ESTRUTURAS II
APONTAMENTOS DE
ESTRUTURAS - II
Índice
UNIDADE - I ............................................................................................................................... 1
I.1 – CONCEITOS BÁSICOS DAS FORMAS DE RESISTÊNCIA.................................. 1
I.2 – ANÁLISE DO ENSAIO DE TRACÇÃO DE UMA BARRA DE SECÇÃO
CIRCULAR DE AÇO. ............................................................................................................. 4
I.2.1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
I.2.2 – ENSAIO CONVENCIONAL .................................................................................. 5
I.2.3 – DIMENSIONAMENTO DE BARRAS ................................................................. 16
I.2.4 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ............................................................................. 17
I.2.5 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS Nº 01................................................................... 21
I.2.6 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS Nº 02................................................................... 22
I.2.7 – EXERCÍCIOS PROPOSTOS Nº 03................................................................... 23
UNIDADE - II ......................................................................................................................... 26
II.1. CENTRO DE GRAVIDADE, MOMENTO ESTÁTICO E MOMENTO DE INÉRCIA
DE SECÇÕES PLANAS ...................................................................................................... 26
II. 1. 1. CENTRO DE GRAVIDADE ............................................................................... 26
II. 1. 1. 1. CENTRÓIDES DE SUPERFÍCIES PLANAS .......................................... 27
II. 1. 1. 2. PROPRIEDADES DE BARICENTROS E CENTRÓIDES .................... 29
II.1. 1. 3. CENTRO DE GRAVIDADE DE SUPERFÍCIES PLANAS SIMPLES... 30
II. 1. 1. 4. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ................................................................... 31
II. 1. 1. 5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS .................................................................... 34
II. 1. 2. MOMENTO ESTÁTICO (OU MOMENTO DE PRIMEIRA ORDEM) ........... 36
II. 1. 2. 1. EXERCÍCIO RESOLVIDO ......................................................................... 37
II. 1. 2. 2. EXERCÍCIO PROPOSTO ......................................................................... 38
II. 1. 3. MOMENTO DE INÉRCIA (ou momento de segunda ordem) ...................... 38
II. 1. 3. 1. RAIO DE GIRAÇÃO ................................................................................... 40
II. 1. 3. 2. TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS ................................................... 41
II. 1. 3. 3. EXERCÍCIO RESOLVIDO ......................................................................... 42
II. 1. 3. 4. MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA ÁREA COMPOSTA ...................... 42
II. 1. 3. 5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS .................................................................... 43
II. 1. 3. 6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS (RESOLUÇÃO INDIVIDUAL) ................ 49
UNIDADE - III ............................................................................................................................ 50
III – ESTABILIDADE DO EQUILIBRIO. ENCURVADURA ............................................ 50
UNIDADE - I
a) Resistência à tracção.
Verifica-se em tirantes, hastes de treliças, pendurais, armaduras de betão
armado, etc.
b) Resistência à compressão.
Verifica-se em paredes, pilares, apoios, fundações, etc.
d) Resistência à flexão.
Verifica-se em vigas, postes encastrados, etc.
e) Resistência à flambagem.
Verifica-se nos elementos estruturais solicitados à compressão e que
apresentam secção transversal com dimensões reduzidas quando
comparadas com o comprimento.
f) Resistência à torção.
Ocorre com menor frequência em elementos de construção. A torção
produz um deslocamento angular de uma secção transversal em relação a
outra. A resistência á torção está relacionada à resistência ao
cisalhamento. Verifica-se em vigas com cargas excêntricas, vigas curvas,
eixos, parafusos, etc.
g) Resistência composta
Verifica-se em elementos estruturais que são submetidos
simultaneamente por diversos tipos de solicitações.
I.2.1 – INTRODUÇÃO
Mesmo no início do ensaio, se esse não for bem conduzido, grandes erros pode
ser cometidos, como por exemplo, se o provete não estiver bem alinhado, os
esforços assimétricos que aparecerão levarão a falsas leituras das deformações
para uma mesma carga aplicada.
A tensão corresponde à força dividida pela área da secção sobre a qual a força é
aplicada.
Onde:
lo – Comprimento inicial
l – Comprimento final para cada carga P aplicada
Limite de proporcionalidade
Módulo de resiliência
Isto corresponde a maior tensão que o material pode resistir; se esta tensão for
aplicada e mantida, o resultado será a fractura. Toda a deformação até este ponto
é uniforme na secção. No entanto, após este ponto, começa a se formar uma
estricção, na qual toda a deformação subsequente está confinada e, é nesta
Limite de escoamento
Limite de roptura
Fractura
Corpos de prova
A parte útil (Lo) do corpo de prova identificada no desenho acima é a região onde
são feitas as medidas das propriedades mecânicas do material. As cabeças são
as regiões extremas que servem para fixar o corpo de prova na máquina, de
modo que a força actuante na máquina seja axial. Devem ter secção maior do que
a parte útil para que a roptura do corpo de prova não ocorra nelas.
RESOLUÇÃO:
c) Resistência à tração;
d) Alongamento.
RESOLUÇÃO:
3. Uma barra cuja secção transversal tem 30mm de diâmetro é tracionada por
uma força axial de 180kN. Pede-se determinar a tensão normal na barra.
Respostas: e
Obs.: desprezar os pesos próprios das peças em todos os exercícios, exceto quando
mencionado o contrário.
1. Uma determinada barra de uma treliça está sujeita a uma força de tracção
de 20kN. Pretendendo-se usar barra redonda (cilíndrica), pede-se
determinar qual deve ser o seu diâmetro mais econômico recomendável,
sabendo-se que comercialmente encontram-se barras com diâmetros
10mm, 15mm, 20mm, 25mm, etc. Supor que tensão admissível seja
140MPa.
Resposta: 20mm.
UNIDADE - II
O peso de um corpo é definido como a força com que a Terra atrai o corpo. O
ponto de aplicação do peso de um corpo é denominado por centro de gravidade
(CG) ou Baricentro.
Desta forma e por analogia com o que foi apresentado na secção anterior, pode-
se representar o vector de posição de um centro de gravidade (CG), como:
A tabela abaixo mostra as peças nas quais foi dividido o corpo acima com as suas
coordenadas.
ELEMENTO Ai (cm2) Xi (cm) Yi (cm) Ai Xi Ai Yi
1 30 -11,67 4 -350,1 120
2 240 0 6 0 1440
3 30 11.67 4 350,1 120
∑ 300 - - 0 1680
Logo,
Ou também seguindo a tabela abaixo que mostra a chapa nas quais foi dividido o
corpo acima com as suas coordenadas.
Logo,
n n
Ai xi
i 1 46,351
A y
i 1
i i
61,829
XG n
2, 22 cm YG n
2, 96 cm
A A
20,86 20,86
i i
i 1 i 1
Na figura seguinte temos uma área A cujo centro de gravidade está situado em C
e sua distância ao eixo x é y*.
SX = A.y*
SY = A.x*
Solução:
Sabemos que o centro de gravidade do rectângulo está situado na interseção dos
seus eixos de simetria (ponto C). Então temos:
Então:
SX = A.y* = 40.5=200cm3 Sy = A.x* = 40.2=80cm3
Resposta: Sy = 0,085m3 e Sx = 0
O momento de inércia polar é aquele em torno do eixo que passa pela origem
do sistema de eixos, que é um eixo normal ao plano da figura. O momento polar
de inércia pode ser representado por J0, JP, I0 ou IP.
Considerando a Figura,
fica:
MUITO IMPORTANTE:
O teorema dos eixos paralelos só pode ser aplicado se um dos eixos passar pelo
baricentro da superfície.
Solução:
OBS: Atenção que o eixo x não passa pelo centro de gravidade da figura, logo
vamos utilizar a seguinte formula (Ver tabela 3):
b.h3
Ix
3
b. h3 60 . 40 3
Ix 12,8.10 5 mm 4
3 3
Devemos lembrar que os momentos de inércia acima citados devem ser todos
calculados para eixos paralelos. (Os momentos de inércia das áreas de geometria
simples podem ser obtidos nas Tabelas 1, 2, 3 e 4 no final deste capitulo).
UNIDADE - III
III.1 – INTRODUÇÃO
Em todas as construções as peças componentes da estrutura devem ter
geometria adequada e definida para resistirem às ACÇÕES (forças existentes
e peso próprio ou prováveis = acção do vento) impostas sobre elas. Desta
maneira, as paredes de um reservatório de pressão têm resistência apropriada
para suportar à pressão interna; um pilar de um edifício tem resistência para
suportar as cargas das vigas.
Finalmente, uma peça pode ser tão delgada que submetida a uma ACÇÃO
compressiva atingirá o colapso por perda de estabilidade (FLAMBAGEM), isto
é, um Estado Limite Último.
o Resistência
o Rigidez
o Estabilidade
Obs: *Colapso ≡ a barra muda sua configuração linear, passa a ter uma outra
configuração não linear e se rompe por flexão, isto é, em Estado Limite Último.
Obs: Esta análise de estabilidade está voltada para regime elástico-linear dos
materiais.
ponto A qualquer: .
Para peças com comprimento várias vezes maior que o diâmetro, d, ou lado,
b, sujeita a compressão axial, que fenômeno ocorreria?
A equação da curvatura:
Uma coluna perfeitamente recta (Fig. III.12), apoiada em sua extremidade, pode
ser considerada em equilíbrio estável. Se aplicarmos uma carga F a coluna pode
sofrer uma rotação, mas não pode flectir. Na forma hachurada tem uma posição
de equilíbrio tal que:
Em A o momento de tombamento e o restaurador são:
O momento M vale:
Chamando:
Tem-se:
Segue-se:
Dados :
L 1,80m
a 5 cm 0,05 m
Re solução :
a) Momento de Inércia :
a 4 0,054
I 5,21 10 7 m 4
12 12
b) C arg a Crítica :
2 . E . I 2 205 , 9 109 5,2110 7
Pcrit 326 , 77 kN
le 2 1,82
c) Tensão de Flambagem :
P 326,77
crit 130.708 kN 2
A 0,05 0,05 m
Dados:
Carga Admissível
Solução
Verificação da tensão,
2. A haste é feita de aço com 25mm de diâmetro, determine a carga critica de flambagem, se as
extremidades estiverem apoiadas em articulações. Eaço = 200 GPa, σc = 350 MPa.
R: e = 5,92 mm
4. A barra AB tem secção transversal de 16 x 30 mm, e é feita de alumínio. Ela é presa aos
apoios por meio de articulações. Cada extremidade da barra pode girar livremente em torno do
eixo vertical pelas chapas de ligação. Adoptando E = 70 GPa, determinar o comprimento L
para o qual a carga crítica da barra é de Pcr = 10 kN
6. Resolver o problema 5 supondo que a coluna esteja presa por articulações na extremidade
superior e inferior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 SUSSEKIND, José Carlos. CURSO DE ANÁLISE ESTRUTURAL. GLOBO, PORTO ALEGRE, 1980.
2 Botelho, Manoel Henriques Campos and Marchetti, Osvaldemar. Concreto Armado Eu Te Amo.
Edgard Blucher Ltda, 2001-2002.
8 Souto, Prof. Nícolas Alves de Oliveira. Resistencia dos Materiais. Faculdade de Pitagoras. 2014.
10 Prof. Fernando da Costa Baeta, Prof. Valmir Sartor. Resistência dos Materiais e
Dimensionamento de Estruturas para Construções Rurais. Viçosa-MG-Brasil, Universidade
Federal de Viçosa, 1999.
11 Mateus, João Paulo. Mecânica Aplicada e Resistência dos Materiais. Instituto Federal Espirito
Santo - Campu São Mateus, Fevereiro de 2010.