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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

METEOROLOGIA

MCA 105-12

MANUAL DE CENTROS METEOROLÓGICOS

2008
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

METEOROLOGIA

MCA 105-12

MANUAL DE CENTROS METEOROLÓGICOS

2008
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

PORTARIA DECEA N° 82/SDOP, DE 21 DE OUTUBRO DE 2008.

Aprova a reedição do Manual sobre


Centros Meteorológicos.

O CHEFE DO SUBDEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES DO


DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO, no uso das atribuições que
lhe confere o Artigo 1°, inciso III, da Portaria DECEA nº 1-T/DGCEA, de 1º de janeiro de
2008,

RESOLVE:

Art. 1° - Aprovar a reedição do MCA 105-12 “Manual de Centros


Meteorológicos”, que com esta baixa.

Art. 2° - Este Manual entra em vigor em 05 de novembro de 2008.

Art. 3º - Revoga-se a Portaria DECEA Nº 30/SDOP, de 08 de dezembro de 2006,


publicada no BCA nº 240, de 28 de dezembro de 2006.

(a) Brig Ar JOSÉ ROBERTO MACHADO E SILVA


Chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA

(Publicada no BCA nº 217, de 17 de novembro de 2008)


MCA 105-12 / 2008

SUMÁRIO

PREFÁCIO................................................................................................................................. 9
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES.......................................................................................... 11
1.1 FINALIDADE............................................................................................................................. 11
1.2 ÂMBITO...................................................................................................................................... 11
1.3 RESPONSABILIDADE.............................................................................................................. 11
1.4 CONCEITUAÇÕES E SIGLAS.................................................................................................. 11

2 O SERVIÇO DE METEOROLOGIA AERONÁUTICA...................................................... 17


2.1 OBJETIVO E RESPONSABILIDADE....................................................................................... 17
2.2 FORNECIMENTO, GARANTIA DA QUALIDADE E UTILIZAÇÃO DE
INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS................................................................................... 17
2.3 NOTIFICAÇÕES EXIGIDAS DOS USUÁRIOS....................................................................... 18

SISTEMA MUNDIAL DE PREVISÃO DE ÁREA E A REDE DE CENTROS


3
METEOROLÓGICOS DO SISCEAB............................................................................................ 20
3.1 SISTEMA MUNDIAL DE PREVISÃO DE ÁREA (WAFS)..................................................... 20
3.2 CENTROS MUNDIAIS DE PREVISÃO DE ÁREA (WAFC).................................................. 20
3.3 CENTROS METEOROLÓGICOS.............................................................................................. 20
3.4 CENTROS METEOROLÓGICOS DE VIGILÂNCIA............................................................... 20
3.5 CENTROS DE AVISOS DE CINZAS VULCÂNICAS (VAAC).............................................. 20
3.6 OBSERVATÓRIOS DE VULCÕES.......................................................................................... 21
3.7 CENTROS DE AVISOS DE CICLONES TROPICAIS (TCAC).............................................. 21
3.8 REDE DE CENTROS METEOROLÓGICOS DO SISCEAB................................................... 22

4 CENTRO NACIONAL DE METEOROLOGIA AERONÁUTICA (CNMA).................... 23


4.1 FINALIDADE............................................................................................................................. 23
4.2 ORGANIZAÇÃO........................................................................................................................ 23
4.3 ATRIBUIÇÕES........................................................................................................................... 23
4.4 INSTALAÇÕES.......................................................................................................................... 25
4.5 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS.............................................................................................. 28
4.6 PESSOAL.................................................................................................................................... 29

5 CENTRO METEOROLÓGICO DE VIGILÂNCIA (CMV)................................................ 37


5.1 FINALIDADE............................................................................................................................. 37
5.2 ORGANIZAÇÃO........................................................................................................................ 37
5.3 ATRIBUIÇÕES........................................................................................................................... 37
5.4 INSTALAÇÕES.......................................................................................................................... 39
5.5 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS.............................................................................................. 41
5.6 PESSOAL.................................................................................................................................... 42

6 CENTRO METEOROLÓGICO DE AERÓDROMO CLASSE I (CMA-1)....................... 51


6.1 FINALIDADE............................................................................................................................. 51
6.2 ORGANIZAÇÃO........................................................................................................................ 51
6.3 ATRIBUIÇÕES........................................................................................................................... 51
6.4 INSTALAÇÕES.......................................................................................................................... 52
8 MCA 105-12 / 2008

6.5 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS.............................................................................................. 54


6.6 PESSOAL.................................................................................................................................... 55
7 CENTRO METEOROLÓGICO DE AERÓDROMO CLASSE II (CMA-2)...................... 62
7.1 FINALIDADE............................................................................................................................. 62
7.2 ORGANIZAÇÃO........................................................................................................................ 62
7.3 ATRIBUIÇÕES........................................................................................................................... 62
7.4 INSTALAÇÕES.......................................................................................................................... 62
7.5 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS.............................................................................................. 63
7.6 PESSOAL.................................................................................................................................... 64

8 CENTRO METEOROLÓGICO DE AERÓDROMO CLASSE III (CMA-3).................... 66


8.1 FINALIDADE............................................................................................................................. 66
8.2 ATRIBUIÇÕES........................................................................................................................... 66
8.3 INSTALAÇÕES.......................................................................................................................... 66
8.4 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS.............................................................................................. 66
8.5 PESSOAL.................................................................................................................................... 66

9 PLOTAGENS E REPRESENTAÇÕES.................................................................................. 68
9.1 PLOTAGEM DE CARTAS METEOROLÓGICAS................................................................... 68
9.2 REPRESENTAÇÕES EM CARTAS DE ANÁLISES METEOROLÓGICAS.......................... 99
9.3 REPRESENTAÇÕES DE ANÁLISES E PREVISÕES EM CARTAS ESPECÍFICAS............ 103

10 PREVISÕES METEOROLÓGICAS...................................................................................... 109


10.1 INTERPRETAÇÃO E TIPOS DE PREVISÕES........................................................................ 109
10.2 PREVISÃO DE AERÓDROMO................................................................................................. 109
10.3 PREVISÃO PARA POUSO........................................................................................................ 110
10.4 PREVISÃO PARA DECOLAGEM............................................................................................ 110
10.5 PREVISÃO DE ÁREA PARA VÔOS EM NÍVEIS BAIXOS................................................... 111
10.6 PREVISÕES ESPECIAIS........................................................................................................... 112

11 ELABORAÇÃO DE CARTAS DE PREVISÃO.................................................................... 113


11.1 MÉTODOS DE ELABORAÇÃO............................................................................................... 113
11.2 CARTAS DE PREVISÃO DE FENÔMENOS SIGWX............................................................ 113
11.3 CARTAS DE PREVISÃO DE ALTITUDE................................................................................ 121

12 MENSAGENS SIGMET E AIRMET...................................................................................... 123


12.1 MENSAGEM SIGMET............................................................................................................... 123
12.2 MENSAGEM AIRMET.............................................................................................................. 125

13 AVISO DE AERÓDROMO E AVISO E ALERTA DE CORTANTE DO VENTO........... 128


13.1 AVISO DE AERÓDROMO........................................................................................................ 128
13.2 AVISO E ALERTA DE CORTANTE DO VENTO................................................................... 129

14 INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS PARA TRIPULAÇÕES DE VÔO E USUÁRIOS... 132


14.1 GENERALIDADES.................................................................................................................... 132
14.2 INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS................................................................................... 132
MCA 105-12 / 2008

14.3 MEIOS DE FORNECIMENTO E FORMATO DAS INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS..... 133


14.4 EXPOSIÇÃO VERBAL, CONSULTA E EXPOSIÇÃO VISUAL DE INFORMAÇÕES
METEOROLÓGICAS................................................................................................................. 134
14.5 DOCUMENTAÇÃO DE VÔO................................................................................................... 138
14.6 INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS PARA AS AERONAVES EM VÔO....................... 140

15 INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS AOS ÓRGÃOS DE TRÁFEGO AÉREO, DE


BUSCA E SALVAMENTO E DE INFORMAÇÕES AERONÁUTICAS........................... 141
15.1 INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS AOS ÓRGÃOS DE TRÁFEGO AÉREO................ 141
15.2 INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS AOS ÓRGÃOS DE BUSCA E SALVAMENTO.... 143
15.3 INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS AOS ÓRGÃOS DE INFORMAÇÕES AERONÁUTICAS..... 143

16 UTILIZAÇÃO DE SISTEMA DE ENLACE DE TELECOMUNICAÇÕES...................... 145


16.1 REQUISITOS.............................................................................................................................. 145
16.2 UTILIZAÇÃO DO SERVIÇO FIXO AERONÁUTICO............................................................ 146
16.3 UTILIZAÇÃO DO SERVIÇO MÓVEL AERONÁUTICO....................................................... 146
16.4 UTILIZAÇÃO DO SERVIÇO DATA LINK (D-VOLMET)..................................................... 146
16.5 UTILIZAÇÃO DO SERVIÇO VOLMET................................................................................... 146

17 PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS–OPERACIONAIS......................................... 147


17.1 GENERALIDADES.................................................................................................................... 147
17.2 CONTROLE OPERACIONAL................................................................................................... 147
17.3 CONTROLE DE MATERIAL DE CONSUMO......................................................................... 147
17.4 ARQUIVO DOS CENTROS METEOROLÓGICOS................................................................. 147

18 DISPOSIÇÕES GERAIS.......................................................................................................... 148


18.1 QUALIFICAÇÃO DOS METEOROLOGISTAS....................................................................... 148
18.2 ESTÁGIO OPERACIONAL....................................................................................................... 148

19 DISPOSIÇÕES FINAIS............................................................................................................ 149

REFERÊNCIAS......................................................................................................................... 150
Anexo A - Centros de Avisos de Cinzas Vulcânicas (VAAC)............................................. 151
Anexo B - Aviso de Cinzas Vulcânicas originado por um VAAC...................................... 152
Anexo C - Aviso de Ciclones Tropicais originado por um TCAC...................................... 156
Anexo D - Áreas fixas de cobertura WAFS (Projeção Mercator)...................................... 159
Anexo E - Áreas de responsabilidade dos CMA-1............................................................... 160
Anexo F - Previsão de Área GAMET................................................................................... 161
Anexo G - Informação OPMET (Modelo A)........................................................................ 166
Anexo H - Previsão de Aeródromo – TAF............................................................................ 167
Anexo I - Mensagem SIGMET............................................................................................. 170
Anexo J - Mensagem AIRMET............................................................................................. 175
Anexo K - Aviso de Aeródromo............................................................................................. 179
Anexo L - Aviso de Cortante do Vento................................................................................. 181
Anexo M - Gradação e incrementos dos elementos contidos nos Avisos de Cinzas
Vulcânicas e de Ciclones Tropicais, nas mensagens SIGMET e AIRMET, e
nos Avisos de Aeródromo e de Cortante do
Vento...................................................................................................................... 183
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Anexo N - Carta de previsão de ventos e temperaturas em altitude para superfícies


isobáricas padrões (Modelo IS) (Projeção Mercator)....................................... 184
Anexo O - Carta de previsão de fenômenos SIGWX (Modelo SWH - FL250/FL630) -
Américas (Projeção Mercator)............................................................................ 185
Anexo P - Carta de previsão de fenômenos SIGWX (Modelo SWH - FL250/FL630) -
Cobertura (Projeção Mercator).......................................................................... 186
Anexo Q- Carta de previsão de fenômenos SIGWX (Modelo SWM - FL100/FL450)..... 187
Anexo R - Carta de previsão de fenômenos SIGWX (Modelo SWL - SUP/FL250)
(Projeção Mercator)............................................................................................. 188
Anexo S Informações sobre Avisos de Cinzas Vulcânicas, em formato gráfico
(Modelo VAG)....................................................................................................... 189
Anexo T SIGMET para Cinzas Vulcânicas, em formato gráfico (Modelo SVA)........... 190
Anexo U SIGMET para outros fenômenos diferentes de Ciclones Tropicais e Cinzas
Vulcânicas, em formato gráfico (Modelo SGE)................................................. 191
Anexo V - Símbolos e abreviaturas empregados nas cartas meteorológicas..................... 192
Anexo W - Arquivamento dos produtos do CNMA.............................................................. 197
Anexo X - Arquivamento dos produtos do CMV................................................................. 198
Anexo Y - Arquivamento dos produtos do CMA-1............................................................. 199
Anexo Z - Arquivamento dos produtos do CMA-2/CMA-3............................................... 200

ÍNDICE....................................................................................................................................... 201
MCA 105-12 / 2008

PREFÁCIO

Por convenção da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), cada


país-membro deve estabelecer um ou mais Centros Meteorológicos adequados para o
fornecimento de serviços meteorológicos para atender às necessidades da navegação aérea
internacional.

No Brasil, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) é o


responsável pela prestação do Serviço de Meteorologia Aeronáutica, gerenciado pelo
Subdepartamento de Operações (SDOP).

O “Manual de Centros Meteorológicos” apresenta a estrutura dos Centros


Meteorológicos do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), referente as
suas organizações, atribuições, instalações, seus sistemas e equipamentos, os cargos, encargos
e funções do seu pessoal e os procedimentos técnico-operacionais, conforme normas da OACI
e da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Recomenda-se uma leitura cuidadosa e atenciosa deste Manual, acerca das


referências acima, e fica, aqui registrado, o agradecimento a todos aqueles que, direta ou
indiretamente, contribuíram para a sua reedição, pois esta publicação é um importante
instrumento para a execução das tarefas operacionais, onde o objetivo primordial é a
excelência e a qualidade dos serviços prestados pelos Centros Meteorológicos do SISCEAB.

SDOP
MCA 105-12 / 2008

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE
A presente publicação tem por objetivo estabelecer as normas e os
procedimentos para a organização e operação dos Centros Meteorológicos do Sistema de
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

1.2 ÂMBITO
Este Manual aplica-se no âmbito do SISCEAB.

1.3 RESPONSABILIDADE
O Centro Nacional de Meteorologia Aeronáutica, Centros Meteorológicos de
Vigilância e Centros Meteorológicos de Aeródromo (Classes I, II e III) são responsáveis pelo
cumprimento do estabelecido nesta publicação.

1.4 CONCEITUAÇÕES E SIGLAS

1.4.1 ACORDO REGIONAL DE NAVEGAÇÃO AÉREA

Acordo aprovado pelo Conselho da OACI.

1.4.2 ALTITUDE

Distância vertical de um nível, ponto ou objeto considerado como um ponto,


medida a partir do nível médio do mar (MSL).

1.4.3 ALTITUDE GEOPOTENCIAL

Trata-se de um ajuste geométrico que utiliza a variação da gravidade com a


latitude e altitude. Assim, pode ser considerada como um ajuste de altura pela gravidade.
Geralmente, altitude geopotencial é definida como um certo nível de pressão que corresponde
à altura geopotencial necessária para chegar à determinada pressão.

1.4.4 ALTITUDE MÍNIMA DE SETOR

Altitude mais baixa que pode ser usada, provendo-se uma separação mínima de
300 metros (1.000 pés) acima de todos os obstáculos contidos em um setor circular de 46 km
(25 NM) de raio centrado no auxílio à navegação básico do procedimento.

1.4.5 ÁREA DE RESPONSABILIDADE

Área geográfica para a qual um Centro Meteorológico presta serviço à


navegação aérea.

1.4.6 AUTORIDADE METEOROLÓGICA

Autoridade responsável por organizar o fornecimento do Serviço de


Meteorologia Aeronáutica para a navegação aérea internacional em nome de um país membro
da OACI.
12 MCA 105-12 / 2008

1.4.7 BANCO OPMET

Banco Internacional de Dados Operacionais de Meteorologia.

1.4.8 BOLETIM METEOROLÓGICO

Texto que inclui informações meteorológicas, precedido por cabeçalho


apropriado.

1.4.9 CABECEIRA

Início da parte da pista do aeródromo utilizada para o pouso de aeronaves.

1.4.10 CARTA DE AR SUPERIOR

Carta meteorológica relativa a uma determinada superfície do ar superior ou


camada da atmosfera. Também chamada de Carta de altitude.

1.4.11 CENTRO DE AVISOS DE CICLONES TROPICAIS (TCAC)

Centro Meteorológico designado para fornecer informações de assessoramento


sobre a posição, direção e velocidade de deslocamento prognosticadas, pressão central e vento
máximo à superfície dos ciclones tropicais aos Centros Meteorológicos de Vigilância.

1.4.12 CENTRO DE AVISOS DE CINZAS VULCÂNICAS (VAAC)

Centro Meteorológico designado para fornecer informações de assessoramento


sobre a extensão lateral, extensão vertical e movimento prognosticado das cinzas vulcânicas
na atmosfera, depois das erupções vulcânicas aos Centros Mundiais de Previsão de Área,
Centros Meteorológicos de Vigilância e Centros de Controle de Área.

1.4.13 CENTRO DE GERENCIAMENTO DA NAVEGAÇÃO AÉREA (CGNA)

Órgão do SISCEAB que tem por missão a harmonização do gerenciamento do


fluxo de tráfego aéreo, do espaço aéreo e das demais atividades relacionadas à navegação
aérea.

1.4.14 CENTRO METEOROLÓGICO

Centro Meteorológico designado para prestar serviço meteorológico à


navegação aérea internacional.

1.4.15 CENTRO METEOROLÓGICO DE AERÓDROMO (CMA)

Centro Meteorológico, situado em um aeródromo, designado para prestar apoio


meteorológico à navegação aérea internacional.

1.4.16 CENTRO METEOROLÓGICO DE VIGILÂNCIA (CMV)

Centro Meteorológico responsável pela vigilância contínua das condições


meteorológicas que possam afetar as operações das aeronaves em vôo, dentro de sua área de
responsabilidade.
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1.4.17 CENTRO MUNDIAL DE PREVISÃO DE ÁREA (WAFC)

Centro Meteorológico designado para preparar e fornecer previsões de tempo


significativo e previsões do ar superior em formato digital e/ou ilustradas, em escala global,
aos Centros Nacionais de Meteorologia.

1.4.18 CENTRO NACIONAL DE METEOROLOGIA AERONÁUTICA (CNMA)

Centro Meteorológico brasileiro, localizado no CINDACTA I, em Brasília,


designado a preparar e fornecer previsões de tempo significativo e do ar superior para fins
aeronáuticos; manter o Banco OPMET; e manter o site da REDEMET, de forma a atender a
operacionalidade dos Órgãos de Meteorologia Aeronáutica do SISCEAB.

1.4.19 COI

Centro de Operações Integradas.

1.4.20 CONTROLE DE QUALIDADE

Parte de um sistema de gestão da qualidade, focada na observância dos


requisitos de qualidade, padrão ISO 9000.

1.4.21 COpM

Centro de Operações Militares.

1.4.22 DADOS DE PONTOS GRÁFICOS EM FORMATO DIGITAL

Dados meteorológicos processados por computador, referentes a um conjunto


de pontos regularmente espaçados em um mapa, para transmissão digital em forma de código
adequado para uso automatizado.

1.4.23 D-VOLMET

Serviço pelo qual as informações meteorológicas são fornecidas às aeronaves


em vôo, através de data link.

1.4.24 FIR

Região de Informação de Vôo.

1.4.25 GARANTIA DA QUALIDADE

Parte de um sistema de gestão da qualidade, focada em fornecer a garantia de


que serão cumpridos os requisitos de qualidade, padrão ISO 9000.

1.4.26 INFORME METEOROLÓGICO

Divulgação de informações sobre condições meteorológicas observadas


referentes a uma determinada hora e localidade.
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1.4.27 METEOROLOGIA AERONÁUTICA

Ramo da Meteorologia Aplicada que trata de fenômenos meteorológicos que


afetam a navegação aérea e as atividades espaciais.

1.4.28 NÍVEL

Termo genérico referente à posição vertical de uma aeronave em vôo, que


significa indistintamente altura, altitude ou nível de vôo.

1.4.29 NÍVEL DE VÔO

Superfície de pressão atmosférica constante relacionada à pressão de 1.013,2


hPa (ISA – ICAO Standard Atmosphere – Atmosfera Padrão da ICAO), estando separada das
outras superfícies análogas por intervalos de pressão específicos.

1.4.30 OBSERVAÇÃO À SUPERFÍCIE

Observação meteorológica realizada de um ponto à superfície da Terra.

1.4.31 OBSERVAÇÃO DE AERONAVES

Avaliação de um ou mais elementos meteorológicos obtidos a partir de uma


aeronave em vôo.

1.4.32 OBSERVAÇÃO DE ALTITUDE

Observação meteorológica realizada na atmosfera livre.

1.4.33 OBSERVAÇÃO METEOROLÓGICA

Avaliação ou medida de um ou mais elementos meteorológicos.

1.4.34 PREVISÃO

Divulgação de informações sobre condições meteorológicas previstas para uma


determinada hora ou período, relacionadas a uma determinada área ou porção de espaço
aéreo.

1.4.35 PREVISÃO DE ÁREA GAMET

Previsão de área, em linguagem clara abreviada, para vôos em níveis baixos,


referente a uma FIR ou subáreas (ou setores dela), preparada por um Centro Meteorológico
apropriado e intercambiada com os Centros Meteorológicos das FIR adjacentes, conforme
acordo em as autoridades meteorológicas envolvidas.

1.4.36 PRINCÍPIOS SOBRE FATORES HUMANOS

Princípios que se aplicam ao modelo dos serviços aeronáuticos, referentes à


certificação, treinamento, manutenção e operação que visem a segurança e a interface entre as
pessoas e os equipamentos do sistema, considerando, principalmente, o desempenho humano.
MCA 105-12 / 2008 15

1.4.37 PROCEDIMENTO DE APROXIMAÇÃO DE NÃO PRECISÃO

Procedimento de pouso por instrumentos, baseado em auxílio à navegação que


não possua indicação eletrônica de trajetória de planeio, tais como NDB e VOR.

1.4.38 PROCEDIMENTO DE APROXIMAÇÃO DE PRECISÃO

Procedimento de pouso por instrumentos, baseado em auxílio à navegação que


possua indicação eletrônica de trajetória de planeio, tais como ILS ou PAR.

1.4.39 RCC

Centro de Coordenação e Salvamento.

1.4.40 REDEMET

Site de informações oficiais de Meteorologia do Comando da Aeronáutica.

1.4.41 SATÉLITE METEOROLÓGICO

Satélite artificial que faz observações meteorológicas em volta da Terra,


transmitindo os dados correspondentes para Estações receptoras apropriadas.

1.4.42 SERVIÇO DE TRÁFEGO AÉREO (ATS)

Expressão genérica que se aplica, segundo o caso, aos serviços de informação


de vôo, alerta, assessoramento de tráfego aéreo, controle de tráfego aéreo (controle de área,
controle de aproximação ou controle de aeródromo).

1.4.43 SIGWX

Tempo significativo.

1.4.44 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Sistema de atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no


que diz respeito à qualidade, padrão ISO 9000.

1.4.45 SUPERFÍCIE ISOBÁRICA PADRÃO

Superfície isobárica fictícia, de uso mundial, utilizada para representar e


analisar as condições meteorológicas existentes na atmosfera.

1.4.46 TMA

Área de Controle Terminal.

1.4.47 TRANSMISSÃO VOLMET

Fornecimento, conforme o caso, de METAR, SPECI, TAF e SIGMET, através


de transmissões de voz contínuas e repetitivas.
16 MCA 105-12 / 2008

1.4.48 VIGILÂNCIA DEPENDENTE AUTOMÁTICA (ADS)

Técnica de vigilância que permite às aeronaves proporcionarem,


automaticamente, por meio de data link, aqueles dados extraídos de seus sistemas de
navegação e determinação de posição instalados a bordo, o que inclui a identificação da
aeronave, sua posição em quatro dimensões e outros dados adicionais, se apropriado.

1.4.49 VIGILÂNCIA INTERNACIONAL DE VULCÕES EM AEROVIAS (IAVW)

Acordos internacionais para a monitorização e avisos às aeronaves sobre cinzas


vulcânicas na atmosfera.

1.4.50 VOLMET

Serviço pelo qual as informações meteorológicas são fornecidas às aeronaves


em vôo, através de radiodifusão.

1.4.51 ZONA DE TOQUE

Porção da pista, além da cabeceira, destinada ao primeiro contato das


aeronaves com o solo, por ocasião do pouso.
MCA 105-12 / 2008 17

2 O SERVIÇO DE METEOROLOGIA AERONÁUTICA

2.1 OBJETIVO E RESPONSABILIDADE

2.1.1 O objetivo do Serviço de Meteorologia Aeronáutica é o de contribuir para a segurança,


regularidade e eficiência da navegação aérea internacional.

2.1.2 Este objetivo é alcançado através do fornecimento de informações meteorológicas


necessárias ao desempenho das respectivas funções dos seguintes usuários: operadores,
tripulantes de vôo, órgãos do Serviço de Tráfego Aéreo, órgãos do Serviço de Busca e
Salvamento, aeroportos e outras pessoas envolvidas com o desenvolvimento da navegação
aérea internacional.

2.1.3 Cada país membro da OACI deve determinar os tipos de serviço de Meteorologia
Aeronáutica que irá disponibilizar para atender às necessidades da navegação aérea
internacional. Essa determinação será feita conforme as disposições da OACI e em respeito
aos Acordos Regionais de Navegação Aérea, que deverão incluir a determinação do serviço a
ser prestado à navegação aérea internacional, sobre as águas internacionais e em outras áreas
que se encontram fora do território do país em questão.

2.1.4 Cada país membro da OACI deve designar uma autoridade meteorológica para fornecer
ou solicitar que sejam fornecidos serviços meteorológicos à navegação aérea internacional,
em seu nome. Detalhes desta designação devem ser incluídos em publicação nacional de
informações aeronáuticas.
NOTA : Neste caso, a autoridade meteorológica no Brasil é o Diretor-Geral do DECEA.

2.1.5 Cada país membro da OACI deve assegurar que a autoridade meteorológica cumpra os
requisitos da Organização Meteorológica Mundial (OMM) em matéria de formação,
qualificação e treinamento do pessoal de Meteorologia que presta serviços para a navegação
aérea internacional.

2.2 FORNECIMENTO, GARANTIA DA QUALIDADE E UTILIZAÇÃO DE


INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS

2.2.1 Uma estreita ligação deve ser mantida entre todos os responsáveis por fornecer as
informações meteorológicas e aqueles que as utilizam, em questões que afetem o
fornecimento de serviços meteorológicos para navegação aérea internacional.

2.2.2 Para cumprir o objetivo do Serviço de Meteorologia Aeronáutica para a navegação aérea
internacional, o país membro da OACI deve assegurar que a autoridade meteorológica
designada estabeleça e implemente um sistema de qualidade que inclua procedimentos,
processos e recursos necessários para possibilitar a gestão da qualidade da informação
meteorológica a ser fornecida aos usuários.

2.2.3 O sistema de qualidade estabelecido deve estar em conformidade com o padrão ISO
9000, que constitui numa série de normas padrões de garantia da qualidade certificadas por
um organismo aprovado.

NOTA : O padrão ISO 9000 fornece uma base para o desenvolvimento de um programa de
garantia da qualidade. Os detalhes desse programa estão a cargo de cada país.
18 MCA 105-12 / 2008

2.2.4 O sistema de qualidade deve garantir aos usuários que a informação meteorológica
fornecida cumpra os requisitos em termos de cobertura geográfica e espacial, formato e
conteúdo, horário e freqüência de emissão e período de validez, bem como a precisão das
medições, observações e previsões. Quando este sistema indicar que a informação
meteorológica fornecida aos usuários não está em conformidade com os requisitos, a
informação não deverá ser fornecida, a menos que seja validada pelo órgão que a originou.

2.2.5 Em relação ao intercâmbio de informações meteorológicas operacionais, o sistema de


qualidade deve incluir um processo de verificação e validação dos procedimentos e recursos
para acompanhar as transmissões de mensagens e/ou boletins individuais, bem como os
horários e períodos preestabelecidos para o respectivo envio. O sistema de qualidade deve ser
capaz de detectar períodos de demora no recebimento de mensagens e/ou boletins recebidos.

2.2.6 A constatação de conformidade do sistema de qualidade deve ser aplicada por auditoria.
Se forem identificadas não-conformidades no sistema, devem ser iniciadas ações no sentido
de determinar e corrigir a causa. Todas as observações feitas pela auditoria deverão ser,
devidamente, comprovadas e documentadas.

2.2.7 As informações meteorológicas fornecidas devem ser apresentadas de maneira que


exijam um mínimo de interpretação por parte dos usuários.

2.3 NOTIFICAÇÕES EXIGIDAS DOS USUÁRIOS

2.3.1 O usuário do Serviço de Meteorologia Aeronáutica que queira sugerir mudanças na


prestação do referido serviço deve notificar, com antecedência, à autoridade meteorológica ou
ao Centro Meteorológico, conforme o caso.

2.3.2 Esta notificação, por parte do usuário, será realizada quando:


a) novas rotas ou novos tipos de operações forem planejados;
b) forem realizadas mudanças em vôos regulares, de caráter permanente;
c) forem planejadas outras alterações que afetem a prestação do referido
serviço.

NOTA : Essas informações devem conter todos os detalhes necessários ao planejamento.

2.3.3 O CMA deve ser comunicado por um usuário ou por um membro de tripulação de vôo:
a) sobre os horários dos vôos;
b) quando os vôos não-regulares estão sendo utilizados; e
c) quando os vôos estão atrasados, cancelados ou adiantados.

2.3.4 A notificação ao CMA, de cada um dos vôos, deverá conter as seguintes informações,
exceto no caso dos vôos regulares, onde o requisito para todas ou algumas destas informações
pode ser dispensado por acordo entre o CMA e o usuário:

a) aeródromo de partida e hora prevista de partida;


b) aeródromo de destino e hora prevista de chegada;
c) rota a ser voada e hora estimada de chegada e de partida de qualquer
aeródromo intermediário;
MCA 105-12 / 2008 19

d) aeródromos de alternativa necessários para completar o planejamento do


vôo;
e) nível de cruzeiro;
f) tipo de vôo (por instrumento ou visual);
g) tipo de informação meteorológica solicitada por um membro da tripulação
de vôo (documentação de vôo, briefing meteorológico ou consulta); e
h) horários e período de validez das referidas informações.
20 MCA 105-12 / 2008

3 SISTEMA MUNDIAL DE PREVISÃO DE ÁREA E A REDE DE CENTROS


METEOROLÓGICOS DO SISCEAB

3.1 SISTEMA MUNDIAL DE PREVISÃO DE ÁREA (WAFS)

O WAFS tem o objetivo de fornecer previsões globais de Meteorologia


Aeronáutica, em formato digital, aos usuários. Este objetivo será alcançado através de um
sistema mundial completo, integrado e, na medida do possível, uniforme e rentável,
aproveitando-se o máximo a evolução de novas tecnologias.

3.2 CENTROS MUNDIAIS DE PREVISÃO DE ÁREA (WAFC)

3.2.1 Dentro da estrutura do WAFS, os Centros Mundiais de Previsão de Área (WAFC) de


Washington e de Londres têm como finalidades:
a) preparar, em retículas, para todos os níveis requeridos, previsões globais
de:
- ventos e temperaturas em altitude;
- umidade em altitude;
- altitude geopotencial dos níveis de vôo;
- nível de vôo e temperaturas da tropopausa; e
- direção, velocidade e altitude do vento máximo;
b) preparar previsões globais de fenômenos de tempo significativo (SIGWX);
c) difundir as referidas previsões, em formato digital, às autoridades
meteorológicas e demais usuários; e
d) receber informações relativas à liberação acidental de materiais radioativos
na atmosfera e sobre atividades vulcânicas, a fim de incluí-las nas
previsões de fenômenos SIGWX.

3.2.2 Em caso de interrupção das atividades de um WAFC, o outro WAFC assumirá suas
funções.

3.3 CENTROS METEOROLÓGICOS

Cada país pode estabelecer um ou mais Centros Meteorológicos de Aeródromo


e/ou mais Centros Meteorológicos com a finalidade de fornecer serviços meteorológicos
adequados a atender às necessidades da navegação aérea internacional.

3.4 CENTROS METEOROLÓGICOS DE VIGILÂNCIA

Cada país pode estabelecer um ou mais Centros Meteorológicos de Vigilância,


com a responsabilidade de fornecer serviços meteorológicos dentro de uma FIR.

3.5 CENTROS DE AVISOS DE CINZAS VULCÂNICAS (VAAC)

3.5.1 Todo o país que, por Acordo Regional de Navegação Aérea, tenha a responsabilidade de
estruturar e manter um VAAC dentro da estrutura de vigilância de vulcões nas aerovias
internacionais, tomará as providências necessárias para que esse Centro responda às
notificações sobre vulcões em erupção ou presença de cinzas vulcânicas em sua área de
responsabilidade.
MCA 105-12 / 2008 21

3.5.2 Um VAAC funciona em horário H-24. Em caso de interrupção das atividades de um


VAAC, um outro VAAC assumirá suas funções.

3.5.3 Os VAAC de Buenos Aires e de Washington são os responsáveis pelas informações de


assessoramento encaminhadas aos Centros Meteorológicos brasileiros.
NOTA 1: No Anexo A, encontra-se um mapa com a localização dos VAAC e suas
respectivas áreas de responsabilidade.
NOTA 2: No Anexo B, encontra-se o modelo e exemplo de Aviso de Cinzas Vulcânicas
originado pelos VAAC.

3.6 OBSERVATÓRIOS DE VULCÕES

3.6.1 Todo o país que, por Acordo Regional de Navegação Aérea, tenha a responsabilidade de
manter um Observatório de Vulcões, para manter vigilância sobre vulcões ativos, tomará as
providências necessárias para que os mesmos observem:
a) o início de atividades vulcânicas significativas pré-erupção, ou interrupção
das mesmas;
b) o início de erupções vulcânicas, ou interrupção das mesmas; e/ou
c) cinzas vulcânicas na atmosfera.

NOTA : Neste contexto, atividades vulcânicas significativas pré-erupção significa o


aumento incomum de atividades vulcânicas que poderiam anteceder uma erupção
vulcânica.

3.6.2 As referidas informações devem ser enviadas o mais rápido possível para o ACC, CMV
e VAAC associados.

3.7 CENTROS DE AVISOS DE CICLONES TROPICAIS (TCAC)

3.7.1 Todo o país que, por Acordo Regional de Navegação Aérea, tenha a responsabilidade de
estruturar e manter um TCAC, tomará as providências necessárias para que este Centro:
a) mantenha vigilância sobre a evolução de ciclones tropicais em sua área de
responsabilidade; e
b) emita informações de assessoramento relativas à posição do centro do
ciclone, direção e velocidade do movimento, pressão central e vento
máximo à superfície próximo ao centro do ciclone; em linguagem clara
abreviada, ao(s):
- CMV de sua área de responsabilidade;
- outros TCAC, cujas áreas de responsabilidade possam ser afetadas;
- WAFC; e
- respectivo Banco OPMET.

3.7.2 O TCAC de Miami é o responsável pelas informações de assessoramento encaminhadas


aos Centros Meteorológicos brasileiros.

NOTA : No Anexo C, encontra-se o modelo e exemplo de Aviso de Ciclones Tropicais


originado pelos TCAC.
22 MCA 105-12 / 2008

3.8 REDE DE CENTROS METEOROLÓGICOS DO SISCEAB

3.8.1 OBJETIVO

A rede de Centros Meteorológicos do SISCEAB tem por objetivo elaborar e


fornecer informações meteorológicas, visando o apoio à navegação aérea, de acordo com as
atribuições específicas de cada Centro.

3.8.2 ESTRUTURA

A estrutura da rede de Centros Meteorológicos do SISCEAB compreende os


seguintes órgãos:

a) Centro Nacional de Meteorologia Aeronáutica (CNMA);


b) Centros Meteorológicos de Vigilância (CMV);
c) Centros Meteorológicos de Aeródromo (CMA); e
d) Centros Meteorológicos Militares (CMM).

NOTA : O CMM é normatizado pelo MCA 105-1 “Manual de Centros Meteorológicos


Militares”.

3.8.3 CLASSIFICAÇÃO

A classificação dos Centros Meteorológicos é aquela contida na ICA 105-2


"Classificação dos Órgãos Operacionais de Meteorologia Aeronáutica".
MCA 105-12 / 2008 23

4 CENTRO NACIONAL DE METEOROLOGIA AERONÁUTICA (CNMA)


4.1 FINALIDADE
O Centro Nacional de Meteorologia Aeronáutica (CNMA) tem a finalidade de
proporcionar previsões e informações meteorológicas para emprego aeronáutico, na sua área
de responsabilidade, e disponibilizar os produtos gerados pelos WAFC no âmbito do
SISCEAB.
4.2 ORGANIZAÇÃO
4.2.1 O CNMA tem a seguinte estrutura organizacional:

a) Chefia;
b) Seção de Qualidade Operacional;
c) Seção de Análise e Previsão;
d) Seção de Modelagem Numérica do Tempo;
e) Seção de Pesquisa e Desenvolvimento; e
f) Seção Mantenedora de Sistemas.
4.2.2 ORGANOGRAMA DO CNMA

CHEFIA DO CNMA

SEÇÃO DE SEÇÃO DE
METEOROLOGIA DE QUALIDADE
DEFESA OPERACIONAL

SEÇÃO DE SEÇÃO DE SEÇÃO DE SEÇÃO


MODELAGEM NUMÉRICA PESQUISA E MANTENEDORA
ANÁLISE E PREVISÃO
DO TEMPO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

NOTA : A estrutura e atribuições da Seção de Meteorologia de Defesa, bem como seus elos
operacionais são tratados em publicação específica.

4.3 ATRIBUIÇÕES

4.3.1 O CNMA tem as seguintes atribuições:

a) o recebimento e armazenamento dos dados globais, em formato digital,


oriundos dos WAFC, de modo a atender às necessidades dos usuários;
b) o preparo de cartas de previsão de fenômenos SIGWX que compreenda as
camadas FL100/FL450 e FL250/FL630 e cartas de previsão de ventos e
temperaturas, recebidas do WAFC-Washington, para os seguintes níveis:
FL050 (850 hPa), FL100 (700 hPa), FL140 (600 hPa), FL180 (500 hPa),
FL240 (400 hPa), FL300 (300 hPa), FL340 (250 hPa), FL390 (200 hPa),
FL450 (150 hPa) e FL630 (100 hPa);
24 MCA 105-12 / 2008

c) o preparo e o fornecimento, ao CGNA, de dados de vento em altitude para


os seguintes níveis: FL050, FL100, FL180, FL235, FL300, FL340, FL385
e FL530, para a área compreendida entre as latitudes de 20ºN 40ºS e
longitudes 10ºW 80ºW;
d) a elaboração de cartas de previsão de fenômenos SIGWX, e respectivas
emendas, para a sua área de responsabilidade (12ºN 40ºS e 10ºW 80ºW),
abrangendo a camada compreendida entre a superfície e o FL250;
e) a inclusão, nos prognósticos de fenômenos SIGWX, das informações
relativas à liberação acidental de material radioativo na atmosfera,
informações sobre cinzas vulcânicas e ciclones, em sua área de
responsabilidade;
f) o preparo e a divulgação de mensagens WINTEM e de tempo significativo;
g) a disponibilização de imagens de satélites meteorológicos, cartas de
previsão de fenômenos SIGWX, cartas auxiliares complementares, cartas
de previsão de umidade e demais informações determinadas pelo
Subdepartamento de Operações do DECEA (SDOP), que sejam necessárias
à rede de Centros Meteorológicos;
h) o arquivamento, de forma permanente, dos produtos gerados e/ou
disponibilizados pelo CNMA, oriundos da rede de Centros e Estações
Meteorológicas, de modo a atender às necessidades de Climatologia e de
outros usuários;
i) a realização, de forma contínua, do controle de qualidade dos produtos de
responsabilidade do Centro;
j) o desenvolvimento de atividades relacionadas à modelagem numérica do
tempo de interesse do Centro;
k) o desenvolvimento de métodos objetivos de previsão;
l) o desenvolvimento de trabalhos e pesquisas que visem aprimorar os
procedimentos operacionais do Centro;
m) o desenvolvimento, em coordenação com os CMM, de produtos específicos
destinados às operações aéreas militares; e
n) a manutenção dos sistemas operacionais implantados no Centro.

NOTA 1: O preparo das cartas de previsão de fenômenos SIGWX e de ventos e


temperaturas, para atender à navegação aérea internacional, será baseado nas áreas
fixas de cobertura WAFS, conforme o Anexo D.

NOTA 2: As cartas de previsão de fenômenos SIGWX recebidas dos WAFC não poderão
sofrer emendas. O CNMA apenas informará ao Setor Operacional do respectivo
WAFC sobre as discrepâncias encontradas.

NOTA 3: As cartas de previsão de fenômenos SIGWX elaboradas pelo CNMA poderão


sofrer emendas até seis horas antes do horário da respectiva carta. A emenda não
será gerada para se adequar ao WAFC e, sim, para ser representativa das condições
meteorológicas previstas.
MCA 105-12 / 2008 25

4.3.2 Para preparar as cartas de previsão de fenômenos SIGWX e respectivas emendas, o


CNMA precisa receber dados básicos sinóticos e assinóticos, incluindo dados de satélites
(órbita polar e geoestacionário), informes de aeronaves, dados das observações dos radares
meteorológicos, produtos oriundos de modelagem numérica do tempo e quaisquer outras
informações/mensagens meteorológicas.

4.3.3 Na eventualidade de não dispor dos dados dos WAFC, o CNMA deve confeccionar as
respectivas cartas de previsão de fenômenos SIGWX e de ventos e temperaturas para os
níveis padronizados, abrangendo sua área de responsabilidade.

4.3.4 O CNMA deverá implementar cartas de previsão para complementar os níveis padrões,
aumentando, assim, a resolução horizontal e vertical das variáveis meteorológicas de interesse
à aviação.

4.3.5 No CNMA, deverão ser realizadas reuniões operacionais diárias com o intuito de
possibilitar a interação e discussão entre os Previsores e os Chefes do CNMA e das Seções,
quanto ao quadro sinótico e respectiva tendência, considerando sempre um número máximo
de campos e parâmetros meteorológicos, e sua respectiva fonte, quando for o caso de produtos
oriundos de modelagem numérica do tempo.

4.4 INSTALAÇÕES

As instalações do CNMA são divididas em:

a) administrativas; e
b) operacionais.

4.4.1 ADMINISTRATIVAS

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições administrativas são


divididas em:

a) chefia do CNMA;
b) chefia da Seção de Qualidade Operacional;
c) secretaria; e
d) arquivo.

4.4.1.1 Chefia do CNMA

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis


indispensáveis ao Chefe.

4.4.1.2 Chefia da Seção de Qualidade Operacional

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis


indispensáveis ao Chefe.
26 MCA 105-12 / 2008

4.4.1.3 Secretaria

Local climatizado, contíguo à chefia do CNMA, com espaço suficiente para os


móveis indispensáveis ao Auxiliar Administrativo.

4.4.1.4 Arquivo

Local fechado e climatizado, com espaço necessário à guarda de documentos


administrativos e técnico-operacionais do Centro.

4.4.2 OPERACIONAIS

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições operacionais são


divididas em:

a) Seção de Análise e Previsão;


b) Seção de Modelagem Numérica do Tempo;
c) Seção de Pesquisa e Desenvolvimento; e
d) Seção Mantenedora de Sistemas.

4.4.2.1 Seção de Análise e Previsão

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições de análise e


previsão são divididas em:

a) chefia da Seção de Análise e Previsão;


b) setor de Análise e Previsão; e
c) setor de Auxílio à Previsão.

4.4.2.1.1 Chefia da Seção de Análise e Previsão

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis


indispensáveis ao Chefe.

4.4.2.1.2 Setor de Análise e Previsão

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis e


equipamentos específicos indispensáveis ao Previsor.

4.4.2.1.3 Setor de Auxílio à Previsão

Local privado e climatizado, contíguo ao Setor de Análise e Previsão, com


espaço suficiente para os móveis e equipamentos específicos indispensáveis ao(s) Auxiliar(es)
de Previsão.
MCA 105-12 / 2008 27

4.4.2.2 Seção de Modelagem Numérica do Tempo


As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições de modelagem
numérica do tempo são divididas em:

a) chefia da Seção de Modelagem Numérica do Tempo; e


b) setor de Modelagem Numérica do Tempo.

4.4.2.2.1 Chefia da Seção de Modelagem Numérica do Tempo


Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis
indispensáveis ao Chefe.

4.4.2.2.2 Setor de Modelagem Numérica do Tempo


Local privado e climatizado, contíguo à chefia, com espaço suficiente para os
móveis e equipamentos específicos indispensáveis às atividades.

4.4.2.3 Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições de pesquisa e


desenvolvimento são divididas em:

a) chefia da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento; e


b) setor de Pesquisa e Desenvolvimento.

4.4.2.3.1 Chefia da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento


Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis
indispensáveis ao Chefe.

4.4.2.3.2 Setor de Pesquisa e Desenvolvimento


Local privado e climatizado, contíguo à chefia, com espaço suficiente para os
móveis e equipamentos específicos indispensáveis às atividades.

4.4.2.4 Seção Mantenedora de Sistemas

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições de manutenção de


sistemas são divididas em:

a) chefia da Seção Mantenedora de Sistemas; e


b) setor de Manutenção de Sistemas.

4.4.2.4.1 Chefia da Seção Mantenedora de Sistemas


Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis
indispensáveis ao Chefe.

4.4.2.4.2 Setor de Manutenção de Sistemas


Local privado e climatizado, contíguo à chefia, com espaço suficiente para os
móveis e equipamentos específicos indispensáveis às atividades.
28 MCA 105-12 / 2008

4.5 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS

4.5.1 As atribuições previstas para o CNMA exigem uma infra-estrutura de comunicações e


informática que contemple o recebimento, o processamento e a divulgação de informações
meteorológicas. Essa infra-estrutura é assim constituída:

a) Banco OPMET;
b) Terminal WAFS;
c) Terminais de Recepção de Imagens de Satélite;
d) Terminais de Visualização de Produtos de Radar Meteorológico;
e) Sistema de computadores para Modelagem Numérica do Tempo;
f) Terminais de Operação REDEMET;
g) Terminais de acesso à INTERNET;
h) Terminal do Centro de Comutação Automática de Mensagens (CCAM); e
i) telefonia.

4.5.1.1 Banco OPMET

Permite a recepção automática, seleção, armazenamento e retransmissão


automática de informações meteorológicas para endereços predeterminados.

4.5.1.2 Terminal WAFS

4.5.1.2.1 Permite a recepção, processamento e visualização dos produtos e dados


meteorológicos disponibilizados pelos WAFC, bem como a posterior seleção e
disponibilização para transmissão dos produtos aos Centros Meteorológicos do SISCEAB e
demais usuários.

4.5.1.2.2 O CNMA recebe os dados através do Sistema Internacional de Comunicação por


Satélite (ISCS), que consiste em um sistema de transmissão de dados ponto/multiponto, via
satélite, utilizando-se de antena VSAT e hardware/software de operação e visualização.

4.5.1.3 Terminais de Recepção de Imagens de Satélite

Permitem a recepção de imagens de alta resolução, o arquivamento e


tratamento das imagens obtidas dos diferentes satélites meteorológicos.

4.5.1.4 Terminais de Visualização de Produtos de Radar Meteorológico

Permitem o acesso aos produtos gerados pelos radares meteorológicos, para


atender às necessidades operacionais específicas do Centro.

4.5.1.5 Sistema de computadores para Modelagem Numérica do Tempo

Recursos computacionais específicos que permitem a geração de produtos de


modelagem numérica do tempo, necessários ao apoio à navegação aérea.
MCA 105-12 / 2008 29

4.5.1.6 Terminais de Operação REDEMET

Permitem a disponibilização e atualização dos códigos e mensagens


meteorológicas, cartas de previsão de fenômenos SIGWX e possíveis emendas, cartas de
ventos e temperaturas em altitude, imagens de satélites e radares meteorológicos, cartas
auxiliares e outras informações necessárias à navegação aérea.

4.5.1.7 Terminais de acesso à INTERNET

Permitem o acesso a produtos e informações em sites de Meteorologia, com o


intuito de auxiliar às atividades operacionais do Centro.

4.5.1.8 Terminal CCAM

Permite o intercâmbio de informações meteorológicas. Constitui-se de


microcomputador, impressora e um canal exclusivo para o CCAM.

4.5.1.9 Telefonia

Permite a comunicação entre o CNMA e os Órgãos Operacionais do


SISCEAB; é composto pela rede operacional de telefonia do SISCEAB e por linha telefônica
local (com DDD/DDI).

4.6 PESSOAL

4.6.1 QUALIFICAÇÃO

Para a execução das atribuições específicas de Meteorologia Aeronáutica, o


CNMA deverá ser dotado de meteorologistas de nível superior e nível técnico.

4.6.2 LOTAÇÃO

Considerando-se as atribuições específicas do CNMA, a necessidade mínima


de recursos humanos é a seguinte:

a) 01 Chefe;
b) 01 Chefe da Seção de Qualidade Operacional;
c) 01 Chefe da Seção de Análise e Previsão;
d) 01 Chefe da Seção de Modelagem Numérica do Tempo;
e) 01 Chefe da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento;
f) 01 Chefe da Seção Mantenedora de Sistemas;
g) 01 Adjunto à Seção de Modelagem Numérica do Tempo;
h) 01 Adjunto à Seção de Pesquisa e Desenvolvimento;
i) 06 Previsores;
j) 01 Auxiliar Administrativo;
k) 06 Operadores OPMET;
l) 06 Operadores REDEMET;
30 MCA 105-12 / 2008

m) 06 Auxiliares de Previsão; e
n) 06 Mantenedores de Sistemas.

NOTA 1: Os cargos de Chefe das Seções devem ter suas designações publicadas em Boletim
Interno da OM, a qual o CNMA é subordinado.

NOTA 2: Os cargos de Adjunto às Seções são cumulativos às atribuições de Previsor.

4.6.3 CARGOS, FUNÇÕES E ENCARGOS

4.6.3.1 Chefe do CNMA

Compete ao Chefe do CNMA:

a) cumprir e fazer cumprir as normas do DECEA, quanto aos critérios,


princípios, procedimentos e programas, com a finalidade de atender às
recomendações do WAFS e às necessidades da aviação em geral;
b) dirigir, coordenar e controlar as atividades desenvolvidas pelo Centro;
c) manter o pessoal a par das normas e instruções em vigor;
d) propor modificações nas normas e procedimentos da área de Meteorologia
Aeronáutica, sempre que se fizer necessário; e
e) fazer cumprir os acordos operacionais e convênios com outras Instituições
e Órgãos de Meteorologia.

4.6.3.2 Chefe da Seção de Qualidade Operacional

Compete ao Chefe da Seção de Qualidade Operacional:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar a edição de Normas Padrão de Ação e Instruções de Serviços;
c) coordenar e fiscalizar as atividades operacionais do Centro;
d) coordenar o desenvolvimento de softwares que visem apoiar as tarefas
operacionais e de controle de qualidade dos produtos do Centro;
e) avaliar os resultados do controle de qualidade dos produtos de
responsabilidade do Centro;
f) fiscalizar o cumprimento das escalas operacionais do Centro;
g) avaliar o desempenho operacional das equipes, empregando metodologia
apropriada;
h) elaborar a estatística das atividades operacionais do Centro;
i) desenvolver meios que propiciem otimizar o gerenciamento dos processos
técnico-operacionais;
j) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional do
Centro;
k) propor a criação de Impressos que venham a melhorar a operação do
Centro;
MCA 105-12 / 2008 31

l) planejar atualizações técnico-operacionais para o pessoal do Centro;


m) propor reuniões com o pessoal do Centro para orientação e atualização
operacional;
n) planejar e coordenar os programas de treinamento;
o) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
p) receber, controlar e divulgar as publicações;
q) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados; e
r) substituir, eventualmente, o Chefe do CNMA.

4.6.3.3 Chefe da Seção de Análise e Previsão

Compete ao Chefe da Seção de Análise e Previsão:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar e supervisionar as atividades operacionais da Seção;
c) supervisionar as tarefas de análise e previsão;
d) avaliar a eficiência das metodologias empregadas na Seção;
e) elaborar as escalas operacionais da Seção;
f) propor o desenvolvimento de softwares que visem apoiar as tarefas de
análise e previsão do tempo;
g) propor atualizações nos softwares utilizados na Seção;
h) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional da
Seção;
i) propor a criação de Impressos que venham a melhorar a operação da
Seção;
j) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção;
k) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção; e
l) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados.

4.6.3.4 Chefe da Seção de Modelagem Numérica do Tempo

Compete ao Chefe da Seção de Modelagem Numérica do Tempo:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) desenvolver e implementar aplicativos de modelagem numérica do tempo
de interesse do Centro;
c) manter a atualização dos softwares empregados pela Seção;
d) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
e) propor manutenção nos meios utilizados na Seção;
32 MCA 105-12 / 2008

f) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção; e


g) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados.

4.6.3.5 Chefe da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

Compete ao Chefe da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar e desenvolver trabalhos e pesquisas que visem aprimorar os
procedimentos operacionais do Centro;
c) desenvolver e implementar aplicativos de interesse do Centro;
d) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
e) propor manutenção nos meios utilizados na Seção;
f) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção; e
g) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados.

NOTA : Todos os Previsores devem desenvolver trabalhos de pesquisas visando aprimorar


os procedimentos operacionais do Centro.

4.6.3.6 Chefe da Seção Mantenedora de Sistemas

Compete ao Chefe da Seção Mantenedora de Sistemas:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) planejar e executar a manutenção dos sistemas implantados no Centro;
c) manter o Chefe da Seção de Qualidade Operacional a par das condições
técnico-operacionais dos sistemas;
d) manter atualizados os recursos específicos de hardwares e softwares;
e) assegurar a legalidade e validade dos softwares empregados no Centro;
f) assegurar a operacionalidade do Terminal WAFS;
g) assegurar a operacionalidade da REDEMET;
h) assegurar a operacionalidade do Banco OPMET;
i) elaborar as escalas operacionais da Seção;
j) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade técnico-
operacional da Seção;
k) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
l) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção; e
m) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados.
MCA 105-12 / 2008 33

4.6.3.7 Adjunto à Seção de Modelagem Numérica do Tempo

Compete ao Adjunto à Seção de Modelagem Numérica do Tempo:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) assessorar o desenvolvimento e a implementação de aplicativos de
modelagem numérica do tempo de interesse do Centro;
c) manter a atualização dos softwares empregados pela Seção;
d) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção; e
e) propor manutenção nos meios utilizados na Seção.

4.6.3.8 Adjunto à Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

Compete ao Adjunto à Seção de Pesquisa e Desenvolvimento:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) assessorar no desenvolvimento dos trabalhos e pesquisas que visem
aprimorar os procedimentos operacionais do Centro;
c) assessorar o desenvolvimento e a implementação de aplicativos de
interesse do Centro;
d) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção; e
e) propor manutenção nos meios utilizados na Seção.

4.6.3.9 Previsor

Compete ao Previsor:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) analisar as cartas sinóticas de superfície correspondentes aos horários de
0000, 0600, 1200 e 1800 UTC e, quando necessário, aos horários sinóticos
intermediários;
c) analisar as cartas sinóticas de altitude dos níveis de 850, 700, 600, 500,
400, 300, 250, 200 e 150 hPa dos horários de 0000 e 1200 UTC e,
eventualmente, as cartas dos níveis de 100 e 70 hPa;
d) analisar os cortes verticais da atmosfera relativos à sua área de
responsabilidade;
e) analisar as cartas de potencial de instabilidade atmosférica;
f) analisar as cartas e os diagramas auxiliares, segundo o interesse do Centro;
g) interpretar os produtos oriundos de modelagem numérica do tempo;
h) interpretar as imagens obtidas por satélites meteorológicos;
i) interpretar as imagens obtidas por radares meteorológicos;
j) elaborar cartas de previsão de fenômenos SIGWX, válidas para 0000,
0600, 1200 e 1800 UTC, para a camada entre a superfície e o FL250, para
a área de responsabilidade do Centro;
34 MCA 105-12 / 2008

k) apresentar, em reuniões operacionais diárias, o quadro sinótico da área de


responsabilidade e a proposta de previsão;
l) supervisionar a divulgação das informações padronizadas destinadas a
auxiliar as previsões meteorológicas de outros órgãos especializados;
m) manter constante vigilância sobre as condições meteorológicas e elaborar
as respectivas correções das previsões elaboradas pelo Centro; e
n) manter o Chefe da Seção de Análise e Previsão a par das condições
técnico-operacionais, do cumprimento das escalas operacionais, das
instalações e equipamentos do CNMA.

4.6.3.10 Auxiliar Administrativo

Compete ao Auxiliar Administrativo:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) executar os trabalhos administrativos do Centro;
c) controlar e atualizar as publicações técnico-operacionais em vigor;
d) controlar o material-carga permanente e de consumo; e
e) zelar pela boa apresentação das dependências do Centro.

4.6.3.11 Operador OPMET

Compete ao Operador OPMET:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) alterar o cadastro de usuários do Banco, conforme orientação e autorização
do SDOP;
c) fazer as cópias previstas de segurança do sistema, ao longo da operação;
d) corrigir as mensagens erradas, logo após o recebimento, colocando-as no
formato correto e inserindo-as no Banco, excluindo as inaproveitáveis ou
que gerem dúvidas;
e) gerar relatório mensal sobre a operação do Banco, quantidade de
informações corrigidas e descartadas com suas respectivas justificativas e
enviá-lo ao Chefe da Seção de Qualidade Operacional;
f) comunicar a Seção Mantenedora de Sistemas qualquer falha ocorrida no
processamento do Banco; e
g) solicitar, quando necessário, aos outros Banco OPMET, as mensagens
internacionais ausentes.

NOTA : Em relação à alínea “b”, em caso de alteração em caráter de urgência, o operador


deverá realizá-la imediatamente.
MCA 105-12 / 2008 35

4.6.3.12 Operador REDEMET

Compete ao Operador REDEMET:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) checar a atualização dos códigos METAR/SPECI, SYNOP e TAF na
REDEMET;
c) checar a atualização das mensagens SIGMET e AIRMET na REDEMET;
d) checar a atualização das Previsões de Área GAMET na REDEMET;
e) manter atualizadas as cartas de previsão de fenômenos SIGWX e de
composição, da área de responsabilidade do Centro (e suas possíveis
emendas) e os demais prognósticos na REDEMET;
f) manter atualizadas as imagens de radares e satélites meteorológicos na
REDEMET;
g) disponibilizar as cartas auxiliares de vento, Índice K e Seção Vertical da
Atmosfera, atualizando-as na REDEMET;
h) disponibilizar as cartas de pressão à superfície e de ventos e temperaturas
em altitude;
i) verificar, continuamente, as informações disponibilizadas pela REDEMET,
atualizando-as, sempre que necessário;
j) transmitir as cartas de previsão de fenômenos SIGWX e o código
WINTEM (via CCAM); e
k) auxiliar na codificação das cartas de previsão de fenômenos SIGWX.

4.6.3.13 Auxiliar de Previsão

Compete ao Auxiliar de Previsão:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar a recepção de dados meteorológicos para que não haja ausência
de informações;
c) coordenar a transmissão de informações meteorológicas para que todos os
dados necessários aos usuários sejam disponibilizados nos prazos
preestabelecidos;
d) coordenar as tarefas de plotagem, REDEMET e Banco OPMET;
e) fazer a vigilância sobre as condições meteorológicas e compará-las aos
prognósticos; subsidiando, assim, o Previsor quanto à necessidade de
emendas;
f) solicitar e plotar as seqüências horárias de código METAR, bem como
preparar cartas auxiliares para análises e previsões;
g) identificar e selecionar os dados codificados para plotagem automatizada;
h) proceder as plotagens automatizadas das cartas de superfície e de ventos e
temperaturas em altitude;
36 MCA 105-12 / 2008

i) plotar as cartas sinóticas de superfície e altitude, de composição e


diagramas, e/ou complementar a plotagem, na impossibilidade de plotagem
automatizada;
j) informar ao Previsor, imediatamente, acerca de irregularidades observadas
quanto aos meios empregados para executar suas atribuições;
k) controlar e arquivar as mensagens recebidas e transmitidas;
l) codificar a mensagem da previsão de fenômenos SIGWX e respectivas
emendas, na forma tabular, transmitindo-a ao Banco OPMET; e
m) codificar as previsões de ventos e de temperaturas em altitude e respectivas
emendas.

4.6.3.14 Mantenedor de Sistemas

Compete ao Mantenedor de Sistemas:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) manter atualizados os softwares utilizados pelo Centro;
c) fazer a manutenção nos softwares utilizados no Centro, sempre que
necessário;
d) controlar e arquivar as documentações dos softwares utilizados no Centro;
e) fazer, periodicamente, cópia de segurança das informações meteorológicas
recebidas e/ou confeccionadas pelo Centro, enviando uma outra cópia para
o SDOP;
f) apoiar a plena utilização dos equipamentos do sistema, provendo
facilidades e assessoria aos diversos usuários; e
g) manter o Chefe da Seção Mantenedora de Sistemas a par das condições
técnico-operacionais dos equipamentos de emprego operacional do Centro.
MCA 105-12 / 2008 37

5 CENTRO METEOROLÓGICO DE VIGILÂNCIA (CMV)

5.1 FINALIDADE

O Centro Meteorológico de Vigilância (CMV) tem a finalidade de monitorar as


condições do tempo e elaborar previsões meteorológicas para a sua área de vigilância, que
corresponde a uma ou mais FIR, visando apoiar os órgãos de Tráfego Aéreo e as aeronaves
que voam no espaço aéreo sob sua responsabilidade.

5.2 ORGANIZAÇÃO

5.2.1 O CMV tem a seguinte estrutura organizacional:

a) Chefia;
b) Seção de Qualidade Operacional;
c) Seção de Vigilância e Previsão;
d) Seção de Pesquisa e Desenvolvimento;
e) Seção de Radar Meteorológico; e
f) Seção VOLMET.

5.2.2 ORGANOGRAMA DO CMV

CHEFIA DO CMV

SEÇÃO DE
QUALIDADE
OPERACIONAL

SEÇÃO DE SEÇÃO DE SEÇÃO DE


PESQUISA E RADAR SEÇÃO
VIGILÂNCIA E PREVISÃO VOLMET
DESENVOLVIMENTO METEOROLÓGICO

5.3 ATRIBUIÇÕES

5.3.1 O CMV tem as seguintes atribuições:

a) o monitoramento contínuo das condições meteorológicas na sua área de


vigilância;
b) a coleta de informações meteorológicas necessárias às atividades do
Centro;
c) a confecção de mensagens SIGMET e AIRMET e, quando necessário,
outras mensagens de vigilância;
d) o apoio aos órgãos de Tráfego Aéreo, fornecendo, em tempo integral,
informações meteorológicas, destacando-se aquelas que venham afetar as
operações aéreas;
38 MCA 105-12 / 2008

e) a divulgação das mensagens SIGMET e AIRMET, conforme as normas em


vigor;
f) a divulgação das mensagens SIGMET e AIRMET, e outras informações
meteorológicas, às aeronaves em vôo, através do Serviço VOLMET e/ou
D-VOLMET/ADS;
g) a divulgação das informações recebidas sobre atividades de erupção
vulcânica e nuvens de cinzas vulcânicas, das quais não se tenha expedido
mensagem SIGMET, para o ACC associado ao VAAC correspondente,
conforme normas em vigor;
h) a divulgação das informações recebidas sobre liberação de materiais
radioativos na atmosfera, na área sob sua vigilância e/ou áreas adjacentes,
conforme normas em vigor;
i) o recebimento e a divulgação de mensagens AIREP;
j) o recebimento e armazenamento das informações de interesse do Centro;
k) a operação remota dos radares meteorológicos instalados na sua área de
vigilância;
l) a disponibilização das imagens de radar meteorológico necessárias aos
Centros Meteorológicos de sua área de responsabilidade e ao CNMA;
m) a realização contínua do controle de qualidade dos produtos de
responsabilidade do Centro;
n) o desenvolvimento de métodos objetivos de previsão;
o) o desenvolvimento de trabalhos e pesquisas que visem aprimorar os
procedimentos operacionais do Centro;
p) a aplicação de modelos de previsão numérica desenvolvidos pelo CNMA;
q) o desenvolvimento, em coordenação com os CMM, de produtos específicos
destinados às operações aéreas militares;
r) a manutenção dos sistemas operacionais implantados no Centro;
s) o apoio aos CMA e CMM da sua área de responsabilidade;
t) o apoio ao COpM da sua área de responsabilidade; e
u) o apoio ao RCC da sua área de responsabilidade.

5.3.2 Para elaborar as mensagens de vigilância, o CMV precisa receber dados básicos
sinóticos e assinóticos, incluindo dados de satélites (órbita polar e geoestacionário), informes
de aeronaves, dados das observações dos radares meteorológicos, produtos oriundos de
modelagem numérica do tempo e quaisquer outras informações/mensagens meteorológicas.

5.3.3 O CMV deverá implementar cartas auxiliares regionais para complementar suas
análises.
MCA 105-12 / 2008 39

5.4 INSTALAÇÕES

As instalações do CMV são divididas em:

a) administrativas; e
b) operacionais.

5.4.1 ADMINISTRATIVAS

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições administrativas são


divididas em:

a) chefia do CMV;
b) chefia da Seção de Qualidade Operacional;
c) secretaria; e
d) arquivo.

5.4.1.1 Chefia do CMV

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis


indispensáveis ao Chefe.

5.4.1.2 Chefia da Seção de Qualidade Operacional

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis


indispensáveis ao Chefe.

5.4.1.3 Secretaria

Local climatizado, contíguo à chefia do CMV, com espaço suficiente para os


móveis indispensáveis ao Auxiliar Administrativo.

5.4.1.4 Arquivo

Local fechado e climatizado, com espaço necessário à guarda de documentos


administrativos e técnico-operacionais do Centro.

5.4.2 OPERACIONAIS

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições operacionais são


divididas em:

a) Seção de Vigilância e Previsão;


b) Seção de Pesquisa e Desenvolvimento;
c) Seção de Radar Meteorológico; e
d) Seção VOLMET.

NOTA : As instalações operacionais devem ser contíguas ao ACC e ao COpM, com o


objetivo de integrar as operações.
40 MCA 105-12 / 2008

5.4.2.1 Seção de Vigilância e Previsão

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições de vigilância e


previsão são divididas em:

a) chefia da Seção de Vigilância e Previsão;


b) setor de Vigilância e Previsão; e
c) setor de Auxílio à Vigilância e Previsão.

5.4.2.1.1 Chefia da Seção de Vigilância e Previsão

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis e


equipamentos indispensáveis ao Chefe.

5.4.2.1.2 Setor de Vigilância e Previsão

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis e


equipamentos específicos indispensáveis ao Previsor.

5.4.2.1.3 Setor de Auxílio à Vigilância e Previsão

Local privado e climatizado, contíguo ao Setor de Vigilância e Previsão, com


espaço suficiente para os móveis e equipamentos específicos indispensáveis ao(s) Auxiliar(es)
de Vigilância e Previsão.

5.4.2.2 Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições de pesquisa e


desenvolvimento são divididas em:

a) chefia da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento; e


b) setor de Pesquisa e Desenvolvimento.

5.4.2.2.1 Chefia da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis


indispensáveis ao Chefe.

5.4.2.2.2 Setor de Pesquisa e Desenvolvimento

Local privado e climatizado, contíguo à chefia, com espaço suficiente para os


móveis e equipamentos específicos indispensáveis às atividades.

5.4.2.3 Seção de Radar Meteorológico

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições de radar


meteorológico são divididas em:

a) chefia da Seção de Radar Meteorológico; e


b) setor de Operação Radar.
MCA 105-12 / 2008 41

5.4.2.3.1 Chefia da Seção de Radar Meteorológico

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis e


equipamentos indispensáveis ao Chefe.

5.4.2.3.2 Setor de Operação Radar

Local privado e climatizado, contíguo à chefia, com espaço suficiente para os


móveis e equipamentos específicos indispensáveis às atividades.

5.4.2.4 Seção VOLMET

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições relativas à difusão


de informações meteorológicas às aeronaves em vôo são divididas em:

a) chefia da Seção VOLMET; e


b) setor de Operação VOLMET.

5.4.2.4.1 Chefia da Seção VOLMET

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis e


equipamentos indispensáveis ao Chefe.

5.4.2.4.2 Setor de Operação VOLMET

Local privado e climatizado, contíguo aos Setores de Vigilância e Previsão, de


Auxílio à Vigilância e Previsão e de Operação Radar, com espaço suficiente para os móveis e
equipamentos específicos indispensáveis às atividades.

5.5 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS

5.5.1 As atribuições previstas para o CMV exigem uma infra-estrutura de comunicações e


informática que contemple o recebimento, o processamento e a divulgação de informações
meteorológicas. Essa infra-estrutura é assim constituída:

a) Sistema de Comunicação VOLMET;


b) Terminais de Operação Remota de Radares Meteorológicos;
c) Terminal de Visualização de Tráfego Aéreo;
d) Terminais de acesso à REDEMET;
e) Terminais de acesso à INTERNET;
f) Terminal CCAM; e
g) telefonia.

5.5.1.1 Sistema de Comunicação VOLMET

Permite a comunicação com todas as aeronaves em vôo na sua área de


Vigilância. Cada CMV deverá dispor de uma console por setor, quando operar em VHF.
42 MCA 105-12 / 2008

5.5.1.2 Terminais de Operação Remota de Radares Meteorológicos

Permitem a operação remota dos radares meteorológicos, através da inserção


de receitas, realização de varreduras e, conseqüentemente, a geração de produtos que atendam
às necessidades operacionais específicas do Centro.

5.5.1.3 Terminal de Visualização de Tráfego Aéreo

Permite a visualização do Tráfego Aéreo, em tempo real, na FIR


correspondente.

5.5.1.4 Terminais de acesso à REDEMET

Permitem o acesso aos produtos e informações disponibilizados na


REDEMET.

5.5.1.5 Terminais de acesso à INTERNET

Permitem o acesso a produtos e informações em sites de Meteorologia, com o


intuito de auxiliar às atividades operacionais do Centro.

5.5.1.6 Terminal CCAM

Permite o intercâmbio de informações meteorológicas. Constitui-se de


microcomputador, impressora e um canal exclusivo para o CCAM.

5.5.1.7 Telefonia

Permite a comunicação entre o CMV e os Órgãos Operacionais do SISCEAB;


é composto pela rede operacional de telefonia do SISCEAB e por linha telefônica local (com
DDD/DDI).

5.6 PESSOAL

5.6.1 QUALIFICAÇÃO

Para a execução das atribuições específicas de Meteorologia Aeronáutica, o


CMV deverá ser dotado de meteorologistas de nível superior e nível técnico.

5.6.2 LOTAÇÃO

Considerando-se as atribuições específicas do CMV, a necessidade mínima de


recursos humanos é a seguinte:

a) 01 Chefe;
b) 01 Chefe da Seção de Qualidade Operacional;
c) 01 Chefe da Seção de Vigilância e Previsão;
d) 01 Chefe da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento;
e) 01 Chefe da Seção de Radar Meteorológico;
f) 01 Chefe da Seção VOLMET;
MCA 105-12 / 2008 43

g) 01 Adjunto à Seção de Qualidade Operacional;


h) 01 Adjunto à Seção de Pesquisa e Desenvolvimento;
i) 01 Adjunto à Seção VOLMET;
j) 01 Adjunto à Seção de Radar Meteorológico;
k) 06 Previsores;
l) 01 Auxiliar Administrativo;
m) 06 Auxiliares de Vigilância e Previsão;
n) 06 Operadores de Radar Meteorológico; e
o) 06 Operadores VOLMET.

NOTA 1: Os cargos de Chefe das Seções, bem como os de Adjunto, serão cumulativos às
atribuições de Previsor, devendo ter suas designações publicadas em Boletim
Interno da OM, a qual o CMV é subordinado.

NOTA 2: O cargo de Adjunto à Seção de Radar Meteorológico não será cumulativo às


atribuições de Previsor.

5.6.3 CARGOS, FUNÇÕES E ENCARGOS

5.6.3.1 Chefe do CMV

Compete ao Chefe do CMV:

a) cumprir e fazer cumprir as normas em vigor, quanto a critérios, princípios,


procedimentos e programas, com a finalidade de atender às recomendações
do DECEA;
b) dirigir, coordenar e controlar as atividades desenvolvidas pelo Centro;
c) manter o pessoal a par das normas e instruções em vigor;
d) propor modificações nas normas e procedimentos da área de Meteorologia
Aeronáutica, sempre que se fizer necessário; e
e) manter atualizados os endereços eletrônicos, telefones e fax dos VAAC de
Buenos Aires e de Washington e do TCAC de Miami.

5.6.3.2 Chefe da Seção de Qualidade Operacional

Compete ao Chefe da Seção de Qualidade Operacional:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar a edição de Normas Padrão de Ação e Instruções de Serviços;
c) coordenar e fiscalizar as atividades operacionais do Centro;
d) coordenar a instalação de softwares específicos que visem apoiar as tarefas
operacionais do Centro;
e) avaliar os resultados do controle de qualidade dos produtos de
responsabilidade do Centro;
44 MCA 105-12 / 2008

f) fiscalizar o cumprimento das escalas operacionais do Centro;


g) avaliar o desempenho operacional das equipes, empregando metodologia
apropriada;
h) elaborar a estatística das atividades operacionais do Centro;
i) desenvolver meios que propiciem otimizar o gerenciamento dos processos
técnico-operacionais;
j) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional do
Centro;
k) propor a criação de Impressos que venham a melhorar a operação do
Centro;
l) planejar atualizações técnico-operacionais para o pessoal do Centro;
m) propor reuniões com o pessoal do Centro para orientação e atualização
operacional;
n) planejar e coordenar os programas de treinamento;
o) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
p) receber, controlar e divulgar as publicações;
q) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados; e
r) substituir, eventualmente, o Chefe do CMV.

5.6.3.3 Chefe da Seção de Vigilância e Previsão

Compete ao Chefe da Seção de Vigilância e Previsão:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar e supervisionar as atividades operacionais da Seção;
c) supervisionar as tarefas de análise, vigilância e previsão;
d) avaliar a eficiência das metodologias empregadas na Seção;
e) elaborar as escalas operacionais da Seção;
f) propor o desenvolvimento de softwares que visem apoiar as tarefas de
análise, vigilância e previsão do tempo;
g) propor atualizações nos softwares utilizados na Seção;
h) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional da
Seção;
i) propor a criação de Impressos que venham a melhorar a operação da
Seção;
j) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção;
k) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção; e
l) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados.
MCA 105-12 / 2008 45

5.6.3.4 Chefe da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

Compete ao Chefe da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar e desenvolver trabalhos e pesquisas que visem aprimorar os
procedimentos operacionais do Centro;
c) desenvolver e implementar aplicativos de interesse do Centro;
d) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
e) propor manutenção nos meios utilizados na Seção;
f) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção; e
g) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados.

NOTA : Todos os Previsores devem desenvolver trabalhos de pesquisas visando aprimorar


os procedimentos operacionais do Centro.

5.6.3.5 Chefe da Seção de Radar Meteorológico

Compete ao Chefe da Seção de Radar Meteorológico:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) conhecer e fazer cumprir as normas estabelecidas em acordos e convênios
firmados pelo DECEA, na área de radar meteorológico;
c) planejar, coordenar, controlar e executar as atividades de operação dos
terminais de radar meteorológicos implantados no Centro;
d) tomar ciência e manter-se atualizado em relação à senha do usuário do
sistema operacional, o qual permite, à REDEMET, acesso aos produtos
gerados pelos radares meteorológicos, informando ao SDOP,
imediatamente, qualquer alteração realizada pelo pessoal da Divisão
Técnica do CINDACTA;
e) manter o Chefe da Seção de Qualidade Operacional a par das condições
técnico-operacionais dos terminais de radares meteorológicos;
f) verificar, ao início do expediente, a situação operacional dos radares
meteorológicos e informar qualquer discrepância à Seção de Meteorologia
do CINDACTA e ao SDOP;
g) verificar o Livro de Registro de Ocorrências (LRO) e tomar as
providências necessárias;
h) elaborar as escalas operacionais da Seção;
i) propor modificações nas normas e procedimentos na área de radar
meteorológico, sempre que se fizer necessário;
j) propor a atualização dos recursos específicos de hardware e software;
k) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional da
Seção;
46 MCA 105-12 / 2008

l) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;


m) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção; e
n) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados.

5.6.3.6 Chefe da Seção VOLMET

Compete ao Chefe da Seção VOLMET:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) fiscalizar a operação dos consoles de VOLMET instalados no Centro;
c) manter o Chefe da Seção de Qualidade Operacional a par das condições
técnico-operacionais das freqüências do Serviço VOLMET;
d) elaborar as escalas operacionais da Seção;
e) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional da
Seção;
f) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
g) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção; e
h) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados.

5.6.3.7 Adjunto à Seção de Qualidade Operacional

Compete ao Adjunto à Seção de Qualidade Operacional:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) assessorar a elaboração de Normas Padrão de Ação e Instruções de
Serviços;
c) auxiliar a coordenação e fiscalização das atividades operacionais do
Centro;
d) auxiliar a avaliação dos resultados do controle de qualidade dos produtos
de responsabilidade do Centro;
e) auxiliar a elaboração e controle das escalas operacionais do Centro;
f) auxiliar a fiscalização do cumprimento das escalas operacionais do Centro;
g) auxiliar a avaliação do desempenho operacional das equipes, empregando
metodologia apropriada;
h) auxiliar a elaboração da estatística das atividades operacionais do Centro;
i) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional do
Centro;
j) supervisionar o plano de atualizações técnico-operacionais do pessoal do
Centro;
k) propor reuniões com o pessoal do Centro para orientação e atualização
operacional;
MCA 105-12 / 2008 47

l) ministrar e supervisionar os programas de treinamento;


m) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
n) atualizar e controlar as publicações; e
o) manter o Chefe da Seção atualizado quanto ao aproveitamento e emprego
correto, integral e estritamente operacional dos recursos computacionais
implantados.

5.6.3.8 Adjunto à Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

Compete ao Adjunto à Seção de Pesquisa e Desenvolvimento:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) auxiliar o desenvolvimento dos trabalhos e pesquisas que visem aprimorar
os procedimentos operacionais do Centro;
c) auxiliar o desenvolvimento e a implementação de aplicativos de interesse
do Centro;
d) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção; e
e) propor manutenção nos meios utilizados na Seção.

5.6.3.9 Adjunto à Seção VOLMET

Compete ao Adjunto à Seção VOLMET:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) auxiliar a fiscalização da operação dos consoles de VOLMET instalados no
Centro;
c) manter o Chefe da Seção a par das condições técnico-operacionais das
freqüências do Serviço VOLMET;
d) auxiliar a elaboração e controle das escalas operacionais da Seção;
e) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional da
Seção;
f) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
g) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção; e
h) manter o Chefe da Seção atualizado quanto ao aproveitamento e emprego
correto, integral e estritamente operacional dos recursos computacionais
implantados.

5.6.3.10 Adjunto à Seção de Radar Meteorológico

Compete ao Adjunto à Seção de Radar Meteorológico:


a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;
b) supervisionar a operação de cada Terminal de Operação Remota, visando a
adequação dos produtos meteorológicos gerados às condições sinóticas
reinantes na área de cobertura radar;
48 MCA 105-12 / 2008

c) verificar a execução, pelos Operadores, das cópias de segurança dos


produtos em todas os Terminais de Operação Remota;
d) assumir as funções operacionais, em caso de impedimento eventual do
Operador, substituindo-o na escala operacional;
e) verificar o correto preenchimento do LRO dos radares meteorológicos; e
f) zelar pela apresentação da Seção.

NOTA : O cargo de Adjunto à Seção de Radar Meteorológico deve ser exercido por um
Graduado BMT.

5.6.3.11 Previsor

Compete ao Previsor:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar as atividades operacionais do Centro;
c) analisar os cortes verticais da atmosfera relativos à sua área de
responsabilidade;
d) analisar as cartas de potencial de instabilidade atmosférica;
e) analisar as cartas e os diagramas auxiliares, segundo o interesse do Centro;
f) interpretar as cartas de previsão de fenômenos SIGWX e de ventos e
temperaturas em altitude divulgadas pelo CNMA;
g) interpretar os produtos oriundos de modelagem numérica do tempo;
h) interpretar as imagens obtidas por satélites meteorológicos;
i) interpretar as imagens obtidas por radares meteorológicos;
j) elaborar as mensagens SIGMET e AIRMET;
k) elaborar outras previsões meteorológicas para atender às necessidades
operacionais do COI;
l) elaborar outras previsões meteorológicas de importância às operações
aéreas;
m) manter constante vigilância sobre as condições meteorológicas e elaborar
as respectivas correções das previsões elaboradas pelo Centro;
n) divulgar as informações recebidas sobre atividades de erupção vulcânica e
nuvens de cinzas vulcânicas, das quais não se tenha expedido mensagem
SIGMET, para o ACC associado ao VAAC correspondente, conforme
normas em vigor;
o) divulgar as informações recebidas sobre liberação de materiais radioativos
na atmosfera na área sob sua vigilância e/ou área adjacentes, conforme
normas em vigor;
p) assegurar-se de que as mensagens de vigilância e outras informações
meteorológicas, de relevância para as operações, estejam sendo divulgadas
para os outros órgãos de Meteorologia e de Tráfego Aéreo, conforme as
normas em vigor e dentro dos prazos previstos;
MCA 105-12 / 2008 49

q) assegurar-se de que as mensagens de vigilância e outras informações


meteorológicas, de relevância para a segurança das aeronaves em vôo,
estejam sendo divulgadas através do Serviço VOLMET, em tempo hábil;
r) supervisionar a divulgação das informações padronizadas destinadas a
auxiliar as previsões meteorológicas de outros órgãos especializados; e
s) manter o Chefe da Seção de Vigilância e Previsão a par das condições
técnico-operacionais, do cumprimento das escalas operacionais, das
instalações e equipamentos da Seção.

5.6.3.12 Auxiliar Administrativo


Compete ao Auxiliar Administrativo:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) executar os trabalhos administrativos do Centro;
c) controlar e atualizar as publicações técnico-operacionais em vigor;
d) controlar o material-carga permanente e de consumo; e
e) zelar pela boa apresentação das dependências do Centro.

5.6.3.13 Auxiliar de Vigilância e Previsão


Compete ao Auxiliar de Vigilância e Previsão:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar a recepção de dados meteorológicos para que não haja ausência
de informações;
c) divulgar as mensagens e informações meteorológicas nos prazos
preestabelecidos;
d) auxiliar a vigilância meteorológica e informar ao Previsor, imediatamente,
sempre que observar mudanças significativas nas condições de tempo;
e) solicitar e plotar as seqüências horárias de código METAR, bem como
preparar cartas auxiliares para análises e previsões;
f) operar o terminal de acesso à REDEMET;
g) informar ao Previsor, imediatamente, acerca de irregularidades observadas
quanto aos meios empregados para executar suas atribuições;
h) controlar e arquivar as mensagens recebidas e transmitidas; e
i) assegurar a divulgação das mensagens de vigilância e de outras
informações meteorológicas aos outros usuários.

5.6.3.14 Operador de Radar Meteorológico


Compete ao Operador de Radar Meteorológico:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) operar, remotamente, os radares meteorológicos subordinados à Seção;
50 MCA 105-12 / 2008

c) informar ao Previsor, imediatamente, as mudanças significativas das


condições meteorológicas que possam afetar a segurança das operações
aéreas;
d) verificar a inserção, na REDEMET, dos produtos gerados pelos radares
meteorológicos;
e) informar as paralisações na operação dos radares meteorológicos ao Chefe
da Seção de Radar Meteorológico, ao Previsor, à Divisão Técnica do
CINDACTA e aos DTCEA que mantém os Postos de Visualização Remota
(PVR) pertencentes a sua área de vigilância;
f) disponibilizar, aos PVR, os produtos gerados a pedido;
g) preencher o Formulário Controle Radar com os produtos, períodos e
motivos das inoperâncias;
h) auxiliar a elaboração de briefings para as equipes dos órgãos operacionais
(ACC, APP, COpM e SAR), assim como para missões e manobras
militares, com informações geradas pelo radar meteorológico;
i) realizar cópia de segurança dos produtos disponibilizados no Terminal de
Operação Remota;
j) descrever, no LRO, todas as ocorrências relativas ao seu serviço;
k) verificar a operacionalidade dos computadores destinados à gravação dos
dados volumétricos e, sendo constatada qualquer discrepância,
providenciar, junto ao DTCEA, o restabelecimento de sua operação; e
l) informar ao Adjunto à sua Seção sobre qualquer alteração na
operacionalidade dos computadores referidos na alínea anterior, visando
informar ao SDOP, tão logo possível.

NOTA : No caso da alínea “b”, deve ser cumprido o estabelecido no MCA 105-13 “Manual
dos Procedimentos Operacionais dos Radares Meteorológicos”.

5.6.3.15 Operador VOLMET


Compete ao Operador VOLMET:
a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;
b) operar os equipamentos destinados às telecomunicações terra-avião;
c) operar o terminal REDEMET, e no caso de inoperância, manter as
informações meteorológicas atualizadas com base em meios alternativos;
d) divulgar às aeronaves em vôo, através do Serviço VOLMET, as mensagens
SIGMET, AIRMET e outras informações meteorológicas, conforme
fraseologia padrão;
e) receber e divulgar as mensagens AIREP, conforme normas em vigor;
f) registrar as consultas realizadas, para fins estatísticos; e
g) manter o Previsor atualizado sobre a situação operacional dos
equipamentos disponíveis.
MCA 105-12 / 2008 51

6 CENTRO METEOROLÓGICO DE AERÓDROMO CLASSE I (CMA-1)

6.1 FINALIDADE

O CMA-1 está localizado nos principais aeródromos do país, de acordo com


critérios do DECEA, e tem por finalidade apoiar as operações aéreas no aeródromo em que se
localiza, elaborar previsões e manter vigilância meteorológica nos aeródromos sob sua
responsabilidade.

6.2 ORGANIZAÇÃO

6.2.1 O CMA-1 tem a seguinte estrutura organizacional:

a) Chefia;
b) Seção de Qualidade Operacional;
c) Seção de Análise, Previsão e Vigilância; e
d) Seção de Pesquisa e Desenvolvimento.

6.2.2 ORGANOGRAMA DO CMA-1

CHEFIA DO CMA-1

SEÇÃO DE
QUALIDADE
OPERACIONAL

SEÇÃO DE SEÇÃO DE
ANÁLISE, PREVISÃO E PESQUISA E
VIGILÂNCIA DESENVOLVIMENTO

6.3 ATRIBUIÇÕES

6.3.1 O CMA-1 tem as seguintes atribuições:


a) a vigilância meteorológica dos aeródromos em sua área de
responsabilidade, conforme o Anexo E;
b) a coleta de informações meteorológicas básicas, necessárias às análises e
previsões meteorológicas;
c) a coleta de informações meteorológicas operacionais, necessárias ao apoio
às operações aéreas de sua responsabilidade;
d) a análise das cartas auxiliares, dos diagramas termodinâmicos e dos cortes
verticais da atmosfera;
e) a elaboração de previsão de área para a camada compreendida entre a
superfície e o FL100 (ou FL150) para a sua área de responsabilidade;
f) a elaboração de previsão de condições em rota para os vôos que partem de
sua área de responsabilidade, mediante solicitação;
52 MCA 105-12 / 2008

g) a elaboração e divulgação das previsões de aeródromo e respectivas


emendas, para os aeródromos de sua área de responsabilidade, conforme as
normas em vigor;
h) a elaboração e divulgação das previsões para pouso e decolagem, conforme
as normas em vigor;
i) a elaboração de mensagens de vigilância de aeródromo;
j) a exposição das cartas de previsão de fenômenos SIGWX, de ventos e
temperaturas em altitude, necessárias aos vôos que partem do aeródromo
onde está localizado, e as previsões de aeródromo que lhe são atribuídas e
outras informações meteorológicas, quando necessárias;
k) as exposições verbais, o atendimento e o fornecimento de documentação de
vôo às tripulações, empresas aéreas e outros usuários;
l) a elaboração de previsões especiais e outros tipos de informações
meteorológicas de interesse dos usuários;
m) o intercâmbio de informações meteorológicas com outros Centros
Meteorológicos;
n) o intercâmbio de informações meteorológicas com os órgãos locais de
Tráfego Aéreo; e
o) o fornecimento de informações sobre atividade de erupção vulcânica ou
nuvens de cinzas vulcânicas aos órgãos locais de Tráfego Aéreo.

NOTA : As atividades de análise de dados e confecção de previsões meteorológicas,


atribuídas ao CMA-1, serão executadas pelo CMV da área de responsabilidade,
quando esses Centros estiverem implantados na mesma localidade.

6.3.2 Para elaborar as mensagens de previsão e vigilância, o CMA-1 precisa receber dados
básicos sinóticos e assinóticos, incluindo dados de satélites (órbita polar e geoestacionário),
informes de aeronaves, dados das observações dos radares meteorológicos, produtos oriundos
de modelagem numérica do tempo e quaisquer outras informações/mensagens
meteorológicas.

6.3.3 O CMA-1 deverá implementar cartas auxiliares regionais para complementar suas
análises.

6.4 INSTALAÇÕES

As instalações do CMA-1 são divididas em:

a) administrativas; e
b) operacionais.

6.4.1 ADMINISTRATIVAS

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições administrativas são


divididas em:
MCA 105-12 / 2008 53

a) chefia do CMA-1;
b) chefia da Seção de Qualidade Operacional;
c) secretaria; e
d) arquivo.

6.4.1.1 Chefia do CMA-1

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis


indispensáveis ao Chefe.

6.4.1.2 Chefia da Seção de Qualidade Operacional

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis


indispensáveis ao Chefe.

6.4.1.3 Secretaria

Local climatizado, contíguo à chefia do CMA-1, com espaço suficiente para os


móveis indispensáveis ao Auxiliar Administrativo.

6.4.1.4 Arquivo

Local fechado e climatizado, com espaço necessário à guarda de documentos


administrativos e técnico-operacionais do Centro.

6.4.2 OPERACIONAIS

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições operacionais são


divididas em:

a) Seção de Análise, Previsão e Vigilância; e


b) Seção de Pesquisa e Desenvolvimento.

6.4.2.1 Seção de Análise, Previsão e Vigilância

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições de análise, previsão


e vigilância são divididas em:

a) chefia da Seção de Análise, Previsão e Vigilância;


b) setor de Análise, Previsão e Vigilância;
c) setor de Auxílio à Previsão e Vigilância; e
d) setor de Informações Meteorológicas.

6.4.2.1.1 Chefia da Seção de Análise, Previsão e Vigilância

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis e


equipamentos indispensáveis ao Chefe.
54 MCA 105-12 / 2008

6.4.2.1.2 Setor de Análise, Previsão e Vigilância

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis e


equipamentos específicos indispensáveis ao Previsor.

6.4.2.1.3 Setor de Auxílio à Previsão e Vigilância

Local privado e climatizado, contíguo ao Setor de Análise, Previsão e


Vigilância, com espaço suficiente para os móveis e equipamentos específicos indispensáveis
ao(s) Auxiliar(es) de Previsão e Vigilância.

6.4.2.1.4 Setor de Informações Meteorológicas

Local climatizado, compartilhado com a Sala de Informações Aeronáuticas


(Sala AIS), com espaço suficiente para os móveis e equipamentos específicos indispensáveis
ao Operador e à exposição das informações meteorológicas necessárias ao planejamento do
vôo.

NOTA : Para a exposição das informações meteorológicas, o Setor deverá dispor de um


balcão, painel ou sistema eletrônico de exposição.

6.4.2.2 Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições de pesquisa e


desenvolvimento são divididas em:

a) chefia da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento; e


b) setor de Pesquisa e Desenvolvimento.

6.4.2.2.1 Chefia da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis


indispensáveis ao Chefe.

6.4.2.2.2 Setor de Pesquisa e Desenvolvimento

Local privado e climatizado, contíguo à chefia, com espaço suficiente para os


móveis e equipamentos específicos indispensáveis às atividades.

6.5 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS

6.5.1 As atribuições previstas para o CMA-1 exigem uma infra-estrutura de comunicações e


informática que contemple o recebimento, o processamento e a divulgação de informações
meteorológicas. Essa infra-estrutura é assim constituída:

a) Terminal de Visualização Remota de Radares Meteorológicos;


b) Terminais de acesso à REDEMET;
c) Terminais de acesso à INTERNET;
d) Terminal CCAM; e
e) telefonia.
MCA 105-12 / 2008 55

6.5.1.1 Terminal de Visualização Remota de Radares Meteorológicos

Permite o acesso aos produtos gerados pelos radares meteorológicos, para


atender às necessidades operacionais específicas do Centro.

6.5.1.2 Terminais de acesso à REDEMET

Permitem o acesso aos produtos e informações disponibilizados na


REDEMET; devem ser compostos de impressora a laser para que o Centro forneça
documentação de vôo com apresentação de qualidade.

6.5.1.3 Terminais de acesso à INTERNET

Permitem o acesso aos produtos e informações em sites de Meteorologia, com


o intuito de auxiliar as atividades de análise e elaboração de previsões meteorológicas.

6.5.1.4 Terminal CCAM

Permite o intercâmbio de informações meteorológicas. Constitui-se de


microcomputador, impressora e um canal exclusivo para o CCAM.

6.5.1.5 Telefonia

Permite a comunicação entre o CMA-1 e os Órgãos Operacionais do


SISCEAB; é composto pela rede operacional de telefonia do SISCEAB e por linha telefônica
local (com DDD/DDI).

6.6 PESSOAL

6.6.1 QUALIFICAÇÃO

Para a execução das atribuições específicas de Meteorologia Aeronáutica, o


CMA-1 deverá ser dotado de meteorologistas de nível superior e nível técnico.

6.6.2 LOTAÇÃO

Considerando-se as atribuições específicas do CMA-1, a necessidade mínima


de recursos humanos é a seguinte:

a) 01 Chefe;
b) 01 Chefe da Seção de Qualidade Operacional;
c) 01 Chefe da Seção de Análise, Previsão e Vigilância;
d) 01 Chefe da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento;
e) 01 Adjunto à Seção de Qualidade Operacional;
f) 01 Adjunto à Seção de Análise, Previsão e Vigilância;
g) 01 Adjunto à Seção de Pesquisa e Desenvolvimento;
h) 06 Previsores;
i) 01 Auxiliar Administrativo;
56 MCA 105-12 / 2008

j) 06 Auxiliares de Previsão e Vigilância; e


k) 06 Operadores de Informações Meteorológicas.

NOTA : Os cargos de Chefe das Seções, bem como os de Adjunto, serão cumulativos às
atribuições de Previsor, devendo ter suas designações publicadas em Boletim
Interno da OM, a qual o CMA-1 é subordinado.

6.6.3 CARGOS, FUNÇÕES E ENCARGOS

6.6.3.1 Chefe do CMA-1

Compete ao Chefe do CMA-1:

a) cumprir e fazer cumprir as normas em vigor, quanto a critérios, princípios,


procedimentos e programas que visem atender as recomendações do
DECEA;
b) dirigir, coordenar e controlar as atividades desenvolvidas pelo Centro;
c) manter o pessoal a par das normas e instruções em vigor; e
d) propor modificações nas normas e procedimentos da área de Meteorologia
Aeronáutica, sempre que se fizer necessário.

6.6.3.2 Chefe da Seção de Qualidade Operacional

Compete ao Chefe da Seção de Qualidade Operacional:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar a edição de Normas Padrão de Ação e Instruções de Serviços;
c) coordenar e fiscalizar as atividades operacionais do Centro;
d) coordenar a instalação de softwares específicos que visem apoiar as tarefas
operacionais do Centro;
e) avaliar os resultados do controle de qualidade dos produtos de
responsabilidade do Centro;
f) fiscalizar o cumprimento das escalas operacionais do Centro;
g) avaliar o desempenho operacional das equipes, empregando metodologia
apropriada;
h) elaborar a estatística das atividades operacionais do Centro;
i) desenvolver meios que propiciem otimizar o gerenciamento dos processos
técnico-operacionais;
j) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional do
Centro;
k) propor a criação de Impressos que venham a melhorar a operação do
Centro;
l) planejar atualizações técnico-operacionais para o pessoal do Centro;
MCA 105-12 / 2008 57

m) propor reuniões com o pessoal do Centro para orientação e atualização


operacional;
n) planejar e coordenar os programas de treinamento;
o) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
p) receber, controlar e divulgar as publicações;
q) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados; e
r) substituir, eventualmente, o Chefe do CMA-1.

6.6.3.3 Chefe da Seção de Análise, Previsão e Vigilância

Compete ao Chefe da Seção de Análise, Previsão e Vigilância:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar e supervisionar as atividades operacionais da Seção;
c) supervisionar as tarefas de análise, previsão e vigilância;
d) avaliar a eficiência das metodologias empregadas na Seção;
e) elaborar as escalas operacionais da Seção;
f) propor o desenvolvimento de softwares que visem apoiar as tarefas de
análise, previsão do tempo e vigilância;
g) propor atualizações nos softwares utilizados na Seção;
h) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional da
Seção;
i) propor a criação de Impressos que venham a melhorar a operação da
Seção;
j) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção;
k) propor meios necessários para o pleno funcionamento da Seção; e
l) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados.

6.6.3.4 Chefe da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

Compete ao Chefe da Seção de Pesquisa e Desenvolvimento:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar e desenvolver trabalhos e pesquisas que visem aprimorar os
procedimentos operacionais do Centro;
c) desenvolver e implementar aplicativos de interesse do Centro;
d) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
e) propor manutenção nos meios utilizados na Seção;
f) propor atualizações técnico-operacionais para o pessoal da Seção; e
58 MCA 105-12 / 2008

g) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente


operacional dos recursos computacionais implantados.

NOTA : Todos os Previsores devem desenvolver trabalhos de pesquisas visando aprimorar


os procedimentos operacionais do Centro.

6.6.3.5 Adjunto à Seção de Qualidade Operacional

Compete ao Adjunto à Seção de Qualidade Operacional:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) assessorar a elaboração de Normas Padrão de Ação e Instruções de
Serviços;
c) auxiliar a coordenação e fiscalização das atividades operacionais do
Centro;
d) auxiliar a avaliação dos resultados do controle de qualidade dos produtos
de responsabilidade do Centro;
e) auxiliar a elaboração e controle das escalas operacionais do Centro;
f) auxiliar a fiscalização do cumprimento das escalas operacionais do Centro;
g) auxiliar a avaliação do desempenho operacional das equipes, empregando
metodologia apropriada;
h) auxiliar a elaboração da estatística das atividades operacionais do Centro;
i) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional do
Centro;
j) supervisionar o plano de atualizações técnico-operacionais do pessoal do
Centro;
k) propor reuniões com o pessoal do Centro para orientação e atualização
operacional;
l) ministrar e supervisionar os programas de treinamento;
m) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção;
n) atualizar e controlar as publicações; e
o) manter o Chefe da Seção atualizado quanto ao aproveitamento e emprego
correto, integral e estritamente operacional dos recursos computacionais
implantados.

6.6.3.6 Adjunto à Seção de Análise, Previsão e Vigilância

Compete ao Adjunto à Seção de Análise, Previsão e Vigilância:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) auxiliar a coordenação e fiscalização das atividades operacionais da Seção;
c) auxiliar a avaliação da eficiência das metodologias empregadas na Seção;
d) auxiliar a elaboração das escalas operacionais da Seção;
MCA 105-12 / 2008 59

e) propor medidas necessárias ao aprimoramento da qualidade operacional da


Seção;
f) supervisionar o plano de atualizações técnico-operacionais do pessoal da
Seção;
g) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção; e
h) manter o Chefe da Seção atualizado quanto ao aproveitamento e emprego
correto, integral e estritamente operacional dos recursos computacionais
implantados.

6.6.3.7 Adjunto à Seção de Pesquisa e Desenvolvimento

Compete ao Adjunto à Seção de Pesquisa e Desenvolvimento:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) auxiliar o desenvolvimento dos trabalhos e pesquisas que visem aprimorar
os procedimentos operacionais do Centro;
c) auxiliar o desenvolvimento e a implementação de aplicativos de interesse
do Centro;
d) propor meios necessários ao pleno funcionamento da Seção; e
e) propor manutenção nos meios utilizados na Seção.

6.6.3.8 Previsor

Compete ao Previsor:

a) cumprir e fazer cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar as atividades operacionais do Centro;
c) analisar os cortes verticais da atmosfera relativos à sua área de
responsabilidade;
d) analisar as cartas de potencial de instabilidade atmosférica;
e) analisar as cartas e os diagramas auxiliares, segundo o interesse do Centro;
f) interpretar as cartas de previsão de fenômenos SIGWX e de ventos e
temperaturas em altitude divulgadas pelo CNMA;
g) interpretar os produtos oriundos de modelagem numérica do tempo;
h) interpretar as imagens obtidas por satélites meteorológicos;
i) interpretar as imagens obtidas por radares meteorológicos;
j) interagir com os Previsores do CNMA e do CMV, em relação às condições
meteorológicas em sua área de responsabilidade;
k) elaborar as previsões de aeródromo e previsões de área para níveis baixos
para a sua área de responsabilidade;
l) elaborar outras previsões meteorológicas de importância às operações
aéreas;
60 MCA 105-12 / 2008

m) manter constante vigilância sobre as condições meteorológicas e elaborar,


quando for o caso, as respectivas correções das previsões elaboradas pelo
Centro;
n) elaborar as mensagens de vigilância, como Avisos de Aeródromo e de
Cortante do Vento;
o) ministrar briefing meteorológico aos usuários, tripulação de vôo em geral e
às equipes de serviço dos órgãos de Tráfego Aéreo, mediante acordo;
p) atender às consultas dos usuários referentes às informações meteorológicas
com fins operacionais;
q) supervisionar a divulgação das informações padronizadas destinadas a
auxiliar as previsões meteorológicas de outros órgãos especializados;
r) assegurar-se de que as mensagens de vigilância e outras informações
meteorológicas, de relevância para as operações, estejam sendo divulgadas
para os outros órgãos de Meteorologia e de Tráfego Aéreo, conforme as
normas em vigor e dentro dos prazos previstos; e
s) manter o Chefe da Seção de Análise, Previsão e Vigilância a par das
condições técnico-operacionais, do cumprimento das escalas operacionais,
das instalações e equipamentos da Seção.

6.6.3.9 Auxiliar Administrativo

Compete ao Auxiliar Administrativo:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) controlar e atualizar as publicações técnico-operacionais em vigor;
c) executar os trabalhos administrativos do Centro;
d) controlar o material-carga permanente e de consumo; e
e) zelar pela boa apresentação das dependências do Centro.

6.6.3.10 Auxiliar de Previsão e Vigilância

Compete ao Auxiliar de Previsão e Vigilância:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) coordenar a recepção de dados meteorológicos para que não haja ausência
de informações;
c) divulgar as mensagens e informações meteorológicas nos prazos
preestabelecidos;
d) auxiliar na vigilância meteorológica e informar ao Previsor, imediatamente,
sempre que observar mudanças significativas nas condições de tempo;
e) solicitar e plotar as seqüências horárias de código METAR, bem como
preparar cartas auxiliares para análises e previsões;
f) operar o Terminal de acesso à REDEMET;
MCA 105-12 / 2008 61

g) informar ao Previsor, imediatamente, acerca de irregularidades observadas


quanto aos meios empregados para executar suas atribuições;
h) controlar e arquivar as mensagens recebidas e transmitidas; e
i) assegurar a divulgação das mensagens de vigilância e de outras
informações meteorológicas aos outros usuários.

6.6.3.11 Operador de Informações Meteorológicas

Compete ao Operador de Informações Meteorológicas:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) manter atualizadas as informações meteorológicas em exposição;
c) preparar e fornecer documentação de vôo aos usuários;
d) prestar esclarecimentos aos usuários em relação aos produtos
meteorológicos, através da exposição verbal;
e) encaminhar o usuário para consulta ao Previsor, quando solicitado; e
f) manter o Previsor a par do andamento do serviço.
62 MCA 105-12 / 2008

7 CENTRO METEOROLÓGICO DE AERÓDROMO CLASSE II (CMA-2)

7.1 FINALIDADE

O CMA-2 tem por finalidade apoiar as operações aéreas no aeródromo em que


se localiza.

7.2 ORGANIZAÇÃO

O CMA-2 tem a seguinte estrutura organizacional:

a) Chefia; e
b) Seção Operacional.

7.3 ATRIBUIÇÕES

7.3.1 O CMA-2 tem as seguintes atribuições:


a) a coleta de informações meteorológicas operacionais, necessárias ao apoio
às operações aéreas de sua responsabilidade;
b) a exposição das cartas de previsão de fenômenos SIGWX, de ventos e
temperaturas em altitude, necessárias aos vôos que partem do aeródromo
onde está localizado e outras informações meteorológicas, quando
necessárias;
c) as exposições verbais, o atendimento e o fornecimento de documentação de
vôo às tripulações, as empresas aéreas e outros usuários;
d) o intercâmbio de informações meteorológicas com outros Centros
Meteorológicos; e
e) o intercâmbio de informações meteorológicas com os órgãos locais de
Tráfego Aéreo.

7.4 INSTALAÇÕES

As instalações do CMA-2 são divididas em:

a) administrativas; e
b) operacionais.

7.4.1 ADMINISTRATIVAS

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições administrativas são


divididas em:

a) chefia do CMA-2; e
b) arquivo e depósito.

7.4.1.1 Chefia do CMA-2

Local privado e climatizado, com espaço suficiente para os móveis


indispensáveis ao Chefe.
MCA 105-12 / 2008 63

7.4.1.2 Arquivo e Depósito

Local fechado e climatizado, com espaço necessário à guarda de documentos


administrativos e técnico-operacionais do Centro e materiais de consumo.

7.4.2 OPERACIONAIS

As instalações necessárias ao cumprimento das atribuições operacionais são as


da Seção Operacional.

7.4.2.1 Seção Operacional

Local climatizado, compartilhado com a Sala de Informações Aeronáuticas


(Sala AIS), com espaço suficiente para os móveis e equipamentos específicos indispensáveis
às atribuições do Centro.

7.5 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS

7.5.1 As atribuições previstas para o CMA-2 exigem uma infra-estrutura de comunicações e


informática que contemple o recebimento, o processamento e a divulgação de informações
meteorológicas. Essa infra-estrutura é assim constituída:

a) Terminal de acesso à REDEMET;


b) Terminal de acesso à INTERNET;
c) Terminal CCAM; e
d) telefonia.

NOTA : É recomendado, porém não obrigatório, que o CMA-2 possua acesso à


INTERNET.

7.5.1.1 Terminal de acesso à REDEMET

Permite o acesso aos produtos e informações disponibilizados na REDEMET;


deve ser composto de impressora a laser para que o Centro forneça documentação de vôo com
apresentação de qualidade.

7.5.1.2 Terminal de acesso à INTERNET

Permite o acesso aos produtos e informações em sites de Meteorologia, com o


intuito de auxiliar à atividade de coleta de informações meteorológicas.

7.5.1.3 Terminal CCAM

Permite o intercâmbio de informações meteorológicas. O CMA-2 utilizará os


recursos locais da Estação de Telecomunicações Aeronáuticas.

7.5.1.4 Telefonia

Permite a comunicação entre o CMA-2 e os Órgãos Operacionais do


SISCEAB; é composto pela rede operacional de telefonia do SISCEAB e por linha telefônica
local (com DDD/DDI).
64 MCA 105-12 / 2008

7.6 PESSOAL

7.6.1 QUALIFICAÇÃO
Para a execução das atribuições específicas de Meteorologia Aeronáutica, o
CMA-2 deverá ser dotado de meteorologistas de nível técnico.

7.6.2 LOTAÇÃO
Considerando-se as atribuições específicas do CMA-2, a necessidade mínima
de recursos humanos é a seguinte:

a) 0l Chefe; e
b) 06 Operadores Meteorologistas.

NOTA : O cargo de Chefe deve ter sua designação publicada em Boletim Interno da OM, a
qual o CMA-2 é subordinado.

7.6.3 CARGOS, FUNÇÕES E ENCARGOS

7.6.3.1 Chefe do CMA-2


Compete ao Chefe do CMA-2:

a) cumprir e fazer cumprir as normas em vigor, quanto a critérios, princípios,


procedimentos e programas que visem atender as recomendações do
DECEA;
b) dirigir, coordenar e controlar as atividades desenvolvidas pelo Centro;
c) elaborar a escala operacional do Centro, fiscalizando o cumprimento da
mesma;
d) avaliar o desempenho operacional dos Operadores Meteorologistas,
empregando metodologia apropriada;
e) elaborar a estatística das atividades operacionais do Centro;
f) planejar atualizações técnico-operacionais para o pessoal do Centro;
g) propor reuniões com o pessoal do Centro para orientação e atualização
operacional;
h) planejar e coordenar os programas de treinamento;
i) planejar meios necessários ao pleno funcionamento do Centro;
j) receber, controlar e divulgar as publicações;
k) assegurar o aproveitamento e emprego correto, integral e estritamente
operacional dos recursos computacionais implantados; e
l) substituir o Operador Meteorologista, em caso de impedimento eventual do
mesmo.
NOTA 1: O Chefe do CMA-2 poderá acumular suas funções com as de Chefe da EMS.
NOTA 2: A aplicação da alínea “l” se dará quando a chefia do CMA-2 for exercida por
Graduado BMT.
MCA 105-12 / 2008 65

7.6.3.2 Operador Meteorologista

Compete ao Operador Meteorologista:

a) solicitar e identificar as informações meteorológicas recebidas;


b) preparar a exposição visual das informações meteorológicas e mantê-las
atualizadas;
c) controlar e arquivar, diariamente, as mensagens recebidas, conforme suas
origens e finalidades;
d) solicitar e plotar as seqüências horárias de código METAR;
e) operar o Terminal de acesso à REDEMET;
f) informar, imediatamente, ao Previsor do CMA-1 responsável por sua área,
sobre mudanças significativas nas condições de tempo, auxiliando, assim, a
vigilância meteorológica;
g) assegurar a divulgação das mensagens de vigilância e informações
meteorológicas aos usuários;
h) preparar e fornecer documentação de vôo aos usuários;
i) prestar esclarecimentos aos usuários em relação aos produtos
meteorológicos, através de exposição verbal;
j) consultar o Previsor, quando necessário, sobre as condições de tempo
previstas, para auxiliá-lo em suas exposições verbais;
k) facilitar o contato entre o usuário e o Previsor, quando solicitado; e
l) informar ao Chefe, imediatamente, acerca de irregularidades observadas
quanto aos meios empregados para executar suas atribuições.

NOTA : Quando o CMA-2 estiver localizado na mesma área física da EMS, as atribuições
de Operador Meteorologista poderão ser exercidas pelo Observador
Meteorologista, desde que o volume de trabalho não comprometa o exercício das
atividades de observação à superfície.
66 MCA 105-12 / 2008

8 CENTRO METEOROLÓGICO DE AERÓDROMO CLASSE III (CMA-3)

8.1 FINALIDADE

O CMA-3 tem por finalidade fornecer serviços para a navegação aérea no


aeródromo em que está localizado.

8.2 ATRIBUIÇÕES

O CMA-3 tem as seguintes atribuições:

a) a coleta de informações meteorológicas operacionais de outros Centros


Meteorológicos, necessárias ao apoio às operações aéreas de sua
responsabilidade;
b) o atendimento às tripulações de vôo; e
c) o intercâmbio de informações meteorológicas com os órgãos locais de
Tráfego Aéreo.

8.3 INSTALAÇÕES

As instalações do CMA-3 são as mesmas da Sala de Informações Aeronáuticas


(Sala AIS).

8.4 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS

8.4.1 As atribuições previstas para o CMA-3 exigem uma infra-estrutura de comunicações


que contemple o recebimento, o processo e a divulgação de informações meteorológicas. Essa
infra-estrutura é constituída, basicamente, de:

a) Terminal CCAM; e
b) telefonia.

8.4.1.1 Terminal CCAM

Permite o intercâmbio de informações meteorológicas. O CMA-3 utilizará os


recursos locais da Estação de Telecomunicações Aeronáuticas.

8.4.1.2 Telefonia

Permite a comunicação entre o CMA-3 e os Órgãos Operacionais do


SISCEAB; é composto pela rede operacional de telefonia do SISCEAB e por linha telefônica
local.

8.5 PESSOAL

8.5.1 QUALIFICAÇÃO

Para a execução das atribuições específicas de Meteorologia Aeronáutica, o


CMA-3 deverá ser dotado de meteorologistas de nível técnico ou Operadores de Estação de
Telecomunicações Aeronáuticas com treinamento adequado.
MCA 105-12 / 2008 67

8.5.2 LOTAÇÃO

Considerando-se as atribuições específicas do CMA-3, a necessidade mínima


de recursos humanos é a seguinte:

a) 01 Chefe; e
b) Operadores.

NOTA 1: O cargo de Chefe deve ter sua designação publicada em Boletim Interno da OM, a
qual o CMA-3 é subordinado.

NOTA 2: A quantidade de Operadores dependerá do horário de funcionamento do CMA-3.

8.5.3 CARGOS, FUNÇÕES E ENCARGOS

8.5.3.1 Chefe do CMA-3

Compete ao Chefe do CMA-3:

a) fazer cumprir as normas em vigor, quanto a critérios, princípios,


procedimentos e programas que visem atender as recomendações do
DECEA;
b) elaborar a escala operacional do Centro, fiscalizando o cumprimento da
mesma;
c) planejar meios necessários ao pleno funcionamento do Centro; e
d) receber, controlar e divulgar as publicações.

NOTA : A função de Chefe do CMA-3 será exercida pelo Chefe da Estação de


Telecomunicações Aeronáuticas.

8.5.3.2 Operador do CMA-3

Compete ao Operador do CMA-3:

a) cumprir as normas e recomendações do DECEA;


b) solicitar e identificar as informações meteorológicas recebidas;
c) assegurar a divulgação das mensagens de vigilância e informações
meteorológicas aos usuários;
d) consultar o Previsor do CMA-1 responsável por sua área, quando
necessário, sobre as condições de tempo previstas;
e) facilitar o contato entre o usuário e o Previsor, quando solicitado; e
f) informar ao Chefe, imediatamente, acerca de irregularidades observadas
quanto aos meios empregados para executar suas atribuições.
68 MCA 105-12 / 2008

9 PLOTAGENS E REPRESENTAÇÕES

9.1 PLOTAGEM DE CARTAS METEOROLÓGICAS

9.1.1 GENERALIDADES
9.1.1.1 Os dados básicos das observações meteorológicas à superfície e em altitude são
plotados, para fins de análise, em Cartas Sinóticas, Diagramas e Impressos, dependendo do
tipo de código e/ou mensagem plotada.
9.1.1.2 Para esta análise, deverão ser plotados os códigos SYNOP/SHIP, METAR/SPECI,
TEMP, PILOT e a mensagem AIREP.
9.1.1.3 Carta sinótica é um mapa ou carta geográfica que abrange um ou mais continentes, na
qual, para facilitar a identificação, os continentes são divididos em blocos e as Estações são
representadas por pequenos círculos.
9.1.1.4 A plotagem dos elementos no sistema monocromático deve ser feita em cor azul ou
preta. No sistema policromático, deve ser feita em cores estabelecidas para cada elemento;
quando não especificadas, seguirão a regra do sistema monocromático.
9.1.2 PLOTAGEM DE CARTAS SINÓTICAS DE SUPERFÍCIE
9.1.2.1 As Cartas Sinóticas de Superfície são plotadas, normalmente, quatro vezes ao dia, com
dados básicos referentes às observações sinóticas de superfície das 0000, 0600, 1200 e
1800 UTC.
9.1.2.2 Nas Cartas Sinóticas de Superfície, é plotado, eventualmente, o código METAR, para
as Estações cujas mensagens sinóticas não estejam disponíveis.
9.1.2.3 A plotagem das mensagens sinóticas deve obedecer, rigorosamente, ao modelo padrão
internacional a seguir. Os elementos do modelo devem ser plotados nas posições relativas
mostradas, sendo que alguns deles podem ser omitidos.

TxTxTx E
TgTg ou CH ou
TnTnTn E’sss
PPPP/P0P0P0P0
TTT CM ou
a3hhh/P0P0P0P0
ww/w1w1
VV ou N ppp a
wawa/w1w1
W1W2/w1w1 GG
CL Nh
TdTdTd ou ou
h
Wa1Wa2/w1w1 GGgg
PwaPwaHwaHwa RRR/tR
TwTwTw ou
PwPwHwHw D sv s

dw1dw1Pw1 Pw1Hw1Hw1
dw2dw2Pw2 Pw2Hw2Hw2
MCA 105-12 / 2008 69

9.1.2.3.1 Os elementos sombreados não têm a plotagem adotada pelo Brasil, embora estejam
apresentados nesta publicação a título de conhecimento e interpretação de mensagens
sinóticas internacionais.

9.1.2.3.2 Os retângulos incluídos no diagrama servem apenas para fixarem as posições dos
elementos e não são incluídos na plotagem real.

9.1.2.3.3 A plotagem do vento não é mostrada no modelo, e sim, nos itens 9.1.2.4.2 e
9.1.2.4.3.

9.1.2.3.4 O círculo representa a Estação plotada. Para facilitar a plotagem da representação da


nebulosidade total, deve-se sobrepor um círculo ao redor do círculo da Estação, aumentando-
lhe o tamanho.

9.1.2.3.5 A identificação do navio ou bóia, quando for o caso, deve ser plotada acima do
modelo.

9.1.2.3.6 No caso de Estação automática, um triângulo eqüilátero deve ser plotado em volta
do círculo que a representa, de modo que um dos vértices do triângulo aponte para a posição
do símbolo da nuvem média (CM).

9.1.2.4 Descrição dos elementos e regras para plotagem

Considerando que a mensagem sinótica é confeccionada em grupos de


algarismos que correspondem a símbolos ou valores numéricos, a representação dos
elementos nas cartas sinóticas será feita da mesma forma, ou seja, em símbolos ou números,
segundo as descrições e regras que se seguem.

9.1.2.4.1 N (Nebulosidade total)

Deve ser plotada, no círculo que representa a Estação, a forma correspondente


ao algarismo do código, segundo a tabela abaixo:

N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 /

símbolo

NOTA : As especificações relativas a N encontram-se na Tabela 2700 do MCA 105-10


“Manual de Códigos Meteorológicos”.

9.1.2.4.2 dd (Direção do vento à superfície)

A direção do vento deve ser plotada traçando-se uma haste de seta da direção
de onde o vento sopra, para o centro do círculo da Estação, terminando na circunferência
desta.

Exemplo:
70 MCA 105-12 / 2008

Em caso de direção variável do vento, esta deve ser plotada sempre como 270°
(oeste) e a variação será indicada por um “X” traçado sobre a haste. A velocidade será plotada
normalmente.

Exemplo:

9.1.2.4.3 ff (Velocidade do vento à superfície)

A velocidade do vento deve ser plotada utilizando-se rebarbas e flâmulas, onde


uma rebarba completa representa 10 nós (≅5 m/s); meia rebarba representa 5 nós (≅2,5 m/s); e
uma flâmula cheia representa 50 nós (≅25 m/s).

As rebarbas e flâmulas devem ser plotadas à esquerda da haste de direção do


vento, para Estações situadas no Hemisfério Norte e na Linha do Equador e à direita, para
Estações situadas no Hemisfério Sul; as rebarbas devem ser plotadas inclinadas para trás da
haste, formando um ângulo de 120°, aproximadamente.

Exemplos: Hemisfério Norte Hemisfério Sul


e Linha do Equador

As flâmulas são triângulos retângulos, nos quais as bases e seus ângulos retos
devem ser plotados sobre a haste e a hipotenusa, no tamanho de uma rebarba completa,
inclinada para trás, formando um ângulo de 120°, aproximadamente.

Exemplo:

Em caso de vento calmo, deve ser plotada uma circunferência ao redor do


círculo que representa a Estação.

Exemplo:

Em caso de ausência de velocidade do vento, deve ser plotado um “X” na


extremidade da haste que representa a direção do vento. A direção do vento é plotada
normalmente.

Exemplo:
MCA 105-12 / 2008 71

TABELA DE PLOTAGEM DA VELOCIDADE DO VENTO

Velocidade
Plotagem
m/s kt
0,5 a 1 1 a 2

1,5 a 3,5 3 a 7

4 a 6 8 a 12

6,5 a 8,5 13 a 17

9 a 11 18 a 22

11,5 a 13,5 23 a 27

14 a 16 28 a 32

16,5 a 18,5 33 a 37

19 a 21 38 a 42

21,5 a 23,5 43 a 47

24 a 26 48 a 52

26,5 a 28,5 53 a 57

29 a 31 58 a 62

31,5 a 33,5 63 a 67

34 a 36 68 a 72

36,5 a 38,5 73 a 77

39 a 41 78 a 82

41,5 a 43,5 83 a 87

44 a 46 88 a 92

46,5 a 48,5 93 a 97

49 a 51 98 a 102

51,5 a 53,5 103 a 107


72 MCA 105-12 / 2008

9.1.2.4.4 VV (Visibilidade horizontal à superfície)

Devem ser plotados os algarismos do código que representam a visibilidade


horizontal.

NOTA : As especificações relativas a VV encontram-se na Tabela 4377 do MCA 105-10.

9.1.2.4.5 ww (Tempo presente informado por uma Estação dotada de pessoal)

Deve ser plotado o símbolo correspondente ao código, de acordo com a tabela


que se segue:

NOTA 1: As especificações relativas a ww encontram-se na Tabela 4677 do MCA 105-10.


NOTA 2: No sistema policromático, a plotagem deverá ser feita com tinta de cor preta.

A seguir, algumas generalidades quanto a esta plotagem:

a) quando o tempo presente e o tempo passado não forem incluídos por não
existirem fenômenos importantes a serem relatados (IX = 2), os espaços
referentes a ww e W1W2 ficarão em branco; neste caso, VV (visibilidade
horizontal à superfície) deverá ser plotado no lugar de ww;
MCA 105-12 / 2008 73

b) quando o tempo presente e o tempo passado não forem incluídos porque


nenhuma observação foi feita ou faltam dados (IX = 3), os espaços
referentes a ww e W1W2 serão plotados com //;
c) o código 07 corresponde aos símbolos de poeira ou areia soprada ( ) e
borrifo soprado ( ). Desta forma, o primeiro símbolo deve ser plotado se a
observação for feita de uma Estação terrestre e o segundo, se for feita de
uma Estação marítima;
d) os códigos 93 e 94 correspondem a símbolos que apresentam as figuras de
neve ( ) e granizo ( ) como alternativas, as quais serão plotadas de acordo
com a observação; e
e) os códigos 95 e 97 correspondem a símbolos que apresentam as figuras de
chuva ( ) e neve ( ) como alternativas, as quais serão plotadas de acordo
com a observação.

9.1.2.4.6 wawa (Tempo presente informado por uma Estação automática)

Deve ser plotado o símbolo correspondente ao código, de acordo com a tabela


que se segue:

NOTA : As especificações relativas a wawa encontram-se na Tabela 4680 do MCA 105-10.


74 MCA 105-12 / 2008

A seguir, algumas generalidades quanto a esta plotagem:


a) quando o tempo presente e o tempo passado não forem incluídos por não
existirem fenômenos importantes a serem relatados (IX = 5), os espaços
referentes a wawa e Wa1Wa2 ficarão em branco; e
b) quando o tempo presente e o tempo passado não forem incluídos porque
nenhuma observação foi feita ou faltam dados (IX = 6), os espaços
referentes a wawa e Wa1Wa2 serão plotados com //.

9.1.2.4.7 w1w1 (Tempo presente informado adicionalmente a ww ou wawa)

Deve ser plotado o símbolo correspondente ao código, de acordo com a tabela


que se segue:

NOTA : As especificações relativas a w1w1 encontram-se na Tabela 4687 do MCA 105-10.

A seguir, algumas generalidades quanto a esta plotagem:

a) os códigos 59, 69, 92 e 93 correspondem a símbolos que apresentam


alternativas de tempo presente, os quais deverão ser plotados de acordo
com a observação;
MCA 105-12 / 2008 75

b) os códigos 50 a 57, 60 a 67 e 70 a 77 apresentam em seus símbolos uma


barra ( / ) seguida de um algarismo que varia de 0 a 7, o qual corresponde
aos índices de precipitação de chuvisco, chuva ou neve, respectivamente.
Estes símbolos deverão ser plotados conjuntamente com um dos grupos:
ww, wawa, W1W2 ou Wa1Wa2, por exemplo, ( / 2);
c) o símbolo ( ) representa que o fenômeno ocorre sobre o mar, lago ou
rio;
d) o símbolo ( ) representa que o fenômeno ocorre sobre montanhas; e
e) o símbolo ( ) representa que o fenômeno ocorre sobre vales.

9.1.2.4.8 W1W2 (Tempo passado informado por uma Estação dotada de pessoal)

Devem ser plotados os símbolos correspondentes, de acordo com a tabela que


se segue:

W 1W 2 3 3 4 5 6 7 8 9

símbolo

NOTA 1: As especificações relativas a W1W2 encontram-se na Tabela 4561 do MCA 105-10.

NOTA 2: Dois símbolos deverão ser plotados para W1W2.

NOTA 3: No sistema policromático, a plotagem deverá ser feita com tinta de cor vermelha.

A seguir, algumas generalidades quanto a esta plotagem:


a) quando o tempo presente e o tempo passado não forem incluídos por não
existirem fenômenos importantes a serem relatados, os espaços referentes a
ww e W1W2 ficarão em branco;
b) quando o tempo presente e o tempo passado não forem incluídos porque
nenhuma observação foi feita ou faltam dados, os espaços referentes a ww
e W1W2 serão plotados com //; e
c) o código 3 corresponde a símbolos que apresentam alternativas de tempo
passado, os quais serão plotados de acordo com a observação.

9.1.2.4.9 Wa1Wa2 (Tempo passado informado por uma Estação automática)

Devem ser plotados os símbolos correspondentes, de acordo com a tabela que


se segue:

Wa1Wa2 1 2 3 4 5 6 7 8 9

símbolo /

NOTA : As especificações relativas a Wa1Wa2 encontram-se na Tabela 4531 do MCA 105-10.


76 MCA 105-12 / 2008

9.1.2.4.10 PPPP/P0P0P0P0 ou a3hhh/P0P0P0P0 (Pressão ao nível médio do mar, Pressão ao


nível da Estação ou geopotencial)
A pressão ao nível médio do mar (PPPP) deve ser plotada como informada, ou
seja, em quatro algarismos. Se a3hhh for informado no lugar de PPPP, será plotado em
quatro algarismos, entre parênteses, onde o primeiro algarismo (a3) indica a superfície
isobárica padrão a que se refere o valor plotado.

NOTA 1: As especificações relativas a a3 encontram-se na Tabela 0264 do MCA 105-10.

NOTA 2: O grupo P0P0P0P0 é plotado da mesma forma que o grupo PPPP, porém o Brasil
não adota esta plotagem.

9.1.2.4.11 TTT (Temperatura do ar), TdTdTd (Temperatura do ponto de orvalho), TwTwTw


(Temperatura da superfície do mar), TxTxTx (Temperatura máxima), TnTnTn
(Temperatura mínima) e TgTg (Temperatura mínima do solo na noite precedente)

Devem ser plotadas em graus inteiros, em dois algarismos, sendo arredondadas


para o valor inteiro mais próximo; se a parte decimal corresponder a 0,5°C, serão
arredondadas para o inteiro imediatamente superior. A plotagem de valores negativos de
temperatura deve ser precedida pelo sinal menos (-).

9.1.2.4.12 CLCMCH (Tipos de nuvens)

Devem ser plotados os símbolos que representam cada tipo de nuvem,


conforme a tabela abaixo:

NOTA 1: As especificações relativas a CL, CM e CH encontram-se nas Tabelas 0513, 0515 e


0509, respectivamente, do MCA 105-10.

NOTA 2: No sistema policromático, a plotagem deverá ser feita com tinta de cor preta.
Entretanto, o uso da cor vermelha para plotar o símbolo de CH é opcional.

NOTA 3: Quando não houver nuvens CM, deverá ser plotado em seu lugar o símbolo das
nuvens CH, se houver.

9.1.2.4.13 Nh (Quantidade de nuvens do tipo CL ou, na ausência destas nuvens, do tipo CM)
O código correspondente a Nh deve ser plotado à direita do símbolo de CL ou,
quando for o caso, de CM.

NOTA : As especificações relativas a Nh encontram-se na Tabela 2700 do MCA 105-10.


MCA 105-12 / 2008 77

9.1.2.4.14 h (Altura da base da nuvem mais baixa)

O código correspondente a h deve ser plotado abaixo do símbolo de CL ou,


quando for o caso, de CM.

NOTA : As especificações relativas a h encontram-se na Tabela 1600 do MCA 105-10.

9.1.2.4.15 NsChshs (Gênero de nuvens)

Este grupo somente fará parte da mensagem sinótica quando, por qualquer
motivo, o grupo NhCLCMCH não for informado. Assim sendo, deverão ser plotados, nas
posições destinadas a CL, CM e CH, os símbolos correspondentes a C, de acordo com a tabela
que se segue:

C 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

símbolo

NOTA : As especificações relativas a C encontram-se na Tabela 0500 do MCA 105-10.

A seguir, algumas generalidades quanto a esta plotagem:


a) os símbolos correspondentes aos códigos 6, 7, 8 e 9 deverão ser plotados na
posição destinada a CL; os correspondentes aos códigos 3, 4 e 5 na posição
destinada a CM; e os correspondentes aos códigos 0, 1 e 2 na posição
destinada a CH. Os símbolos devem ser plotados em ordem crescente de
altura da base da nuvem, isto é, a nuvem mais baixa na parte inferior; e
b) os algarismos dos códigos correspondentes a Ns e hshs, os quais se referem
à camada mais baixa de nuvens, devem ser plotados nas posições
destinadas a Nh e h. Se a finalidade da carta assim requerer, os algarismos
para Ns e hshs para cada camada de nuvem podem ser plotados da mesma
maneira que Nh e h para CL.

9.1.2.4.16 a (Característica da tendência da pressão)

Deve ser plotada a característica da tendência da pressão durante as três horas


que precedem à hora da observação, de acordo com os símbolos correspondentes, conforme a
tabela que se segue:

a 0 1 2 3 4 5 6 7 8

símbolo

NOTA : As especificações relativas a a encontram-se na Tabela 0200 do MCA 105-10.


78 MCA 105-12 / 2008

9.1.2.4.17 ppp (Variação da pressão)

Deve ser plotada a variação da pressão ao nível da Estação durante as três


horas que precedem à hora da observação, em décimos de hectopascal.

Devem ser plotados os dois últimos algarismos do grupo ppp. Caso o primeiro
algarismo de ppp não seja 0 (zero), poderão ser plotados os três algarismos.

Os algarismos plotados poderão ser precedidos por um sinal positivo (+)


quando a = 0, 1, 2 ou 3; e por um sinal negativo (-) quando a = 5, 6, 7 ou 8. Nestes casos, o
símbolo para a = 2, 4 (se usado) ou 7 pode ser omitido.

9.1.2.4.18 Dsvs (Direção e velocidade do deslocamento do navio)

Devem ser plotadas a direção (norte verdadeiro) resultante do deslocamento do


navio (Ds) e a sua velocidade média (vs) durante as três horas que precedem a hora da
observação.

A direção Ds é plotada por meio de uma seta que aponta na direção para onde o
navio está se movendo e o código correspondente à velocidade vs é plotado à direita da seta.

9.1.2.4.19 dw1dw1 e dw2dw2 (Direção da qual vêm as ondas)

Deve ser plotada a direção (norte verdadeiro), em dezenas de graus, de onde


vêm as ondas.

A direção é plotada por meio de uma seta com a haste ondulada, sendo que a
extremidade da seta aponta na direção para a qual as ondas estão se movendo.

A seguir, algumas generalidades quanto a esta plotagem:

a) se dw1dw1 for informado como 00, será plotada uma linha ondulada, sem a
ponta da seta, na direção norte-sul;
b) se dw1dw1 for informado como 99, serão plotadas setas cruzadas com hastes
onduladas; uma de sudoeste para nordeste e a outra de sudeste para
noroeste;
c) se dw1dw1 estiver ausente, será plotado como a alínea anterior, mas as
pontas das setas serão omitidas; e
d) quando há um segundo sistema de ondas informado em dw2dw2, este é
plotado abaixo do primeiro.

9.1.2.4.20 Pw1Pw1 e Pw2Pw2 (Períodos das ondas)

Devem ser plotados os períodos das ondas, em segundos.

Os algarismos do código para Pw1Pw1 e Pw2Pw2 são plotados imediatamente à


direita de dw1dw1 e dw2dw2, respectivamente.

Quando não existirem ondas, Pw1Pw1 e Pw2Pw2 não serão plotados.


MCA 105-12 / 2008 79

9.1.2.4.21 HwaHwa, HwHw, Hw1Hw1 e Hw2Hw2 (Altura das ondas)

Devem ser plotadas as alturas das ondas obtidas por instrumentos (HwaHwa),
das ondas provocadas pelo vento (HwHw) ou de uma série de vagas (Hw1Hw1 e Hw2Hw2),
respectivamente, em unidades de meio metro.

Os algarismos do código para HwaHwa, HwHw, Hw1Hw1 e Hw2Hw2 são plotados


imediatamente à direita de PwaPwa, PwPw, Pw1Pw1 ou Pw2Pw2, respectivamente.

Quando não existirem ondas ou vagas, Hw1 e Hw2 não serão plotados.

9.1.2.4.22 PwaPwa e PwPw (Períodos das ondas)

Devem ser plotados os períodos das ondas obtidos por instrumentos (PwaPwa)
ou das ondas provocadas pelo vento (PwPw), respectivamente, em segundos.

Os algarismos do código para PwaPwa e PwPw são plotados imediatamente


abaixo de CL.

9.1.2.4.23 RRR (Quantidade de precipitação)

Deverá ser plotada a quantidade de precipitação caída durante o período a que


se refere à observação, conforme indicado por tR.

Para a plotagem de RRR, deverá ser levado em consideração o seguinte:


a) caso a quantidade de precipitação seja informada (iR= 1 ou 2), os
algarismos de RRR deverão ser plotados no lugar indicado no modelo;
b) caso a quantidade de precipitação seja zero (iR= 3), RRR não deverá ser
plotado; e
c) caso nenhuma observação tenha sido feita (iR= 4), RRR deverá ser plotado
como ///.

9.1.2.4.24 tR (Duração da precipitação)

Deverá ser plotada a duração do período referente à quantidade de


precipitação.

O algarismo de código para tR é plotado no lugar indicado no modelo, exceto


nos casos em que a precipitação não seja informada (iR = 3 ou 4).

9.1.2.4.25 E ou E’(Estado do solo)

Deve ser plotado o Estado do solo isento de neve ou camada mensurável de


gelo (E) ou o Estado do solo coberto com neve ou camada mensurável de gelo (E’).

Deve ser plotado um dos símbolos correspondentes, de acordo com as tabelas


que se seguem:
80 MCA 105-12 / 2008

E 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

símbolo

E’ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

símbolo

NOTA : As especificações relativas a E e E’ encontram-se nas Tabelas 0901 e 0975,


respectivamente, do MCA 105-10.

9.1.2.4.26 sss (Profundidade total da neve)

Deverá ser plotada a profundidade total da neve, em centímetros.

Esta plotagem deverá ser em algarismos de código ou em profundidade real,


conforme decisões nacionais ou regionais.

NOTA : As especificações relativas a sss encontram-se na Tabela 3889 do MCA 105-10.

9.1.2.4.27 GG (horário da observação)

Deverá ser plotado o horário da observação, em UTC, somente se GG for


diferente do horário de referência da carta.

9.1.2.4.28 Exemplo de plotagem de uma mensagem sinótica

AAXX 10094 83827 41262 80718 10188 20171 39800 40075 53026 70596 8357/

19 0075

62 26

17 3
2
MCA 105-12 / 2008 81

9.1.3 PLOTAGEM DO CÓDIGO METAR/SPECI

9.1.3.1 Nos Centros Meteorológicos, a plotagem do código METAR, das localidades de


interesse de cada Centro, é realizada a cada hora, no IEPV 105-35.

9.1.3.2 A plotagem do código SPECI deverá ser feita nas linhas constantes na parte inferior
do referido Impresso, devendo ser mencionado o horário da mensagem.

9.1.3.3 Esta plotagem deve obedecer, rigorosamente, ao modelo padrão a seguir. Os


elementos do modelo devem ser plotados nas posições relativas mostradas, conforme
descrição e regras de plotagem a seguir, sendo que alguns deles podem ser omitidos.

NSNSNShShShS

T’T’ NSNSNShShShS QPHPHPHPH

VVVV w’w’ N

NSNSNShShShS WS RDRDR ou
T’dT’d
ou VVhShShS WS ALL RWY

(w’w’)

9.1.3.3.1 Os retângulos incluídos no diagrama servem apenas para fixarem as posições dos
elementos e não são incluídos na plotagem real.

9.1.3.3.2 Quando elementos do código, com exceção dos dados de vento, forem substituídos
por barras (/), a referida plotagem deverá ser feita com um número de X, quantas forem as
barras correspondentes ao elemento que deveria ser plotado.

9.1.3.3.3 A plotagem do vento não é mostrada no modelo, e sim, no item 9.1.3.4.

9.1.3.3.4 O círculo representa a Estação plotada. Para facilitar a plotagem da representação da


nebulosidade total, deve-se sobrepor um círculo ao redor do círculo da Estação, aumentando-
lhe o tamanho.

9.1.3.4 dddffGfmfm (direção e velocidade do vento à superfície)

9.1.3.4.1 A direção e a velocidade do vento devem ser plotadas conforme as regras da


mensagem sinótica, excetuando-se as regras a seguir.
82 MCA 105-12 / 2008

9.1.3.4.2 Em caso de ventos de rajadas, deve ser plotada a letra G seguida dos algarismos que
representam a rajada, do lado contrário às hastes da velocidade do vento.

Ex.:

G25

9.1.3.4.3 Em caso de vento variável, devem ser plotadas as letras VRB seguidas dos
algarismos que representam a velocidade, sempre acima da posição da nuvem alta ou média,
ou no lugar desta(s).

Ex.: VRB03
B120 VRB04

9.1.3.4.4 Quando, no código, os dados de vento forem substituídos por barras (/), deverá ser
feita a plotagem da direção da última informação disponível, juntamente com um X na
extremidade da haste que representa a direção do vento.

Ex.: SBIH 201600Z 09006KT 9999 SCT020 FEW025TCU 32/21 Q1013


SBIH 201700Z /////KT 9999 SCT022 FEW025TCU 33/22 Q1012
Para a plotagem dos dados da observação das 1700Z, a direção da última
informação disponível é de 90 graus (090), conforme o exemplo abaixo.

9.1.3.5 VVVV (visibilidade horizontal)

Devem ser plotados os dois primeiros algarismos da visibilidade horizontal


predominante apresentada no código.

Ex.: 0100 01 0500 05


1200 12 5000 50
7000 70 9999 99

9.1.3.6 w’w’ (tempo presente)

Deve ser plotado conforme a correspondência entre os fenômenos (e suas


combinações da Tabela 4678) e os símbolos das tabelas a seguir:
MCA 105-12 / 2008 83

Tempo presente Símbolo


FU, VA, VCVA

HZ

DU e DRDU

SA, DRSA, BLDU, BLSA, VCBLDU e VCBLSA

PO e VCPO

VCDS eVCSS

Tempo presente Símbolo


BR

MIFG

VCSH

TS e VCTS

SQ

FC e VCFC

Tempo presente Símbolo

DS e SS (leve ou moderada)

DS e SS (forte)

DRSN

BLSN e VCBLSN
84 MCA 105-12 / 2008

Tempo presente Símbolo


PRFG e VCFG

BCFG

FG (céu visível)

FG (céu invisível)

FZFG (céu visível)

FZFG (céu invisível)

Tempo presente Símbolo


DZ (leve)

DZ (moderado)

DZ (forte)

FZDZ (leve)

FZDZ (moderado ou forte)

DZ e RA (leve)

DZ e RA (moderado ou forte)

Tempo presente Símbolo


RA (leve)

RA (moderada)

RA (forte)

FZRA (leve)

FZRA (moderada ou forte)

RA e SN (leve)

RA e SN (moderada ou forte)
MCA 105-12 / 2008 85

Tempo presente Símbolo

SN (leve)

SN (moderada)

SN (forte)

IC

SG (leve, moderado ou forte)

PL (leve, moderada ou forte)

Tempo presente Símbolo

SHRA (leve)

SHRA (moderada ou forte)

SH (com SN e RA misturadas) (leve)

SH (com SN e RA misturadas) (moderada ou forte)

SHSN (leve)

SHSN (moderada ou forte)

SHGS (leve)

SHGS (moderada ou forte)

SHGR e SHPL (leve)


86 MCA 105-12 / 2008

SHGR e SBPL (moderada ou forte)

RA (leve) com RETS

RA (moderada ou forte) com RETS

SN (leve), RA e SN (leve) ou PL (leve), com RETS

SN (moderada ou forte), RA e SN (moderada ou forte)


ou PL (moderada ou forte), com RETS

TSRA ou TSSN (leve ou moderada)

TSGS, TSGR e TSPL (leve ou moderada)

TSRA ou TSSN (forte)

TS (informando também DS ou SS)

TSGS, TSGR e TSPL (forte)

NOTA 1: Devem ser plotados até dois fenômenos de tempo presente apresentados no
código, obedecendo a ordem de codificação. O primeiro deve ser plotado no lugar
de w’w’ e o segundo, no lugar de (w’w’), sem os parênteses.

NOTA 2: O símbolo contém figuras de poeira ou areia soprada ( ) e borrifo soprado


( ) como alternativas, as quais serão plotadas conforme a origem da observação,
sendo de uma Estação terrestre ou de uma Estação marítima, respectivamente.

NOTA 3: O símbolo e correspondem a símbolos que apresentam as figuras de


neve ( ) e granizo ( ) como alternativas, as quais serão plotadas conforme a
condição de tempo apresentada no código.

NOTA 4: Os símbolos e correspondem a símbolos que apresentam as figuras


de chuva ( ) e neve ( ) como alternativas, as quais serão plotadas conforme a
condição de tempo apresentada no código.

NOTA 5: Quando não existirem fenômenos relatados, o espaço referente a w’w’ dará lugar à
plotagem do valor da visibilidade horizontal predominante.

NOTA 6: Caso não haja a ocorrência de Cortante do Vento, a plotagem de (w’w’) será feita
no lugar destinado à plotagem do grupo relativo àquele elemento.
MCA 105-12 / 2008 87

9.1.3.7 NSNSNS (Quantidade de nuvens)

Deve ser plotada nos respectivos níveis de ocorrência, ocupando os espaços


especificados para CL, CM e CH na mensagem sinótica, com as seguintes letras
correspondentes às abreviaturas: F (FEW), S (SCT), B (BKN) ou V (OVC).

9.1.3.8 hShShS (Altura das nuvens)

Deve ser plotado o valor da altura das respectivas nuvens, conforme


apresentada no código.

Exs.: FEW022 BKN100 B100

F022

SCT018 OVC090 V090

S018

9.1.3.9 Tipos de nuvens

Devem ser plotados somente os tipos de nuvens CB e TCU, utilizando-se os


símbolos abaixo, respectivamente, do lado direito do círculo que representa a Estação. Nestes
casos, as respectivas quantidade e altura devem ser plotadas abaixo do símbolo.

Exs.: FEW022TCU

F022

FEW018CB

F018

NOTA : Existindo, simultaneamente, nuvens CB e TCU, somente a nuvem CB deve ser


plotada.

9.1.3.10 N (Nebulosidade total)

9.1.3.10.1 Deve ser plotada a estimativa do total de nuvens, no círculo que representa a
Estação, da mesma forma que na mensagem sinótica (ver o item 9.1.2.4.1), observando-se as
camadas existentes e considerando a quantidade máxima para cada caso:

a) FEW será considerado como 2/8;


b) SCT será considerado como 4/8;
c) BKN será considerado como 7/8; e
d) OVC será considerado como 8/8.
88 MCA 105-12 / 2008

9.1.3.10.2 Algumas especificidades quanto à plotagem do total de nuvens, a seguir:

a) nos casos de uso do termo CAVOK, o círculo ficará vazio;

Ex.:

b) no caso de uso do termo NSC, plota-se o correspondente a 4/8; e

Ex.:

c) no caso de céu obscurecido, plota-se um X.

Ex.:

9.1.3.11 As plotagens de quantidade, altura, tipos e total de nuvens serão conforme as


seguintes regras:
a) uma camada de nuvem em cada nível: serão plotadas na ordem de altura;
Ex.: SCT015 SCT100
S100

S015

b) a única camada de nuvens no nível baixo é de CB ou TCU: serão plotadas a


quantidade e a altura no lugar correspondente às nuvens baixas; o tipo será
plotado ao lado direito do círculo;
Ex.: FEW020TCU BKN080

B080

F020

c) uma camada de nuvem em cada nível, acompanhadas de nuvem CB ou


TCU: serão plotadas na ordem de altura; a nuvem CB ou TCU será plotada
ao lado direito do círculo, acompanhada da respectiva quantidade e altura;
Ex.: SCT015 FEW022CB SCT100

S100

F022
S015

Ex.: FEW020TCU SCT025 BKN090

B090

F020
S025
MCA 105-12 / 2008 89

d) duas camadas de nuvens no nível baixo: serão plotadas na ordem de altura;


Ex.: SCT015 BKN040

B040
S015

e) duas camadas de nuvens no nível baixo, acompanhadas de nuvem CB ou


TCU: serão plotadas na ordem de altura; a nuvem CB ou TCU será plotada
ao lado direito do círculo, acompanhada da respectiva quantidade e altura;
Ex.: SCT015 FEW022CB BKN040

F022
B040
S015

f) mais de duas camadas de nuvens no nível baixo: serão plotadas até duas
camadas, conforme as seguintes regras:
- 1ª camada - a mais baixa ou, no caso de camadas com a mesma altura, a
de maior quantidade; e
- 2ª camada - a de maior quantidade ou, no caso de camadas com
quantidades equivalentes, a seguinte em altura;

Ex.: SCT015 SCT030 BKN040


(1ª - a mais baixa e 2ª - a de maior quantidade)

B040
S015

Ex.: SCT015 BKN015 BKN040


(1ª - a de maior quantidade, pois estão na mesma altura, e 2ª - a
seguinte em altura)

B040
B015

Ex.: SCT015 BKN030 BKN040


(1ª - a mais baixa e 2ª - a seguinte em altura, pois as quantidades
são equivalentes)

B030
S015
90 MCA 105-12 / 2008

g) no caso da alínea “f”, acompanhadas de nuvem CB ou TCU: serão plotadas


seguindo as regras das alíneas “c” e “e”;
Ex.: SCT015 FEW020TCU SCT030 BKN040
(1ª - a mais baixa, 2ª - a de maior quantidade e a nuvem TCU ao lado
direito do círculo)

F020
B040
S015

h) mais de uma camada de nuvens no nível médio: plota-se a camada de


maior quantidade ou, no caso de camadas com quantidades equivalentes, a
mais baixa;
Ex.: SCT015 SCT080 BKN100 (a de maior quantidade)
B100

S015

Ex.: SCT015 BKN080 BKN100 (a mais baixa)


B080

S015

i) caso o termo CAVOK seja utilizado, será plotado CVK abaixo do círculo;

CVK

j) caso o termo NSC seja utilizado, será plotado NSC acima do círculo; e
NSC

l) com o céu obscurecido, será plotada a visibilidade vertical abaixo do


círculo.

VV002

9.1.3.12 T’T’ (Temperatura do ar) e T’dT’d (Temperatura do ponto de orvalho)

Devem ser plotadas em dois algarismos, conforme os valores apresentados no


código. A plotagem de valores negativos de temperatura deve ser precedida pela letra M.

9.1.3.13 QPHPHPHPH (Pressão de ajuste do altímetro - QNH)

Devem ser plotados os três últimos algarismos da pressão de ajuste do


altímetro.
MCA 105-12 / 2008 91

9.1.3.14 Informações suplementares

Para informações suplementares, apenas devem ser plotados os grupos WS


RDRDR ou WS ALL RWY, relativos a informações sobre a ocorrência de Cortante do vento
nos níveis inferiores.

Devem ser plotadas somente as letras WS, independente da indicação da pista


de referência.

9.1.3.15 Exemplos de plotagem de um código METAR/SPECI

METAR SBBR 311300Z 06003G14KT 8000 TS FEW005 SCT040 FEW045CB OVC100 19/19 Q1014
RERA WS R29

V100 014 G14


19
80
F045
19 S040 WS
F005

METAR SBAR 141700Z 18010KT 2000 –RA BR BKN010 SCT015 FEW017TCU BKN100 24/24
Q1016

24 B100 016

20

24 F017
S015
B010

METAR SBCX 211700Z 25006KT 0500 –RA FG VV002 10/10 Q1019

10 019

05

10
VV002

METAR SBKG 211700Z 13008KT 3000 –RADZ SCT006 BKN010 BKN016 23/22 Q1017

23 017

30 ,
22 B010
S006
92 MCA 105-12 / 2008

9.1.3.16 Na plotagem no IEPV 105-35, com o intuito de facilitar a análise dos elementos
plotados, adota-se o procedimento de hachurar colorido, totalmente ou parcialmente, a
quadrícula em que o código é plotado, conforme o símbolo do fenômeno de tempo presente,
bem como colorir os símbolos, de acordo com as seguintes tabelas:

Fenômeno Cor da hachura da quadrícula

Cinzas vulcânicas, névoa seca, fumaça, areia ou poeira marrom

Névoa úmida amarela

Nevoeiro âmbar

Precipitação verde

NOTA : Quando dois fenômenos de tempo presente forem plotados. Deve-se hachurar
partes da quadrícula com as duas cores, se for o caso.

Símbolo Cor do símbolo

Trovoada e nuvem CB vermelha

9.1.4 PLOTAGEM DE CARTAS SINÓTICAS DE ALTITUDE

9.1.4.1 As Cartas Sinóticas de Altitude são plotadas, normalmente, duas vezes ao dia, com
dados básicos referentes às observações sinóticas do ar superior das 0000 e 1200 UTC.

9.1.4.2 As Cartas Sinóticas de Altitude devem compreender os níveis de 850, 700, 500, 400,
300, 250 e 200 hPa. Excepcionalmente, poderão compreender os níveis de 150, 100 e 70 hPa.

9.1.4.3 A plotagem das mensagens sinóticas de altitude (código TEMP) deve obedecer,
rigorosamente, ao modelo padrão internacional a seguir.

f 2f 2f 2 f 1f 1f 1
fnfnfn

d2d2 d1d1
dndn

TnTnTan±∆Tn hnhnhn±∆hn

h1h1h1±∆h1 (GG)

TdnTdnTdn ± ∆Tdn ou DnDn ± ∆Dn h2h2h2±∆h2

hn+xhn+xhn+x
MCA 105-12 / 2008 93

9.1.4.3.1 Os elementos sombreados não têm a plotagem adotada pelo Brasil, embora estejam
apresentados nesta publicação a título de conhecimento e interpretação de mensagens
sinóticas internacionais.

9.1.4.3.2 Os retângulos incluídos no diagrama servem apenas para fixarem as posições dos
elementos e não são incluídos na plotagem real, com exceção do retângulo relativo a hn + xhn
+ xhn + x.

9.1.4.3.3 O círculo representa a Estação plotada.

9.1.4.4 Descrição dos elementos e regras para plotagem

A mensagem sinótica originada da observação em altitude (código TEMP)


contém grupos de elementos meteorológicos que deverão ser plotados em cartas sinóticas de
altitude (níveis padrões), segundo as descrições e regras que se seguem.

9.1.4.4.1 dndn (Direção do vento)

A direção do vento, no nível referente à carta, deve ser plotada da mesma


forma que a direção do vento à superfície.
Para uma maior precisão, o segundo algarismo da direção poderá ser plotado
na extremidade da haste, devendo, também, ser plotado um sinal mais (+) à direita desse
algarismo, sempre que uma precisão de cinco graus tenha que ser plotada, por exemplo:

9 =290/20KT 9+ =295/20KT

9.1.4.4.2 fnfnfn (Velocidade do vento)


A velocidade do vento, no nível referente à carta, deve ser plotada da mesma
forma que a velocidade do vento à superfície.

9.1.4.4.3 d1d1 e d2d2 (Direção do vento derivado referente às camadas de espessura h1h1h1 e
h2h2h2)
A direção do vento derivado deve ser plotada da mesma forma que dndn, ou
seja, com a haste contínua; se um segundo vento derivado for plotado, a sua haste deverá ser
tracejada.

9.1.4.4.4 f1f1 e f2f2 (Velocidade do vento derivado referente à camada de espessura h1h1h1 e
h2h2h2)
A velocidade do vento derivado deve ser plotada da mesma forma que fnfnfn,
porém as rebarbas e flâmulas o serão no lado oposto, isto é, à direita da haste no Hemisfério
Norte e na Linha do Equador e à esquerda, no Hemisfério Sul.

9.1.4.4.5 hnhnhn (Geopotencial da superfície de pressão)


O geopotencial da superfície de pressão correspondente ao nível da carta deve
ser plotado em metros ou decâmetros geopotenciais.
94 MCA 105-12 / 2008

9.1.4.4.6 h1h1h1 e h2h2h2 (Diferença entre geopotenciais de duas superfícies isobáricas


padrões)
A diferença entre os geopotenciais de duas superfícies isobáricas padrões deve
ser plotada na mesma unidade de hnhnhn.

9.1.4.4.7 hn + xhn + xhn + x (Geopotencial de uma superfície de pressão, diferente daquela


representada por hnhnhn)
O geopotencial de uma superfície de pressão, diferente da indicada por hnhnhn,
deve ser plotado na mesma unidade de hnhnhn e inscrita em um retângulo.

9.1.4.4.8 TnTnTan (Temperatura do ar, no nível referente à carta)


Esta temperatura, no nível referente à carta, deve ser plotada conforme a
informação da mensagem; quando negativa, será precedida do sinal menos (-).

9.1.4.4.9 TdnTdnTdn (Temperatura do ponto de orvalho, no nível referente à carta)


Esta temperatura, no nível referente à carta, deve ser plotada no lugar de DnDn,
sendo obtida através da diferença entre TnTnTan e DnDn.

9.1.4.4.10 DnDn (Depressão do ponto de orvalho, no nível referente à carta)


A depressão do ponto de orvalho, no nível referente à carta, deve ser plotada
conforme a informação da mensagem.

9.1.4.4.11 ∆Tn, ∆Tdn, ∆Dn, ∆hn e ∆htn (Valor da variação do elemento durante 12 horas
precedentes à hora da observação)
Os valores das variações entre o correspondente elemento no período de 12
horas anteriores à hora da observação serão precedidos pelo sinal mais (+), para indicar
acréscimo no valor do elemento durante o período e pelo sinal menos (-), para indicar
decréscimo do elemento. As unidades empregadas serão as mesmas usadas na plotagem do
elemento correspondente.
9.1.4.4.12 GG (Hora da observação)
Caso a observação inclua geopotenciais, mas tenha sido realizada em hora
diferente do horário da carta, a hora da observação deve ser aproximada para UTC e plotada
entre parênteses e à direita da plotagem dos dados básicos.
9.1.5 PLOTAGEM DA MENSAGEM AIREP
9.1.5.1 Nos Centros Meteorológicos, a plotagem da mensagem AIREP é realizada em uma
Carta Sinótica de Altitude, quando haja coincidência do nível de vôo com o nível padrão a
que a carta se refere.
9.1.5.2 Esta plotagem deve obedecer, rigorosamente, ao modelo padrão a seguir. Os
elementos do modelo devem ser plotados nas posições relativas mostradas, conforme
descrição e regras de plotagem a seguir, sendo que alguns deles podem ser omitidos.
MCA 105-12 / 2008 95

HtHtHtHt

dd Nc D
M
fff TcTc hbhbhbhb HHH
Wx GGgg
Ix HtHtHtHt
Bx Nc
hbhbhbhb

9.1.5.2.1 Os retângulos incluídos no diagrama servem apenas para fixarem as posições dos
elementos e não são incluídos na plotagem real, com exceção do retângulo indicado com uma
linha grossa, o qual indica a posição de onde a observação foi feita.

9.1.5.3 Descrição dos elementos e regras para plotagem

A mensagem AIREP originada da observação em vôo contém grupos de


elementos que deverão ser plotados, segundo as descrições e regras que se seguem:

9.1.5.3.1 GGgg (Hora da observação)

A hora da observação, em UTC, é plotada conforme a informação da


mensagem.

9.1.5.3.2 HHH (Nível de vôo ou altitude)

Caso o nível de vôo (FL) seja informado, indicará que a aeronave voa com o
ajuste do altímetro padrão. Caso a altitude (ALT) seja informada, indicará que o altímetro está
ajustado para QNH. Em ambos os casos, o elemento é plotado conforme a mensagem.

9.1.5.3.3 TcTc (Temperatura corrigida)

Será plotada em graus Celsius; quando negativa, será precedida pelo sinal
menos (-).

9.1.5.3.4 Wx (Tempo presente)


Será plotado, utilizando-se o símbolo apropriado da seguinte Tabela:

TDO ou
Wx TS HAIL RA SNOW FZR
WTSPT

símbolo

9.1.5.3.5 dd (Direção do vento no nível de vôo ou altitude)

Será plotada da mesma forma que a direção do vento à superfície. Para


observações de vento médio, a letra M é inscrita na haste.

9.1.5.3.6 fff (Velocidade do vento no nível de vôo ou altitude)


96 MCA 105-12 / 2008

Será plotada da mesma forma que a velocidade do vento à superfície. Na


ocorrência de vento instantâneo, quando informado, a plotagem deve ser da mesma forma.

9.1.5.3.7 D (Fator D)

Será plotado conforme a mensagem, precedido pelo sinal mais (+) ou menos (-).

9.1.5.3.8 Nc (Quantidade de nuvens)


Será plotada, utilizando-se o símbolo apropriado da seguinte Tabela:

Nc SCT BKN OVC

símbolo

NOTA : Caso a nuvem CB seja informada, seu símbolo será plotado à esquerda do seu Nc.

9.1.5.3.9 HtHtHtHt (Topo da camada de nuvens)

Será plotado conforme a mensagem, por exemplo, F280.

9.1.5.3.10 hbhbhbhb (Base da camada de nuvens)

Será plotada conforme a mensagem, por exemplo, F120.

9.1.5.3.11 Ix (Gelo)

A indicação de formação de gelo deve ser plotada, utilizando-se o símbolo


apropriado da seguinte Tabela:

Ix ICE MOD ICE SEV

símbolo

9.1.5.3.12 Bx (Turbulência)

A indicação de turbulência deve ser plotada, utilizando-se o símbolo


apropriado da seguinte Tabela:

Bx TURB MOD TURB SEV

símbolo

NOTA : Informações adicionais incluídas na mensagem podem ser acrescentadas à


plotagem.

9.1.5.3.13 As informações meteorológicas procedentes de aeronaves deverão ser avaliadas, se


for o caso, antes de serem plotadas, uma vez que à hora da observação e nível de vôo, os
instrumentos de medida e as técnicas empregadas na observação são diferentes das realizadas
na observação à superfície.
MCA 105-12 / 2008 97

9.1.5.4 Generalidades quanto à mensagem AIREP

9.1.5.4.1 As informações meteorológicas recebidas de aeronaves em vôo são de grande valor


na complementação de dados sinóticos básicos, possibilitando a confecção de mensagem
SIGMET ou emendas às previsões.

9.1.5.4.2 As informações meteorológicas são recebidas de aeronaves em vôo na forma da


mensagem AIREP, em sua Seção 3, através dos canais de comunicações dos órgãos de
Tráfego Aéreo. Os procedimentos de retransmissão para os Centros Meteorológicos são
previstos na ICA 105-1.

9.1.5.4.3 Estas informações só comporão a Seção 3 das mensagens AIREP quando a aeronave
estiver voando no FL100 ou acima dele.

9.1.5.4.4 As informações suplementares constituem opinião dos aeronavegantes que realizam


as observações, por conseguinte, torna-se necessário uma avaliação por parte do Previsor.

9.1.5.4.5 O D (Fator D), quando informado, é relacionado à hora da observação; os outros


fenômenos que tenham sido observados em hora diferente serão informados como
suplementares.

9.1.5.4.6 A precisão da informação meteorológica procedente de aeronaves, no que se refere à


temperatura do ar, é da ordem de 2°C. Vale salientar que o erro de 2°C é devido aos erros de
calibração.

9.1.5.4.7 A temperatura informada deverá sempre ser corrigida de acordo com o gradiente
vertical de temperatura existente. Na troposfera, recomenda-se usar a relação de 0,65ºC/100
m; acima dessa camada não deverá ser usada, por ser impraticável.

9.1.5.4.8 A temperatura informada pelas aeronaves pode representar a distribuição horizontal


ou vertical da mesma, por conseguinte, pode possibilitar o traçado de isoterma à superfície de
pressão constante.

9.1.5.4.9 Quando houver área de acentuado gradiente horizontal de temperatura, haverá


possibilidade de corrente de jato ou forte cortante vertical do vento e, conseqüentemente,
turbulência.

9.1.5.4.10 A subsistência de ar quente estratosférico e o acúmulo de ar frio troposférico


podem ser detectados sobre as áreas oceânicas por meio de informações de temperatura
procedentes de aeronaves.

9.1.5.4.11 De acordo com os meios de navegação, a informação meteorológica poderá conter


o vento médio, porém, de um modo geral, a informação conterá o vento instantâneo, sendo
sua precisão da ordem de ± 5° na direção e ± 5 nós na velocidade.

9.1.5.4.12 A intensidade da turbulência, relatada neste tipo de informação, relaciona-se ao


efeito que ela causa no desempenho da aeronave; por conseguinte, é subjetiva, e dependerá de
que forma foi afetada a movimentação dentro da aeronave.

9.1.5.4.13 A intensidade da formação de gelo também é subjetiva, variando de uma região


geográfica para outra, assim como de uma tripulação para outra.
98 MCA 105-12 / 2008

9.1.5.4.14 Os fenômenos meteorológicos informados pelos aeronavegantes são precisos,


excetuando-se o grau de intensidade dos mesmos, por ser uma informação também subjetiva.

9.1.5.4.15 O D (Fator D), quando informado, refere-se à diferença entre a altitude verdadeira
da superfície considerada e altitude desta mesma superfície na Atmosfera Padrão.

9.1.5.4.16 O altímetro, geralmente, apresenta erros sistemáticos de, aproximadamente, 30 m


para nível de 6.000 m; em conseqüência, um erro sistemático de, aproximadamente, 130 m
pode ocorrer na informação do Fator D para vôos até o nível de 9.000 m.

9.1.6 PLOTAGEM DE DIAGRAMAS

9.1.6.1 O diagrama em uso nos Centros Meteorológicos é o IEPV 105-18 "Diagrama


Adiabático SKEW T LOG P". Este diagrama destina-se à análise de radiossondagens e é
plotado com os dados básicos de observação do ar superior a fim de representar a variação, na
vertical, dos elementos meteorológicos considerados, para fins de análise.

9.1.6.2 Este diagrama deve ser usado para a plotagem dos dados de duas sondagens
consecutivas de uma mesma Estação. Para diferenciar estes dados, a plotagem de uma
sondagem é feita na cor azul e a outra, na cor vermelha. Para esta plotagem, qualquer tipo de
caneta poderá ser utilizado, porém a hidrográfica é a melhor indicada. Não é permitido o uso
de lápis.

9.1.6.3 Cada valor codificado de temperatura do ar e temperatura do ponto de orvalho é


plotado através de um pequeno "ponto" no local exato dos valores, sendo cada ponto que
representa a temperatura do ar envolvido por um pequeno círculo de, aproximadamente, 2 mm
de diâmetro, e cada ponto que representa a temperatura do ponto de orvalho envolvido por um
pequeno triângulo de, aproximadamente, 2 mm de lado.

9.1.6.4 A demarcação da curva da temperatura do ar é feita através de uma linha contínua que
liga os referidos pontos. A demarcação da curva da temperatura do ponto de orvalho é feita
através de uma linha tracejada que liga os referidos pontos, onde os traços e os espaços entre
eles serão de, aproximadamente, 2 mm e 1 mm., respectivamente.

9.1.6.5 Quando a sondagem ultrapassar o nível de 100 hPa, a plotagem deve continuar
repetindo-se os dados do nível de 100 hPa na linha correspondente à pressão de 400 hPa.
Deste ponto em diante, os valores de pressão são aqueles indicados entre colchetes, os quais
equivalem a 1/4 dos valores de pressão da linha correspondente. Na nova escala, a sondagem
poderá ser estendida até 25 hPa.

9.1.6.6 A plotagem dos ventos será feita nas escalas de vento, no lado direito do Impresso. A
direção e a velocidade devem ser plotadas da mesma forma que nas cartas de superfície.

9.1.6.7 A plotagem do vento e o preenchimento do quadro de Análise do Diagrama


Adiabático, devem ser feitas utilizando-se caneta da mesma cor que foi feita a sondagem
correspondente.

NOTA : Maiores especificações quanto a este diagrama encontram-se no MMA 105-7


“Manual de Análise do Diagrama SKEW T LOG P”.
MCA 105-12 / 2008 99

9.2 REPRESENTAÇÕES EM CARTAS DE ANÁLISES METEOROLÓGICAS

As cartas de análises meteorológicas são representadas por meio de isolinhas,


símbolos de frentes e fenômenos meteorológicos associados e de outras condições de tempo.

9.2.1 REPRESENTAÇÕES DE ISOLINHAS

9.2.1.1 No traçado das isolinhas, as linhas serão diferenciadas quanto à forma e quanto à cor,
segundo as ordens a seguir:

a) monocromática: linha contínua


linha tracejada
linha pontilhada

b) policromática: linha contínua preta


linha contínua vermelha
linha contínua verde

9.2.1.2 Quando dois ou mais tipos de isolinhas são traçados numa mesma carta, a forma da
linha ou da cor será selecionada de acordo com prioridade da seguinte lista:
a) isóbaras;
b) linhas de contorno (isoípsas);
c) linhas de fluxo;
d) isotacas;
e) linhas de espessura;
f) isotermas;
g) linhas de umidade; e
h) isalóbaras.

9.2.1.3 Isolinhas devem ser claramente identificadas pelos seus valores correspondentes. Os
números devem ser colocados ao longo delas com suas bases paralelas às linhas de latitude
adjacente.
100 MCA 105-12 / 2008

9.2.2 REPRESENTAÇÕES DE FRENTES E FENÔMENOS ASSOCIADOS

TERMOS SÍMBOLOS

Monocromático Policromático

a) Frente fria à superfície ↑

b) Frente fria em altitude ↑


Azul
c) Frontogênesis de frente fria ↑

d) Frontólisis de frente fria ↑

e) Frente quente à superfície ↑

f) Frente quente em altitude ↑


Vermelho
g) Frontogênesis de frente quente ↑

h) Frontólisis de frente quente ↑

i) Frente oclusa à superfície ↑


Roxo
j) Frente oclusa em altitude ↑

k) Frente semi-estacionária à superfície

l) Frente semi-estacionária em altitude Alternando


Azul e
m) Frontogênesis de frente semi-estacionária Vermelho

n) Frontólisis de frente semi-estacionária

o) Linha de instabilidade
Preto
p) Linha de cortante do vento

q) Linha de convergência
Laranja
r) Zona de Convergência Intertropical
Alternando
s) Descontinuidade intertropical Vermelho e
Verde

t) Linha central do cavado


Preto
u) Linha central da crista
MCA 105-12 / 2008 101

NOTA 1: Os símbolos mostrados são plotados na carta ao longo da linha do fenômeno e


deverá ser repetido quando for necessário indicar a extensão do referido fenômeno.
NOTA 2: As setas nas alíneas “a” a “j” não fazem parte do símbolo, mas servem para indicar
a orientação do símbolo com o respeito à direção do movimento do fenômeno.

9.2.3 REPRESENTAÇÕES DE CONDIÇÕES DE TEMPO


As áreas de condições de tempo nas cartas meteorológicas serão representadas
nas formas indicadas abaixo:

REPRESENTAÇÕES
ÁREAS DE
CONDIÇÕES DE TEMPO
Monocromático Policromático

a) Precipitação Símbolo do tipo de precipitação, em Idêntica ao modo monocromático,


tamanho grande, assinalado sobre a porém na cor verde
área, conforme o caso

b) Pancadas Símbolo de pancada, em tamanho Idêntica ao modo monocromático,


grande, assinalado sobre a área porém na cor verde

c) Nevoeiro Símbolo de nevoeiro, em tamanho Totalmente sombreadas na cor


grande, assinalado sobre a área laranja

d) Névoa úmida Símbolo de névoa úmida, em tamanho Totalmente sombreadas na cor


grande, assinalado sobre a área amarela

e) Tempestade de poeira, Símbolo do fenômeno, em tamanho Totalmente sombreadas na cor


tempestade de areia, névoa grande, assinalado sobre a área marrom
seca ou fumaça

NOTA 1: As áreas de nuvens CB implicam na possibilidade de ocorrência de trovoada,


turbulência, gelo e granizo; a representação dos referidos fenômenos, portanto,
torna-se desnecessária.

NOTA 2: Em todos os casos, a extensão da área afetada pelos fenômenos poderá ser
delineada em seu limite por uma linha fina da mesma cor. As áreas sombreadas
não devem encobrir os dados plotados.
102 MCA 105-12 / 2008

9.2.4 REPRESENTAÇÕES POLICROMÁTICAS USUALMENTE UTILIZADAS

As áreas de condições de tempo e linhas nas cartas meteorológicas serão


representadas nas formas policromáticas indicadas abaixo:

a) análise do Índice K: linha contínua azul;


b) área de índice K > 20: hachurada em vermelho, com o
símbolo de nuvem CB em seu
interior;
c) área de índice K < 20: hachurada em azul;
d) isalóbara positiva: linha contínua azul;
e) isalóbara ZERO: linha contínua roxa;
f) isalóbara negativa: linha contínua vermelha;
g) área contida por isalóbaras > 10: hachurada em azul;
h) área contida por isalóbaras < -10: hachurada em vermelho;
i) isotacas em cartas de altitude: linha contínua azul;
j) isotacas em cartas de Seção Vertical: linha contínua preta;
k) isotermas: linha tracejada vermelha;
l) tropopausa: linha contínua roxa;
m) isoieta: linha contínua verde; e
n) isodrosoterma: linha tracejada verde.

9.2.5 REPRESENTAÇÕES DE MASSAS DE AR

9.2.5.1 As características das massas de ar podem ser identificadas nas cartas meteorológicas,
pela natureza da região de origem, sua região de origem e tipo, conforme o seguinte:
a) natureza da região de origem:
- m - marítima; e
- c - continental;
b) região de origem:
- A - antártica;
- P - polar;
- T - tropical; e
- E - equatorial; e
c) tipo:
- w - quente; e
- k - fria.

Assim, mPk significa uma massa de ar polar marítima, mais fria que a
superfície sobre a qual se desloca.
MCA 105-12 / 2008 103

9.2.5.2 Uma massa de ar se transformando em outra deverá ser indicada por uma seta ligando
os símbolos das duas massas.

Ex.: O estado de transição de uma massa de ar polar marítima para uma


massa de ar tropical marítima deverá ser representado por mP  mT.

9.2.5.3 A mistura de duas massas de ar deverá ser indicada por um sinal mais (+) entre os
símbolos das massas de ar.

Ex.: mP + mT

9.2.5.4 A sobreposição de uma massa de ar sobre outra deverá ser indicada pelos símbolos das
duas massas, colocados um sobre o outro e separados por uma linha horizontal.

Ex.: mTw
cTk

9.2.5.5 Os símbolos para as massas de ar devem ser inseridos dentro das áreas ocupadas pelas
massas de ar correspondentes. As bases dos símbolos deverão ficar paralelas às linhas
adjacentes de latitude.

9.2.5.6 Os símbolos referentes às massas de ar polar e ártica deverão ser inseridos na cor azul.
Os símbolos referentes às massas de ar tropical e equatorial deverão ser inseridos na cor
vermelha.

9.3 REPRESENTAÇÕES DE ANÁLISES E PREVISÕES EM CARTAS ESPECÍFICAS

9.3.1 CARTAS SINÓTICAS DE SUPERFÍCIE

9.3.1.1 Frentes

As frentes devem ser plotadas utilizando-se os símbolos mostrados no item


9.2.2.

9.3.1.1.1 Trajetória das Frentes

É representada por uma seta de traço simples na cor preta, partindo de um


ponto da frente e terminando na posição prognosticada para este mesmo ponto. Caso as
trajetórias sejam diferentes para uma série de pontos, várias flechas poderão ser usadas.

9.3.1.2 Isóbaras

As isóbaras devem ser plotadas em intervalos de 2 hPa. Os múltiplos ou


submúltiplos deste intervalo podem ser utilizados, dependendo da escala e das finalidades da
carta, porém a isóbara de 1.000 hPa deve sempre ser incluída, qualquer que seja o intervalo.

9.3.1.3 Centros de pressão

9.3.1.3.1 A posição de um centro de pressão deve ser indicada por um X.

9.3.1.3.2 Os centros de alta pressão serão representados pelas letras A ou H maiúsculas, na


cor azul, incorporadas, através de um carimbo, acima do X que marca a posição do centro.
104 MCA 105-12 / 2008

9.3.1.3.3 Os centros de baixa pressão serão representados pelas letras B ou L maiúsculas, na


cor vermelha, incorporadas, através de um carimbo, acima do X que marca a posição do
centro.

NOTA : Eventualmente, a letra maiúscula que representa o centro poderá ser aquela
apropriada à língua do país que confecciona a carta.

9.3.1.3.4 No caso de circulações ciclônicas tropicais, o centro é representado por um símbolo


especial como mostrado abaixo:

a) para circulação ciclônica tropical com ventos máximos observados ou


estimados de 17 a 63 kt (29 a 117 km/h):

Hemisfério Norte Hemisfério Sul

b) para circulação ciclônica tropical com ventos máximos observados ou


estimados de 64 kt (118 km/h) ou mais:

Hemisfério Norte Hemisfério Sul

9.3.1.3.5 A letra maiúscula e o símbolo a que se referem os itens anteriores devem ser
plotados paralelamente ao meridiano adjacente.

9.3.1.3.6 Os centros de pressão podem ser representados por uma letra ou algarismo que ajude
a identificar a sua trajetória carta a carta, devendo ser escrito como um sufixo à letra ou
símbolo que representa o centro de pressão.

9.3.1.3.7 Uma circulação ciclônica tropical pode ter um nome atribuído a ela, devendo ser
escrito em letras de forma próximo ao símbolo que a representa.

9.3.1.3.8 O valor do centro de pressão deve ser escrito em hectopascais inteiros,


imediatamente abaixo da representação do centro; este número deve ser plotado paralelamente
à latitude adjacente.

9.3.1.3.9 Trajetórias dos centros de pressão

As posições precedentes de um centro de pressão podem ser inseridas por meio


de símbolos, da mesma maneira que a posição atual. Acima de cada símbolo será inserida a
hora correspondente (dois algarismos) e, abaixo dele, a pressão do centro nesta hora, em
hectopascais. Os símbolos devem ser ligados por uma linha grossa tracejada.

A posição prevista de um centro de pressão pode ser indicada por meio de um


símbolo, da mesma maneira que a posição atual. A hora e a pressão estimada devem ser
plotadas acima e abaixo do símbolo, respectivamente. A posição atual e a prevista devem ser
ligadas por uma seta contínua plotada ao longo da trajetória prevista.
MCA 105-12 / 2008 105

9.3.1.4 Isalóbaras

As Isalóbaras para análise da diferença de pressão nas últimas três horas


devem, normalmente, ser plotadas em intervalos de 1 hPa. Intervalos maiores podem ser
usados se a escala da carta for pequena ou se o período for maior que três horas. A isalóbara
de gradiente zero será numerada com um 0 (zero) e os números nas outras linhas estarão
precedidos por um sinal positivo (+) se a pressão aumentar e, de um sinal negativo (-), se
diminuir.

9.3.2 CARTAS SINÓTICAS DE ALTITUDE

9.3.2.1 Frentes

Se as frentes forem plotadas, deverão ser utilizados os símbolos mostrados no


item 9.2.2.

9.3.2.2 Isoípsias de topografia absoluta ou linhas de contorno

Estas linhas devem ser plotadas em intervalos de 40 mgp (80, 20 e 10, quando
apropriado) ou 60 mgp (120, 30 ou 15, quando apropriado). As linhas devem ser numeradas
em decâmetros geopotenciais.

Ex.: 5.280 mgp devem ser plotados como 528.

9.3.2.3 Centros em altitude

9.3.2.3.1 As posições atuais, precedentes e previstas de centros de alta e de baixa podem ser
representadas da mesma maneira que nas cartas sinóticas de superfície (ver o item 9.3.1.3).
Considerando que estas análises são feitas em níveis padrões da atmosfera, a pressão será a
mesma e, portanto, não será representada como centros de alta e/ou baixa pressão e, sim, por
centros de circulação anticiclônica e ciclônica.

9.3.2.3.2 Acima do X que marca a posição do centro podem ser inseridas as letras maiúsculas
que representam a natureza do centro.

9.3.2.3.3 O valor da altitude do centro deve ser inserido imediatamente abaixo do símbolo que
marca o centro, com aproximação de dez metros; por exemplo, 5280. O número deve ser
inserido paralelamente à latitude adjacente.

9.3.2.4 Isotacas

Isotacas devem, normalmente, ser plotadas em intervalos de 20 kt (40, 10 e 5,


quando apropriado). As áreas de velocidade mínima e máxima são hachuradas nas cores azul
e vermelha, respectivamente. Entretanto, nas cartas de vento máximo, este deve ser marcado
pela letra “J” seguida pela velocidade máxima estimada; por exemplo, J120.

NOTA : O Brasil adota, preferencialmente, a plotagem em intervalos de 10 kt.

9.3.2.5 Correntes de jato

A corrente de jato deve ser plotada com uma linha grossa contínua, com as
setas colocadas em intervalos ao longo dela, apontando na direção do fluxo da corrente.
106 MCA 105-12 / 2008

9.3.2.6 Isoípsias de topografia relativa ou linhas de espessura

Se estas forem plotadas, o devem ser com um dos seguintes intervalos: 40 mgp
(80, 20 e 10, quando apropriado) ou 60 mgp (120, 30 e 15, quando apropriado).

9.3.2.7 Isotermas

As isotermas, normalmente, não são plotadas nas cartas em que as linhas de


espessura forem incluídas. As isotermas devem ser plotadas com linhas contínuas ou
tracejadas em vermelho, em intervalos de 5°C (10°C e 2,5°C, quando apropriado) ou 2°C
(1°C, quando apropriado) e identificadas pelos respectivos valores, usando-se o sinal mais (+)
para valores positivos e sinal menos (-) pra valores negativos.

9.3.2.8 Isodrosotermas

Se as linhas de mesmo ponto de orvalho forem plotadas, deverão ser usados os


mesmos intervalos das isotermas.

9.3.2.9 Regras para análise dos dados

Nas cartas sinóticas de altitude, baseando-se nos dados dos níveis de pressão
padrão e utilizando-se suas representações, analisam-se os dados conforme as seguintes
regras:
a) direção do vento (linhas de fluxo):
- o fluxo deve ser representado por linha contínua, na cor preta,
terminando em seta;
- nenhuma "barbela" deverá fazer ângulo com o fluxo contínuo, em
hipótese alguma; e
- os centros de alta e de baixa pressão são representados pelas letras A e C,
respectivamente.
b) velocidade do vento (isotacas):
- traçadas com linhas contínuas, em azul;
- traçadas de 10 em 10 nós;
- área de vento máximo hachurada em vermelho;
- área de vento mínimo hachurada em azul; e
- fluxo de vento máximo hachurado com flecha e bandeirolas em
vermelho, indicando o FL (nível de vôo) e seu valor de ocorrência.
c) temperatura (isoterma):
- grafadas com linhas tracejadas, em vermelho;
- traçadas em intervalos de 5ºC (graus Celsius);
- identificadas pelos seus respectivos valores, usando-se o sinal menos (-)
para valores negativos e, sinal mais (+) para valores positivos; e
d) cavados e cristas:
- apenas os cavados deverão ser analisados nos vários níveis e serão
representados por uma linha contínua, na cor preta, ao longo de seu eixo.
MCA 105-12 / 2008 107

9.3.3 CARTAS AUXILIARES

São elaboradas as seguintes cartas auxiliares:

a) isalobárica; e
b) potencial de estabilidade.

NOTA : Outras cartas e diagramas poderão ser plotados e analisados, a critério da chefia do
Centro Meteorológico, desde que isto melhore a qualidade das previsões
meteorológicas.

9.3.3.1 Isalobáricas

A análise da diferença de pressão ocorrida nas últimas 24 horas será elaborada


de acordo com as seguintes regras:

a) as isolinhas devem ser traçadas em intervalos de 5 hPa;


b) ajustados os gradientes, representam-se as isalóbaras negativas, em
vermelho; as positivas, em azul; e a de zero, em roxo;
c) inserir as letras A, em azul, ou B, em vermelho, nos centros de pressão,
indicando, assim, se a pressão está aumentando ou diminuindo,
respectivamente; e
d) colorir as áreas envolvidas pelos valores –10, em vermelho; e +10, em azul.

9.3.3.2 Potencial de Estabilidade (ÍNDICE K)

A análise será elaborada de acordo com as seguintes regras:

a) as isolinhas do Índice K devem ser traçadas, na cor preta, com os ventos do


nível de 700 hPa;
b) os valores do Índice K devem ser inseridos nas isolinhas cuja separação
será de 5 em 5; e
c) os centros fechados com valores máximos, superiores a 20, devem ser
hachurados em vermelho, e os menores, em azul.

9.3.4 SEÇÃO VERTICAL DA ATMOSFERA

Em uma carta de Seção Vertical da Atmosfera, devem ser analisados os dados


de vento (isotacas) e de temperatura do ar ou, preferencialmente, de temperatura potencial. Os
dados deverão ser representados, na forma policromática, conforme as seguintes regras:

a) isotacas – linhas, na cor preta, plotadas em intervalos de 10 nós,


identificadas pelo seu respectivo valor, devendo o núcleo da corrente de
jato ser assinalado pela letra J, na cor vermelha;
b) isotermas - linhas tracejadas, na cor vermelha, plotadas em intervalos de
5ºC, identificadas pelo seu respectivo valor. Utiliza-se o sinal mais (+) para
valores positivos e, sinal menos (-), para valores negativos;
c) tropopausa - linha mista de pontos e traços, na cor roxa;
108 MCA 105-12 / 2008

d) camadas úmidas - áreas hachuradas, limitadas por linhas finas e contínuas,


na cor amarela; e
e) descontinuidades - áreas hachuradas, limitadas por linhas finas e contínuas,
na cor preta.

9.3.5 DIAGRAMA ADIABÁTICO “SKEW T LOG P”

Os dados para análise e a utilização para previsões são feitos de acordo com o
MMA 105-7.
MCA 105-12 / 2008 109

10 PREVISÕES METEOROLÓGICAS

10.1 INTERPRETAÇÃO E TIPOS DE PREVISÕES


Devido à variabilidade dos elementos meteorológicos no espaço e no tempo, às
limitações das técnicas de previsão e às restrições causadas pelas definições de alguns
elementos, o valor específico de algum dos elementos dados em uma previsão será entendido
pelo usuário como o valor mais provável de ocorrência de tal elemento, durante o período da
previsão. Logo, quando a hora da ocorrência ou da variação de um elemento for dada em uma
previsão, esta hora será entendida como a mais provável.

As previsões meteorológicas para fins aeronáuticos poderão ser dos seguintes


tipos:

a) previsão de aeródromo;
b) previsão para pouso;
c) previsão para decolagem;
d) previsão de área para vôos em níveis baixos; e
e) previsões especiais.

10.2 PREVISÃO DE AERÓDROMO

10.2.1 A previsão de aeródromo será preparada pelo CMA-1 e consiste em uma declaração
concisa das condições meteorológicas previstas para um aeródromo, durante um período
determinado.

10.2.2 As previsões de aeródromo e respectivas emendas serão divulgadas como código TAF.

NOTA : O código TAF é normatizado no MCA 105-10.

10.2.3 O CMA-1 deverá fazer vigilância meteorológica contínua das condições de tempo dos
aeródromos sob sua responsabilidade e, quando necessário, divulgará emendas de suas
Previsões de Aeródromo.

10.2.4 Os períodos de validez das Previsões de Aeródromo serão de 12 e 24 ou 30 horas, para


atender ao planejamento operacional dos vôos para aeródromos nacionais e internacionais,
respectivamente.

NOTA 1: O Brasil não adota a confecção da Previsão de Aeródromo com validade de 30


horas.

NOTA 2: Os aeródromos designados como internacionais estão descritos no ROTAER.

10.2.5 Os períodos de validez das Previsões de Aeródromo deverão iniciar-se às 0000, 0600,
1200 e 1800 UTC, sendo renovados a cada 6 horas.

10.2.6 As Previsões de Aeródromo poderão sofrer emendas até ter sido decorrido, no máximo,
1/6 (um sexto) de seus períodos de validez.
110 MCA 105-12 / 2008

10.2.7 As Previsões de Aeródromo e suas respectivas emendas deverão ser divulgadas nas
formas codificadas e/ou em linguagem clara abreviada, como estabelecido na ICA 105-1
“Divulgação de Informações Meteorológicas”, no MCA 105-10 e no Anexo H deste Manual.

10.3 PREVISÃO PARA POUSO

10.3.1 A Previsão para Pouso será preparada pelo CMA-1 designado pela autoridade
meteorológica, conforme Acordo Regional de Navegação Aérea.

10.3.2 A Previsão para Pouso tem como objetivo atender a requisitos de usuários locais e de
aeronaves que estejam a, mais ou menos, uma hora de vôo do aeródromo.

10.3.3 A Previsão para Pouso será preparada como Previsão de Tendência.

10.3.4 A Previsão de Tendência consistirá em uma declaração concisa sobre mudanças


significativas previstas nas condições meteorológicas no aeródromo, que deve ser adicionada
ao METAR ou SPECI.

10.3.5 O período de validez de uma Previsão de Tendência será de 2 (duas) horas a partir da
hora do informe em que faz parte a Previsão para Pouso.

10.3.6 A Previsão de Tendência é normatizada no MCA 105-10.

10.3.7 O Brasil não adota o uso deste tipo de previsão.

10.4 PREVISÃO PARA DECOLAGEM

10.4.1 A Previsão para Decolagem será preparada pelo CMA-1.

10.4.2 A Previsão para Decolagem deverá referir-se a um período especificado e conterá


informações sobre as condições meteorológicas previstas, em relação à pista ou complexo de
pistas do aeródromo em que está localizado o CMA-1, no que diz respeito ao vento à
superfície, temperatura, pressão (QNH) e quaisquer outros elementos julgados necessários de
acordo com a localidade.

10.4.3 A Previsão para Decolagem será fornecida, mediante solicitação, até 3 horas antes do
horário previsto para decolagem.

10.4.4 O CMA-1 deverá fazer vigilância meteorológica contínua das condições de tempo do
aeródromo em que estiver situado e, quando necessário, divulgará emendas desta Previsão.

10.4.5 O formato deste tipo de previsão depende de acordo entre o CMA-1 e usuários
interessados. A ordem dos elementos, a terminologia, as unidades e as escalas utilizadas serão
as mesmas usadas nos informes para o mesmo aeródromo.

10.4.6 Para expedir emendas, os critérios relativos ao vento à superfície, temperatura e


pressão, bem como quaisquer outros elementos conforme acordo local, deverá ser conforme
acordo entre o CMA-1 e usuários interessados.
MCA 105-12 / 2008 111

10.5 PREVISÃO DE ÁREA PARA VÔOS EM NÍVEIS BAIXOS

10.5.1 Quando a intensidade do Tráfego Aéreo abaixo do FL100 (ou FL150, em regiões
montanhosas, ou mais, se necessário) justifique difundir com regularidade previsões de área
para tais operações, devem ser seguidas as normas deste Manual quanto à freqüência, o
formato e o período de validez dessas previsões, bem como os critérios de emendas das
mesmas.

10.5.2 Quando a previsão for confeccionada em linguagem clara abreviada, deverá ser
preparada como Previsão de Área GAMET, empregando-se valores numéricos e abreviaturas
da OACI.

10.5.3 Quando a previsão for confeccionada em forma de carta, deverá ser preparada como
uma combinação das previsões de fenômenos SIGWX e de ventos e temperaturas em altitude.

10.5.4 Esta previsão deverá cobrir a camada entre a superfície e o FL100 (ou FL150, em
regiões montanhosas, ou mais, se necessário), incluindo informações relativas a fenômenos
meteorológicos perigosos para vôos em níveis baixos, em rota.
10.5.5 Esta previsão será preparada pelo CMA-1 em referência a FIR, ou subáreas (ou
setores) dela, em que estiver localizado, devendo ser difundida às 0000, 0600, 1200 e
1800 UTC, com períodos de validez de 6 horas, de acordo com a ICA 105-1.
10.5.6 FORMATO E CONTEÚDO DA PREVISÃO DE ÁREA GAMET

10.5.6.1 A Previsão de Área GAMET conterá duas seções:

a) seção I - relativa à informação sobre fenômenos de tempo perigosos para


vôos em níveis baixos, em rota, preparada para respaldar a emissão de
mensagem AIRMET; e
b) seção II - relativa à informação adicional que requeiram os vôos em níveis
baixos.

10.5.6.2 O formato, o conteúdo e a ordem dos elementos da Previsão de Área GAMET serão
de acordo com o Anexo F.

10.5.6.3 Emendas da Previsão de Área GAMET

Quando um fenômeno meteorológico perigoso para vôos em níveis baixos


tiver sido incluído na Previsão de Área GAMET e o referido fenômeno não ocorrer ou não for
mais previsto, uma mensagem GAMET AMD deverá ser divulgada, emendando somente o
elemento meteorológico em questão.

NOTA : Não há limitação de prazo para a divulgação da mensagem GAMET AMD.

10.5.7 CONTEÚDO DA PREVISÃO DE ÁREA PARA VÔOS EM NÍVEIS BAIXOS EM


FORMA DE CARTA

10.5.7.1 Quando preparada em forma de cartas, a previsão de ventos e temperaturas em


altitude será feita para pontos separados por, no máximo, 500 km (300 NM) e, pelo menos,
para as seguintes altitudes: 600, 1.500 e 3.000 m (2.000, 5.000 e 10.000 ft); e 4.500 metros
(15.000 ft) em áreas montanhosas.
112 MCA 105-12 / 2008

10.5.7.2 Quando preparada em forma de cartas, a previsão de fenômenos SIGWX será emitida
como Previsão SIGWX para Níveis Baixos, para a camada da superfície até o FL100 (ou
FL150, em regiões montanhosas, ou mais, se necessário). Esta previsão incluirá os seguintes
itens:
a) fenômenos que respaldam a emissão de uma mensagem SIGMET,
conforme o item 12.1.10.4, e que sejam esperados afetar os vôos em níveis
baixos; e
b) elementos incluídos na Previsão de Área GAMET, conforme o Anexo F,
com exceção dos elementos de ventos e temperaturas em altitude e de
previsão de QNH.

NOTA : O uso das abreviaturas “ISOL”, “OCNL” e “FRQ” (referentes às nuvens CB e


TCU), e “TS”, seguiram a mesma orientação dada nos itens 12.2.5.4 e 12.2.6.

10.6 PREVISÕES ESPECIAIS

10.6.1 As previsões especiais constarão de uma descrição concisa das condições


meteorológicas previstas para atenderem casos que não estejam aqui especificados.

10.6.2 Estas previsões devem ser confeccionadas pelos CMA-1, mediante solicitação dos
usuários interessados.

10.6.3 O período de validez e a forma de fornecimento serão estabelecidos por acordo entre o
Centro Meteorológico e usuários interessados; porém a terminologia, as unidades e escalas
empregadas serão as mesmas utilizadas em outras previsões.
MCA 105-12 / 2008 113

11 ELABORAÇÃO DE CARTAS DE PREVISÃO


11.1 MÉTODOS DE ELABORAÇÃO
11.1.1 Os métodos de elaboração aqui descritos têm a finalidade de orientar e estabelecer uma
padronização quanto à confecção de cartas de previsão meteorológica. Outros métodos
poderão ser adotados desde que comprovada sua eficiência.
11.1.2 A elaboração das cartas de previsão é baseada em duas formas:
a) a primeira é a que utiliza os diversos campos gerados por um modelo de
previsão numérica do tempo, sendo a mais recomendada; e
b) a segunda é aquela realizada manualmente. Esta é menos precisa e mais
trabalhosa, sendo descritas algumas regras e apresentações a seguir.
11.2 CARTAS DE PREVISÃO DE FENÔMENOS SIGWX
11.2.1 Os métodos recomendados para a elaboração desta carta baseiam-se, principalmente,
na análise das cartas de altitude, diagramas adiabáticos, cartas de superfície, cartas auxiliares,
etc. Em função destas análises, poderão ser obtidos a formação e os deslocamentos dos
seguintes elementos:
a) sistemas frontais;
b) teto baixo e formação de nevoeiro;
c) áreas de precipitação;
d) cavados e áreas de baixa pressão;
e) trovoadas de massa de ar;
f) linha de trovoada pré-frontal;
g) turbulência;
h) rajadas de vento à superfície; e
i) gelo em aeronaves.
11.2.1.1 Sistemas frontais
A formação e os deslocamentos dos sistemas frontais são analisados e
elaborados da seguinte forma:
a) frentes frias: após a transferência da posição à superfície para carta de
500 hPa, são deslocadas seguindo-se um percentual da componente
geostrófica normal à linha da frente, aplicada a pontos selecionados ao
longo da mesma. O percentual é relativo à hora de verificação da carta
prevista. Após este procedimento, a posição da linha de frente
prognosticada é transferida para a carta; e
b) frentes quentes: após a transferência da posição da linha frontal à
superfície para a carta de 850 hPa, são deslocadas, segundo o vetor
resultante da componente perpendicular do vento geostrófico à superfície,
comparando-se algebricamente com a medida do vento geostrófico no nível
de 850 hPa e deduzindo-se o percentual relativo à hora da verificação da
carta de previsão de superfície. Após este procedimento e marcados os
pontos selecionados da posição futura, a linha de frente prevista é plotada
na carta.
114 MCA 105-12 / 2008

11.2.1.2 Teto baixo e formação de nevoeiro


11.2.1.2.1 As áreas de ocorrência de teto baixo e formação de nevoeiro são analisadas e
elaboradas tomando-se por base o seguinte:
a) dados comparativos da rede de Estações Meteorológicas de Altitude em
todo o continente, seja através de Cortes Verticais da Atmosfera ou pelo
confronto de observações específicas para as regiões em estudo; e
b) extrapolação dos parâmetros obtidos através de níveis de inversão térmica
à superfície, áreas de precipitação, direção e velocidade do vento;
considerando a estação do ano e os diversos fatores de estabilidade para
aquelas regiões, nos níveis próximos à superfície e deduzidas as influências
locais.
11.2.1.2.2 Em estudo mais apurado do quadro sinótico previsto e dos processos de
deslocamento dos sistemas frontais, é verificada a possibilidade da ocorrência de nevoeiro
pré-frontal, que também é informada na referida carta de previsão.

11.2.1.3 Áreas de precipitação


As áreas de ocorrência de precipitação são analisadas e elaboradas das
seguintes formas:
a) pós-frontal:
- determinando-se o gradiente térmico na carta de 850 hPa, com especial
atenção para as vizinhanças do cavado frontal e confeccionando a
previsão do cavado em 500 hPa, verifica-se, na situação prevista, a
existência de um pequeno movimento no sentido do deslocamento frontal
ou se a linha do cavado é estacionária ou tende à regressão. Se tais
condições são previstas, o fluxo de 850 hPa, após o cavado, irá decair e
permitirá que a densa faixa de isotermas penetre na área de fluxo mais
fraco. Ao mesmo tempo, é avaliada se a depressão à frente do cavado de
850 hPa é da ordem de 5°C ou menos;
- se todas as condições anteriores estão presentes, delimita-se uma área de
cerca de 180 milhas atrás da linha da frente fria prevista à superfície, se a
sua inclinação for de noroeste-sudoeste; ou de cerca de 300 milhas, se a
inclinação for de oeste-este, demarcando-se a linha da frente como limite
da área de precipitação prevista;
- a área situada entre 25 e 75 milhas pós-frontal também é caracterizada
pela incidência de tetos muito baixos e visibilidade horizontal muito
reduzida. Geralmente, nas cartas, são previstos e informados tetos que
variam de 60 a 200 metros e ocorrência de visibilidade horizontal mínima
de 600 a 1.500 metros, com ocorrência de nevoeiro e precipitação
densos; e
- cerca de 180 a 300 km atrás da frente, ocorrem tetos da ordem de 200 a
400 metros, havendo a incidência de visibilidade horizontal reduzida aos
limites de 2 a 5 km, com a presença de névoa úmida e precipitação;
MCA 105-12 / 2008 115

b) de frente fria:
- a linha de velocidade máxima do vento no nível de 850 hPa é utilizada na
previsão de área com máxima concentração de precipitação;
- à direita da linha do vento máximo, na corrente anticiclônica, será
delineada a área procurada, para as primeiras 12 horas do período que
limitará o setor oeste da área;
- a extensão norte-sul é determinada por extrapolação do ponto de maior
ou menor ponto de orvalho e a aplicação do vento máximo a esse ponto,
para a posição de 12 horas posteriores;
- a linha de frente delimita a outra fronteira, orientada paralelamente
àquela linha; e
- para as restantes 12 horas do período, os limites da área são indicados
como as posições da linha frontal prevista para um período de 12 a 24
horas;
c) de frente quente:
- em todos os tipos predominantes de frente quente, a carta de 850 hPa
fornece a linha de advecção de ar quente, onde a localização da área
máxima de precipitação pode ser feita ao longo dessa linha. Através deste
procedimento, define-se a área de precipitação com a posição prevista da
frente quente à superfície; e
d) isoladas:
- na previsão dos diversos parâmetros relativos à precipitação (elevado
índice de umidade, cortantes verticais, advecção, baixo índice térmico,
etc.), são consideradas as influências particulares nas regiões não
afetadas por sistemas frontais, em virtude da situação geográfica. A
informação da ocorrência de precipitação é informada na carta de
previsão de superfície.

11.2.1.4 Cavados e áreas de baixa pressão

As áreas de concentração máxima de precipitação, associadas aos cavados e


áreas de baixa pressão, encontram-se ordinariamente na área de difluência determinada na
carta de 850 hPa, sendo prevista para aquela região, observando-se que o centro da área de
precipitação normalmente aparece próximo ao centro de difluência.

11.2.1.5 Trovoadas de massa de ar

11.2.1.5.1 O desenvolvimento vertical da temperatura, a quantidade de umidade existente nos


níveis baixos, a extensão da camada úmida, a convergência/divergência e a vorticidade
relativa podem ser relacionados como fatores de suma importância na previsão.

11.2.1.5.2 Esses fatores foram combinados em uma expressão numérica, fornecendo o


denominado Índice “K”, usado como índice de potencialidade de uma determinada região,
onde são realizadas radiossondagens dos níveis superiores da atmosfera. Nessa expressão
numérica, foi incluído o parâmetro indicativo do lapse rate, obtido da diferença de
temperatura entre 850 hPa e 500 hPa. A umidade dos níveis baixos é medida pela indicação
do ponto de orvalho em 850 hPa. A extensão vertical da camada úmida é indiretamente
mostrada pela medida da depressão do ponto de orvalho em 700 hPa.
116 MCA 105-12 / 2008

11.2.1.5.3 O Índice “K”, medida do potencial de ocorrência de trovoadas de massa de ar, é


obtido pela seguinte combinação aritmética:

K = (T850 - T500) + (PO850 - Dep700)


11.2.1.5.4 Os valores de “K” são plotados e analisados em isolinhas de cinco unidades de
intervalo. Os demais elementos (convergência e vorticidade) são julgados subjetivamente. O
resultado das pesquisas em torno desse procedimento indicou que trovoadas de massa de ar
ocorrem com relativa freqüência aos valores de “K”, conforme a seguinte Tabela:

Índice “K” Probabilidade


< 20 13%
20 a 24 30%
25 a 29 44%
> 30 61%

11.2.1.5.5 Na elaboração diária de previsões, as regiões analisadas para os valores de “K” são
sempre afetadas pelo quadro de fluxo divergente ou convergente, que modifica a atividade
convectiva das trovoadas. Sendo assim, a carta completa deverá incluir isolinhas dos valores
de “K” e o fluxo médio entre os níveis de 850 e 700 hPa.

11.2.1.5.6 A extrapolação das linhas de contorno, para 24 horas, demarcando áreas futuras de
confluência e difluência, e das isolinhas dos valores de “K” complementam o procedimento,
sendo a previsão baseada na localização prevista das áreas de maior potencial de ocorrência
de trovoada, aferidas para o grau de confluência ou difluência indicadas pelo campo de
contorno previsto.

11.2.1.6 Linha de trovoada pré-frontal

11.2.1.6.1 A previsão dos parâmetros é desenvolvida através da análise representativa da


mistura e do campo de variação de altura na carta de 850 hPa, da seguinte forma:

a) o parâmetro da mistura é definido como a penetração do ar úmido no nível


de 850 hPa, em uma área na qual os valores do ponto de orvalho são de 5ºC
ou maiores; e
b) as mudanças de altura, no período de 24 horas, são obtidas por comparação
aritmética das alturas relatadas pelas radiossondagens.

11.2.1.6.2 Com base no procedimento anterior, elabora-se uma carta de isolinhas de mudança
de altura no nível de 850 hPa, localizando o cavado ao longo dos pontos de maior curvatura.
Nessa mesma carta, são delineadas as posições da frente à superfície e da área de baixa
pressão, assim como a isoterma correspondente ao valor de 5°C de ponto de orvalho à
superfície de 850 hPa.

11.2.1.6.3 Feita a comparação desse conjunto com modelos padrões de ocorrência, são
previstas e informadas quantitativa e qualitativamente no tempo, as linhas de trovoadas pré-
frontais.
MCA 105-12 / 2008 117

11.2.1.7 Turbulência

11.2.1.7.1 Turbulência de massas de ar

A previsão da turbulência de massa de ar, típica dos meses quentes do ano, é


obtida através da análise objetiva do diagrama termodinâmico, elevando-se o NCC da
sondagem, através da adiabática úmida que passa pelo ponto determinado na curva da
temperatura do ar livre, até o nível de 400 hPa, obtendo-se os valores de diferença de
temperatura com as indicações dos valores térmicos do ar livre que indicarão os índices de
intensidade de turbulência de origem convectiva da massa de ar analisada.

Durante os meses frios do ano, influências ciclônicas e frontais podem causar


rápidas mudanças na distribuição vertical da temperatura e da umidade; sendo assim, algumas
correções devem ser feitas ao procedimento descrito, assim como a introdução das medidas de
turbulência mecânica produzida por áreas convergentes próximas às frentes e às linhas pré-
frontais.

A fim de determinar a influência de frentes e de linhas pré-frontais, um


conceito de convergência foi definido e denominado “Fator de Impacto”, que pode ser
facilmente computado do movimento das frentes e do campo de vento próximo da linha
frontal à superfície.

11.2.1.7.2 Turbulência frontal e pré-frontal

Turbulências frontais e pré-frontais, associadas a trovoadas de frentes frias ou


próximas à área de atividade frontal até cerca de 3.000 metros, são previstas com a
determinação do “Fator de Impacto”.

Determina-se este, utilizando-se a velocidade prevista para a linha frontal e o


vetor componente do vento gradiente, observado no ar quente e soprando normal à referida
linha frontal. O vetor componente do vento gradiente será positivo quando dirigido para a
linha frontal.

É determinado, também, o “Fator de Resistência”, índice representativo da


resistência oferecida pelo ar quente ao movimento vertical, utilizando-se o lapse rate da
temperatura do ar da superfície até 5.000 ft.

Para a previsão de turbulência na área de atividade frontal acima de 5.000 ft, é


usado o valor da diferença de temperatura a 400 hPa, determinado no diagrama
termodinâmico para turbulência de massa de ar e pelo “Fator de Impacto”.

Tais parâmetros são levados aos gráficos correspondentes às porções verticais


da atmosfera abaixo e acima de 5.000 ft, surgindo, então, os valores de intensidade da
turbulência prevista.

A previsão da turbulência para as áreas de ação das linhas pré-frontais segue o


mesmo procedimento usado para frentes frias, com excelentes resultados. No caso das frentes
quentes, o “Fator de Impacto” é definido como a componente do vento gradiente no ar quente
diretamente normal à linha da frente menos o vetor velocidade da frente.

Determinado o “Fator de Resistência”, essas quantidades são levadas aos


mesmos gráficos utilizados na previsão de turbulência para frentes frias.
118 MCA 105-12 / 2008

TURBULÊNCIA FRONTAL
MCA 105-12 / 2008 119

11.2.1.7.3 Turbulência orográfica (ondas estacionárias)

A partir do fluxo previsto nos níveis superiores, são verificados os seguintes


parâmetros:

- o fluxo normal à linha de montanhas, com 25 kt ou mais no nível do topo;


- se o perfil do vento mantém-se com a altitude, desde o nível do topo e
permanecendo fixo até o nível da tropopausa;
- inversão ou nível estável abaixo de 600 hPa;
- a existência de linha de montanha na direção norte-sul (Andes) ou,
aproximadamente, nessa direção (Serra do Mar, Mantiqueira); e
- a aproximação de uma frente fria, também na direção norte-sul ou nas
proximidades (pois poderá servir de mecanismo de gatilho).

Confirmada a existência de tais fatores, é prevista a presença de turbulência


moderada, forte ou severa, em uma faixa de 8 a 12 km a sotavento das montanhas, até o nível
da tropopausa.

11.2.1.7.4 Turbulência em ar claro (CAT)

Este tipo de turbulência é associado à corrente de jato.

Delineada a isotaca de valor máximo na localização prevista do eixo da


corrente de jato e verificando-se a associação de forte cortante vertical e denso gradiente
térmico, são demarcados e informados os níveis e as áreas de turbulência, nos vários graus de
intensidade correspondentes ao quadro previsto.

11.2.1.8 Rajadas de vento à superfície

Entre os vários procedimentos utilizados para a previsão de rajadas de vento à


superfície originadas de trovoadas, foi selecionado o método de Fawbush-Miller, levando ao
gráfico correspondente o valor numérico da diferença de temperatura (TS = TT – Tδ) entre a
interseção da curva da temperatura do bulbo úmido da sondagem com a isoterma de 0°C,
levada à superfície através da adiabática úmida que passa pelo ponto de interseção e a
temperatura à superfície, obtendo-se a velocidade máxima prevista para o vento de rajadas.
Para a direção desse vento previsto é usada a direção do vento entre os níveis de 10.000 e
14.000 ft.
120 MCA 105-12 / 2008

GRÁFICOS DE VENTO DE RAJADA


MCA 105-12 / 2008 121

11.2.1.9 Gelo em aeronaves


11.2.1.9.1 A previsão da ocorrência de gelo em aeronaves, relativa ao tipo, quantidade e nível
de ocorrência, é baseada na determinação da existência ou formação de alguns parâmetros que
podem ser relacionados:
a) formação de nebulosidade de origem estável ou instável;
b) quantidade da mistura de umidade, prevista para os níveis altos; e
c) nível de congelação.
11.2.1.9.2 Uma vez comparados, tais parâmetros definirão o grau de possibilidade da
formação de gelo, assim como o tipo, quantidade e os níveis previstos de ocorrência.
11.2.1.10 Corrente de jato em altitude e em níveis baixos
11.2.1.10.1 A corrente de jato em altitude e em níveis baixos na atmosfera caracteriza a
existência de diferentes estruturas sinóticas, atuando horizontalmente tanto ao nível de escalas
planetária (correntes de jato em altitude) e continental até ao nível de mesoescala de dezenas
de quilômetros (jatos de níveis baixos).
11.2.1.10.2 A corrente de jato em altitude pode apresentar, em sua estrutura vertical, regiões
de turbulência em ar claro. Podendo, também, estar associada a regiões de instabilidades
atmosféricas, como linhas de instabilidades, vórtices ciclônicos e regiões frontais. A
informação sobre jatos de altitude pode ser obtida através de radiossondagem da atmosfera e
caracterizada por imagens de satélite no canal de vapor de água.
11.2.1.10.3 Os jatos de níveis baixos estão associados a regiões de turbulência em alturas
abaixo de 10.000ft até a superfície. Estes jatos podem gerar instabilidades convectivas no
período noturno, podendo estar associados à formação isolada de nebulosidade convectiva,
com uma estrutura de banda de nebulosidade paralela. Também podem participar da formação
de tempo severo como supercélulas, tornados e camadas de nebulosidade baixa do tipo
stratocumulus; tais sistemas sinóticos podem ser observados em imagens infravermelhas de
satélites.
11.2.1.10.4 No perfil vertical do vento na baixa atmosfera, podem ser observados os jatos de
níveis baixos através de radiossondagens, perfiladores de vento e sonda acústicas (sodar).
Magnitudes do módulo do vento superiores ou da ordem de 10 m/s podem caracterizar a
existência de jatos de níveis baixos, porém valores acima de 5 m/s também são significativos
nos processos de geração de convecção.
11.3 CARTAS DE PREVISÃO DE ALTITUDE
11.3.1 Estas cartas correspondem aos mesmos níveis isobáricos das cartas de ar superior
analisadas. O método recomendado para elaboração destas cartas baseia-se na extrapolação;
por esta razão, foram divididas em dois grupos:
a) cartas até 500 hPa:
- construídas a partir das cartas de 850, 700 e 500 hPa, pelo método de
extrapolação, é real e inconteste. O vento geostrófico é deduzido do
contorno previsto, com as considerações devidas às advecções térmicas e
à influência da corrente de jato. As curvaturas das trajetórias do vento
geostrófico e a definição do vento gradiente são determinadas por regras
básicas de comparação e cálculo, utilizando-se as curvaturas do contorno
previsto e os movimentos dos sistemas de pressão; e
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b) cartas acima de 500 hPa:


- são preparadas por um método similar ao utilizado para confecção de
previsões até aquele nível, sabendo-se que o quadro de linhas de contorno
previsto para 500 hPa é uma aproximação do traçado de linhas de fluxo
para os níveis de 400, 300, 200 e 150 hPa. O cálculo das velocidades dos
ventos previstos para estes níveis é feito independentemente, havendo
uma concentração efetiva na avaliação das isotacas, considerando-se
como primeiro item a análise da corrente de jato, com a determinação
precisa do eixo, a posição da isotaca máxima e mínima, a graduação e o
índice de deslocamento da máxima velocidade do vento ao longo deste
eixo;
- a verificação do contorno previsto para o nível de 500 hPa e da
ocorrência de densa faixa de isotermas associadas a uma zona de
confluência, de linhas do contorno, provocam um acréscimo de
velocidade da corrente de jato; e
- previsões de vento em níveis intermediários dos padrões são delineadas
com alicerces em considerações térmicas e vetoriais entre níveis
adjacentes. Tal procedimento é