalhe, o da ambientação do prato ensino contexto, tendo a
máxima atenção às cores, fundos e à louça ideal para compor a fotografia.

Corroborando nesse sentido, o fotógrafo Rámon Alfano concede uma


dica, que é a análise das cores dos alimentos para compor o restante da cena:

A qualidade e o aspecto de cada alimento ali inserido são


fundamentais. Para isso, uma boa produção é essencial para mostrar
o melhor de cada item: o melhor pedaço de tomate, a melhor folha, a
melhor cereja, o melhor da calda que escorre sobre o doce, etc. A
comida deve ter aparência de que acabou de ser produzida
(ALFANO; 2013, in site).

O fotógrafo de alimento deve se preocupar com as técnicas de


iluminação, podendo esse fotógrafo vislumbrar a fotografia pode ter seu lugar
no estúdio, sob condições de iluminação controlada ou sob a luz natural.
5.2.2- Artificial:

Quando se quer obter um panorama mais aconchegante, caloroso, com


tonalidades mais quentes, utiliza-se o recurso luminoso da luz incandescente.
“Filtros, filmes específicos,gelatinas também fazem parte do conjunto
iluminação”. Cada um cumpre seu papel no aspecto sugestivo do ambiente
pretendido, ou seja, “na obtenção de um clima mais frio ou mais aconchegante,
aspectos de maturação dos alimentos entre outros” (CHIACHIRI FILHO; s/
data, p. 04).

O francês Joseph Nicéphore Nièpce desejava melhorar as técnicas da


imagem por meio de placas de metal, e começou a realizar estudos sobre sua
necessidade. E da mesma forma, outro cientista chamado Louis Jacques
Daguerre, procurava obter imagens impressionadas quimicamente por meio do
seu ‘Diorama’, “um espetáculo composto por enormes painéis translúcidos
pintados através da câmara escura, que produziam efeitos visuais (fusão,
tridimensionalidade) por meio de iluminação controlada no verso destes
painéis” (SALLES;2008, in site).

Em algumas fotografias de alimentos não são necessárias potências


muito altas de flash, mas é essencial ter o controle sobre o que se faz. Para
isso, geralmente utilizam-se diferentes refletores, snoots,
difusores,rebatedores, bandeiras, garras, diferentes tipos de superfície, etc.
Além dos flashes de estúdio, também é interessante possuir flashes dedicados,
ou speedlights. Com a iluminação artificial de um estúdio fotográfico, o efeito
desejado dependerá do posicionamento das diversas fontes de luz e do
equilíbrio entre elas.
Os equipamentos que garantem a iluminação de estúdio mais comuns
no mercado atualmente são os seguintes: tochas eletrônicas (flashes);
geradores de potência; e modificadores de iluminação.

IMAGEM 36: ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL:

Fonte: Acervo do fotógrafo Newton Medeiros. (MEDEIROS; 2012, in site).

Iluminação natural Iluminação artificial

5.2.3- Luz e Sombra:

A luz é que vai definir como será a montagem de todo o clima da foto
still, é importante estar atento em toda a distribuição e ter o controle sobre ela e
o produto, o certo é usar sempre uma luz incandescente, alógena, fria ou de
led. Alguns optam por utilizar a luz natural externa, então neste caso um bom
rebatedor de luz posicionado contra a luz da janela para distribuir a sombra ou
suavizar será necessário nesta composição. A aparência profissional vai ser de
tamanha importância, a distribuição do produto sobre a profundidade montada,
e um desfoque no fundo para a focalização do produto e desta forma mostrar o
que se quer vender.

Conseguir uma foto de primeira é algo muito difícil, então o certo é


trabalhar com as luzes, modificando de lugar, fazendo varias tipos de foto,
buscar novos layouts: a inovação sempre é bem vinda. No still é importante
que a luz exerça funções maiores que apenas iluminar que são:

 Fazer profundidade;
 Textura;
 Cor correta em relação;
 Todos os aspectos em relação ao produto; e
 Não produzir reflexo.

O importante quando se vai fotografar só o produto, é entender que a cor


deve permanecer fiel. Se o fotógrafo não tiver uma manipulação boa sobre a
luz, ele pode fazer com que a tonalidade da cor do produto mude, e isso no
resultado final é completamente negativo. Como no exemplo que segue na
figura a seguir:

IMAGEM 37: COMPARATIVO DE BRILHO:

Fonte: Acervo do próprio autor (Luca Lima Borba Pedroso).

Corret Incorreto
o:
5.2.4- Cores:

É muito importante prestar a atenção nas cores distribuídas no cenário


que vai ser fotografado, pois o espectador vê as cores como algo certo: a
grama é verde, neve é branca, etc. Então a atenção com isso é de suma
importância. Ninguém gosta de olhar um produto vermelho na loja, mas, na foto
ele é laranja, isso acaba não dando credibilidade para a fotografia consumida.
De acordo com Leonard Gaunt (1979) toda cor de um objeto é dependente da
luz projetada sobre ele, então não existe uma cor certa a não ser que o mesmo
objeto seja feito a comparação com todas as variações de luz.

Para a foto gastronômica, o profissional pode se utilizar de uma


ferramenta, a qual é muito conhecida no meio, que é o círculo cromático,
proposto por Isaac Newton em 1666. De acordo com o autor Israel Pedrosa as
cores se dividem em: “cores primárias – indecomponíveis; cores secundárias –
advindas de duas cores primárias; cores terciárias - mistura de uma cor
secundária e uma primária; e cores complementares - estão opostas ao círculo
cromático” (PEDROSA; 2008, p.32).

Contudo, a cor está ligada com o emocional das pessoas, é a primeira


coisa a ser percebida quando um objeto é observado, é o primeiro sentimento
que vem à cabeça de acordo com a temperatura que a cor transmite. Abaixo
temos o exemplo da Roda de Cores.
IMAGEM 38: RODA DE CORES:

Fonte: Acervo do autor Delton Silva, no site da Digital


Marketing 360. (SILVA; 2018, in site).

As cores estão divididas em:

a) Cores monocromáticas: É a mesma cor misturada com branco, cinza ou


preto, são as matrizes e tonalidades da mesma cor. Ex.: azul-esverdeado.
Numa combinação monocromática seria o azul-esverdeado claro, médio e
escuro, é o famoso degrade.Essa combinação é de baixo contraste.
b) Cores análogas: é uma combinação de cores vizinhas na roda das cores.
Ex.: amarelo. Numa combinação análoga do amarelo é o amarelo-
esverdeado e o verde, ou outra combinação análoga seria amarelo,
amarelo-esverdeado e amarelo-alaranjado.Essa combinação é de médio
contraste.
c) Cores complementares: são combinações de cores que se misturadas
uma na outra, se neutralizam e se colocadas um ao lado da outra, se
realçam.Para encontrar a cor complementar é só buscar a cor oposta na
roda das cores. Ex.: vermelho. A cor complementar do vermelho é verde.
Se você misturar uma tinta verde com uma vermelha, elas se neutralizam
(vai para o marrom ou cinza).
A fotografia transmite sentimento, as cores também, então um bom
estudo sobre o assunto é fundamental, entender que a criação para a fotografia
é importante começar vendo as cores e sua iluminação, quando se aprende a
utilizar estas duas coisas você esta apto a entender como a fotografia funciona
e como na hora de preparar seu cenário ela vai te ajudar.

A composição da foto deve ter destreza em sua composição, e é diante


de uma composição bem elaborada que a imagem tende a atingir seus
objetivos com eficiência, sendo a cor um elemento essencial e extremamente
importante nesse processo, justamente pela sua capacidade de captar
rapidamente a atenção do consumidor, podendo estimular sensações por meio
da sinestesia, gerando necessidades e o motivando à compra.

5.3. Estúdio:

É certo que todo profissional deve ter conhecimentos e também um


estúdio equipado para aplicar suas técnicas e conhecimentos em fotografia still
life. Para a realização desse tipo de fotografia são necessários equipamentos
específicos e um local adequado, ou seja, um estúdio de still. O autor Luiz
Felipe Silva Louro aduz a existência de três tipos de estúdio para still:“o mini
estúdio (Pop Up), mesa para Still,e o estúdio profissional”. (LOURO, 2016, p.
14).

IMAGEM 39: FOTOGRAFIA DO EQUIPAMENTO MINI ESTÚDIO:


Fonte: Acervo do autor Luiz Felipe Silva Louro. (LOURO; 2016, p. 14).

O Portátil Pop UP Studio proporciona excelente iluminação para


fotografia still, e é ideal para fotografar pequenos produtos e para quem
procura uma solução portátil. É uma ferramenta portátil, de montagem e
instalação prática e rápida; possui medidas, enquanto montado de 36 cm de
largura, 32 cm de profundidade e 37 cm de altura, e quando desmontado em
formato de maleta ele mede 35 cm x 35 cm x 02 cm. (LOURO; 2016, p. 14).
Continuando com o autor ele descreve a ferramenta da seguinte forma:

Produzido com resistentes paredes plásticas pesa apenas 580


gramas. Acompanha três cores de fundo infinito em papel,
branco,preto e verde. Conta com 54 LEDs através de uma régua
tripla, e uma temperatura de cor de 6000k, o que é ideal para
fotografia de produtos, pois nãoaltera a cor do objeto fotografado.
(LOURO; 2016, p. 14).

O Estúdio para Stillé muito semelhante com uma mesa de still, e conta
com quatros flashes profissionais de estúdio, localizados em volta da mesa, e
ainda rebatedores, snoot, soft box para diversificação da luz.

IMAGEM 40: EXEMPLO ESTÚDIO DE STILL E EQUIPAMENTOS:


Fonte: Estúdio snoot.Acervo do autor Luiz
Felipe Silva Louro. (LOURO; 2016, p. 16).

Fonte: Rebatedores.Acervo do autor Luiz


Felipe Silva Louro. (LOURO; 2016, p.
16).
Fonte: Soft box.Acervo do autor Luiz
Felipe Silva Louro. (LOURO; 2016, p. 16).

Fonte: Snoot.Acervo do autor Luiz Felipe


Silva Louro. (LOURO; 2016, p. 16).

5.3.1- Sombrinha:

A sombrinha é montada na tocha de forma que a luz seja direcionada à


parte interna da primeira, sendo então rebatida e retornando ao ambiente. É
muito utilizada quando se deseja uma luz geral, pois seu ângulo de cobertura é
bastante extenso. Quando o interior da sombrinha é branco, a característica da
sua luz será bastante suave, semelhante ao hazy-light. Quando prateada ou
dourada, a sombrinha proporcionará uma luz mais dura, sendo que, no último
caso, a luz terá um tom mais quente (temperatura de cor mais baixa).

IMAGEM 41: SOMBRINHAS:


Fonte: Foto do acervo da autora
Karen Lynne Dejean. (DEJEAN;
2018, p. 32).

5.3.2- Rebatedor:

Podem ser fabricados em diversos formatos, nas cores branco, prateado e


dourado. O primeiro proporciona luzes mais suaves. O segundo, luzes um
pouco mais duras, tal como o terceiro, que acrescenta à imagem um tom mais
quente. Sua função é, uma vez posicionado, rebater a luz principal de forma a
diminuir as regiões de sombra ou, ao menos, trazer detalhes para as mesmas.
Isopores e espelhos são também muito utilizados como rebatedores.

IMAGEM 42: REBATEDORES:


Fonte: Foto do acervo da autora Karen Lynne Dejean.
(DEJEAN; 2018, p. 35).

3.4- Mesa Still:

Outra ferramenta para se fotografar produtos é a mesa para Still,pois ela


possui quatro braços articulados, interruptores individuais para cada iluminador
acoplado a mesa, quatro iluminadores com soquetes e vinte e sete lâmpadas
incandescente sou fluorescentes.A mesa ainda conta com um fundo de placa
de poliestireno branco leitoso e pode ser desmontada. (LOURO; 2016, p. 15).

IMAGEM 43: EXEMPLOS DE MESA PARA STILL:


Fonte: Acervo do autor Luiz Felipe Silva Louro. (LOURO; 2016, p. 15).

IMAGEM 44: CONJUNTO STILL 5500K COM MESA PORTÁTIL PARA


FOTOGRAFIA DE PRODUTOS:

Fonte: Equipamento de foto e vídeo. (LUMITEC; 2019, in site).

3.5- Preparos e Técnicas

A fotografia presente em anúncios conduz à associação dos elementos


na sua composição que induzem às sensações ou aos símbolos culturais,
presentes no subconsciente do consumidor, o qual o direciona a compreender
o sentido simbólico e conotado do anúncio, para impulsioná-lo no ato de
comprar o produto, que estão, ainda, associados no despertar de uma
necessidade ou de um desejo, os quais devem ser supridos por meio da
compra deste produto anunciado.

Logo, antes de tipificar, deve-se entender os dois sentidos distintos que


a fotografia possui:
 Um sentido literal (denotado): trata da imagem em seu estado puro com
sentido imparcial, que em geral são as fotos pessoais, já que não é o
objetivo da publicidade de uma imagem apenas literal em seu sentido puro.
 Um sentido simbólico (conotado): trata a imagem com duplo sentido em
sua interpretação, podendo atribuir conceitos e despertar o desejo de
consumo, sendo este o mais usado entre os fotógrafos que desejam
vender um produto, seja ele alimentício ou de moda, por exemplo.

Porém, ambos os sentidos são inseparável em sua inter-relação, a qual


se dá pela composição entre os elementos referentes ao sentido denotado, a
ser conferida sua legitimidade da imagem e se justificar por meio de provas
pelos elementos criados por meio das técnicas de conotação.Assim, nesse
contexto o autor Roland Barthes aduz que:

Em todo o caso, a imagem denotada, na medida em que não implica


nenhum código (é o caso da fotografia publicitária) desempenha na
estrutura geral da mensagem icônica um papel particular que
podemos começar a precisar: a imagem denotada naturaliza a
mensagem simbólica, ela torna inocente o orifício semântico, muito
denso (sobretudo em publicidade), da conotação; (BARTHES; 1990,
pg. 36).

Dessa forma, pode-se afirmar que a fotografia publicitária de alimentos,


junto com suas características e técnicas, possui um importante gerador de
sentidos, o que facilita ao profissional atribuir os efeitos e técnicas diversas
para a interpretação da mensagem pelo receptor. Ele busca a junção da
capacidade denotativa com o objetivo proporcionado pelo processo conotativo,
e assim permite uma grande forma de elaboração e construção dessa
mensagem.

Assim, esse tipo de foto é mais conhecida como ‘foto still’, pois se trata
de uma fotografia temática com objetos inanimados, uma fotografia parada,
sem movimento e com pequeno número de objetos em uma mesma cena. Na
fotografia still a composição dos elementos da cena requer a determinação, a
sensibilidade e o conhecimento de iluminação do fotógrafo, pois é uma arte
exigente em técnicas e composição para realizar esse trabalho.

É uma fotografia puramente comercial, pois seus objetivos são claros na


venda de um produto, e o profissional deve aproveitar o grande número de
lojas virtuais que surgem nesse mercado, e é por isso que essas fotos são
cada vez mais requisitadas.Este modelo de fotografia para fins comerciais via
internet, deve demonstrar o produto na sua forma mais autêntica, por meio da
imagem para conseguir se comunicar com o consumidor.

A fotografia still deve, por meio de uma imagem, transmitir a ideia e


pensamento subentendido, sugestiona o consumidor e o impulsiona a compra,
por isso a importância do fotógrafo de still no mercado comercial e econômico
atual.

5.5.1- Técnica Still Life:

De acordo com o autor José Américo, ao publicar um artigo sobre a


temática no site da IphotoChannel, explica que “a técnica se originou com o
que está mais em alta hoje em dia: a gastronomia, hoje é considerada uma
especialidade da fotografia publicitária” (MENDES; 2017, in site), pois a still life
mostra o produto e o conceitua com mensagem que é captada pelo
espectador. Com toda a certeza você já se deparou com uma fotografia desta
técnica, em um folheto de revendedoras, nos jornais de mercado, em sites de
compras, etc. É fácil reconhecer este tipo de fotografia, mas o que é esta
técnica?

A fotografia still retrata objetos parados, inanimados, requer que o


profissional da área tenha um grande conhecimento principalmente na
iluminação, pois este estilo nada mais é que uma arte, o fotografo tem que
além de saber fotografar muito bem, ter criatividade. O still life é puramente
uma técnica voltada para o comércio, realizada para vender o produto
comercializado, para induzir o espectador a olhar e ter interesse pelo produto.
Cada vez é mais requisitado esse tipo de foto no meio comercial, pois uma foto
bonita é um produto vendido.
Porém, há autores que não concordam nessa função apenas comercial
desse tipo de fotografia, como o autor Luiz Felipe Silva Louro, o qual afirma
que:

O still life não deve ser considerado a princípio como apenas uma foto
comercial. Todo still pode ser uma foto comercial, mas o inverso não
funciona. Na maior parte das vezes ele traz uma mensagem, mas há
casos em que pode, apenas, mostrar algo, sem um recado específico
e é facilmente encontrado nos bancos de fotos, é a foto conceitual em
que a imagem pode se adequar a assuntos diversos como uma
reportagem, o texto de uma crônica, ou uma apresentação. (LOURO;
2016, p. 08)

E continuando com o autor, ele exemplifica seu entendimento com uma


foto de apresentação com taças:

IMAGEM 45: FOTOGRAFIA STILL E SUA MENSAGEM:

Fonte: Acervo do autor Luiz Felipe Silva Louro. (LOURO; 2016, p. 08).
5.5.2- Composição de tema para Still Life:

Uma câmera profissional não garante a qualidade da fotografia.


Principalmente se a câmera fotográfica que se usa é automática, o usurário do
aparelho pode cair em maus hábitos, pois o modo manual da câmera é o mais
correto de se usar. Existe uma grande diferença quando se tem que alterar
toda uma foto usando sua criatividade e técnica, que seria uma alteração das
coisas dentro do enquadramento da sua lente. A arte de organizar um quadro
se obtém de estudos, por exemplo, quando se vai fotografar uma refeição. O
ideal é que e faça um grande estudo sobre a origem da comida, sua história,
suas cores, sobre como utilizar um fundo para que se destaquem os
ingredientes, saber os ingredientes principais do prato, etc. Iremos utilizar uma
fotografia para ilustrar o que queremos dizer.

6- PRODUÇÃO E ANÁLISE DE IMAGEM:

Neste capítulo será tratada uma comparação de um mesmo alimento


fotografado de duas maneiras: uma fotografia tratada, realizada através de
processos de ajuste de cor, luz, contraste, cenografia, etc. Na outra fotografia
esse alimentado será fotografado no momento da compra, sem qualquer
alteração da imagem.

Para este capítulo será utilizado à criatividade deste autor na hora de


montar os dois cenários, sempre utilizando as técnicas de composição em
geral, e verificando junto à lente para ver os ângulos, iluminação e a
composição de fundo. Tomando por base que os elementos de tamanhos e
formatos diferentes causam uma marcante impressão de plano, será
associado, assim, harmoniosamente tais objetos na hora de fotografar. Outra
observância que se teve na hora do trabalho prático foi com que tipo de signos
se quer remeter às memórias visual, gustativa e olfativa.
6.1- Produto café:

Neste item se tem uma representação do produto ‘café’, cuja fotografia


foi tirada em ‘primeiro plano’ ou ‘close-up’.O enquadramento para esse plano é
bem fechado, ressaltando, assim, as características deste produto, pois
demonstra as suas qualidades.

O que a fotografia não revela em suas imagens é a técnica de


manipulação, a qual foi trabalhada a cremosidade do leite, substituindo-a por
creme de barbear. É de uso comum dentre muitos fotógrafos se utilizarem
desta ou de outras técnicas, das quais não usam o próprio leite para fazer a
espuma, pois há uma durabilidade em comparado com a espuma do leite,
demorando mais para dissipar, oportunizando um tempo maior para realizar a
fotografia.

Retornando às técnicas utilizadas para este ensaio, foi utilizada


iluminação natural, pois não necessitou de luz direta ou indireta, mantendo-se a
originalidade real. A manipulação em programa de fotografia se deu apenas no
contraste e cores, realçando ainda mais,objetivando que se tenha visibilidade
em seu conteúdo.

O cenário montado foi em tom mais branco, pois o próprio produto e seus
componentes são escuro, o que se fez necessário para realçar o produto, pois
o fundo branco escolhido é o que se adaptou melhor aos olhos.

IMAGEM 46: FOTO PRODUTO CAFÉ:

Antes. Depois.
Fonte: Acervo do próprio autor.

Na segunda foto não se percebe a quantidade de itens que se utiliza


para chegar neste produto.

6.2- Produto capeleti:

Neste tema, temos o capeleti que é um tipo de macarrão que imita o


formato de um chapéu e, geralmente, é recheado com carne ou frango.A
fotografia foi realizada em ‘primeiro plano’ também, dando ênfase ao produto
com um enquadramento fechado no prato escuro, feito este que realça mais o
prato.

Em se tratando das técnicas usadas nesta foto, se utilizou do macarrão


cru, e para dar o brilho de cozimento foi pincelado óleo de soja comum, no
intuito de obter o aspecto de estar cozido e,ainda, suculento.

Na observância do complemento, o cenário foi montado com um prato


de cor escuro, no caso preto,que, juntamente com tomates cortados e o próprio
olho de tomates, destacaram o branco do capeleti. Nessa produção foi utilizada
uma luz direta frontal, pois esta realçou o brilho do envolto à massa.

IMAGEM 47: FOTO PRODUTO CAPELETI:


Antes. Depois.

Fonte: Acervo do próprio autor.

6.3- Produto cereal de chocolate:

Já para esta imagem, o produto selecionado foi um cereal de chocolate


cuja fotografia foi também tirada em ‘close-up’ nos detalhes, dando ênfase às
bolinhas de chocolate.

Ao contrário do anterior, pelo fato do alimento ser escuro, se optou por


um cenário montado com um prato branco no formato quadrado, o qual se
espalhou as bolinhas por toda sua dimensão e salpicou chocolate em pó, e em
seguida foi acrescida de uma taça branca ao centro desse prato. No lugar do
leite de vaca comum, se optou por cola branca do tipo escolar por ser um
produto simular ao leite, porém no leite as bolinhas iriam ficar submersas,
estragando o real objetivo da foto que é mostrar o produto, enquanto que
usando a cola branca escolar, as bolinhas de cereais ficam por cima por sua
massa ser mais densa que a do leite.

No que se refere à iluminação, se utilizou de luz natural, não precisando


de iluminação direcional, pois as cores que o produto e o cenário tem, não
precisam de realce maior.
IMAGEM 48: FOTO PRODUTO CEREAL DE CHOCOLATE:

Antes. Depois.

Fonte: Acervo do próprio autor.

6.4- Produto de layout e o real ao servir:


Nesta etapa se espera observar uma foto de um produto bem
conhecido no mercado de lanches pelo mundo, das marcas‘Burger King’s
‘McDonald’s’, com o objetivo de analisar a imagem produzida para a venda do
sanduíche do estabelecimento, em comparação com o que de fato é servido ao
consumidor final.

O que se pretende nesse tópico é mostrar que cada técnica usada nas
fotos pode dar uma aparência vendável, que se tivesse sido utilizada com o
produto real e final, não se teria a mesma qualidade de imagem para um layout
ou fotos publicitárias, já que o objetivo desta foto é vender um alimento.

IMAGEM 49: FOTO DO SANDUÍCHE DA BURGER KING:

Burguer King Chiken. Foto produto comprada real.

Fonte: Imagem adaptada do site oficial de Fonte: Imagem tirada pelo próprio autor do
vendas da Burger King (BURGER KING; alimento comprado em uma das lojas da
site oficial). Burger King.(Acervo do próprio autor).

IMAGEM 50: FOTO DO SANDUÍCHE DO MCDONALD’S:


McDonald’s Duplo Burguer Bacon .Foto produto comprada real.

Fonte: Imagem adaptada do site oficial de Fonte: Imagem tirada pelo próprio autor do
vendas da McDonald's (MCDONALD'S; site alimento comprado em uma das lojas da
oficial). McDonald's.(Acervo do próprio autor).

Como resultado dessa comparar a fotografia dos mesmos produtos


tiradas com técnicas diferentes, uma tirada para ser alinhada ao layout do
produto à venda, que são imagens vendáveis para o consumidor só de olhar, e
a outra fotografia tirada logo após a compra do referido produtos em uma das
lojas dos estabelecimentos mencionados, e o se observa é que são os
elementos que as tornam diferentes.

Observa-se, assim, que o contraste entre as fotos é nítido, e a


composição do cenário faz toda a diferença. Nas fotografias onde se vê o
produto real vendido das duas empresas, percebe-se que ambas as fotos não
chamam tanto a atenção quanto às fotografias tiradas do site oficial das duas
referidas lanchonetes, nas quais é perceptível que ambas passaram por uma
manipulação visível para a pose do alimento.

Outro fato percebido foi que a composição dos ingredientes no prato é


diferente, de forma que na fotografia publicitária os elementos são
cuidadosamente posicionados para todos apareçam, e, ainda, faz-se uso de
uma combinação de cores para que se comunique a ideia de apetitoso. As
cores, a textura e a iluminação são elementos essenciais nas fotografias
publicitárias dos sanduíches, o que gera a sensação no consumidor de
saboroso, tal como, o brilho da carne que traz uma sensação de suculência.
Em contrapartida, na fotografia do produto real vendido não temos a presença
do brilho, e a textura dos alimentos não é perceptível, bem como a iluminação
não foi estudada para melhor valorizar o produto. Conclui-se com esse
experimento que, de fato, a fotografia publicitária é capaz de informar e
intensificar as sensações palatáveis do público alvo mais do que da fotografia
do produto real conseguiria se aproximar, haja vista que alguns alimentos até
chegarem às mãos do consumidor já modificaram sua textura, como exemplo a
alface do lanche da Burger King, que murcharam e até perderam aquele verde
que as fotos de layout e ainda mostram ser tão mais brilhantes que a foto real.

7- CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Este construto foi realizado para apresentar e analisar o trabalho


fotográfico de alimentos, bem como o contexto histórico que este tipo de
fotografia possui no mercado pelo mundo. Ao explicitar como temática tal
importância da fotografia publicitária fez-se necessário realizar uma pesquisa
das técnicas que se utilizam, das malícias que os profissionais se apropriam na
hora de produzir, bem como diferenciar uma fotografia gastronômica das
demais, pois cada qual possui seus objetivos primários e tipo de foco
diferenciado.

Ao que se pode verificar, esse tipo de fotografia publicitária é muito


conhecida entre os profissionais em publicidade, os quais se utilizam da técnica
Still, em sua grande maioria, para tais produções fotográficas para se alcançar
uma comunicação consumista.

Durante esse estudo pode-se observar que essa prática de fotografar


parece ser mais fácil aos olhos de amadores, pois analisando de perto,
comparando as imagens e averiguando os efeitos que as técnicas produziram,
valorizando sempre o produto, percebe-se que essa técnica Still é mais
complexa do que se pensava, da qual irá exigir do profissional de fotos
gastronômicas conhecimentos e habilidades com todas as técnicas de
iluminação, cores e completos como fundo, que compõe essa fotografia. Por
esse motivo que se usou a expressão ‘escolhida a dedo’ no resumo deste
trabalho, pois é a forma mais clara que se pode definir, e em poucas palavras,
sobre no que o talento desse profissional deve se qualificar.

Conforme foi pretendido neste estudo, foram analisadas quais são as


características da fotografia publicitária, e quais seriam melhores exploradas na
fotografia de alimentos, bem como se fez um capítulo compondo as tentativas e
as assertivas na utilização dessas técnicas, o que este autor pode concluir que
faz uma grande diferença escolher cada item necessário para a fotografia e
qual as posições irão ter nesta foto, bem como compor o fundo para evidenciar
o produto, mas ao mesmo tempo proporcionar uma referência local.

Outro fator conclusivo deste autor foi à artimanha que se deve ter ao
compor os efeitos nos alimentos, para estes possam, assim,serem mais
valorizados no final da produção, como o exemplo que me beneficiei do uso da
cola branca, usada por causa de sua densidade material e o objetivo de
evidenciar as bolinhas do cereal, que deve flutuar e não submergirem, como
ocorre com o uso do leite comum ou de água colorida de branco artificialmente.

Esse tipo de composição e técnicas de manipulação de alimentos


fotográficos deve passar uma mensagem publicitária, pois cada elemento
possui um significado e objetiva aguçar os sentidos, principalmente o paladar,
do futuro consumidor por meio de uma imagem, persuadindo seu consumo.
Assim, se ressalva neste trabalho que, como em qualquer profissão, teremos
amadores, porém, o que um profissional de sucesso possui é o conhecimento
técnico, habilidades práticas com essas técnicas, e ainda uma incrível
criatividade na composição do cenário, o qual é muito importante estar em
sintonia com o real objetivo da foto, que é o consumo do alimento. Ressalva-se
ainda que conforme se ganha experiência se aprimora e se apropria mais
aquilo que experimentou.
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