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Destilados, Coquetelaria e Café
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Destilados, Coquetelaria e Café
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Conhecer da origem do café até os dias de hoje, aprendendo sobre tipos de café
existentes, forma de cultivo, serviços ao cliente e equipamentos usados;
• Aprender sobre origem e evolução dos destilados;
• Entender de coquetéis clássicos e das técnicas de preparação.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Destilados, Coquetelaria e Café
Contextualização
Profissão: Barista - Emprego & Renda
A técnica aliada à arte se transformou em profissão: o barista prepara as mais
diversificadas bebidas com o café. O produto torna-se, nas mãos do profissional,
um verdadeiro meio de comunicação. O visual do produto final, o aroma e o gosto
fazem os sentidos se aguçarem. Além disso, o barista é uma fonte de informações
sobre cultivo, torrefação e todo o processamento do grão. O Emprego e Renda
mostra os segredos desta profissão e como fazer para se capacitar.
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Origem e História do Café
Segundo estudos, o café tem sua origem na África. Conta a história que um pastor
de cabras iniciou o consumo da planta. Diz a lenda que um pastor chamado Kaldi, ao
observar o aumento de energia de suas cabras após se alimentarem do fruto do café,
começou a consumi-lo também.
Os Etíopes comiam o fruto, faziam chá das folhas e tomavam em forma de suco fer-
mentado como bebida alcoólica.
O avanço do café, sem dúvida, foi impulsionado pelos povos árabes que domi-
naram as formas de plantio e preparação de café.
Foi somente no século XIV que a bebida adquiriu o formato que conhecemos
atualmente, principalmente com o aumento da comercialização do café no Iêmen,
que deteve o monopólio do comércio por um bom tempo.
Brasil
No Brasil, o café veio da Guiana Francesa, em 1727, e sua primeira cultura foi no
Pará e, posteriormente, chegou ao Rio de Janeiro, depois a Minas Gerais, onde a
exploração das minas já estava em decadência. Em 1880, a cultura do café chegou
ao Vale do Paraíba, onde se expandiu muito chegando também às terras do Paraná.
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UNIDADE Destilados, Coquetelaria e Café
Tipos de Café
O café tem, na sua composição, minerais, aminoácidos, lipídios, açúcares, vita-
minas e ácidos clorogênicos. Dependendo do tipo de grão, essa composição pode
alterar um pouco.
Temos dois tipos de café mais importantes.
Café Arábica é o mais conhecido pelo mer-
cado e tido como de grande qualidade, e cor-
responde a aproximadamente 70% da produ-
ção mundial.
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Café Canephora (Conilon /Robusta) vem em segundo lugar no mercado, com
cerca de 27% do mercado mundial. Tem baixa acidez, sabor forte e amargo e é
muito usado na fabricação de café instantâneo.
Existem outros tipos de café, que são produzidos em menor escala e, muitas vezes,
são frutos de cruzamento entre espécies. Abaixo, citamos alguns.
São eles: Typica, Bourbon, Selvagem, Blue Mountain, Kona, Quênia AA,
Peaberry da Tanzânia, Sulawesi Toraja da Indonesia, Geisha da América Cen-
tral, Timor Hybrid, Catimor, Caturra, Catuaí, Congencis, Liberiano, Excelsa,
Dybowskii, Kent, Laurina, Kouillou, Mauritiana, Maragogige, Mundo Novo,
Paca, Neo Arnoldiana, Nganda, Pacamara, Peche Colis, Purpurescens, Pache
Comum, Racemosa, San Ramon, Ruiru 11, Villa lobos, Icatu, Baron Goto Red
e Caracol.
Café Espresso
O nome vem da língua italiana e se traduz em
café “espremido”, feito na hora e sob alta pressão, Figura 4
tem um sabor encorpado e aroma muito intenso. Fonte: iStock/Getty Images
Café Ristretto
Chamado também de café curto, é mais concentrado que o espresso conven-
cional. É elaborado com a mesma medida de café do espresso, porém, com me-
tade da água.
Café Macchiato
É o que chamamos aqui no Brasil de café com espuma de leite ou com um pou-
co de leite. Com sabor mais suave, agrada a muitos apreciadores de café.
Normalmente, servido em três camadas, uma de café, outra de leite e uma de espuma.
Café Latte
Trata-se de uma mistura de café, leite e espuma de leite, diferenciando-se do
Macchiato por ser mexido se tornando um sabor único.
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Cappuccino
O mais conhecido e apreciado no mundo, essa mistura tem café, leite, espuma
de leite e chocolate em pó, ralado, ou em pedaço.
Mocha
É a mistura de café com chocolate quente, muito apreciado também. Pode ser
finalizado, como no cappuccino, com chocolate em pó ou ralado.
Affogato
Usado muitas vezes como sobremesa, mais do que como drink, essa mistura se
trata de uma bola de sorvete de baunilha (creme) com duas doses de café espresso.
Algumas receitas ainda acrescentam uma dose de licor de amêndoas.
A Cultura do Café
O café é a segunda maior commodity do mundo, sendo a bebida mais consumi-
da, e que movimenta aproximadamente U$ 85 bilhões em todo o mundo.
É considerada uma agricultura familiar, pois seu cultivo está, na maioria, em
propriedades de até 20 alqueires.
No mundo, mais de 80 países cultivam alguma forma de café, sendo a produção
em torno de 130 milhões de sacas e, dessas, o Brasil é responsável por 42 milhões
de sacas. Estima-se que, no mundo, são consumidas mais de 1.600.000 xícaras de
café por dia.
O café é plantado em altitudes acima de 400 metros, porém, os melhores cafés
estão a 800 metros.
A primeira colheita se dá entre 24 a 36 meses após o plantio.
A plantação deve estar em local de fácil acesso, com facilidade de irrigação de
água e devem-se evitar locais muito úmidos.
Clima
É importante haver uma análise da região a ser plantado o café para melhor de-
finição das épocas de plantio e de colheita. A época seca é quando há crescimento
das raízes e maturação dos frutos.
É importante que seja um local de pouco vento, pois ele é sempre prejudicial ao
cafezal, facilitando a entrada de pragas quando danifica folhas e caules.
Variações muito grandes de temperatura não são boas para o café, a melhor
temperatura está em se manter entre 19 e 21 ºC. Quanto aos índices de chuva, o
cafeeiro se adapta bem tanto a um regime maior de chuvas, ou menor, variando de
200 mm a 800 mm anuais.
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Solos
Antigamente, era fundamental o
plantio em áreas muito férteis que
nem sempre eram boas para a meca-
nização, ou seja, semeadura e plan-
tio mecânico. Hoje em dia, devido
a uma melhor tecnologia e adubos,
prefere-se área menos fértil, mas que
facilite a mecanização.
O cuidado para o não crescimento de ervas deve ser feito a partir do florescimento
das mesmas, pois, antes disso, essas ervas ajudam a proteger o solo da erosão.
Deve-se capinar o solo dos cafezais pelo menos quatro vezes por ano, de forma
manual com enxada, ou mecânica com auxílio de animais ou motor.
Outro processo importante são as podas, que devem ser realizadas sempre
que as folhas aumentem muito de volume, para facilitar a entrada de raios solares
que protegem o cafezal de pragas e auxiliam na maturação dos frutos dando um
café mais saboroso e aromático. As podas também facilitam as pulverizações ne-
cessárias, para o combate as pragas e doenças ao longo da produção e facilitam
na hora da colheita.
Após a colheita, é feita a lavagem do café para retirada das impurezas que ficam
no café.
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UNIDADE Destilados, Coquetelaria e Café
Figura 6
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 7 Figura 8
Fonte: iStock/Getty Images Fonte: iStock/Getty Images
Figura 9
Fonte: iStock/Getty Images
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Chega-se, então, ao beneficiamento, que consiste em pré-limpeza, bica catado-
ra de pedra, descascamento e classificação. Posteriormente, à torrefação.
Os Destilados
Conforme vimos anteriormen-
te, os processos de fabricação de
bebidas são a fermentação, a desti-
lação e a infusão. Lembramos que
tudo começa na fermentação e, a
partir dela, podem sair os outros
dois processos.
Muitas bebidas surgem como forma de remédio, ou seja, eram fabricadas para
curar inúmeras enfermidades na antiguidade. Nessa linha, temos principalmente as
infusões criadas por boticários para diversos fins de cura.
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Aguardentes
Temos as aguardentes que são destiladas a partir
do fermentado de cana-de-açúcar, cereais e frutas
em geral e até de vinho. São bebidas com gradua-
ção alcoólica alta em torno de 40 a 45º GL.
As bebidas anisadas, ou seja, com infusão de anis, alcaçus e erva doce encontram
seu lugar principalmente na França e Grécia. As mais famosas, Pastis, Pernod e
Ricard na França, e o Ouso na Grécia, todas tem em torno de 40 a 45º de álcool.
Damos destaque ao também francês Absinto, que tem 70º de álcool e que foi proi-
bida nessa versão devido à graduação alcoólica.
Um tipo de brandy famoso são os Calvados, que são destilados de maçã da região
da Normandia na França. São envelhecidos em carvalho e muito famosos no país.
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Na América Central, não pode- Tequila, sem dúvida, é uma das aguar-
mos deixar de falar da aguardente dentes mais conhecidas no mundo, de ori-
Rum, que, como a cachaça brasi- gem mexicana, é extraído da seiva do mez-
leira, é um destilado de cana-de- cal, um tipo de cacto chamado agave. Sua
-açúcar. Temos a carta dourada e graduação pode chegar a 43º GL, sendo a
a transparente. A marca mais fa- bebida servida, principalmente, com limão
mosa é a Bacardi, como é mais co- e sal, ou na forma de um dos drinks mais
nhecida no Brasil. famosos do mundo: a “Margarita”.
Vodka
Quem nunca ouviu falar da Vodka, que hoje compõe até a nossa caipirinha,
conhecida também como caipirosca, assim como outros drinks de várias na-
cionalidades e classificações, tudo por causa do seu gosto suave e equilibrado.
De origem russa e polonesa, não é elaborada só de um tipo de matéria-prima,
podem ser usados cereais, batata, beterraba, entre outros.
A Vodka deve ser redestilada e acrescida de água destilada e pode ser neutra ou
aromatizada. A graduação alcoólica varia entre 40 a 45°GL.
Agora vamos falar um pouco de uma das aguardentes mais importantes e que
carrega uma história bem interessante. Estamos falando do Whisky.
Whisky
O nome Whisky vem de uisge beatha, que quer dizer água da vida.
Vamos falar inicialmente do Whisky escocês e suas tradições.
No século IV, relatos históricos mostram que um tipo de destilação era feita pe-
los índios nas chamadas terras altas da Irlanda.
Até o século XIX, a destilação era praticamente doméstica, havia poucas destila-
rias profissionais. Após a destilação, a cevada era fornecida ao gado como alimen-
tação complementar e o Whisky passou a ser moeda de troca.
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UNIDADE Destilados, Coquetelaria e Café
O Whisky também era usado para aliviar dores, e acreditavam que podia curar
uma série de doenças.
Ainda na linha dos escoceses, fora a família Jonnie Walker, temos o Ballantines,
Willian Lawsons, Famous Grouse, Grant´s, J&B e Chivas Regal.
O Whisky pode ser de malte (Malt Whisky), cereais diversos (Grain Whisky)
e de mistura (Blended Whisky). De acordo com o envelhecimento, a bebida leva
uma classificação também.
Bitter
São as chamadas bebidas amargas, compostas de raízes, frutas, plantas e cas-
cas, ou seja, são as infusões. Levam como ingredientes principais a laranja, a
genciana e o quinino. Seu teor alcoólico está entre 20 a 45º GL.
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Licor
O Licor tem origem italiana e, assim
como a maioria das infusões, foi criado
para servir de remédio. Em sua fabrica-
ção, são usadas frutas e ervas e podem
ter uma graduação alcoólica, variando
entre 20 a 55º GL.
Os mais conhecidos são o Amaretto,
Aniste, Bénédictine, Chartreuse, Cherry
Brandy, Cointreau, Creme de Cassis
Frangélico, Grand Manier, Marasquino e Figura 17
Drambuie, entre muitos outros. Fonte: iStock/Getty Images
Vermouth
Agora, o Vermouth, que é da classe de bebidas que são fabricadas a partir de vinho,
mistela (suco de uva não fermentado + aguardente vínica) e 150 ervas e plantas, so-
mados a caramelo e álcool vínico. Essa infusão fica de 6 a 12 meses e sua finalização
pode ser de bebidas brancas, rosadas, ou tintas, além de apresentarem sabores que
variam entre amargos, secos, meios secos, suave ou doce. São muito comuns na Itália
e França, geralmente servidos com cocktails, ou aperitivos.
O Hidromel, uma das bebidas mais antigas da humanidade, que é feita à base
de mel fermentado.
Essas misturas foram criadas nos Estados Unidos durante a chamada “lei seca”,
segunda metade do século XIX, que impossibilitava a indústria de fabricar bebidas,
ficando a bebida ilegal responsável por abastecer o mercado clandestinamente.
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UNIDADE Destilados, Coquetelaria e Café
Os Short Drinks, como o nome já diz, são coquetéis servidos em copos peque-
nos, sendo os mais clássicos como Dry Martini, Caipirinha, Blood Mary e outros.
Já os Hot Drinks são coquetéis feitos à base de bebidas quentes como café e
chocolate. Geralmente, feitas no inverno, ou em países mais frios.
Batidos são coquetéis batidos em coqueteleira devido à bebida utilizada ser muito
espessa e de difícil mistura.
Mexidos são bebidas de fácil mistura e com uso da colher “bailarina”, própria
para bar por ser longa, e são mexidas geralmente dentro do copo ‘mixing glass”,
copo de bar.
Os Montados são simplesmente colocados no copo que será servido, muitas vezes,
ficando com a separação das bebidas aparente, que causa uma bela impressão.
Já vimos anteriormente que os coquetéis surgiram com o objetivo de me-
lhorar o sabor das bebidas que eram mal fabricadas na época devido à lei seca,
porém, mantiveram-se até os dias de hoje por serem interessantes no sabor e
na finalidade.
Quando são estimulantes de apetite, são aperitivos geralmente secos, ácidos ou
amargos, servidos antes das refeições para estimular o apetite. São bebidas mistura-
das com frutas, bitters, vermoutes, aguardentes etc.
Podem ser digestivos quando servidos após a refeição geralmente elaborados
com licores e aguardentes.
São refrescantes quando usamos aguardentes misturadas a sucos de frutas, água
com gás, água tônica, refrigerantes e gelo.
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Quando levam ingredientes ricos em
calorias como mel, açúcar, chocolate, cre-
me de leite, leite e outros são classificados
como nutritivos.
Feitos com bebidas destiladas e geral-
mente servidos quentes, são considerados
estimulantes físicos.
Na criação dos coquetéis, deve-se tomar
cuidado com os ingredientes que serão usa-
dos, pois precisam combinar bem para que
Figura 19
a mistura fique agradável. Fonte: iStock/Getty Images
Alguns ingredientes não combinam como suco de frutas com licores cremosos,
licores à base de plantas com xarope, licor à base de plantas com licor de creme,
aguardente de frutos com vegetais, whisky com gim ou com vodka. Outras com-
binações podem ser arriscadas também, por isso, ao criar um coquetel, é preciso
provar antes de servir.
Caso tenha dúvida, é possível criar seguindo as indicações clássicas de boas
misturas como aguardentes com vinhos de baixa graduação, aguardentes vínicas
ou rum com leite, creme de leite ou ovos, vinhos e seus derivados com rum são
misturas consagradas.
Na coquetelaria, é importante que as receitas sejam seguidas à risca, pois as
bebidas têm gostos específicos e, muitas vezes, delicados, uma quantidade maior
ou menor de algum ingrediente pode transformar totalmente o sabor de um drink.
É muito importante que os ingredientes sejam de qualidade, como frutas e as
bebidas usadas.
Na hora do preparo, muitos cuidados devem ser tomados, como segurar os copos
pelas hastes para não deixar manchas, sirva os coquetéis em copos gelados, verifique
tudo o que vai ser necessário para fazer o drink e separe tudo antes de iniciar, escolha
a decoração apropriada para que haja equilíbrio na hora do serviço.
Nunca encha o copo até a borda para facilitar o serviço, as bebidas gasosas
devem ser adicionadas por último para que não percam o gás – sirva os coquetéis
imediatamente assim que terminar seu preparo, para que não separem os ingre-
dientes ou o gelo derreta.
Caso haja alguém que não beba, prepare drinks diferenciados sem álcool dando,
assim, mais opções.
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Drinks Clássicos
IBA – International Bartenders Association
Tudo o que é clássico remete à tradição e, com certeza, a acertos que foram
definidos ao longo do tempo. É o caso dos drinks clássicos, que se até hoje fazem
sucesso é justamente pela qualidade que apresentam.
São geralmente simples com o uso de poucos ingredientes, mas todos são ele-
gantes e sofisticados e podem ser utilizados em qualquer tipo de evento.
É importante observar que a maioria dos drinks clássicos são catalogados e clas-
sificados com o IBA (Internacional Bartender Association), que cuida da qualidade,
divulgação e do trabalho de bartender no mundo todo.
Manhattan IBA
Esse drink surgiu em Nova Iorque, no bairro de Manhattan, tem sabor marcante
e forte e foi criado em homenagem a um candidato a presidência americana, no
famoso bar do Hotel Manhattan Club.
Receita:
• 2 gotas de angostura;
• 3/10 de vermouth tinto;
• 7/10 de whisky.
»» Mexa no mixing glass (copo de medidas);
»» Coloque em um short drink;
»» Mexa e acrescente uma cereja;
Figura 20
»» Sirva imediatamente. Fonte: iStock/Getty Images
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Whisky Sour – IBA
Esse drink foi criado por um marinheiro inglês no Peru, segundo conta ele,
acrescentou o limão ao whisky com um toque de açúcar. Esse é provavelmente o
primeiro drink criado com whisky.
Receita:
• 1 colher de clara de ovo;
• 2/10 de xarope de açúcar;
• 4/10 de suco de limão;
• 4/10 de Bourbon Whisky.
» Bater em coqueteleira e servido em copo Figura 21
short drink; Fonte: iStock/Getty Images
Receita:
• 1/10 de suco de limão;
• 3/10 de vodka;
• 6/10 de suco de tomate;
• 1 gota de pimenta em molho (tabasco);
• 2 gotas de molho inglês.
» Colocar no copo old fashioneds, misturar os ingre-
dientes e acrescentar 2 cubos de gelo.
Figura 22
» Decorar com um talo de salsão, limão e azeitona. Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Destilados, Coquetelaria e Café
Receita:
• 2/10 de creme de coco (leite de coco);
• 3/10 de rum claro;
• 5/10 de abacaxi.
»» Bater no liquidificador os ingredientes;
»» Colocar em um copo long drink;
»» Decorar com abacaxi, laranja e ou cereja;
»» Servir imediatamente. Figura 23
Fonte: iStock/Getty Images
Caipirinha – IBA
Inicialmente, era usada como remédio contra a gripe e continha limão, mel e
alho, acrescido de cachaça para potencializar o efeito.
Receita:
• 1 dose de cachaça;
• ½ limão tahiti;
• 2 colheres de açúcar.
»» Cortar limão em cubos;
»» Colocar o limão em um copo
old fashioned e socar com
açúcar e cachaça;
Figura 24
»» Adicionar gelo, mexer e servir. Fonte: iStock/Getty Images
Gim tônica
A conhecida tônica, ou água tônica, é feita de um alcaloide chamado quinino
e, antigamente, era muito mais amarga, pois era usada como remédio, principal-
mente com ação analgésica e antitérmica.
Por ter esse gosto desagradável um médico inglês adicionou o gim à bebida para
equilibrar melhor o sabor. Posteriormente passou a fazer parte do universo dos drinks.
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Receita:
• 1 dose de gim;
• 1 ou 2 rodelas de limão;
• Água tônica.
» Coloque uma rodela de limão
em um copo long drink;
» Acrescente o gim e um pouco
de gelo;
Figura 25
» Complete com água tônica e sirva. Fonte: iStock/Getty Images
Cuba libre
Dizem que o coquetel surgiu durante a guerra de libertação da ilha de Cuba,
que estava sob domínio espanhol. Um dos capitães teria pedido uma dose de rum
cubano e adicionou Coca-cola e brindou dizendo “Cuba Libre”.
A partir daí, a bebida teria se tornado conhecida, porém, estudiosos dizem que a
Coca-cola só chegaria à ilha dois anos mais tarde do ocorrido, ou seja, não se tem
certeza da história.
Receita:
• 1 dose de rum claro;
• ½ limão + 1 fatia;
• Gelo;
• Coca-cola.
» Rum + limão + gelo = mexer;
» Coca + limão em rodela + canudo;
Figura 26
» Long drink. Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Destilados, Coquetelaria e Café
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Bebida também é gastronomia – Arak não é de araque
https://goo.gl/kGTLKu
Vídeos
9 drinks com vodka super fáceis de fazer
https://youtu.be/JpDZelA9OKI
Como montar uma carta de Drinks com Matheus Cunha – The Juniper 44 – Reserva Especial
https://youtu.be/n4f_dnHMX9o
Tipos de Coqueteleiras – Denis de Moraes – Executivo dos Drinks
https://youtu.be/7uVBtYzIDnk
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Referências
ALMEIDA, Mário de. Antonio’s: caleidoscópio de um bar. Rio de Janeiro:
RECORD, 1992. 301 p.
FORNARI, Claudio. Bar doce bar: o breviário do beber bem. Rio de Janeiro:
Axcel Books do Brasil, 2004. 169 p.
WESENDONK, Aladar Von. O bar em sua casa: 888 cocktails. 3. ed. Lisboa:
Presença, 1991. 275 p. (Cultura e tempos livres. 160).
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