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Nesse diálogo entre relações, espaços e sujeitos latino-americanos inseridos em seu meio
latino-americano, nossa identidade, no século XXI, qual será? Em texturas, formas e
rostos... até quando? Já houve? Longe do que pode parecer, a abordagem dessa nova
miragem do possível parte das subjetividades. A mistura do ser com o espaço em que o
corpo habita. Um lugar em construção. A quase solidão. A experiência coletiva.
Quando o tempo engolir as memórias, as coisas como conhecemos não serão mais as
mesmas. A investigação visual busca entender o lugar de nostalgia que ocupa o imaginário
potiguar sobre sua história. Durante a pesquisa desenvolvida nos bairros históricos de Natal
entre 2017 e 2020 foi buscado revisitar locais que marcaram o início do desenvolvimento da
cidade e entender a relação do corpo urbano descolado do seu espaço e o estágio atual de
abandono e esquecimento, que se confunde com a resistência do local em permanecer
existindo. Um lugar no qual o tempo caminha lentamente. Um espaço de ruínas vivas.
Desse modo, os vazios urbanos, uma formação cultural marcada pela colonização e a
crítica a uma Natal turística, feita para o outro, marcam esse trabalho. Através de um olhar
pessoal que parte da vivência com a cidade, o projeto se consolida como ferramenta de
descobertas do fotógrafo sobre sua história e tangencia temas como a gentrificação, vazios
urbanos e património cultural.