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Relatório 1
Experiência 1: Medição da potência e correção do
fator de potência em circuitos monofásicos
Discentes:
Bruna Spila de Lucca 161050204
Lorena Lopes Dias 161051545
Pedro Henrique de Araújo Bitencourt 161050727
Ilha Solteira - SP
Agosto de 2018
1
Sumário
1 Objetivo 2
2 Introdução 2
2.1 Fasor e Impedância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.2 Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.3 Correção do fator de potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3 Resultados e Discussão 4
4 Conclusão 6
Referências Bibliográficas 7
2
1 Objetivo
Medir potências em circuitos monofásicos com carga indutiva e correção do fator de
potência.
2 Introdução
Ṁ = M ∠α (1)
Onde M representa o módulo (valor eficaz) e α a fase de M em graus.[1].
A impedância é a divisão entre o fasor tensão e o fasor corrente, sendo sua unidade o ohm
(Ω).
V ∠θ V
Ż = = ∠θ − ϕ = Z∠φ (2)
I∠ϕ I
A impedância de um resistor, um indutor e um capacitor são:
1
ŻC = XC ∠ − 90◦ = ∠ − 90◦ (5)
ωC
Onde XL é a reatância indutiva, XC é a reatância capacitiva e ω = 2πf , sendo f =
frequência.
A associação de impedâncias segue o mesmo princı́pio da associação de resistências, ou seja,
impedâncias em série são somadas e as em paralelos, somam-se os inversos das impedâncias
individuais do circuito.
2.2 Potência
Ao passar por uma carga instalada em um circuito, a corrente elétrica produz, entre outros
efeitos, calor, luz e movimento. Esses efeitos são denominados de trabalho. O trabalho de
transformação de energia elétrica em outra forma de energia é realizado pelo consumidor ou
pela carga. Ao transformar a energia elétrica, o consumidor realiza um trabalho elétrico. A
potência elétrica é a grandeza fı́sica que mede a quantidade de trabalho elétrico realizado em
determinado perı́odo de tempo, ou seja, é a taxa de variação da energia. [2].
A potência em uma carga é calculada como:
Ṡ = P ± jQ (7)
Onde:
Quando se trata de circuitos de CA com cargas indutivas e/ou capacitivas, ocorre uma
defasagem entre tensão e corrente. Por isso, tem-se os três tipos de potência: potência aparente
(S), potência ativa (P ) e potência reativa (Q).
A potência ativa é a potência real, ou seja, é a que realmente produz trabalho na carga.
É expressa em Watts (W ).
Um baixo fator de potência acarreta em maiores perdas por efeito Joule devido à cir-
culação da potência reativa no sistema elétrico, redução do aproveitamento das capacidades
dos transformadores e aquecimento dos cabos. [3]
Fonte: [4]
QC = Q − Qd (11)
V2 V2 QC
QC = = →C= (12)
XC 1 2πf V 2
2πf C
3 Resultados e Discussão
∗
220∠0
Ṡ = V̇ I˙∗ = (220∠0) = 875,6∠42,79 (13)
(40,56∠0) + 37,55∠90
∗
220∠0
Ṡ = V̇ I˙∗ = (220∠0) = 822,8∠39,68 (14)
(45,26∠0) + 37,55∠90
Portanto o fator de potência teórico para R=40,56Ω é 0,73, enquanto para R=45,26Ω é
0,77.
5
Fonte: [4].
Assim torna-se possı́vel calcular o fator de potência deste sistema com as Equações 9 e 10,
já que o wattı́metro mede a potência ativa, o varı́metro a reativa.
Q 540
cos(ϕ) = cos[arctan ] = cos[arctan ] = 0,75 (15)
P 620
Comparando com os resultados teóricos, percebe-se que o valor real é extremamente
próximo, com erro de 3%. Demonstrando assim que o circuito está funcionando como es-
perado.
Com o atual fator de potência, calcula-se o valor de capacitância capaz de corrigi-lo para
0,95, por meio da Equação 11 e 12.
QC 336,22
C= = = 18,43µF (17)
2πf V 2 2 × π × 60 × 2202
Sendo assim, para obter-se um fator de potência de 0,95, faz-se necessário a inclusão de um
capacitor de 18,43µF , porém encontrava-se disponı́vel apenas um capacitor de 22µF , portanto
ligou-o em paralelo com a carga para correção do fator de potência, conforme demonstra a
Figura 3.
Com o circuito RLC, observou-se que a potência ativa continuou 620W , enquanto a reativa
abaixou para 150V Ar, calculando o fator de potência novo, verifica-se que cos ϕ = 0,97. Como
o capacitor utilizado contém uma capacitância maior que a necessária para correção do fator
de potência 0,95, tem-se uma variação de 2% do desejado.
Como a potência ativa e tensão permanecem iguais, a corrente e potência reativa diminuem
para compensar, já que são proporcionais conforme demonstra as Equações 6 e 7, os aparelhos
ligados no circuito demonstram isso, já que antes da correção, a corrente era 3,7A, potência
reativa era 540V Ar, após a correção, corrente e potência reativas diminuı́ram para 2,8A e
150V Ar respectivamente.
4 Conclusão
Com os dados obtidos experimentalmente, foi possı́vel calcular o fator de potência (fp) de
um circuito monofásico. Primeiramente, foram calculados os fatores de potência teóricos para
as resistências R=40,56Ω e R=45,26Ω, sendo eles 0,73 e 0,77, respectivamente. O valor real do
fp do sistema RL em análise é 0,75, com erro de 3%. Em seguida, um capacitor de capacitância
22µF foi adicionado em paralelo com a carga para a correção do fator de potência, formando
um circuito RLC. Observou-se que a potência ativa permaneceu a mesma, valendo 620W ,
assim como a tensão de 220V e, em compensação, a potência reativa sofreu uma queda para
150V Ar e a corrente para 2,8A. Assim, o novo fator de potência é de valor 0,97. Ou seja, o
fp final adquirido está 2% acima do necessário (0,95). Um fato importante a respeito dessa
correção é que ela não modifica o valor da potência ativa, o que indica que a empresa não
sofre perda alguma ao seguir as normas exigidas pelos órgãos reguladores.
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Referências Bibliográficas
[1] Material de aula: Revisão de circuitos monofásicos. UNESP.
[4] Roteiro da experiência 01: Medição da potência e correção do fator de potência em circuitos
monofásicos.