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ADMINISTRAÇÃO”
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Índice:
Introdução 2
Desenvolvimento 3
Domínio Publico Vs Domínio Privado 3
Ordenamento do território 5
Técnicas urbanísticas…………………………………………………………………………………………………6
Conclusão ……………………………………………………………………………………………………………………10
Webgrafia/Bibliografia……………………………………………………………………………………………11
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Introdução:
O presente trabalho tem por objeto uma reflexão sobre o domínio público
e domínio privado da Administração Publica, o ordenamento do território, as
técnicas urbanísticas e direito do urbanismo com base num caso em concreto,
nomeadamente sobre os famosos terrenos da feira popular de Lisboa, bem
como, do seu projeto de urbanístico no âmbito da cadeira de Direito do
Urbanismo.
Posto isto debatia-se qual seria o ramo de direito mais habilitado (publico
ou privado) para supervisionar e disciplinar o urbanismo. Consequentemente, e
vamos aprofundar mais ao longo do trabalho o direito do urbanismo é um
direito publico especial do Direito administrativo, sendo por isso, composto
pelas regras jurídicas respeitantes ao ordenamento das cidades, ou seja, do
aglomerado urbano. O que implica que o direito do urbanismo tenha um âmbito
de aplicação essencialmente local.
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Desenvolvimento:
o Jazigos minerais;
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o Barragens, represas, valas e canais;
o Redes de distribuição de água e energia elétrica;
o Nascentes de águas minerais e térmicas;
o Linhas telefónicas e telegráficas, etc.
No que concerne ao domínio privado da administração designa o poder
que o Estado tem sobre determinados bens, isto é, aqueles que são
suscetíveis de comércio jurídico, que possuem valor económico de mercado.
São, assim bens de domínio privado os que estão sujeitos a um regime de
direito privado e inseridos no comércio jurídico correspondente, segundo o
disposto no artigo 1304º do Código Civil (de aqui em diante, designado CC). O
artigo 5º do D.L. 477/80, de 15/10 define quais os bens que integram o domínio
privado do Estado, sendo, nomeadamente, os seguintes:
o imóveis: prédios rústicos e urbanos e direitos a eles inerentes;
o direitos de arrendamento dos quais ocupe a posição de arrendatário;
o direitos reais;
o bens móveis corpóreos, com exceção das coisas consumíveis e
daquelas que, sem se destruírem imediatamente, se depreciam muito
rapidamente.
Assim, relativamente aos terrenos em analise, estes pertencem à
Camara de Lisboa, sendo por isso um terreno publico, contudo são do domínio
privado da administração publica.
Tendo em conta a situação em que se encontra os terrenos o Estado, as
regiões autónomas e as autarquias locais estão autorizados a recorrer à
gestão territorial , recorrendo a mecanismos típicos do direito privado, ou seja,
recorrer aos privados para que estes possam explorar aquelas terrenos, como
por exemplo, através da celebração de contratos de concessão, de uma
alienação (compra-venda, troca…), da constituição de um direito de superfície,
etc.
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na Avenida Álvaro Pais, tudo na zona de Entrecampos, onde vai construir a sua
sede, pelo que, no
nosso caso
estamos
perante uma
alienação
por parte de
uma empresa
privada,
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Posto isto, importa perceber no que consiste e compreender o que é o
Ordenamento do Território? O ordenamento do território consiste num sistema
de organização do espaço biofísico, de forma a permitir a ocupação, utilização
e transformação do ambiente de acordo com as potencialidades que este
apresenta. A elaboração/criação de cartas de ordenamento do território permite
definir áreas destinadas às diferentes atividades humanas, como, por exemplo,
locais de habitação, locais para a prática agrícola, zonas de interesse
ecológico, etc.
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seus espaços exteriores. Degradação que decorre do envelhecimento do
próprio edifício, da sobrecarga de usos, ou ainda do desajustamento dos
desenhos da sua organização a novos modos de vida.
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Na carta de Atenas está presente a critica à irracionalidade das cidades
então existentes, pois existia uma “falta de organização” relativamente aos
espaços, isto é, existiam problemas graves, como por exemplo ao nível
densidade populacional excessiva, inexistência ou insuficiência de espaços
livres, rutura de ligações entre os espaços destinados a habitação e ao
trabalho. Também defende a necessidade de a cidade ser regida pela escala
humana, o que implica que esta seja orientada com base nas quatro funções
essenciais ao homem que habita as cidades: habitar, trabalhar, recrear-se
nas horas livres e circular, pelo que, os planos deviam criar-se tendo sempre
em conta um dos setores destinados àquelas quatro funções e assinalar a
respetiva localização no conjunto, de modo a permitir que a cidade passasse a
ser encarada e concebida como uma unidade funcional.
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Uma outra técnica urbanística que pode estar em causa neste projeto é
a requalificação que consiste na adaptação da estrutura física dos imoveis ou
de uma área urbana, sem alterações significativas, a um uso diferente para o
que foi inicialmente concebido. Um dos programas que apoia a requalificação é
a POLIS (programa nacional de requalificação urbana e valorização ambientar
das cidades).
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/feira-popular-porque-e-
que-a-fidelidade-comprou-terrenos-45-acima-do-preco-pedido-
pela-camara-de-lisboa-393346
Esta imagem
é um excerto de uma notícia onde a empresa que adquiriu os terrenos da
antiga Feira Popular explicar o porquê de os ter comprado. O link abaixo da
imagem consagra a notícia na integra.
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Conclusão:
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estado que nos assegura as necessidade básicas/essenciais, isto é, a sua
existência/domínio é necessária para que se consiga assegurar
infraestruturas para os cidadãos, mais importante que isto, é que o domínio
publico seja rentabilizado e reutilizado. Daí por vezes é mais benéfico para o
direito publico conceder, vender o que for preciso aos privados, ainda por cima
quando estamos a falar de um terreno situado na capital do pais, na qual cada
metro quadrado de construção está muito elevado e exige uma maximização
dos recursos disponíveis, não só pelo facto dos terrenos estarem “esquecidos”,
como também pela oportunidade de poder desconcentrar os fluxos
populacionais, ao nível, por exemplo, dos serviços, para aquela zona.
Pessoalmente, nesta situação em concreto, creio que deveria ter havido uma
atuação mais diligente por parte da Administração Local. A reabilitação,
requalifação ou renovação devem ser sempre consideradas antes da venda.
Seria da forma mais elementar de satisfazer o interesse público ,por exemplo, a
construção de residências para estudantes, uma vez que, que existe
“escassez” de habitações ou os preços praticados são elevadíssimos o que
leva muitos jovens a desistirem ou não prosseguirem com os estudos naquela
cidade, bem como a instalação de prédios de renda controlada, estratégia que
a CML tem vindo a mostrar intenções de montar.
Por outro lado, caso continuasse ao abandono e sem nenhum projeto em vista
seria sem dúvida, um exemplo gravoso da má utilização do direito publico, bem
como, da existência de conflitos.
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Lisboa. Vai renascer em Carnide onde será construído também um parque
verde.
Webgrafia/Bibliografia:
https://www.dn.pt/portugal/feira-popular-uma-historia-que-comecou-em-1943-
4867966.html
https://www.idealista.pt/news/financas/investimentos/2018/12/12/38203-
terrenos-da-feira-popular-comprados-pela-fidelidade-por-mais-de-200-milhoes
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https://www.investlisboa.com/site/en/news/135-operacao-integrada-de-
entrecampos?fbclid=IwAR002pSDqESnu-Urnhz4BRTrEsSUmy-qBKkqVk-
W3IAK7UfnkWIehQYb6Ec
https://www.idealista.pt/news/financas/investimentos/2019/08/23/40643-projeto-
imobiliario-de-entrecampos-fara-nascer-um-novo-centro-de-negocios-e
https://www.am-lisboa.pt/documentos/1452794422P9fPW4fw2Jx30CY9.pdf?
fbclid=IwAR2KbxMoIK2-
fdrSq8yDNiH_lr9jF134k55zfF62CV3FtJ5Fp2OgFKWrvi8
https://paginas.fe.up.pt/construcao2004/c2004/docs/SAT_02_carta
%20atenas.pdf Versão portuguesa da carta de Atenas (página 7)
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