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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1ª Vara Cível de Monte

Santo de Minas / MG

Autos de nº 0007625-96.2012

Secretaria Cível

CARLOS ROBERTO ANTONIOLLI, já


devidamente qualificado nos autos, por meio deste Advogado que ao
final subscreve e com o endereço no rodapé informado, de onde recebe
as intimações de estilo, vem mui respeitosamente perante à vossa
excelência, inconformado com a r. Sentença de fls. 115/117 interpor, nos
termos dos artigos 1.009 e seguintes do NCPC, interpor o presente

RECURSO DE APELAÇÃO

Na qual julgou improcedentes os embargos de


terceiros apresentados, requerendo desta forma seja reformada a
sentença proferida nos termos do artigo 1.010, IV, NCPC e, acaso não
seja assim de vosso entendimento, que o recurso seja recebido no modo
suspensivo (art. 1.012, seguintes do NCPC) e devolutivo (art. 1.013,
seguintes do NCPC), determinando-se a sua remessa ao Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, para que dela conheça e
profira nova decisão.

Que ante gratuidade de justiça deferida, isento é a


juntada de comprovante de pagamento de custas recursais

Nestes termos,

Pede e espera, Deferimento!

São Sebastião do Paraíso, aos 01 de fevereiro de


2018

P.p. Ravel Maldi Borges – OAB.MG 62.248


EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO EGREGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS.

Origem: Juízo da Vara Cível da Comarca de Monte Santo de Minas-MG

Autos de nº 0007625-96.2012.8.13.0432

Apelante: Carlos Roberto Antoniolli

Apelada: Cooxupé – Cooperativa Regional dos Cafeicultores em


Guaxupé

CARLOS ROBERTO ANTONIOLLI, qualificado


no feito em questão, vem por intermédio de seu Advogado e bastante
procurador que ao final assina e com o endereço sito na Rua dos Antunes
nº 1.521, apt. 02, bairro centro de São Sebastião do Paraíso/MG, CEP
37.950-000, e-mail ravelmborges@hotmail.com, onde recebe as intimações
e notificações de estilo, vem à ilustre presença de vossas excelências
apresentar, nos termos dos artigos 1.009 e seguintes do NCPC:
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO

Em face da Cooxupé – Cooperativa Regional dos


Cafeicultores em Guaxupé, pelos motivos de Fato e de Direito que passo
ao expor para ao final requerer:

COLENDA CORTE

EMÉRITOS JULGADORES

DA TEMPESTIVIDADE

Primeiramente, antes de adentramos no foco da peça


recursal, devemos apresentar a tempestividade da interposição, vejamos:

A sentença do Juízo a quo foi publicada no dia 14/12/2017,


iniciando-se assim os 15 dias uteis no dia 15/12/2017, uma sexta-feira,
sendo que já no dia 20/12/2017, iniciou-se o período de férias forense e
consequentemente suspensão dos prazos processuais, e conforme somos
instruídos pelo artigo 1003, §5º, do NCPC.

Considerando a data desta petição e a data da publicação


da r. sentença, bem como o fato das férias forenses, está é tempestiva.

BREVE RESUMO DOS FATOS

Distribuiu o ora Apelante, Ação de Embargos de Terceiro


onde se provou documentalmente que teria adquirido de Ivan Colêncio,
anos atrás, imóvel que era deste, pagando o preço ajustado entre as
partes e realizando, à época, contrato de compra e venda com
reconhecimento de firmas em cartório.
Em face da impossibilidade, na época de promover a
competente escritura pública e posterior registro, bem como ser pessoa
que era conhecida do Apelante e ser a cidade pequena em que todos se
conhecem, deixou de fazer tal obrigação para o futuro.

Ocorre que, tempos após, tomou conhecimento de que o


bem que era seu fora penhorado e posteriormente levado a praceamento
em outro feito, em que a Apelada faz parte, sem que tivesse qualquer
intimação ou mesmo ciência de tais fatos, o que motivou os presente
embargos de terceiros visando a garantia de bem que é de sua rela
propriedade.

Distribuída a ação, onde também foi requerida a


participação no pólo passivo da pessoa de Ivan Colêncio, a Juíza da
época em seu despacho inicial aceitou a ação e determinou a citação das
partes, fato este não entendido assim pelo ora D. Prolator da sentença
recorrida, bem como de outros fatos que se considera essenciais ao caso
em tela.

E agora D. Relator e Doutos Desembargadores, o Juiz


Singular entende que o ponto da improcedência da ação seria a
inexistência de prova, como se percebe na decisão prolatada.

E isto está agora a prejudicar o Apelante, desta forma,


tem-se, ao nosso entendimento, com pedido de vênias ao D. Juiz
sentenciante, fatos que autorizam o reconhecimento por este E. Tribunal
das seguintes fundamentações legais e processuais.

DO DIREITO

Nobres Desembargadores, analisando a sentença de


mérito, vemos que o Juiz Singular entendeu que não haveria no feito,
aceitação da pessoa de Ivan Colencio como litisconsorte passivo
necessário, por inexistência de despacho neste sentido, mas se assim for
o entendimento, também não consta dos autos despacho negando tal
requerimento.

Ao contrário, o que existe é o despacho de Juíza da


época no em que determinou a citação no plural, das partes apresentada
na inicial dos embargos de terceiro, não tendo mencionado negativa em
relação ao litisconsorte Ivan Colencio, assim, subentende-se que esta
aceitou o requerimento formulado e este deve integrar a lide.

Se a Juíza determina a citação de todas as partes, então,


ao nosso entendimento, aceitou a participação de quem fora mencionado
na petição inicial, pois, reitera-se, não existe no autos nenhum despacho
ou decisão negando tal requerimento.

Tem ainda a questão não analisada e julgada pelo DD.


Juiz das intempestividades da defesa apresentada, tanto quando da
defesa de mérito quanto em alegações finais que não seguiram os prazos
processuais e são, também ao nosso entendimento, intempestivas ambas
as peças, que não devem sequer ser aceitas no feito.

Em relação à eventual não comparecimento em


audiência, se as partes, em sua totalidade, sequer foram intimadas para
tal, Ivan Colêncio, como alegar que o Apelante sequer compareceu, pois
também a apelada não compareceu à audiência de conciliação, ressalte-
se, não sendo determinada realização e audiência de instrução e
julgamento.

Ressaltamos ainda o fato de que, em todo o feito, não


alegou em momento algum a parte Apelada que a venda fora feita de
forma fraudulenta ou inexistente, somente alega esta que deveria ter sido
feito por escritura em face de seu valor, mas a própria linha de
julgamentos atuais dão razo ao fundamento e legalidade de compra e
venda mesma que não registrada em cartório, somando-se ao fato de
que, foram reconhecidas firmas em cartório, na época do negócio
entabulado, o que demonstra a regularidade, certeza e veracidade deste.
Ante o acima, entende-se que não atentou para os reais
fatos provados na ação em tela, motivando o presente recurso e posterior
decisão de provimento do mesmo.

DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto e fundamentos, requer-se
que:

- Seja recebida e dado total provimento o presente Recurso de


Apelação para e no mérito, reformar a decisão do Juízo de Primeiro
Grau, pelos demais fatos e provas demonstrados nos autos;

- Seja a presente recebida em ambos os efeitos, bem como


determinado a subida do presente juntamente com a ação executiva que
deu razo aos embargos interpostos, de forma integral para amplo
conhecimento desta Colenda Turma, reiterando que o Apelante é
beneficiário da gratuidade de justiça, de forma integral para amplo
conhecimento desta Colenda Turma.

Termos em que,

Pede e espera-se,

DEFERIMENTO.

São Sebastião do Paraíso, aos 01 de fevereiro de


2018.

P.p. Ravel Maldi Borges – OAB.MG 62.248

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