Como bem sabem os educadores, há um desenvolvimento enorme e em expansão nesse
campo (Skinner, 1961; Fry, 1963; Gage, 1963; Pressey, 1963). Não é esta a ocasião para uma revisão de tais desenvolvimentos ou da teoria do condicionamento operante sobre a qual se funda este trabalho. Cabe, entretanto, acentuar que a instrução programada pode ser usada numa variedade de meios. Pode ser considerada como suprimento potencial a toda a aprendizagem ou como novo e utilíssimo instrumento de facilitação de aprendizagem. Como salientou Skinner “para adquirir o hábito da ação, o aluno deve empenhar-se na ação” (1961, p. 389). É particularmente interessante notar que, no desenvolvimento da instrução programada, há certa tendência para programas mais concisos, em vez de cursos globais, abrangendo uma área total de conhecimento. Para mim, o desenvolvimento desses programas mais curtos sugere a mais frutífera maneira de o estudante se envolver no uso das chamadas “máquinas de ensinar”. Quando a aprendizagem é facilitada, o aluno, frequentemente, depara com lacunas no seu conhecimento, equipamentos que lhe faltam, informações de que precisa para enfrentar o problema que se lhe apresenta. Aqui, é inestimável a flexibilidade da instrução programada. O aluno que precisa saber como usar um microscópio pode encontrar um programa que abrange esse conhecimento. O que planeja passar três meses na França pode utilizar-se de uma instrução programada de conversação em francês. Outro que necessite de álgebra, seja para resolver problemas do seu interesse ou, simplesmente, para ingressar na universidade, trabalhará num programa de instrução em álgebra.