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LONDRINA
MATERIAIS ELÉTRICOS
LONDRINA – 2003
1- CONDUTORES
Sua finalidade principal é a condução de corrente elétrica, quer para uso na proteção,
comando, sinalização, força, distribuição, etc.
Podem ser constituídos por um ou vários fios de cobre eletrolítico, com ou sem
revestimento metálico, ou de alumínio nu.
Podem ser designados:
- Condutores de seção maciça.
- Condutores de seção circular de formação simples ou múltiplos.
- Condutor de seção circular (Redondo Normal ou Redondo Compactado), etc.
Classe de encordoamento do condutor - é o número de fios que forma um condutor.
A Norma ABNT NBRNM 280, antiga NBR 6880, define as classes de encordoamento do
condutor que podem ser 1, 2, ou 5 e 6, dependendo do número de fio existente.(Exemplo:
Classe 1 - 1 fio; Classe 2 - 7 fios; etc).
Têmpera - corresponde ou designa a dureza do fio (Ex.: duro, meio duro ou mole ).
TIPOS DE CONDUTORES
Baixa Tensão: são utilizados na classe de tensão menor que 1,0 KV(600 e 700 V)
Aplicação:
• Instalações internas e ligações de aparelhos de pequeno consumo;
• Cabos de controle e de comando - para uso em circuito de controle, comando e
sinalização;
• Serviços leves;
• Geralmente com diâmetros do condutor e da isolação menores;
Média Tensão: são utilizados condutores nas classes de tensão de 1,0 até 38 KV ou
Nu/Barramentos ou redes aéreas.
Aplicações:
• Exemplos :
TIPOS DE CABOS
Cabos cobertos: são constituídos de um condutor composto por fios de alumínio com ou
sem bloqueio longitudinal para evitar a penetração da umidade. Possuem cobertura de
polietileno reticulado XLPE, resistente à radiação solar, abrasão e com resistência ao
trilhamento elétrico de 2,75 KV, aumentando assim sua vida útil. São fabricados na cor
cinza e na série métrica. Possuem cobertura de 3,0mm para 15 KV ; 4,0 mm para 25 KV e
7,6 mm para 34,5 KV para a classe térmica de 90ºC. Devido suas excelentes características
elétricas e mecânicas do polietileno reticulado esses cabos suportam, por longos períodos,
contatos com objetos aterrados, porem recomendam-se inspeções periódicas para retirar os
galhos grossos em contato com a rede. São identificados sobre a cobertura através : nome
do fabricante; área de seção transversal do condutor; material do condutor; classe de tensão;
data de fabricação e em alguns casos a expressão " Cabo não isolado". Benefícios :
possibilidade de mais de um circuito na mesma posteação; redução na taxa de falha na rede
com melhoria no atendimento; grande melhoria no nível de segurança do publico; maior
equilíbrio com o meio ambiente - menor número de poda de árvores; Aplicação : indicados
para ruas e alamedas arborizadas; ruas com calçadas estreitas e vielas com balcões; sacadas
e janelas próximas à rede primária; praças ajardinadas, etc. Devido ao seu baixo custo são
os substitutos dos cabos de alumínio nu na rede de distribuição aérea. É utilizado um
produto anti-oxidando na mistura com o polietileno para proteção contra os raios ultra
violetas - semelhante ao nego de fumo dos cabos isolados. Esse cabo não é isolado mas
protegido;
Cabos Isolados - São cabos que podem ser utilizados em bandejas, tubulações
subterrâneas, aéreos, etc.
ESPECIFICAÇÕES DE CONDUTORES
Deve ser especificado em função das características do sistema onde será utilizado, tais
como:
Nota : A definição do condutor serve para o projetista como parâmetro para a definição de
outros componentes do sistema ( Conectores, isoladores, estruturas, etc. ).
Podemos afirmar que existem normas brasileiras para os principais tipos e aplicações de
condutores elétricos no Brasil;
REDES AÉREAS
O padrão de rede de distribuição no Brasil é o aéreo - baseado nos padrões dos USA - onde
os condutores nus são apoiados sobre isoladores de vidro, porcelanas ou poliméricos (
borracha, silicone ou epox) e fixados em cruzetas de madeira/concreto. Este tipo de rede
tornou-se padrão nacional, porem vem sendo substituído gradualmente devido ao baixo
nível de confiabilidade quando utilizado em áreas com maior densidade populacional. A
utilização do cabo com cobertura de XLPE, já descrito anteriormente, vem sendo utilizado
em substituição ao cabo nu de alumínio.
Ratificamos, porem que esse cabo NÃO É ISOLADO. Algumas considerações quanto a sua
aplicação :
Cabos subterrâneos são muito confiáveis porem a rede fica mais caro.
2 - ISOLANTES, DIELÉTRICOS E ISOLADORES
Isolante é todo corpo que não conduz a eletricidade. Porem observamos que cada corpo
possui seu nível de isolamento para uma classe de tensão específica. Se ultrapassarmos esse
valor de isolamento ele pode se tornar um condutor de corrente sempre com maior
intensidade a medida que o valor da tensão, sobre ele, seja aumentada.
Exemplo : O ar atmosférico é um isolante até um valor de tensão específico para uma
determinada distância, porem ao se elevar o valor dessa tensão ou diminuir a distância
existente (aproximação), o mesmo vai perdendo a condição de isolante até provocar a
descarga elétrica (através do rompimento do dielétrico).
TIPOS DE ISOLANTES
Para as coberturas:
Definições :
Tipos:
• Tintas a base de epox, etc;
• Vernizes - fios utilizados em bobinas de motores;
• Óleos - utilizados em Transformadores de Distribuição/Força(SE), Disjuntores,
Transformadores para Instrumentos ( TP e TC ), etc;
• Fibra de vidro - utilizada na fabricação do cartucho para chaves fusível, etc;
MATERIAIS BÁSICOS
CLASSE DE ISOLAÇÃO
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
ESPAÇADORES
A maioria dos circuitos requer a presença de resistores para seu correto funcionamento.
Assim sendo, é preciso saber alguns detalhes sobre diferentes tipos de resistores e como
fazer uma boa escolha dos resistores disponíveis (valores adequados, seja em Ω , kΩ ou
MΩ ) para uma particular aplicação.
Apesar disso, nas ilustrações eletrônicas brasileiras (de revistas etc.) opta-se pelo
"retângulo", talvez por simplicidade do desenho. Nos livros de Física publicados no Brasil,
em geral, usam-se do "zig-zag" (linha quebrada).
(i) resistências discretas, utilizadas para construir circuitos com componentes discretos em
placas de circuito impresso ou de montagem.
(ii) resistências híbridas, utilizadas na construção de circuitos híbridos discreto-integrados.
(iii) resistências integradas, neste caso com dimensões micrométricas e utilizadas na
realização de circuitos integrados em tecnologia de silício.
Apesar da sua enorme variedade, as resistências discretas mais utilizadas na prática são
as seguintes:
RESISTÊNCIAS DE CARVÃO
O valor nominal de uma resistência de carvão é uma função das dimensões físicas e da
percentagem, maior ou menor, de grafite utilizada no aglomerado (mais grafite é igual a
menor resistência). As resistências de carvão existem numa faixa muito variada de valores,
sobretudo no intervalo compreendido entre 1Ohm e 22 MOhm, e para diversos valores da
potência máxima dissipável, tipicamente ¼ W, ½ W, 1W e 2 W.
Os valores ôhmicos dos resistores podem ser reconhecidos pelas cores das faixas em suas
superfícies. Cada cor e sua posição no corpo do resistor representa um número, de acordo
com o seguinte esquema, COR - NÚMERO :
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Verifique novamente, nosso exemplo, para confirmar que você entendeu realmente o
código de cores dados pelas três primeiras faixas coloridas no corpo do resistor.
A QUARTA FAIXA (se existir), um pouco mais afastada das outras três, é a faixa de
tolerância. Ela nos informa a precisão do valor real da resistência em relação ao valor lido
pelo código de cores. Isso é expresso em termos de porcentagem. A maioria dos resistores
obtida nas lojas apresentam uma faixa de cor prata, indicando que o valor real da
resistência está dentro da tolerância dos 10% do valor nominal. A codificação em cores,
para a tolerância é a seguinte:
COR MARROM VERMELHO OURO PRATA
TOLERÂNCIA + ou – 1% + ou – 2% + ou – 5% + ou – 10%
Na tabela abaixo indicamos os valores encontrados nos denominados padrões E12 e E24,
um para aqueles com tolerância de 10% e outro para a tolerância de 5%:
Os resistores são fabricados com resistências nominais de valores múltiplos desses vistos
nas tabelas, por exemplo, 1,2Ω – 12Ω – 120Ω – 1200Ω – etc.
Os padrões E12 e E24 são projetados para cobrir todos os valores de resistência,
com o mínimo de sobreposição entre eles. Isso significa que, quando você substituir
um resistor danificado por outro com um valor nominal mais alto, sua resistência
real, quase certamente, também terá valor maior.
É importante e indispensável que a energia térmica produzida num resistor seja transferida
para o meio ambiente sob a forma de calor. Ora, essa transferência irá depender, entre
outros fatores, da superfície do corpo do resistor. Quanto maior for a área dessa superfície
mais favorável será essa transferência. Um resistor de tamanho pequeno (área pequena)
não poderá dissipar (perder energia térmica para o ambiente sob a forma de calor) calor
com rapidez adequada, quando percorrido por corrente muito intensa. Ele irá se aquecer
em demasia o que o levará à destruição total. A cada finalidade, prevendo-se as possíveis
intensidades de corrente que o atravessarão, deve-se adotar um resistor de tamanho
adequado (potência adequada) para seu correto funcionamento. Quanto maior o tamanho
físico de um resistor maior será a potência que pode dissipar (sem usar outros artifícios).
A ilustração abaixo mostra resistores de tamanhos diferentes:
Alguns tipos de resistores (cujo tamanho físico não pode exceder uma dada dimensão
mesmo porque nem caberiam nas caixas que alojam o circuito) devem usar outros recursos
que permitam uma maior dissipação para os seus tamanhos. Um dos recursos é manter
uma ventilação forçada mediante ventiladores. Outro, é coloca-los no interior de uma
cápsula de alumínio dotada de aletas. Isso determina uma superfície efetiva bem maior.
Temos uma ilustração dessa técnica na figura acima, para o resistor de 25W.
4 - TRANSDUTORES
VARISTORES
V = CIb
Vs = VR + Vo = RI + CIb
mas que em condições anormais apresente um pico de amplitude (delta)Vs tal, que
Foto-resistências (LDR)
.
5 - CAPACITORES
A Figura 16.a mostra os símbolos de capacitores. A linha curva representa a placa que é
ligada ao ponto de menor potencial da fonte. Capacitores comercialmente disponíveis são
especificados pelo dielétrico utilizado e pela forma como ele é construído (fixo ou
variável). Na prática quando o capacitor é submetido a um campo elétrico circula uma
pequena corrente pelo dielétrico, conhecido como corrente de fuga. Esta corrente é
geralmente muito pequena, que pode ser considerada desprezível. No modelo, este efeito
pode ser representado por um resistor de valor muito elevado (cerca de 10 M ) em
paralelo com o capacitor (Figura 16.b).
Tensão Tensão
Cor Nº Tolerância Cor Nº Tolerância
Nominal Nominal
Preto 0 - - Violeta 7 7% 700
Marrom 1 1% 100 Cinza 8 8% 800
Vermelho 2 2% 200 Branco 9 9% 900
Laranjado 3 3% 300 Dourado - 5% 1000
Amarelo 4 4% 400 Prateado - 10% 2000
Verde 5 5% 500 Sem cor - 20% -
Azul 6 6% 600
As três primeiras faixas determinam a capacitância em picofarads. A quarta faixa define a
tolerância. A tensão de operação é obtida multiplicando-se a quinta faixa (e possivelmente a
sexta) por 100.
Figura 16 – Capacitor
TIPOS DE CAPACITORES
CAPACITORES DE FILTRO
Os capacitores usados nas fontes de alimentação para transformar a CC pulsada na saída dos
retificadores, em uma CC com variações relativamente baixas. O capacitor carrega através do
circuito retificador e descarrega através da carga, para ajudar a manter constante a tensão aplicada
aos terminais da carga.
CAPACITORES ELETROLÍTICOS
O capacitor eletrolítico consiste de duas placas separadas por um eletrólito e um dielétrico. Este
tipo de capacitor possui altos valores de capacitância, na faixa de aproximadamente 1 µ F até
milhares de µ F.Eles são polarizados e são em geral construídos para funcionar com menos de 600
volts. As correntes de fuga são geralmente maiores do que aos demais tipos de capacitores,mas
este efeito é geralmente balanceado pelos grandes valores da capacitância.
CAPACITORES ELETROLÍTICOS LÍQUIDOS
Capacitor que consiste de um eletrodo de metal imerso em uma solução eletrolítica. O eletrodo e a
solução são as duas placas do capacitor, enquanto que uma película de óxido que se forma no
eletrodo é o dielétrico. A película de dielétrico é formada pelo escoamento da corrente do
eletrólito para o eletrodo.
CAPACITORES DE MICA
O capacitor de mica consiste de um conjunto de placas dielétricas de mica alternadas por folhas
metálicas condutoras. O conjunto é então encapsulado em um molde de resina fenólica.
CAPACITORES DE PLÁSTICO
São fabricados com duas fitas finas de poliéster metalizadas numa das faces, deixando, porém, um
trecho descoberto ao longo de um dos bordos, o inferior em uma das tiras, e o superior na outra.
As duas tiras são enroladas uma sobre a outra, e nas bases do cilindro são fixados os terminais, de
modo que ficam em contato apenas com as partes metalizadas das tiras. O conjunto é recoberto por
um revestimento isolante. Estes capacitores são empregados em baixa e média freqüência e como
capacitores de filtro e, às vezes, em alta freqüência. Têm a vantagem de atingir capacitâncias
relativamente elevadas em tensões máximas que chegam a alcançar os 1000 V. Por outro lado, se
ocorrer um perfuração no dielétrico por excesso de tensão, o metal se evapora na área vizinha à
perfuração sem que se produza um curto-circuito, evitando assim a destruição do componente.
CAPACITORES CERÂMICOS
São projetados para operar sob condições climáticas compreendidas entre -30 e +85ºC
respondendo também aos testes de 21 dias sob calor.
São componentes que atendem a condições climáticas compreendidas entre -55 e 125ºC,
testes de calor de 56 dias - conforme norma MIL-STD-202F. Todos estes capacitores estão
aprovados pelo CPQD da Telebrás, para uso nos equipamentos telefônicos.
Capacitores cerâmicos de alta tensão são capacitores cerâmicos construídos para operarem
sob regimes de tensão contínua de até 5.000V. São encapsulados em resina epoxy,
garantindo a operação sob regimes de temperatura de até 85ºC.
CAPACITORES CERÂMICOS DE SEGURANÇA
Função X: são aplicações cuja falha do capacitor não resulta em risco de choque elétrico.
Há três subclasses de acordo com o pico de tensão dos impulsos sobrepostos a tensão de
rede:
Função Y: são aplicações cuja falha do capacitor pode resultar em risco de choque elétrico.
Há quatro subclasses de acordo com o pico de tensão dos impulsos sobrepostos a tensão de
rede:
TIPOS DE INDUTORES
Os indutores são geralmente classificados com base num conjunto relativamente amplo
de parâmetros: o valor nominal; a tolerância do valor nominal; o tipo de material
constituinte do núcleo; a resistência do enrolamento (d.c.); a corrente máxima; o fator de
qualidade; a freqüência de ressonância própria; etc.
No que diz respeito ao material do núcleo, os indutores podem ser de quatro tipos
essencialmente distintos: com núcleo de ar; com núcleo de ferro; com núcleo de pó de
metal; e com núcleo de ferrite.
SENSORES INDUTIVOS
1 - Condutores e Isolantes:
2 – Resistores e Transdutores
3 – Capacitores
4 –Indutores