Volume2 • Capítulos3 e 4
“O mundo dará ouvidos” , diz o Dr. Martyn Lloyd-Jones, “quando
vir pessoas que desfrutam de paz, calma e tranqiiilidade em circunstâncias
difíceis. A maior lição que temos que aprender é como viver sem permitir
que as circunstâncias afetem a nossa paz e alegria interior... O que em última
instância importa na vida não são tanto as coisas que nos acontecem como a
maneira que encaramos essas coisas.”
Paz é todo o propósito do evangelho: paz com Deus, paz com nós
mesmos, paz com os outros. E tal paz só pode ser recebida por efeito da graça
de Jesus, dada gratuitamente, a qual “é o princípio e o fim da salvação” ,
porquanto “é a graça do Senhor Jesus Cristo que torna tudo possível!”
“Vindima Lloyd-Jones”
-C H U R C H O F EN G LA N D NEW SPAPER
Editora:
Hodder & Stoughton
Copyright:
© Elizabeth Catherwood e Ann Desmond
1993
Tradução do inglês:
Odayr Olivetti
Cooperador:
Silas Roberto Nogueira
Capa:
Wirley dos Santos Corrêa
Impressão:
Imprensa da Fé
ín d ic e
1. Regozijo verdadeiro.........................................................7
2. Culto verdadeiro............................................................22
3. Tudo em Cristo...............................................................36
4. A vida cristã.................................................................... 49
5. A justiça de D eu s........................................................... 62
6. A grande ambição de P aulo.......................................... 75
7. A meta suprem a............................................................. 88
8. A única coisa................................................................. 102
9. Fé e conduta.................................................................115
10. Cidadãos do c é u ...........................................................130
11. A vida e a obra da Igreja..............................................144
12. Regozijai-vos sempre...................................................158
13. Moderação..................................................................... 172
14. A paz de D eus...............................................................186
15. O pensamento hebraico e o grego.............................. 201
16. Como experimentar a paz deD e u s............................ 215
17. Aprendendo a estar contente......................................239
18. A cura fin al...................................................................244
19. Supridas todas as nossas necessidades....................... 260
20. Meu D eus......................................................................274
21. A comunhão dos santos...............................................285
22. A graça do Senhor Jesus Cristo.................................. 298
Nota
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fizer isso, diz Paulo, mesmo que você perca todas as coisas,
não ficará desanimado, porque já se considerava um mor
domo, um administrador. Diz ele: eu os tenho sob meus
cuidados porque me foram confiados pelo Senhor, eles não
são meus; portanto, se eu perder tudo, não estarei perdendo
coisa alguma nesse sentido pessoal.
Regozijar-nos é também uma salvaguarda contra mais
uma coisa. Os filipenses, lembrem-se, sentiam-se infelizes e
se perguntavam o que fariam sem Paulo; estavam um pouco
propensos demais a ver Paulo como seu guia e instrutor.
Por isso Paulo praticamente diz: “ Não se regozijem em
mim, regozijem-se no Senhor; e depois, quer eu viva quer
morra, não importa, o Senhor está sempre com vocês” . O
verdadeiro regozijo é uma salvaguarda contra esse perigo,
e quando estudarmos o capítulo três vocês verão outro mo
tivo muito importante. Os judaizantes se gabavam da sua
nacionalidade e do fato de terem sido circuncidados. Gabavam-
-se da sua moralidade e de várias outras coisas, e o resultado
foi que finalmente chegaram a um estado de aflição e
miséria, e a única cura era que se regozijassem no Senhor. O
regozijo é uma salvaguarda dos ataques vindos de todas ^
direções.
O quinto grande motivo para regozijar-nos no Senhor é
que essa é a única alegria aue iamais falhará conosco. Isso
é literalmente certo e verdadeiro. Qualquer outra coisa em
que eu e vocês tentemos basear a nossa alegria acabará falhan
do conosco, seja com nós mesmos, seja com o nosso sucesso,
ou com a nossa capacidade, ou com a nossa cultura terrena, ou
com o nosso lar, ou com os nossos filhos. Não importa o que
seja, cada uma destas coisas finalmente nos será retirada, e
ficaremos isolados. Chegará o momento em que nós mesmos
nos veremos fora desta existência e deste mundo e compre
enderemos que não podemos levar nada dessas coisas conosco.
Então as nossas almas ficarão despidas e nuas, e seremos
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Culto Verdadeiro
“Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em
espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo na carne. ”
- Filipenses
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dizer com ela? Teria ele escrito outra carta, que se perdeu?
Estaria fazendo referência a algo que ele tinha escrito noutras
duas ou três cartas? Os teólogos põem à mostra a sua cultura
tentando resolver essa questão.
No entanto, para mim a explicação óbvia é que Paulo está
se referindo a algo que ele já lhes tinha dito enquanto estava
com eles; é, na verdade, uma coisa que ele está sempre
repetindo, que parece estar em quase cada uma destas cartas.
“Portanto”, diz ele, com efeito, a estas pessoas: “Vou dizer-lhes
de novo uma coisa que vocês já ouviram de mim muitas
vezes, mas não peço desculpa por repeti-la porque “é segu
rança para vós” . Isso é tão importante e vital que, em que
pese eu ter que ser repetitivo, devo dizê-lo outra vez”. E isso é
uma coisa que exibe Paulo como um mestre sábio e profundo.
Não há t^taçãc) mais sutil, quanto aos cristãos, do que a
tentação para imaginarem que eles entendem perfeitamente
bem os pontos fundamentais da fé. Numa das suas Epístolas
Paulo disse que estava escrevendo porque os seus destina
tários vacilavam em seus princípios. Pareciam perfeitamente
sólidos em suas crenças, mas a sua conduta revelava claramente
que eles estavam errados quanto a algumas coisas primárias.
E ainda existem pessoas que dizem: “Oh, sim, naturalmente,
já faz anos que eu sou cristão, entendo a mensagem sobre a
justificação pela fé e tudo mais”, e, todavia, é justamente na
citada doutrina que tais pessoas se extraviam tragicamente.
Jamais presumamos que chegamos a uma posição na vida
cristã na qual já não precisamos ser lembrados freqüente-
mente dos princípios elementares do evangelho de Jesus
Cristo. Esta repetição é necessária; sempre corremos o risco de
escorregar para longe da verdade e de presumir que estamos
certos quanto aos pontos fundamentais quando às vezes não
estamos. Paulo se repete e não pede desculpas por isso.
Depois, a segunda maneira pela qual ele salienta a grande
importância deste assunto é pela tríplice repetição do verbo
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Tudo em Cristo
“Porque a circuncisão somos nós, que servimos a D eus em
espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. ”
- Filipenses 3:3
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Jesus, exultam nEle; não somente crêem nEle, mas todo o seu
ser comove-se quando eles O contemplam, quando meditam
nEle. Noutras palavras, Ele é tudo em todas as coisas para eles
e, por isso, eles desejam atribuir a Ele toda a honra e toda a
glória. Ou talvez possamos expressar-nos desta maneira: a
característica do homem que se jacta é sempre, como a palavra
grega sugere, que ele fala em alto e bom som de si mesmo -
foi o que sugeri como uma tradução alternativa. Quando
você descreve alguém como “jactancioso”, você quer dizer
que ele deseja que todo o mundo saiba que excelente sujeito
ele é, e por isso fala em alto e bom som de si mesmo. JDê
acordo com esta tradução, os cristãos são pessoas que estão
sempre falando a respeito de Cristo, sempre O estão louvan
do, e desejam que todas as outras pessoas ouçam falar dEle.
Eles querem que os outros saibam quão maravilhoso Ele
é, e assim sempre Lhe prestam homenagem e sempre Lhe
atribuem glória e honra.Toda a sua conversa é sobre Ele,
eles não podem parar de fazê-lo: é sempre Cristo.
Pensem nisso também em contraste com os judaizantes
que estavam sempre falando sobre a sua nacionalidade e sobre
todas aquelas coisas que Paulo menciona mais adiante.
Naturalmente, Paulo conhecia tudo isso muito bem; não tenho
dúvida de que, ao escrever esta Epístola, ele não estava pen
sando só nos judaizantes, estava pensando também em si, como
ele era antes da sua conversão - que homem orgulhoso ele tínha
sido! E muito interessante percorrer todas as Epístolas'de
Paulo de olho nesta palavra grega que deveria ser traduzida
por jactar-se - recomendo isso àqueles dentre vocês que são
eruditos em Bíblia - verão que essa é uma das grandes pala
vras de Paulo. No versículo seguinte ele vai dizer: “Ainda que
também podia confiar na carne; se algum outro cuida que
pode confiar na carne, ainda mais eu” (versículo 4) - e quantas
vezes ele repete isso! Era sua grande característica. Mas agora,
diz ele, já não é assim. Ele agora se jacta do Senhor Jesus
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“Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro
cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu, circuncidado ao
oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de
hebreus; segundo a lei, fu i fariseu, segundo o zelo, perseguidor da
igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. M as o que
para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E , na verdade,
tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda
de todas estas coisas, e as considero como esterco, para que possa
ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo a minha justiça que
vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que
vem de Deus pela fé; para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurrei
ção, e à comunicação das suas aflições, sendo feito conforme à sua
morte; para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição
dos mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas
prossigo para alcançar aquilo para o que fu i também preso por
Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado;
mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás
ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para
o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. ”
- Filipenses 3:4-14
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tudo bem, assim era Paulo, mas nós não somos Paulo!” Eles
pensam, equivocadamente, que a experiência única que
Paulo teve no caminho de Damasco, é algo que coloca toda
a sua experiência cristã numa categoria à parte.
Portanto, é vitalmente importante que entendamos bem
este ponto. E certo que a experiência que Paulo teve no
caminho de Damasco foi única. Paulo, vocês se lembram,
descia para Damasco para perseguir e massacrar os cristãos
daquela cidade, e teve um encontro com o Senhor ressurreto.
Não foi uma visão mística, foi-lhe feita uma manifestação
ocular. Ele viu realmente o Senhor ressurreto, como ele mesmo
diz. E evidente que a ocasião de ver o Senhor ressurreto foi
dada a Paulo para que ele fosse contado entre os apóstolos,
porque uma das marcas distintivas do apostolado era que o
apóstolo tinha visto com seus próprios olhos o Senhor ressur
reto. De modo que esse encontro pessoal lhe foi concedido
de maneira muito especial e extraordinária, como ele nos diz
em 1 Coríntios 15:8, onde se descreve como “um abortivo” .
Como cristãos, não vemos, nem podemos esperar ver o
Senhor ressurreto do modo como Paulo O viu no caminho
de Damasco. Mas, afinal de contas, isso não é vital para a
experiência cristã, não é isso que torna alguém um cristão;
só era essencial para a vocação de apóstolo.
Mas aqui, nesta passagem, Paulo está dizendo o que o
caracterizava como cristão, e nela, portanto, dentre todos os
homens, o apóstolo estava preocupado em argumentar no
sentido de que não estava numa categoria à parte. Acaso não
nos diz ele, em 1 Timóteo 1:15, que ele é o maior de todos os
pecadores que o mundo conheceu? Paulo deixa patente
mente claro que ele nada mais é do que um pecador salvo pela
graça de Deus em Cristo exatamente como todos os demais
cristãos. Portanto, não devemos contestar esta magnífica
declaração tentando salientar a diferença entre a sua experi
ência no caminho de Damasco e o que se sabe que é verdade
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' Cf. Novo Cântico, 260, quarta estrofe: “Amor... que em tua graça me segura”.
Nota do tradutor.
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nelas, tinha uma falsa idéia delas, achava que eram ganho;
agora vejo que eram perda, eram coisas que se interpunham
entre mim e Cristo, e por isso as considero como refugo” .
E o cristão sabe exatamente o que Paulo quer dizer quando
diz isso. Existem muitas coisas boas, inocentes e inofensivas
neste mundo, mas, por causa da nova visão que agora temos,
podemos ver que essas mesmas coisas nos privam de algo
ainda maior, e as coisas que pensávamos que eram ganho,
na realidade são perda.
O próximo princípio é que esta verdade, que dominou e
capturou o cristão, é um valor pelo qual, evidentemente, ele
está disposto a perder e a sacrificar tudo mais. Paulo expressa
este ponto com suas magníficas palavras: “Mas o que para
mim era ganho reputéi-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho
também por perda todas as coisas, pela excelência do conhe
cimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda
de todas estas coisas, e as considero como esterco, para que
possa ganhar a Cristo”. Isso não é hipérbole. Paulo expõe fatos
literais. Essas coisas não têm nenhum sentido para Paulo
porque agora ele é cristão. Todo o seu maravilhoso orgulho
como fariseu se foi. Ele era um homem altamente intelectual,
tinha se saído melhor que ninguém nas escolas, tinha se sen
tado aos pés de Gamaliel, estava no topo da lista, era um dos
proeminentes mestres da lei; e tornar-se cristão significou
para Paulo que ele foi considerado louco. Ele foi denunciado
por seu povo, todas as suas perspectivas de posição e grandeza
se foram, ele perdeu tudo, mas não faz objeção a isso, ele
está perfeitamente satisfeito. Se me for permitido usar a lin
guagem dele, agradou-lhe a barganha. Lá estava ele, na velha
vida, mantendo um registro no livro da razão, mas agora ele
afirma que tem no outro lado algo infinitamente maior.
E, claro, ele sofreu perseguição. Em 2 Coríntios, capítulo
2, ele descreve tudo o que tinha sofrido por Cristo, e suportou
tudo sentindo-se perfeitamente feliz. As vezes penso que esta
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“E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da
lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem
de Deus pela fé. ” - Filipenses 3:9
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diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhe
cimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a
justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas;
isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos
e sobre todos os que crêem; porque não há diferença” .
A nossa justiça é a conformidade com a lei na questão da
obediência; a justiça de Deus é a conformidade com a lei de
Deus na execução da sua sentença. Deus é o legislador. Quando
Ele nos perdoa, manifesta a Sua justiça, ou a Sua retidão.
Foi preciso desenvolver este ponto em detalhe porque, se
não tivermos estes dois sentidos bem claros em nossas mentes,
acharemos esse capítulo três de Romanos um tanto confuso.
Se tivermos em mente que o capítulo se refere à parte de Deus
e à nossa parte, nestes dois sentidos, penso que ficará claro.
Assim, pois, a questão que se levanta para nós é a seguinte:
como podemos conformar-nos à santa lei de Deus? Que
podemos fazer a fim de conformar-nos às exigências da lei
de Deus em toda a sua plenitude? Pois esta é a nossa situação
e a situação de todas as pessoas que nascem neste mundo.
Gostemos ou não, estamos todos subordinados a Deus e à lei
de Deus; gostemos ou não, isso é um fato. Todos os nascidos
num particular país estão sob as leis desse país; eles podem
dizer que não ligam para elas, mas estão sob elas e poderão
ser incriminados por essas leis. De igual modo, todos nós
nascemos para esta vida sob a lei de Deus. Deus estabeleceu
e revelou Sua lei, e todos nós estamos subordinados a ela.
Portanto, a questão que nos confronta é: que podemos fazer
para que possamos cumprir as exigências da justiça de
Deus? Que podemos fazer com a nossa vida neste mundo de
modo que, quando finalmente a lei nos confrontar e nos
incriminar com suas exigências, possamos responder de tal
maneira que estaremos livres para fruir felicidade por todas
as incontáveis eras da eternidade? Essa é a questão.
E aqui Paulo nos diz que, em última análise, há só duas
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A Grande Ambição de Paulo
“Para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição, e à comunhão
de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; para ver se de
alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. ”
- Filipenses 3:10,11
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Não, eu não O vi, não tive uma visão, não ouvi uma voz
audível dirigida a mim, mas graças a Deus eu posso dizer
essas palavras. Sei que Ele está aí, sinto a Sua presença. E
disso que Paulo está falando, e é isso que devemos cobiçar
e anelar.
“Para conhecê-lo.” Oh, não meramente crer em certas
verdades a respeito dEle, mas ter realmente consciência da
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A Grande Ambição de Paulo
Paulo explica o que ele quer dizer com isso. Ele faz a ousada
e, como ele mesmo diz, incrível afirmação de que aqueles
de nós que somos de Cristo e que, portanto, estamos “em
Cristo”, morremos com Cristo. Quando Cristo morreu, eu
morri com Ele; mas, diz Paulo, não somente morri com Ele;
quando Cristo ressuscitou, eu ressuscitei com Ele. Se eu estou
nEle, isso é necessariamente verdade; se estou ligado a Ele
pela fé, se pertenço a Ele, se sou membro do Seu corpo,
então, o que aconteceu com Ele, seja o que for, também
aconteceu comigo - fui sepultado com Ele no batismo e
também ressuscitei com Ele em novidade de vida.
Ora, se vocês quiserem a melhor exposição que mesmo
Paulo pode fazer, dirijam-se a Romanos, capítulo 6. Nos
cinco capítulos iniciais de Romanos, Paulo salienta a grande
doutrina da justificação pela fé. Não devemos fixar-nos em
nós e em nossos méritos, de modo nenhum; somos salvos
em Cristo, pelo que Ele fez. Depois Paulo imagina algum
sujeito esperto de Roma, que diz: “Vejo a doutrina, e então,
se somos justificados pela fé, não importa o que fazemos;
nesse caso continuaremos no pecado para que a graça seja
mais abundante? Claro”, responde essa pessoa, “esta é a lógica
do seu argumento: se é tudo em Cristo, posso fazer o que
quiser, estou coberto pelo sangue de Cristo, estou perdoado,
e tudo está bem” .
“Ah”, diz com efeito Paulo, “quem fala desse jeito nunca
entendeu a doutrina da justiça; nunca entendeu o significado
da morte de Cristo na cruz, e está sendo completamente
ridículo” ! Depois Paulo passa a explicar isso no capítulo seis.
“Romanos”, diz ele, “entendam isto: se vocês estão em Cristo
e morreram com Ele, receberam novidade de vida. Bem,
então, andem com Ele nesta vida ressurreta que partilham
com Ele.” E é exatamente isso que ele está dizendo aqui,
neste versículo 10 de Filipenses, capítulo 3.
Não, para aqueles que entendem esta doutrina não há
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E isso que Paulo quer dizer. Ele diz: “Posso ver claramente
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Meta Suprema
“N ão que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas
prossigo para alcançar aquilo para o que fu i também preso por Cristo
Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas
uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam,
e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o
alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. ”
- Filipenses 3:12-14
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A Unica Coisa
“N ão que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas
prossigo para alcançar aquilo para o que fu i também preso por Cristo
Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas
uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e
avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo,
pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”
- Filipenses 3:12-14
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Fé e Conduta
“Pelo que todos quantos já somos perfeitos sintamos isto mesmo;
e, se sentis alguma coisa doutra maneira, também Deus vo-lo revelará.
Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra,
e sintamos o mesmo. Sede também meus imitadores, irmãos, e tende
cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim
andam. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora
também vos digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. Cujo
fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; e cuja glória é para confusão
deles, que só pensam nas coisas terrenas. ” - Filipenses 3:15-19
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essas coisas, que “têm sua mente posta nas coisas terrenas” .
Paulo diz igualmente delas que são inimigas da cruz de
Cristo. Haveria alguma classe de pessoa que cause tão má
reputação à cruz do que essa? Vocês já viram pessoas que
falam da cruz e dizem que Cristo morreu por elas, e, todavia,
estão tendo vida imoral? Eu vi um homem embriagado
proclamar que cria que Cristo morreu por ele - estava pregando
a cruz, por assim dizer - e, no entanto, sua conduta não
somente negava essa pregação, mas também provava que ele
era inimigo da cruz. Ele a envergonhava e lhe causava má
reputação.
Se cremos no que reivindicamos acerca da cruz, quão
cuidadosos devemos ser! Por nosso proceder, por nossa con
duta, podemos mostrar que somos inimigos da cruz, podemos
fazer com que outros a ridicularizem, a blasfemem e riam dela.
Não somente isso, estamos realmente negando o propósito e a
função da cruz. Permitam-me lembrar-lhes como Paulo se
expressa sobre isso dirigindo-se a Tito. Diz ele que Cristo
morreu para “purificar para si um povo seu especial, zeloso
de boas obras” (Tito 2:14). Por que o nosso Senhor sofreu a
morte que sofreu na cruz? Por que foi para o Calvário? Ali
está a resposta: para separar estas pessoas do pecado, da ini-
qüidade, da vergonha, e fazer delas “um povo seu especial,
zeloso de boas obras”. Portanto, se eu não sou zeloso de boas
obras, se vivo uma vida pecaminosa, mundana, carnal,
obviamente sou inimigo da cruz de Cristo.
Portanto, a cruz é o teste supremo, tanto da minha fé e
crença, como da minha conduta e prática. Que tremenda
responsabilidade pesa sobre aqueles de nós que somos
cristãos! Com que cuidado devemos sempre ver que estas
duas coisas estão intimamente relacionadas, pois, enquanto
mantivermos a cruz em frente de nós como a pedra de toque
das nossas vidas, jamais poderemos extraviar-nos. Será que
a cruz é vital e é tudo para mim? Será que minha vida
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Cidadãos do Céu
“M as a nossa cidadania está nos céus, de onde também
esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o
nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo
0 seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas. ”
-Filipenses 3:20,21
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Nada pode acontecer com vocês sem que o seu Pai o saiba.
Deus, o nosso Pai, interessa-Se por nós dessa maneira íntima.
Não seria isso algo sobre o que devemos ponderar e no
que devemos meditar numa época como esta? Onde quer que
você esteja, seja qual for a sua situação: pode estar nos confins
da terra e cercado de inimigos, pode estar na situação mais
impossível - sempre tem este direito de acesso a seu Rei. Como
diz o salmista: “Desde o fim da terra clamo a ti” (Sal. 61:2).
Estes são privilégios e direitos que pertencem, inerentemente,
aos cidadãos do reino.
Passemos, porém, agora a algo que, num sentido, tem
maior importância prática, e que é algo que devemos salien
tar nestes dias. Quais são as implicações desta cidadania? Pois
bem, claro está que quando Paulo nos diz que a nossa cidadania
está no céu, ele não está ensinando que o cristão não deve ter
nenhum interesse por este mundo e pelos negócios desta vida.
Ele fala de uma relação espiritual, e ele deseja dar ênfase a
isso. Se devo interessar-me, como devo, por esta vida e por
este mundo, devo fazê-lo de modo diferente do homem ou da
mulher do mundo que não é cidadão ou cidadã do reino do
céu. Noutras palavras, embora o cristão esteja, como está, no
mundo, não é do mundo. Que coisa banal e, todavia, quão
profunda é isto: estamos no mundo como todos os demais,
mas, como cristãos, não somos dele. Muitos hinos têm esse
tipo de ensino, e muitas vezes eles o expressam dizendo que
este mundo não é o nosso lar; se somos cristãos, estamos longe
do lar.
Sou estrangeiro aqui,
O céu é o meu lar,
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Cidadãos do Céu
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Cidadãos do Céu
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A V ID A D E P A Z
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Cidadãos do Céu
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A Vida e a Obra da Igreja
“Portanto, meus amados e muito queridos irmãos, minha alegria
e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados. Rogo a Evódia, e
rogo a Stntique, que sintam o mesmo no Senhor. E peço-te também
a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres
que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os
outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida. ”
- Filipenses 4:1-3
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A Vida e a Ohra da Igreja
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A V ID A D E P A Z
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A Vida e a Ohra da Igreja
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A Vida e a Ohra da Igreja
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A Vida e a Ohra da Igreja
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A V ID A D E FA Z
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A Vida e a Ohra da Igreja
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A V ID A D E PAZ
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A Vida e a Ohra da Igreja
segredo era que a sua primeira lealdade era para com a sua
equipe. Você não participava da corrida para conquistar honra
para si, você atuava numa equipe; o grupo era de atletas que
eram colegas, companheiros. Paulo está dizendo que no pas
sado Evódia e Síntique haviam sacrificado tudo pelo interesse
da igreja e do Senhor. Ajude-as a voltarem a isso, diz Paulo.
Esse deve ser o espírito de equipe: devemos trabalhar
juntos; ou, como Paulo diz mais adiante; devemos ser com
panheiros no trabalho, cooperadores, colaboradores. Ou talvez,
para colocar a questão no seu mais alto nível, a nossa ambição
sempre deve ser a de tornar-nos como Paulo. Certamente vocês
notam o espírito de amor que o envolvia e de que modo ele
amava os membros desta igreja. Certamente notam sua
humildade. Como temos visto, em vez de dar uma ordem a
essas mulheres, ele lhes roga, ele quase derrama lágrimas
quando desce ao nível delas. “Peço-lhes”, diz Paulo. “Por favor,
acertem isso.”
Notem também a sabedoria de Paulo e sua discrimina
ção. Ele não dá ordens às duas mulheres, tle pleiteia com elas,
ele lhes roga; mas, quando conta com um homem como este,
que ele descreve como seu verdadeiro companheiro de jugo,
ele insta com ele.* E disso que a Igreja Cristã necessita -
discriminação na maneira de lidar com as pessoas. Por que
é tão importante este espírito? Porque, se a igreja não agir
bem neste aspecto, agravará o Espírito Santo, e se ela agravar
o Espírito Santo, perderá seu poder e não poderá ser uma
igreja missionária. Além disso, se a igreja perder o seu
espírito, isto será uma negação da mensagem que ela prega,
e, acima e além disso tudo, estará desonrando o Senhor, e,
afinal de contas, a Igreja é dEle.
' No grego são empregadas duas palavras diferentes, e a segunda não é tão
enfática. A New International Version emprega aqui as palavras “plead”
(pleitear) e “ask” (pedir, solicitar) que talvez até esclareçam melhor o
argumento do Dr. Martyn Lloyd-Jones. Nota dos editores do original inglês.
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A V ID A D E PA Z
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A Vida e a Ohra da Igreja
Nada do que você faz fica sem registro, e seu Pai, que vê
secretamente, o recompensará abertamente. Lembre-se
também de que Ele é o Juiz; os livros serão abertos para Ele,
e Ele é absolutamente justo. Não pense que alguma outra
pessoa está tendo mais crédito que você. Isso pode ser ver
dade na terra, mas quando você estiver diante dEle, não será.
Você receberá justiça, todos os seus humildes atos são
registrados e conhecidos. Deus é absolutamente justo, você
não tem por que temer. Não se aborreça com o que o
homem possa fazer-lhe, o Senhor é o nosso juiz, e Ele é o
nosso guardião.
Além disso, permita-me lembrá-lo de que a sua recom
pensa é certa e gloriosa. Se o seu nome está escrito naquele
livro, você vai para a glória e, em última instância, não
importa muito o que o homem acaso lhe tenha feito. Como
Paulo disse uma vez por todas no fim daquele extraordinário
capítulo quinze da Primeira Epístola aos Coríntios: “ Sabendo
que o vosso trabalho não é vão no Senhor” . Portanto:
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12
Regozijai-vos Sempre^
“Regozijai-vos sempre no Senhor, outra vez digo, regozijai-vos. ”
- Filipenses 4:4
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Moderação
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Moderação
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Moderação
Ah, sim, mas você deve ir além desse ponto, se deseja que
a sua moderação seja conhecida por todos os homens: você
deve considerá-las ativa e positivamente; deve tentar encon
trar escusas para elas e procurar uma explicação para a sua
conduta! Você poderia dizer: “Bem, afinal de contas, elas estão
passando por um período difícil”, ou, “Creio que essa pessoa
nasceu com um temperamento difícil” . Você fica o tempo todo
tentando explicar tais pessoas para você mesmo, tentando
aparar a conduta desagradável e difícil. Você se esforça ao
máximo possível para ter boa relação com as pessoas e para
suprir qualquer deficiência que haja nelas - tendo consideração
pelos outros e tentando entendê-los e ajudá-los de fato, e
procurando facilitar as coisas para eles. Isso constitui uma
parte essencial desta palavra “moderação” .
Permitam que eu me estenda ainda mais. Notem o tipo
de pessoa que o apóstolo é, notem a qualidade da sua per
sonalidade - uma personalidade que nunca reage violenta ou
impetuosamente a coisa alguma. Seja a sua moderação
conhecida de todos os homens, em todos os tempos e circun
stâncias e sob todas as condições. Permitam-me elaborar o ponto
assim: o cristão nunca reage impetuosamente em nenhuma
área, nem mesmo com respeito à alegria. A sua moderação
deve ser conhecida de todos os homens, até nos períodos de
felicidade. Não preciso demorar-me nisto. Haveria coisa
mais óbvia e mais triste no mundo moderno do que a falta
de moderação dos homens e das mulheres que estão “gozando”
a vida? Eles se deixam arrebatar, pondo-se logo fora de
controle, intoxicados pela alegria. Mas o cristão nunca deve
ser assim, é preciso haver um elemento de controle até mesmo
em sua alegria, e mais ainda, talvez, em sua tristeza. Em
tempos de tristeza e pesar, o cristão nunca reage muito
impetuosamente. Não me entendam mal, não estou dizendo
que ele não deve ser natural. Jamais houve o propósito de que
0 cristão fosse antinatural, e não permita Deus que alguma
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A V ID A D E PAZ
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Moderação
Disse ela: “Você deve lembrar-se de que ele tinha dois lados,
um impetuoso, impaciente e irreprimível, e o outro, de
completo autocontrole, sendo capaz de descartar-se de tudo,
exceto do grande assunto central, capaz de pôr de lado o
que era debilitante e perturbador. Ele conseguia exercer
este domínio próprio e este bom senso em meio à luta desde
a idade de vinte e três ou vinte e quatro anos, primeiro
pela força natural do seu caráter, e, segundo, por muita luta,
em oração, para chegar ao cumprimento desta injunção:
“Tornai a vossa moderação conhecida a todos os homens”. E
Gladstone conseguiu isso, esta maravilhosa graça do caráter
cristão.
Mas, naturalmente, o supremo exemplo é o do nosso
Senhor. O apóstolo Pedro expressa este fato com muita clareza
quando diz: “Porque para isto sois chamados; pois também
Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que
sigais as suas pegadas. O qual não cometeu pecado, nem na
sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não
injuriava, e quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se
àquele que julga justamente” (1 Pedro 2:21-23). Pouco antes
Pedro já dissera: “Vós, servos, sujeitai-vos... aos senhores, não
somente aos bons e humanos, mas também aos maus... Porque,
que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis?
Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis (VA: “suportais
pacientemente”), isso é agradável a Deus” (1 Pedro 2:18-20).
E isso - o nosso Senhor era assim; sigam Seus passos, sejam
como Ele; “Tornai a vossa moderação conhecida a todos os
homens.”
Assim, pois, permitam-me fazer uma segunda pergunta:
como isso há de manifestar-se, e a quem? E a resposta é que
nós o manifestamos na prática, o revelamos em nossas vidas
e em nossos procedimentos para com os outros. Sim, deixem-
-me salientar mais uma vez que devemos mostrar esta
moderação a todos os homens - a todos, sejam bons ou não.
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Moderação
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A V ID A D E PA Z
para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que
julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes
medido vos hão de medir a vós” (Mateus 7:1,2). Então, quando
estiver inclinado a julgar, não se esqueça de que você vai ser
julgado. O Senhor está perto e, quando você se der conta
disso, você estará dispostos a deixar de lado muitíssimas
coisas desta vida e deste mundo.
Acrescenta, porém, que não devemos ficar ansiosos por
obter a retribuição ou a justiça a que achamos que temos
direito. O Senhor mesmo julga os que praticam o mal, ou
qualquer pessoa que acaso nos tenha prejudicado aqui, porque
todos e cada um terão que comparecer perante Cristo. Não se
aborreça, não pense em ter vingança imediata. Paulo diz: “Não
vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque
está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o
Senhor” (Romanos 12:19). Se você crer nisso, sentirá pena
das pessoas que lhe fizeram mal, tremerá ao imaginá-las
comparecendo diante de Deus, e sua moderação já estará
em ativa operação.
Ou, finalmente, permita-me coloca-lo da seguinte maneira:
você pode estar passando por um duro período - Paulo não
menospreza isso - as pessoas talvez estejam sendo muito cruéis
e maldosas com você, sua situação pode realmente ser aflitiva.
Talvez você tenha que suportar algo terrível, talvez pessoas que
estão implicando constantemente com você, dia após dia, noite
após noite. Mas, seja o que for que você tenha que sofrer ou
suportar nesta vida, o Senhor está perto e está preparando
uma recompensa maravilhosa para você. Quando Ele vier e
quando o reino de glória tiver início, você estará com Ele, estará
reinando com Ele, e estará compartilhando sua alegria e toda
a Sua glória. Meu amigo, se o seu nome está escrito no céu,
se você pertence a Cristo, sua recompensa é absolutamente
certa. Há na glória, à sua espera, uma alegria que você não
pode imaginar nem conceber. Portanto, lembre-se de que
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Moderação
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A Paz de Deus
“N ão estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições
sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica,
com ação de graças. E a p a z de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. ”
- Filipenses 4:6,7
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E Deus que faz isso. Não somos nós, não é a oração, não é
nenhum mecanismo psicológico. Fazemos nossas petições
conhecidas diante de Deus, e Deus faz isso por nós e nos
mantém em perfeita paz.
Que diremos desta frase: “A paz de Deus, que excede todo
o entendimento” ? Você não pode entender esta paz; não pode
imaginá-la; num sentido, nem crer nela você pode; todavia,
ela acontece, e você a experimenta e a desfruta. E a paz de
Deus que está em Cristo Jesus. Que é que o apóstolo quer
dizer com isso? Ele nos está dizendo que esta paz de Deus
age apresentando-nos o Senhor Jesus Cristo e fazendo com
que nos lembremos dEle. Para colocar o assunto nos termos
do argumento da Epístola aos Romanos: “ Se nós, sendo
inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu
Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos
pela sua vida” (Romanos 5:10); “Todas as coisas contribuem
para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados por seu decreto”; “Aquele que nem mesmo a seu
próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como
nos não dará também com ele todas as coisas?” (Romanos
8:28,32); “Estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem
os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o
presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade,
nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de
Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos
8:38,39). O argumento é que, se Deus realizou esse feito
supremo pela morte de Seu Filho na cruz, Ele não pode
abandonar-nos agora, não pode deixar-nos no meio do
caminho, por assim dizer. Portanto, a paz de Deus, que
excede todo o entendimento, guarda os nossos corações e as
nossas mentes por meio de Cristo Jesus ou em Cristo Jesus.
Dessa maneira Deus garante a nossa paz e a nossa liberdade,
protegendo-as da ansiedade.
Concluo com uma palavra sobre o último princípio, que
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A Paz de Deus
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A Mentalidade Hebraica e a Grega
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
justo, tudo 0 que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa
fam a, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. ”
- Filipenses 4:8
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Como Experimentar a Paz de Deus
“O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em
mim, isso fazei; e o Deus de p a z será convosco. ” - Filipenses 4:9
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Como Experimentar a Faz de Deus
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Como Experimentar a Paz de Deus
Ah, sim, você não vai ser feliz só por sabê-las; antes, você
será feliz se as puser em prática e se as viver em sua vida
diária!
Ou tomemos a advertência que se lê em Mateus, capítulo
7, a figura das duas casas, a casa sobre a rocha e a casa sobre
a areia. Que representam elas? “Todo aquele, pois, que escuta
estas minhas palavras e as pratica”, diz o nosso Senhor, “asse
melhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa
sobre a rocha” (Mateus 7:24). Entretanto, o homem que edifica
a sua casa sobre a areia é o homem que escuta estes dizeres de
Cristo, mas não os pratica. Ele ouve o que o evangelho tem
para oferecer-lhe e sabe disso, mas não faz nada a respeito, e o
homem imprudente imagina que está tudo bem. Mas, quando
chega a tribulação, aquela casa é totalmente demolida. Ele não
praticou estas coisas, contentou-se com um conhecimento
teórico, com um conhecimento acadêmico. Por isso o apóstolo,
nesta derradeira exortação, adverte os filipenses contra esse erro
pavoroso e terrível. “Eu estive com vocês”, diz praticamente
Paulo, “e vocês ficaram sabendo e receberam de mim certas
coisas. Não somente me ouviram dizê-las, também as viram
desempenhadas em minha vida, e eu lhes rogo que as ponhais
em prática. Não se contentem com um mero conhecimento
destas coisas, vivam-nas em seu viver diário, e então o Deus
da paz estará com vocês, e só então.”
Pois bem, a mim me parece que neste ponto surgem duas
dificuldades. Sinto que muitos de nós perdem muita coisa em
sua vida cristã simplesmente porque não põem à prova este
princípio aparentemente óbvio, e penso que acontece isso por
duas principais razões. Uma, naturalmente, é o prazer que
alguns de nós tendem a ter, por natureza, no conhecimento
teórico e na verdade teórica. Ainda existem alguns que gostam
de ler filosofia, teologia e coisas do gênero. Em minha opinião,
a consideração da realidade e da verdade é o processo intelec
tual mais alto de que o homem é capaz. Observem a grande
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Aprendendo a Estar Contente
“Ora, muito me regozijo no Senhor por finalmente reviver a
vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não
tínheis tido oportunidade. Não digo isto como por necessidade, porque
já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei
também ter abundância; em toda maneira, e em todas as coisas estou
instruído, tanto a terfartura, como a terfome; tanto a ter abundância,
como a padecer necessidade.” - Filipenses 4:10-12
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Aprendendo a Estar Contente
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grato. Mas ama seu Senhor muito mais, e teme que, ao lhes
apresentar agradecimentos, de algum modo dê base à suspeita
de algo que insinue que o Senhor não era suficiente para ele,
ou que tenha dependido dos filipenses num sentido funda
mental.
Então ele dá início a esta passagem extraordinária, com as
afirmações estupendas e espantosas que ela contém, para
mostrar a primazia do Senhor e a absoluta suficiência do
Senhor, embora mostrando, ao mesmo tempo, sua gratidão,
seu débito e seu amor aos filipenses por esta manifestação do
seu pessoal cuidado e solicitude por ele. A essência da questão
acha-se nos versículos 11 e 12. Aqui temos a doutrina - “Não
digo isto como por necessidade, porque já aprendi a conten-
tar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter
abundância; em toda maneira, e em todas as coisas estou
instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter
abundância, como a padecer necessidade”.
Precisamos examinar agora esta grande doutrina que Paulo
anuncia desse modo. Há dois grandes princípios aqui. O
primeiro é, claro, a condição a que o apóstolo chegou. O
segundo é a maneira pela qual ele chegou a essa condição. Eles
constituem o assunto por excelência desta tremenda declaração.
Examinemos primeiro a condição alcançada pelo apóstolo.
Ele a descreve com uma palavra aqui traduzida por “contente”
- “Em qualquer condição em que me encontre, aprendi a estar
contente com isso” (VA). E importante captar o sentido preciso
desta palavra. Nossa palavra inglesa “content” não explica
plenamente o sentido da palavra do texto grego. A palavra que
Paulo emprega significa realmente que ele é “auto-suficiente”,
independente das circunstâncias ou das condições ou das coisas
que haja ou sucedam a seu redor, “ter suficiência em sua pró
pria pessoa”. Esse é o real significado da palavra traduzida por
“contente” . A afirmação feita pelo apóstolo é que ele chegou a
um estado no qual pode dizer real e verdadeiramente que é
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A Cura Final
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”
- Filipenses 4:13
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A Cura Final
isso”, diz Paulo, “e, portanto, posso fazer todas as coisas por
meio dAquele que constantemente está infundindo força
em mim.”
Aqui temos, então, a receita: não agonize em oração,
rogando a Deus que lhe dê poder. Faça o que Ele lhe disse que
faça. Viva a vida cristã. Ore, e medite nEle. Passe tempo com
Ele e peça-lhe que se manifeste a você. E, assim que tiver feito
isso, deixe tudo mais com Ele. Ele lhe dará força - “como teus
dias, assim será a tua força” (Deuteronômio 33:25). Ele nos
conhece melhor que nós mesmos, e o suprimento que rece
bemos é de acordo com a nossa necessidade. Faça isso, e você
poderá dizer com o apóstolo Paulo: “Posso (recebi força para)
fazer todas as coisas por meio dAquele que está constante
mente infundindo força em mim” .
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Supridas Todas
as Nossas Necessidades
“N ão que (eu) procure dádivas, mas procuro o fruto que abunde
para a vossa conta. M as bastante tenho recebido, e tenho abundância:
cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me
fo i enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e
aprazível a Deus. O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá
todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.”
- Filipenses 4:17-19
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Supridas Todas as Nossas Necessidades
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Supridas Todas as Nossas Necessidades
E certo. E absoluto.
Quais serão, então, os argumentos em prol da certeza?
Permitam-me anotá-los. Se eu e vocês estamos em Cristo,
estamos numa relação muito particular com Deus; se estamos
em Cristo, somos participantes da natureza divina, somos
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Supridas Todas as Nossas Necessidades
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Meu Deus
“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as
vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus. Ora, a nosso Deus
e Pai seja dada glória para todo o sempre. ” - Filipenses 4:19,20
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Meu Deus
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pela igreja e por muitos concílios. Eles são cultos, são eruditos,
e têm muito conhecimento, e, todavia, de um modo ou de outro,
vocês não podem deixar de sentir que o interesse e a preocu
pação deles são puramente acadêmicos e teóricos, que eles estão
engajados numa espécie de ciência. Assim como alguém
escolhe uma ciência física e procura descobrir a verdade
concernente a ela, assim estes homens parecem escolher o
conhecimento de Deus como o seu interesse na vida e como
0 campo da sua busca científica. Naturalmente, o resultado é
que eles dão a impressão de que têm o que tem sido quali
ficado como teologia “árida como o pó” . O conhecimento
está ali, a doutrina está ali, a percepção da verdade está ali,
porém nada mais. Nunca dão a impressão de que falam sobre
o “meu Deus” . As diversas verdades de que tratam parecem
quase abstrações e conceitos isolados concernentes a um ser
augusto e supremo - doutrina e nada mais.
Todavia, claro está que, por outro lado, existem aqueles
que vão ao outro extremo. E a experiência pessoal que recebe
a proeminência e a ênfase. Eles vão dizer-lhes que nada sabem
doutrina e com franqueza lhes dirão que não têm interesse
nisso. Eles dizem muita coisa sobre os teólogos “áridos como
pó”, que podem argumentar com muita inteligência e produ
zir sua casuística, mas que parecem ter seus corações, suas
mentes e suas experiências vazios de conhecimento vivido e
real. Já estes falam de suas experiências, do que sentem e do
que provaram e conhecem. A ênfase é toda sobre eles mesmos.
Eles têm algo; certamente tiveram a experiência e ficam falando
dela e sobre ela, mas toda a sua ênfase é sobre isso, e dizem:
“ Não adianta me falar sobre doutrina. Não me peça para
explicar a doutrina sobre Deus, ou a doutrina da encarnação
ou a da expiação. Não entendo essas coisas, mas tenho sentido
e experimentado algo” .
Penso que vocês concordarão comigo que a tendência é a
seguinte: ou um extremo ou o outro. Entretanto, isso é uma
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Meu Deus
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A Comunhão dos Santos
“Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão
comigo vos saúdam. Todos os santos vos saúdam, mas principalmente
os que são da casa de César.” - Filipenses 4:21,22
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A Comunhão dos Santos
considera todos eles como santos. Você não pode ser cristão
sem, ao mesmo tempo, ser santo. Portanto, isso significa que,
evidentemente, a nossa definição do que constitui um santo
perdeu-se de algum modo. O santo, conforme a Bíblia, é
alguém que foi separado, é uma pessoa santa, sagrada. Quando
lerem o Novo Testamento, vocês verão referências ao “monte
santo”, e essa expressão se refere a um monte que foi separado
por Deus e consagrado. Não houve mudança alguma na
constituição do monte como tal, mas Deus o separou. Os
“vasos santos” também eram vasos do templo que eram
consagrados; derramava-se sangue sobre eles, e eles eram
separados para uso no templo.
Temos aí, pois, a chave para o entendimento do que o
Novo Testamento quer dizer com a palavra “santos” . Antes de
tudo, o santo é uma pessoa que foi chamada para fora do
mundo pelo Deus todo-poderoso. Nós nascemos em pecado e
fomos formados em iniqüidade, mas então a graça de Deus
em Cristo Jesus veio até nós, apreendeu-nos, selecionou-nos
e nos separou. Fomos postos à parte como povo santo, povo
especial de Deus; povo que Deus marcou para Si. Por tal
povo Deus tem um interesse especial - são pessoas que Ele
deseja usar com um propósito muito especial.
Essa é, então, a concepção neotestamentária do que seja
um membro de igreja, homem ou mulher: alguém que tem
sido tratado por Deus de um modo que o diferencia de todos
A
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“A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos.
A m ém .” - Filipenses 4:23
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