Nome: Tainara Bôa-Sorte

Tema: “A ditadura da beleza”

De acordo com Jean Paul Sartre, filósofo francês, o homem está condenado a
ser livre, pois, uma vez lançado ao mundo, ele é responsável por tudo o que
faz. Esse pressuposto serve para entender as escolhas do homem perante a
sociedade, uma vez que essas escolhas se mostram negativas em relação a
questão da ditadura da beleza. Nesse contexto, essa problemática tem base
em fatores midiáticos e sociais, perante a supervalorização da aparência na
contemporaneidade.
Primeiramente, cabe analisar que desde a antiguidade é imposto na sociedade
a forma como devemos ser principalmente relacionados ao ser feminino,
“barrigas chapadas’, “cintura fina”, “rostos enquadrados”, tudo para adequar-se
ao padrão de beleza. Não tão distante, a realidade torna-se mais cruel, com o
uso de dietas milagrosas, alimentação a base de líquidos, muitas horas de
exercícios físicos, sendo a única alternativa para se chegar ao “corpo perfeito”,
colocando a saúde em risco. Portanto, faz-se necessário a dissolução dessa
conjuntura.
Ademais, vale ressaltar a influência propagada pelos meios de comunicação,
comerciais televisivos, blogueiras em redes sociais, apresentam um padrão de
beleza ilusório e restritivo, que pressionam a autoestima e a autocobrança em
uma sociedade altamente competitiva e insegura. Como aconteceu com a ex-
modelo Andressa Urach que se submeteu a procedimentos cirúrgicos e
aplicação de produtos químicos para modificar o corpo, havendo
consequências estéticas.
Diante do apresentado, é notório a decorrências da implementação de tal
“modelo” de vida e, o entendimento necessário na busca por alternativas para
solucionar esse impasse. O poder midiático deve, por meio de campanhas,
desconstruir os padrões e apresentar a coexistência dos diversos modelos
físicos de beleza, a fim de trazer representatividade à população. Para dialogar
com os jovens, a escola deve incitar debates e a reflexão sobre a temática.
Além disso, os influentes digitais podem reforçar, em seu discurso, a
necessidade de as atividades instruídas serem acompanhadas por um
profissional, tal como o indivíduo ter discernimento na hora de exercê-las. No
sistema capitalista vigente, as influências externas não deixarão de existir, mas
é possível contê-las a partir do desenvolvimento do senso crítico da sociedade.