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CURSO DE TURISMO

2º ANO
2º Semestre 2019/2020

Informação e Itinerários Turísticos


Cap 2: Conceção de itinerários

José Cardoso
josecardoso@esec.pt

Licenciatura em Turismo
Informação e Itinerários Turísticos

Programa

2. Conceção de itinerários
2.1 Recursos afetos à conceção de itinerários
2.2 Metodologia de planeamento de viagens organizadas
2.3 Os itinerários como instrumento de valorização turística
2.4 Programação de atividades
2.5 O papel do guia na valorização do itinerário
2.6 Análise de custos económicos
2.7 Percursos pedestres
José Cardoso / josecardoso@esec.pt

2.7.1 Principais componentes


2.7.2 Normas para a sua implementação

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Informação e Itinerários Turísticos

2. Conceção de itinerários
Questões chave na definição de itinerários
• Objetivos do projeto, tipo de itinerário, serviços incluídos, rede
O quê? de alojamento, serviços complementares, comunicação sobre
o itinerário (mapas, sinalização, informações, …)

Onde? • Localização e reconhecimento de características da área para a


criação do itinerário

Por quem? • Líderes do projeto, parceiros

Para quem? • Qual o público-alvo?


• Quem pode utilizar os itinerários e de que forma?
José Cardoso / josecardoso@esec.pt

Quando? • Época / período apropriado

Como? • Recursos humanos, materiais e financeiros necessários


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2. Conceção de itinerários
Questões chave na definição de itinerários
Distância percebida: Subjacente à atratividade de cada itinerário
• Distância geográfica
• Distância entre o local de origem do visitante e o destino
• Corresponde à distância “física” da viagem
• Distância tempo
• Duração da viagem para percorrer a distância geográfica
Perceção • Adequação do programa à duração da viagem (fator psicológico)

distância • Distância custo


• Encargo financeiro inerente à deslocação
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• Relação custo / retorno do investimento (grau de atratividade do


produto)
• Distância cognitiva
• Entre a região de origem e o destino (perceção do produto
turístico ou rota serem semelhantes ou diferentes do ambiente
de origem)
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2. Conceção de itinerários
Elementos básicos dos itinerários turísticos

I. Atrações turísticas / pontos de interesse, visita


II. Meios de transporte
III. Alojamento / restauração / outros serviços
IV. Duração do itinerário
V. Época do ano em que se realiza
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VI. Território

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2. Conceção de itinerários
Elementos básicos dos itinerários turísticos
I. Atrações turísticas / pontos de interesse

Recursos de interesse que, de acordo com o


objetivo da rota, constituem pontos de
passagem ou paragem no desenho do itinerário
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Essenciais para a
imagem do território

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2. Conceção de itinerários
Elementos básicos dos itinerários turísticos

II. Meios de transporte (a seleção depende de):


o Características territoriais (acessos, infraestruturas, …)
o Disponibilidade de meios (tipo, nº, …)
o Tipo de itinerário (rural, urbano, montanha, pedra, …)
o Tipo de cliente (status, perfil, …)
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2. Conceção de itinerários
Elementos básicos dos itinerários turísticos

III. Alojamento / restauração / outros serviços (a seleção


depende de):
o Disponibilidade / oferta
o Tipo de itinerário
o Tipo de cliente
José Cardoso / josecardoso@esec.pt

O itinerário deve desenhar-se de acordo com as paragens e a


disponibilidade de alojamento e outros serviços, adaptando as
etapas.
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2. Conceção de itinerários
Elementos básicos dos itinerários turísticos
IV. Duração do itinerário
 Evitar etapas demasiado longas (km/tempo) e seguidas
 Não introduzir excessivo número de pontos de paragem com interesse
(sobrecarga da etapa)
 Não ajustar excessivamente o tempo, deixando margens para imprevistos
 Ter em conta os horários dos monumentos, museus, serviços, …
 Horários e duração das refeições
 Dia da semana que corresponde a cada dia da viagem (encerramento, …)
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 Confirmar horários dos diferentes serviços utilizados e os aspetos legais


impostos
 Ter em atenção os tempos médios das distâncias a percorrer
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2. Conceção de itinerários
Elementos básicos dos itinerários turísticos
IV. Duração do itinerário

Distâncias-tempo de percurso: valores médios


A pé Comboio
4-5 Km/h Linha-estreita: 30-50 Km/h
Via larga e rápida: 80-90 Km/h
Comboio-Turístico Alta-velocidade: 150 Km/h
25 Km/h (máx.)
Comboio-histórico
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Automóvel / Autocarro 10-15 Km/h


Circuito-urbano: 30-40 Km/h
Via-rápida: 60-90 Km/h Bicicleta
Auto-estrada: 90-100 Km/h 12-15 Km/h
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2. Conceção de itinerários
Elementos básicos dos itinerários turísticos

V. Época do ano em que se realiza


o Estações do ano (clima)
o Épocas festivas
o Períodos de férias (escolares e não escolares)
o Calendário de acontecimentos / eventos / atividades
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o Outros …

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2. Conceção de itinerários
Elementos básicos dos itinerários turísticos

VI. Território
(seleção da área de implementação)
Critérios para avaliar a Critérios de viabilidade
aptidão de uma área
Diversidade Posse / acesso
Representatividade Segurança
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Elementos carismáticos Vulnerabilidade


Acessibilidade

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2. Conceção de itinerários
Estudo caso:
 Roteiro Turístico de Penela
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Programa

2. Conceção de itinerários
2.1 Recursos afetos à conceção de itinerários
2.2 Metodologia de planeamento de viagens organizadas
2.3 Os itinerários como instrumento de valorização turística
2.4 Programação de atividades
2.5 O papel do guia na valorização do itinerário
2.6 Análise de custos económicos
2.7 Percursos pedestres
José Cardoso / josecardoso@esec.pt

2.7.1 Principais componentes


2.7.2 Normas para a sua implementação

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2. Conceção de itinerários
2.1. Recursos afetos à conceção de itinerários
 Recursos turísticos
“todo o elemento natural, atividade humana ou seu produto,
capaz de motivar a deslocação de pessoas ou de ocupar os
seus tempos livre”
Fonte: Plano Nacional de Turismo de 1986-1989

Recursos Recursos
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primários secundários
Património
Atividades
Equipamentos
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2. Conceção de itinerários
2.1. Recursos afetos à conceção de itinerários
 Recursos turísticos
o Um itinerário pode contemplar mais de um recurso (primário ou
secundário)

o Vantagens recíprocas

Promove
Divulga
Desperta interesse
Recursos
Itinerário
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turísticos
Valoriza
Diferencia

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2. Conceção de itinerários
2.1. Recursos afetos à conceção de itinerários
 Outros Recursos (Fundamentais à construção de itinerários)

Recursos
financeiros
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Recursos Recursos da
técnicos informação

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2. Conceção de itinerários
2.1. Recursos afetos à conceção de itinerários
 Outros Recursos (Fundamentais à construção de itinerários)
• Coordenador das atividades
• Guias
• Monitores
• Motoristas
• Pessoal de front-office e back-office
• …
• Fundos da própria empresa
• Venda de bilhetes
• Comparticipação de entidades
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• Comparticipação de participantes
Recursos • Patrocínios / parcerias
financeiros • Fundos comunitários
• Crédito bancário
• …
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2. Conceção de itinerários
2.1. Recursos afetos à conceção de itinerários
 Outros Recursos (Fundamentais à construção de itinerários)
• Material audiovisual
• Material para a prática de atividades
• Cartas topográficas
• Fotografias
Recursos
• Bússola
técnicos • Kits …..
• Mapas
• Guias de alojamento dos locais a visitar
• Tarifas dos meios de alojamento
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• Transporte, horários
• Tarifas de museus, monumentos, espetáculos, ….
• Guias e roteiros turísticos dos locais a visitar
• Agendas culturais locais
Recursos da • Vídeos / Visitas ao local
informação • Base de dados com AV / OT / oferta ….
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Programa

2. Conceção de itinerários
2.1 Recursos afetos à conceção de itinerários
2.2 Metodologia de planeamento de viagens organizadas
2.3 Os itinerários como instrumento de valorização turística
2.4 Programação de atividades
2.5 O papel do guia na valorização do itinerário
2.6 Análise de custos económicos
2.7 Percursos pedestres
José Cardoso / josecardoso@esec.pt

2.7.1 Principais componentes


2.7.2 Normas para a sua implementação

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2. Conceção de itinerários
2.2. Metodologia de planeamento de viagens organizadas
No âmbito de organizações locais / regionais sem fins lucrativos

1 Objetivos do projeto (fundamentos)

2 Mercados-alvo (identificação)

3 Impactes do projeto na região (econ / soc / amb / cult)

4 Caracterização geral da região (Serviços, IE, população, …)

5 Caracterização e análise da oferta e procura turísticas


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6 Pesquisa de terreno (avaliação factual das condições)

7 Mapeamento e análise dos recursos (qualidade, quantidade, distribuição, diversidade, …)

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2. Conceção de itinerários
2.2. Metodologia de planeamento de viagens organizadas
No âmbito de organizações locais / regionais sem fins lucrativos

8 Seleção dos recursos e definição da temática

9 Definir necessidades de intervenção

10 Identificação do traçado principal (e secundários …)

11 Definição da estratégia de marketing-mix (8P’s serviços)

12 Implementação do projeto (concretização)


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13 Avaliação (por todos os stakeholders)

14 Melhorias / alterações (produto, preço, duração, recursos, traçado, …)

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2. Conceção de itinerários
2.2. Metodologia de planeamento de viagens organizadas
No âmbito de organizações locais / regionais sem fins lucrativos

exemplos de objetivos …
Itinerários Culturais do Conselho Europeu
• Dar a conhecer melhor a história e a cultura europeias de modo a
favorecer a tomada de consciência europeia
• Desenvolver o turismo e estimular o desenvolvimento económico das
regiões em causa
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Rota dos Vinhos em Portugal


• Ajudar a revitalizar o meio rural e, ao mesmo tempo, contribuir para a
preservação do património cultural e vitivinícola nacional

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2. Conceção de itinerários
2.2. Metodologia de planeamento de viagens organizadas
No âmbito de organizações locais / regionais sem fins lucrativos

exemplos de objetivos …
Rota da Cortiça em Portugal / Algarve – S. Brás de Alportel
• Relançar um setor em decadência
• Relançar a imagem de um produto crucial para a economia regional
• Apoiar as unidades industriais locais envelhecidas e a perder
competitividade
• Atrair visitantes para uma região de grande potencial ambiental, mas de
reduzida oferta turística
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2. Conceção de itinerários
2.2. Metodologia de planeamento de viagens organizadas
No âmbito de organizações locais / regionais sem fins lucrativos

exemplos de objetivos …
Rota do Cavalo, do Touro e do Vinho / Ribatejo
• Valorizar as diferentes características de cada concelho - Alpiarça,
Chamusca e Golegã
• Dar a conhecer, através de um itinerário turístico intermunicipal, estes
produtos locais
Passeios da Primavera / Montemor-o-Novo
José Cardoso / josecardoso@esec.pt

• Divulgar o património cultural e ambiental da região


• Estimular a reflexão sobre as transformações recentes no espaço rural
no Alentejo
• Propor novos usos do território ligados ao lazer, turismo cultural e de
natureza
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2. Conceção de itinerários
2.2. Metodologia de planeamento de viagens organizadas
No âmbito das agências de viagens: Forfait para a oferta

1 Estudo exaustivo do mercado / prospeção

2 Definição do produto

3 Criação e desenvolvimento do produto

4 Publicação do produto (folheto papel ou digital)


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5 Comercialização (AV retalhistas)

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2. Conceção de itinerários
2.2. Metodologia de planeamento de viagens organizadas
No âmbito das agências de viagens: Forfait para a oferta

6 Comercialização (venda direta ao público)

7 Entrega de documentação ao guia (se necessário / solicitado / incluído)

8 Realização da viagem

9 Liquidação a fornecedores
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10 Avaliação, melhoria, adaptação ao mercado, controlo custo, ….

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2. Conceção de itinerários
2.2. Metodologia de planeamento de viagens organizadas
No âmbito das agências de viagens: Forfait para a procura

1 Perceber as necessidades do cliente

2 Elaborar itinerário e orçamentar o pedido (a preço competitivo)

3 Apresentar orçamento e explicá-lo

4 Negociar orçamento. Pagamento de sinal


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5 Abertura de dossier de cliente (compilação da informação)

6 Contratação dos serviços do itinerário (transporte, alojamento, …)

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2. Conceção de itinerários
2.2. Metodologia de planeamento de viagens organizadas
No âmbito das agências de viagens: Forfait para a procura

7 Elaborar programa do itinerário (detalhado – visitas, horários, …)

8 Cobrança da viagem antes da saída / entrega documentação

9 Entrega documentação ao guia (se necessário / solicitado / incluído)

10 Concretização da viagem
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11 Finalização da viagem / receção de faturas com cópia do voucher

12 Liquidação da viagem / encerramento do processo

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2. Conceção de itinerários
2.2. Metodologia de planeamento de viagens organizadas
Avaliação do produto
 Necessidade de avaliar e comprovar a qualidade do produto no seu todo

 Essencial para assegurar a continuidade do negócio e a confiança dos


clientes

 Público-alvo: todos os intervenientes (guias, clientes, prestadores


serviços,…)

 Instrumento de pesquisa: questionário, entrevista, etc.

 Objetivos:
José Cardoso / josecardoso@esec.pt

o Avaliar a satisfação do cliente

o Identificar aspetos de melhoria

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