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-PRINCIPIOS BÁSICOS DE UMA USINA HIDRELÉTRICA E COMO CALCULAR A ENERGIA

POTENCIAL

As usinas hidrelétricas ou hidroelétricas são sistemas que aproveitam os desníveis naturais dos
cursos dos rios, além de sua correnteza e vazão como requisitos que garantem a
produtividade. Nessas instalações, a água que fica barrada em um reservatório garante a
energia potencial devido ao desnível entre antes e depois da barragem e a transforma em
energia cinética com a água que é conduzida pelas tubulações para girar as turbinas. Esta
turbina deve estar conectada a um gerador para a transformação do produto final, a energia
elétrica que é distribuída para os centros de consumo.

As usinas hidrelétricas podem ser classificadas de acordo com o seu potencial de geração de
energia:

Pequenas Centrais Hidrelétricas: Operam uma faixa de geração de 1 a 30 MW e com um


reservatório de área menor que 3 km².

Figura 1- PCH Retiro Velho, em Aporé (GO), localizado no Rio da Prata

Grandes Centrais Hidrelétricas: Operam com uma potência acima de 30 MW.


Figura 2- Usina Hidrelétrica de São Simão (GO), localizada no rio Paranaíba

As turbinas podem ser classificadas de acordo com a sua forma:

Kaplan: Projetada para aplicações de baixa pressão de água. Possui hélices como lâminas e
aproveita a força axial da água gerando potência no eixo.

Figura 3 - Turbina tipo Kaplan

Francis: Turbina hidráulica com entrada radial e é considerada uma turbina de reação.
Figura 4- Turbina tipo francis

Pelton: Turbina hidráulica e é indicada para grandes quedas dágua.

Figura 5 - Turbina tipo Pelton

Para entender melhor os principais elementos que compõem a usina hidrelétrica serão
mostrados a seguir:

Reservatório ou lago: Local em que a água fica armazenada após a construção da barragem.
Figura 6 - Reservatório

Barragem: Estrutura construída de terra, alvenaria ou concreto no local de maior desnível do


rio com o intuito de acumular água.

Figura 7- Barragem

Vertedouro: Estrutura que permite controlar o nível da água do reservatório.


Figura 8 - Vertedouro

Tomada d’água: Estrutura responsável pela condução da água do reservatório para adução das
turbinas.

Figura 9 - Tomada d'água


Conduto forçado: Estrutura que pode ser externa ou subterrânea, com a função de conduzir a
água sob pressão para as turbinas.

Figura 10 - Conduto forçado

Casa de força: Centro de operação da usina e onde se encontram os grupos de turbina-


geradores e seus auxiliares.

Figura 11 - Casa de força

Canal de fuga: Local de saída da água após o processo de giro das turbinas.

Figura 12 - Exemplo com canal de fuga


Subestação: Local que transforma a energia elétrica gerada na usina em alta tensão para o
posterior transporte pelas linhas de transmissão.

Figura 13 - Subestação

Turbina: É um dispositivo capaz de transformar a energia hidráulica em mecânica, devido ao


seu movimento giratório.

Figura 14 - Turbina

Gerador: Dispositivo que transforma a energia mecânica proveniente da turbina em energia


elétrica.
Figura 15 - Gerador

Como calcular a energia de uma hidrelétrica

Primeiramente, deve-se calcular a energia potencial da água, que é dada por:

E p =m. g . H

Onde:

Ep – Energia potencia

m – Massa de água

g – Aceleração da gravidade

H – Altura da queda d’água

Mas também podemos afirmar que a massa de água é dada por:

m=ρ . V
Onde:

ρ – Densidade da água

V – Volume da água

Efetuando a substituição, é possível calcular a energia potencial fornecido por um certo


volume de água, como mostra a seguir:

E p =ρ .V . g . H

A potência fornecida pode ser expressa por esta equação:

d Ep dH dV
P=
dt (
=ρ . V . V .
dt
+H .
dt )
Desta forma, como a variação de altura é mais lenta que a variação de volume, a variável da
queda pode ser considerada nula. Assim, temos que a potência teórica máxima será dada por:

P= ρ. V .Q . H
Onde:

Q – Fluxo da água

H – Altura da queda

P – Potência

Entretanto, na prática obtemos valores da potência são inferiores devido as perdas sofridas
nos diversos equipamentos envolvidos no processo. Como forma de estimar esses valores,
acrescentasse os seguintes fatores:

P= ρ. V . nh . nt . n g .Q . H

Onde:

nh – Coeficiente para o rendimento do circuito hidráulico

nt – Coeficiente para o rendimento da turbina

ng – Coeficiente para o rendimento gerador, transformador e serviços auxiliares.

Com isso, pode-se concluir que a energia elétrica é proporcional ao volume e à altura da queda
e a potência elétrica é proporcional à altura e à vazão da água. Logo, cada usina pode calcular
previamente o seu fator de produtividade, e quando for necessário calcular a potência deve-se
multiplicar pela vazão, como é dado na formula a seguir:

P=k .Q

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