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Curso Online

Formação de Auditor Trabalhista e


Previdenciário com Foco no eSocial

Zenaide Carvalho
Contadora e Administradora – Pós-Graduada em Auditoria e Controladoria
Autora do livro “eSocial” – Guia Prático para Implantação”
www.zenaide.com.br - www.nith.com.br
Quem é Zenaide Carvalho

• Administradora e Contadora (1º lugar no VI Exame de Suficiência – RJ)


• Fundadora da Nith Treinamentos – www.nith.com.br
• Idealizadora e Curadora do I CONAPDP – www.conapdp.com.br

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Pós-Graduada em Auditoria e Controladoria

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Treinamentos em todo o Brasil
CENTRESAF-PR
CENTRESAF-BA

RJ, BA e Pelotas-RS

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Por que fazer uma Auditoria Trabalhista e Previdenciária
em tempos de eSocial?

• Adequação à Legislação Vigente


• Autuação = reflexo financeiro imediato
• Reduz o risco de multas
• eSocial = reflexo retroativo aos últimos 5 anos
nas áreas Trabalhista, Previdenciária e Fiscal
• Capacite-se: VOCÊ pode ser um Auditor e
Gestor do eSocial

"A SORTE NÃO VEM DE FORA.


NÓS PRÓPRIOS CRIAMOS NOSSAS OPORTUNIDADES.“
(Taniguchi)

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METODOLOGIA
Curso Online “Formação de Auditor Trabalhista e Previdenciário com Foco no eSocial”

1. Acesso por 12 meses, 24 horas por dia, até pelo celular

2. Curso por Módulos, com dezenas de aulas em vídeo

3. Apostila completa com checklists – pode imprimir

4. TIRA-DÚVIDAS: Deixe seu comentário abaixo da aula

5. Materiais extras no Módulo “Download de Materiais”

6. Certificado de 40 horas após Avaliação

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MÓDULOS
Curso Online “Formação de Auditor Trabalhista e Previdenciário com Foco no eSocial”

1. Introdução ao eSocial
2. Definições e Conceitos em Auditoria
3. Documentos de Auditoria: Papéis de Trabalho, Relatório, como montar um tópico
de Relatório?
4. Informações Trabalhistas, Legais e Práticas
5. Auditoria em Admissão e Documentação de Empregados Em todos os
6. Auditoria em Controle de Ponto e Jornada de Trabalho Checklists:
7. Auditoria em Folha de Pagamento quais os
Pontos de Atenção
8. Auditoria em Recolhimentos: FGTS e Previdência Social
para o eSocial?

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MÓDULOS
Curso Online “Formação de Auditor Trabalhista e Previdenciário com Foco no eSocial”

9. Auditoria em Contribuintes Individuais


10. Auditoria em Outras Terceirizações
11. Auditoria em Saúde e Segurança do Trabalho
12. Auditoria em Férias Em todos MÓDULOS:
13. Auditoria em Décimo Terceiro Salário CHECKLISTS
14. Auditoria em Rescisões Contratuais Com os
15. Auditoria em Reclamatórias Trabalhistas Pontos de Atenção
16. Outros Procedimentos de Auditoria para o eSocial
17. Outras Tabelas e Anexos + Bibliografia e Legislações
• Materiais para Download

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MÓDULO 1

INTRODUÇÃO AO ESOCIAL

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1.1 – eSocial: O que é?

ESCRITURAÇÃO DIGITAL DECRETO 8:373/14

Das obrigações trabalhistas,


fiscais e previdenciárias

De todas as relações onerosas de trabalho :

Com informações de empregados


celetistas, cooperados, domésticos,
servidores públicos, segurado
especial, obras e até dos estagiários!
www.esocial.gov.br
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1.2 - Vigência do eSocial

Resolução 02/2016 do Comitê Diretivo do eSocial

• Janeiro/2018 = Empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões/2016

• Julho/2018 = demais empregadores

• Eventos de Saúde e Segurança no Trabalho = 6 meses após o início

• Ambiente de testes = julho/2017

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1.3 – Documentação Técnica do eSocial

www.esocial.gov.br
• Legislação
• Manual do eSocial (MOS)
• Leiautes do eSocial
• Tabela de Regras de Validação
• Tabela de Regras
• Manual do Desenvolvedor
• Perguntas Frequentes

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1.4 – Substituição de Informações
• § 1º A prestação das
informações ao eSocial
substituirá, na forma
disciplinada pelos órgãos
ou entidades partícipes, a
obrigação de entrega das
mesmas informações em
outros formulários e
declarações a que estão
sujeitos (...)

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1.5 – Momento de Envio ao eSocial

• 1º Momento: >>> Eventos do Cadastro Inicial

• 2º Momento: >>>> Atualizações de Cadastro (RET)

• 3º Momento: >>>> Envio dos Eventos Periódicos

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1.6 – Gestores Internos do eSocial

• Responsáveis = A empresa deve determinar – para cada


evento do eSocial – quem será o responsável pela execução e
futuras atualizações.

• Gestores do eSocial = pessoas com profundo conhecimento


na área trabalhista, fiscal e previdenciária e também no
eSocial
– Ficarão responsáveis por articular a implantação do eSocial nas
empresas e escritórios contábeis.

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1.7 – Novas Obrigações para a RFB

• eSocial
– Enviado até o dia 07 do mês seguinte, com dados das relações diretas de trabalho – Apura o IRRF e INSS a
Pagar
• EFD-Reinf
– Apura o IRRF que não seja de relações diretas de trabalho, apura Retenções Previdenciárias de ambas as
partes e outras contribuições previdenciárias.
• DCTFWEB
– Recebe os valores apurados através do eSocial e da EFD-REinf e também de outras declarações, como a
Perd/Comp. Apura o valor liquido entre créditos e débitos a recolher e emite o DARF para recolhimento.
• SERO
– Usado para apuração das contribuições previdenciárias a pagar com cálculo de aferição indireta.
• PERD/COMP
– Não é novo, mas será integrado com as demais declarações, já que as compensações que hoje constam na
GFIP serão migradas para a PERD/COMP.

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Interligação das Novas Declarações

DIA 07

ESOCIAL PERD/COMP DIA 20

DIA 20
EFDREINF DCTFWEB DIA 20

DIA 20
SERO DARF DIA 20

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1.8 – Eventos do Cadastro Inicial
• Serão enviados no início do eSocial

Código Descrição Observações


S-1000 Informações do Empregador/Contribuinte Primeiro evento a ser enviado. Inclui a Classificação Tributária.

Código Descrição Observações


S-1070 Tabela de Processos Administrativos/Judiciais Os que afetem Recolhimentos e Contribuições

Código Descrição Observações


S-1005 Tabela de Estabelecimentos, Obras ou Informar RAT, FAP, CNAE Preponderante
Unidades de Órgãos Públicos

Código Descrição Observações


S-1010 Tabela de Rubricas Informar Proventos, Descontos, Bases e Reflexos. A mais
complexa.

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1.8 – Eventos do Cadastro Inicial
• Serão enviados no início do eSocial
Código Descrição Observações
S-1020 Tabela de Lotações Tributárias Centros de Custo. Inclui Tomadores e Obras por Empreitada Parcial

Código Descrição Observações


S-1030 Tabela de Cargos e Empregos Públicos Obrigatória. Código Interno, Nome do Cargo, CBO

Código Descrição Observações


S-1035 Tabela de Carreiras Públicas (Novo! 2.2) Só para Órgãos Públicos

Código Descrição Observações


S-1040 Tabela de Funções/Cargos em Comissão Não obrigatória para quem não usa Funções.

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1.8 – Eventos do Cadastro Inicial
• Serão enviados no início do eSocial
Código Descrição Observações
S-1050 Tabela de Horários/Turnos de Trabalho Obrigatória. Atenção à “flexibilidade de horários”

Código Descrição Observações


S-1060 Tabela de Ambientes de Trabalho Baseada no LTCAT. Descreve Ambientes e Riscos.

Código Descrição Observações


S-1080 Tabela de Operadores Portuários Só para OGMO.
Código Descrição Observações
S-2100 Cadastramento Inicial do Vínculo Contratos de trabalho ativos, suspensos e de desligados com
direitos a receber
Código Descrição Observações
S-2300 Cadastramento do Trabalhador sem Outros trabalhadores não empregados (pro-laboristas, estagiários,
Vínculo de Emprego e Estatutário - Início dirigentes sindicais, Conselheiro Tutelar, cooperados etc)

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1.9 – Eventos não Periódicos
São os Registros de Eventos Trabalhistas
Código Descrição Observações
S-2190 Admissão do Trabalhador – Registro Preliminar CPF, Data de Nascimento, Data de Admissão. Até 30 dias Antes

Código Descrição Observações


S-2200 Admissão do Trabalhador Registro Completo. Enviar até 30 dias antes ou até dia 07 do mês seguinte – antes
do fechamento da folha – se enviado o Registro Preliminar.

Código Descrição Observações


S-2250 Aviso Prévio P.Demissão ou Aviso Trabalhado. Até 10 dias da notificação.
Código Descrição Observações
S-2299 Desligamento Enviar os valores da Rescisão. Mesmo prazo do pagamento na CLT.

Código Descrição Observações


S-2210 CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho Mesmo dia (morte) ou dia útil seguinte

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1.9 – Eventos não Periódicos
São os Registros de Eventos Trabalhistas
Código Descrição Observações
S-2230 Afastamento Temporário Informar afastamentos a partir de 3 dias de atestado
Código Descrição Observações
S-2205 Alteração de Dados Cadastrais do Trabalhador Antes do fechamento da folha

Código Descrição Observações


S-2206 Alterações do Contrato de Trabalho Antes do fechamento da folha

Código Descrição Observações


S-2305 TSV – Alteração Contratual Antes do fechamento da folha

Código Descrição Observações


S-2399 TSV – Término Antes do fechamento da folha

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1.9 – Eventos não Periódicos
São os Registros de Eventos Trabalhistas

Código Descrição Observações


S-2298 Reintegração Após Desligamento. Informação de Processo, efeitos etc

Código Descrição Observações


S-3000 Exclusão de Evento Em caso de erro de envio de eventos. Perde a validade jurídica.

Código Descrição Observações


S-2220 Monitoramento da Saúde do Trabalhador Os 6 tipos de exames (Adm, Deslig, Retorno etc). Inclui CRM

Código Descrição Observações


S-2241 Insalubridade, Periculosidade, Aposentadoria Especial Baseado no LTCAT.

Código Descrição Observações


S-2240 Condições Ambientais de Trabalho Exposição a fatores de risco. Início, término, alteração

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1.9 – Eventos não Periódicos
São os Registros de Eventos Trabalhistas
Código Descrição Observações
S-2240 Cadastro de Benefícios Previdenciários – RPPS Novo. Leiaute 2.2
Código Descrição Observações
S-4000 Solicitação de Totalização de Bases e Contribuições Auxiliar da folha de pagamento.
Código Descrição Observações
S-5001 Totalização de Contribuição Previdenciária por Trabalhador Auxiliar da folha de pagamento.
Código Descrição Observações
S-5002 Totalização do IRRF por Trabalhador Auxiliar da folha de pagamento.
Código Descrição Observações
S-5011 Totalização da Contribuição Previdenciária Consolidada Auxiliar da folha de pagamento.
por Contribuinte

Código Descrição Observações


S-5012 Totalização do IRRF por Empregador Auxiliar da folha de pagamento.

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1.10 – Eventos Periódicos
São eventos da Folha de Pagamento
Código Descrição Observações
S-1200 Remuneração do Trabalhador – RGPS Todas as rubricas, múltiplos vínculos, RRA, aumento após data-base
Código Descrição Observações
S-1202 Remuneração do Trabalhador – RPPS Só para órgãos públicos
Código Descrição Observações
S-1207 Benefícios Previdenciários – RPPS – Novo! 2.2 Só para órgãos públicos
Código Descrição Observações
S-1210 Pagamento de Rendimentos do Trabalho Sistema de Caixa. Para Apuração do IRRF
Código Descrição Observações
S-1299 Fechamento dos Eventos Periódicos Fecha o mês. Identifica Responsável. Só após gera Recolhimentos.
Código Descrição Observações
S-1298 Reabertura dos Eventos Periódicos Em caso de retificação da folha ou eventos pós-folha.

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1.10 – Eventos Periódicos
São eventos da Folha de Pagamento
Código Descrição Observações
S-1280 Informações Complementares aos Eventos Periódicos CPRB, Atividade Concomitante
Código Descrição Observações
S-1250 Aquisição de Produção Rural Identifica o produtor que vendeu, valor pago e retenções. Inclui PAA (PJ)
Código Descrição Observações
S-1260 Comercialização de Produção Rural PF Enviado pelo Produtor Rural PF ou CNPJ no PAA (Cooperativa, Ass)
Código Descrição Observações
S-1270 Contratação de Trabalhadores Avulsos Não Portuários Pela PJ que contrata.

Código Descrição Observações


S-1300 Contribuição Sindical Patronal Quando houver pagamento.

Total: 45 eventos (Leiaute 2.2) e 2.698 campos a preencher


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FIM DO MÓDULO 1

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MÓDULO 2

DEFINIÇÕES E CONCEITOS
EM AUDITORIA
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2.1 – O que é Auditoria Contábil?
 Especialização da contabilidade.

 Objetiva um PARECER sobre as Demonstrações Contábeis, na auditoria independente.

“Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático


exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes
ou elementos de consideração contábil, visando a
apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre
situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal,
pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou
prospectados e diagnosticados.”
Lopes de Sá (2000) 1927/2010

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2.2 – O que é Auditoria Trabalhista e sua Missão

• Análise das rotinas e atendimento às normas e legislação na área trabalhista e


previdenciária;

• Sócios podem responder com seus bens pessoais na quitação de dívidas


trabalhistas e previdenciárias, em reclamatórias

• Observância às normas e regulamentos na relação de emprego

• MISSÃO:
– Prevenção de multas e autuações nas áreas trabalhista e previdenciária e

– Redução das reclamatórias trabalhistas.

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Definição de Auditoria Trabalhista e Previdenciária - Zenaide

“Auditoria trabalhista e previdenciária é a análise de


documentos, rotinas e realização de cálculos e conferências nas
áreas trabalhista e previdenciária visando a conformidade com
a legislação vigente e melhoria de processos, que culmina com
a publicação de um relatório onde serão apresentadas as não
conformidades, as possíveis penalidades e as soluções”.
Zenaide Carvalho

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2.3 – Auditoria Trabalhista nos Escritórios Contábeis

• Pode fazer em parceria com outros


Escritório Contábeis;

• Checar as não conformidades sem


dispender recursos financeiros;

• Mais um serviço que pode ser oferecido


para os atuais e novos clientes.
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2.4 – As 3 Macro Etapas da Auditoria Trabalhista

Após a contratação, quais são as etapas da auditoria trabalhista e previdenciária?

Etapa 1: Levantamento da documentação e análise dos documentos;

Etapa 2: Cálculos, conferências e apuração das falhas e inconsistências;

Etapa 3: Elaboração do Relatório de Auditoria e apresentação à


Diretoria. Nesta etapa também confirmamos para a entidade as
rotinas que estão de acordo com as normas e a legislação e
recomendamos novos procedimentos nas rotinas que estão
divergentes com as práticas legais.

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Que tal a AUDITORIA agregada com uma CONSULTORIA?

• Uma auditoria não substitui 100% das falhas no


departamento de pessoal, pois como o auditor trabalha por
AMOSTRAGEM, não analisa a totalidade dos documentos e
procedimentos.

• Porém, é possível averiguar mais amiúde aquelas áreas em


que houve falha e prestar uma Consultoria para análise e
acerto dos últimos 5 anos.
– Exemplo: RAT errado na Folha de Pagamento e na GFIP

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2.5 – Procedimentos Preliminares

• Primeiro: tome conhecimento da cultura da empresa;

• Realize uma reunião com o Gestor do Departamento DP/RH e


advogado se houver;

• Informe o objetivo da auditoria: atividade de apoio ao cumprimento


da legislação;

• Buscar soluções antes de colocar as não conformidades em relatório.

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2.6 – Achado de Fraudes e Crimes

• Comunique imediatamente à direção da


empresa com a recomendação de
providências imediatas;

• Essa informação deve ser passada de forma


sigilosa;

• Algumas empresas preferem esperar o


encerramento para identificar outras fraudes.

• Tenha PROVAS: PAPEIS DE TRABALHO

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2.7 – Fiscalização Trabalhista e Previdenciária e o eSocial

Como funciona antes do eSocial?

– Trabalhista: Presença física do Auditor do Ministério do Trabalho,


que solicita documentos.

– Previdenciária (arrecadação): Praticamente NULA na área


previdenciária (RFB), salvo cruzamentos e algumas fiscalizações de
COMPENSAÇÃO, GFIP X GPS pagas e Bloqueio de CND.

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Fiscalização Trabalhista e Previdenciária

FISCALIZAÇÃO DO Ministério do Trabalho – 2003 x 2015


Dados da Fiscalização do M.T.E 2.003 2.015 Variação
Número de Auditores Fiscais 2.837 2.546 -4,02%
Empresas Fiscalizadas 285.241 249.649 -15,57%
Trabalhadores Alcançados 22.257.503 33.628.943
50,35%
Empresas autuadas 58.589 85.168 20,97%
Autos de Infração Lavrados 103.308 185.334 62,91%
Aprendizes registrados sob ação 18.146 155.811
fiscal
758,12%
FGTS - Valor Notificado R$ 614.343,89 R$ 2.020.011,81 242,22%
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FGTS Recolhido sob Ação Fiscal – 2010 a 2014

Fonte: Ministério do Trabalho

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E onde entra o eSocial e a Auditoria Trabalhista?

• O eSocial permitirá uma MAIOR


fiscalização eletrônica, sem a presença
física do auditor.

• O trabalho da Auditoria Trabalhista e


Previdenciária será se ANTECIPAR e
corrigir as não conformidades,
reduzindo um certeiro ACRÉSCIMO de
autuações com a fiscalização eletrônica
que virá.
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2.8 – Os Meios Eletrônicos de Informação Trabalhista

As informações são recebidas através de várias Declarações, até o eSocial.


Declaração Órgão
RAIS – relatório anual das informações sociais Ministério do Trabalho
CAGED – Cadastro Geral de Empregados e
Ministério do Trabalho
Desempregados

Seguro Desemprego web Ministério do Trabalho

Homolognet - Sistema de homologações (obrigatório


Ministério do Trabalho
em alguns municípios)
Registro de Convenções Coletivas de Trabalho /
Ministério do Trabalho
Sistema mediador
GFIP – Guia de recolhimento do FGTS e informações à Previdência Social, Caixa Econômica Federal e Receita
previdência social Federal do Brasil
DIRF – Declaração de Imposto de Renda Retido na
Receita Federal do Brasil
Fonte

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Fiscalização Eletrônica do Ministério do Trabalho

Fonte: Ministério do Trabalho


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2.9 – Multas Trabalhistas e Previdenciárias (compilado)

Natureza Infração Base legal Mínimo R$ Máximo R$ Observações


Infrações da
Previdência Social – Portaria MPS/MF Infrações à legislação da
Dec. 3.048/99 281,94 313.283,20
Leis 8.212/91 e 1/2016 art. 8 Previdência Social.
8.213/91.
Duração do Dobrado na reincidência,
CLT arts 57/74 CLT Art. 75 40,25 4.025,33
Trabalho. oposição ou desacato.

Por empregado, dobrado na


FGTS: deixar de
106,41 reincidência, fraude, simulação,
computar parcela, Lei 8.036/90, art. 23 Lei 8.036/90, art. 23 10,64
artifício, ardil, resistência,
falta de depósito.
embaraçado ou desacato

Medicina do
Valor máximo reincidência
Trabalho (não fazer
CLT art. 154/200 CLT art. 201 402,53 4.025,33 embaraço, reincidência, artifício,
PCMSO, por
simulação.
exemplo).

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2.9 – Multas Trabalhistas e Previdenciárias

Natureza Infração Base legal Mínimo R$ Máximo R$ Observações


Art. 93 Lei Art. 133
Pessoas Com Deficiência.
8213/91 8213/91
281,94 313.283,20 Não cumprir as cotas.

Valor Máximo em
Seguro Desemprego Lei 7998/90 caso de embaraço,
Lei 7998/90 art. 24 425,64 42.564,00
(fraude, por exemplo). art. 25 reincidência, artifício,
simulação.
Segurança do trabalho Valor Máximo em
(não fazer os laudos PPRA caso de embaraço,
CLT art. 154/200 CLT art. 201 670,89 6.708,59
ou LTCAT ou não fornecer reincidência, artifício,
EPI, por exemplo). simulação.

13º Salário (não pagar no Por empregado,


Lei 7855/89
prazo, ou não pagar com Lei 4090/62 170,26 dobrado na
art. 3º
médias, por exemplo). reincidência.

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2.9 – Multas Trabalhistas e Previdenciárias

Natureza Infração Base legal Valor Fixo - R$ Observações


Contrato individual de
CLT art. Por empregado, dobrado na
Trabalho (empregado CLT art. 510 402,53
442/508 reincidência.
sem registro, por ex.).
Falta anotação da Por empregado, dobrado na
CLT art. 29 CLT art. 54 296,12
C.T.P.S. reincidência.

Falta registro de Por empregado, dobrado na


CLT art. 41 CLT art. 47 402,53
empregado. reincidência.

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2.9 – Multas Trabalhistas e Previdenciárias
Natureza Infração Base legal Valor Fixo – R$ Observações
Férias (deixar de pagar com
média, por exemplo) –
CLT art.
Pagamento em atraso: ter CLT art. 153 170,26 Por empregado.
129/152
que pagar novamente as
férias
Não Pagamento de Verbas Por empregado prejudicado + multa
CLT art. CLT art. 477
Rescisórias no Prazo 170,26 1 (um) salário corrigido, para o
477 § 8º § 8º
Previsto. empregado.
Não atendimento às
NORMAS http://segurancadotrabalhonwn.
NR 28 – valores em UFIR a serem
Regulamentadoras do MTE com/nr-28-como-calcular-as-
(CIPA, Insalubridade, convertidos
penalidades/
Periculosidade, outras).

Tabela Completa ao final da apostila

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2.10 – Principais Reclamações Trabalhistas - TRT

• 1º lugar: 273.232 processos sobre Aviso Prévio;


• 2º lugar: 213.857 processos sobre multa do artigo 477 da CLT (pagamento da
rescisão fora do prazo);
• 3º lugar: 186.180 processos sobre a multa rescisória do FGTS (40%);
• 4º lugar: 184.664 sobre contestação de não pagamento de verbas rescisórias
(artigo 467 da CLT);
• 5º lugar: 158.942 sobre intervalo intrajornada (horário de almoço, por exemplo);
• 6º lugar: 154.995 processos sobre Horas Extras;
• 7º lugar: 147.717 processos sobre férias proporcionais;
• 8º lugar: 144.339 sobre Décimo Terceiro Salario Proporcional;
• 9º lugar: 137.133 processos sobre “Reflexos” de Horas Extras;
• 10º lugar: 126.987 processos sobre pagamento de Insalubridade;
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2.11 - Uma forma de descobrir? Ouvir os empregados!

• No ato da auditoria, o auditor trabalhista


pode auxiliar a empresa ouvindo as
causas de insatisfação dos empregados –
uma sugestão é deixar uma caixa para
recebimento de “alertas” não
identificando os autores.

• Os empregados poderão informar os


problemas que estão ocorrendo para que
sejam resolvidos a fim de evitar as
reclamatórias trabalhistas.

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2.12 - Qualidades do Auditor Trabalhista

• Não precisa ter formação universitária;


• Deve ter um profundo conhecimento na área trabalhista, previdenciária
e no eSocial;
• Organizado;
• Perseverante;
• Discreto;
• Facilidade para tomar decisões;
• Comportamento ético;
• Bom relacionamento interpessoal.

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2.13 – Escopo da Auditoria Trabalhista

 Determina o foco e a extensão dos trabalhos


de auditoria, ou seja, quais as áreas serão
examinadas e qual a quantidade de
documentos e o tempo do trabalho.

 Exemplo: análise de documentos, folha de


pagamento, 13º terceiro etc relativos ao
último mês fechado e nos 5 últimos anos.

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2.14 – Planejamento da Auditoria
O planejamento deve acontecer antes dos trabalhos iniciarem.
Item Descrição
Relacionar nomes e telefones e outras formas de contato com
1 - Abordagem
quem o auditor vai se relacionar para iniciar o trabalho de
inicial
auditoria.
2 - Definição do
Identifica o trabalho a ser desenvolvido (é o próprio escopo).
trabalho
Defina um período mínimo de elaboração de uma a duas semanas
3 - Período de (para empresas com até 100 colaboradores) – de preferência não
execução coincidente com a elaboração da folha de pagamento
(entre os dias 25 a 07 do mês seguinte).
4 - Equipe de Relacionar os nomes dos auditores e assistentes que irão trabalhar
auditoria na auditoria.
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2.14 – Planejamento da Auditoria

O planejamento deve acontecer antes dos trabalhos iniciarem.

Item Descrição
Definir o que será feito e em que ordem: análise de documentação, ponto, cálculos da
5 - Programa do
folha de pagamento, INSS, FGTS, IRRF, contribuição sindical, décimo terceiro salário,
trabalho
férias, controle de vale transporte;
6 - Controle da Em cima do programa de trabalho, identificar os prazos de início, realização e
realização finalização, a fim de não esquecer nenhuma etapa.
7 - Finalização do Programe uma reunião com o responsável pelo RH, para discutir o
trabalho relatório antes da apresentação – imprescindível.
Elaboração do relatório – de preferência ir desenvolvendo-o no
Relatório final decorrer da auditoria, deixando para o final apenas para revisão,
inclusão de bases legais, considerações finais ou pesquisas.

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Outros Fatores Relevantes no Planejamento

• Conhecimento das práticas adotadas pela entidade (manual


de regulamentos, normas e procedimentos)

• Conhecimento detalhado do sistema de controle interno e


seu grau de confiabilidade

• Riscos de auditoria: quanto maior o controle, menor o risco,


menor o tempo gasto nas análises

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2.15 - Método PDCA – Plain – Do – Check – Act

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2.15 - Adaptando o Método PDCA - Auditoria Trabalhista

Abreviação Descrição Na Auditoria Trabalhista


1 - Programando e Iniciando - Juntada e Análise de documentos;
Plain uma auditoria; - Plano de Auditoria;
2 – Preparando a auditoria: - Listas de Verificação.
- Reunião de abertura;
Do 3 – Conduzindo a Auditoria: - Condução e avaliação;
- Reunião de fechamento
- Análise crítica dos resultados;
Check 4 – Relatando a Auditoria: - Relatório de auditoria;
- Solicitação de ação corretiva.
5 – Concluindo a auditoria;
Acompanhar a resolução dos
Act 6 – Acompanhando as ações
problemas (consultoria).
corretivas.
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2.16 – Equipe de Auditoria

• É formada por auditores independentes (ou JR);

• A auditoria pode ser feita por um único auditor terceirizado;

Para fins de Auditoria Interna:

• Pode ser utilizado um empregado que trabalha na área e que


conheça as rotinas e legislação trabalhista e previdenciária;

Obs: este empregado poderá ser supervisionado por um gerente da


área, ou mesmo um auditor interno;
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2.17 - Amostragem
Quantidade de documentos que vamos analisar e deve ser representativa e deve
conter todos os elementos do universo a ser estudado. Dica: de 20 a 30%.

Empresa com 100 empregados: analisaremos as pastas/dossiês de 20 a 30 empregados;


Recibos de férias: veremos também de 2 a 3 empregados;
Guias de recolhimentos: verificar uma amostra dos últimos cinco anos.
Assim, se em cinco anos temos 60 meses, analisaremos guias de 12 a 18 meses;
Folha de pagamento: utilizar um mês que já tenha sido finalizado e com os recolhimentos
já efetuados em data posterior ao vencimento. E mais algumas outras folhas para checar
recolhimentos e outras situações.
Em alguns casos podem ser vistos todos os documentos:
Exemplo: Em uma folha de décimo terceiro não houve pagamento de média de horas extras?
Pode ver a folha do 13º salário dos 5 anos para checar se foi EVENTUAL ou é RECORRENTE.

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2.18 - Tempo Dedicado à Auditoria Trabalhista

Primeiro: o tempo destinado dependerá do número de


empregados da empresa auditada.

Segundo: o tempo que indicamos a seguir não está


considerando a contratação, o planejamento e o estudo
inicial das rotinas, normas e regulamentos da empresa.

Terceiro: é necessário que o auditor estude as obrigações


advindas do eSocial – além do profundo conhecimento
das áreas trabalhista e previdenciária. Conhecer o que
será exigido é de suma importância para o trabalho
exitoso.

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2.19 – Sugestão de Carga Horária
100 empregados: auditar até 30 em 40 horas locais e 12 horas de relatório:

- 08 horas/auditor para análise da documentação;


- 04 horas/auditor para análise do controle de jornada;
- 08 horas/auditor para análise na folha de pagamento;
- 04 horas/auditor para análise nas bases de recolhimento INSS, FGTS e IRRF;
- 08 horas/auditor para férias, 13º salário e rescisões;
- 08 horas/auditor para análise segurança, medicina e outras;
- 12 horas/auditor para relatório de auditoria.
A carga horária pode DOBRAR se houver entrevista com empregados e reuniões!
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2.20 - Seleção de Documentos e Folha de Pagamento

• Determine um mês para a auditoria, geralmente o mês anterior à visita e que já


esteja “fechado”, com todos os vencimentos de recolhimentos realizados.

• Recomendado fazer checagens conforme os PRAZOS DE GUARDA DE DOCUMENTOS.

• Peça sempre o dossiê de empregados “intencionais” como do DP/RH e Financeiro.

• Solicite as pastas através de relação NOMINAL, a fim de evitar que só sejam


entregues situações REGULARES.

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2.20 - Seleção de Documentos e Folha de Pagamento

 02 a 03 dossiês (pastas) de funcionários contratados recentemente; (o Auditor deverá solicitar ao RH,


listagem contendo nome dos funcionários, data de admissão e salário, o livro de /Registro e o CAGED)
 Analisar a folha de pagamento do último mês que esteja fechado e solicitar a pasta com todas as
folhas para identificar outras situações que solicitará a seguir:
 02 a 03 dossiês (pastas) de funcionários com desconto de IRRF;
 02 a 03 dossiês (pastas) de funcionários com desconto de vale transporte, vale-alimentação, farmácia,
mercado, seguro de vida e outros descontos;
 02 a 03 dossiês (pastas) de funcionários com horas extras de 50%, 100%. Adicional noturno, adicional
de periculosidade, comissões e outras situações; (além de outras finalidades, essas pastas serão
utilizadas para verificar as médias variáveis, pois normalmente nas pastas dos funcionários encontram-
se os recibos de pagamento de salários);
 02 a 03 dossiês (pastas) de funcionários com acidente de trabalho;
 02 a 03 dossiês (pastas) de funcionários que já gozaram férias;

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2.20 - Seleção de Documentos e Folha de Pagamento

 02 a 03 dossiês (pastas) de funcionários que percebem salário família;


 02 a 03 dossiês (pastas) de funcionários com categoria diferenciada (contadores, engenheiros,
outros);
 02 a 03 dossiês (pastas) de funcionários demitidos sem justa causa e com justa causa, com pedido de
demissão, abandono de emprego, etc;
 02 a 03 dossiês (pastas) de telefonistas, se houver;

 Outras situações que chamaram a atenção do Auditor através da visualização da na folha de


pagamento;
 12 a 18 guias de recolhimento de INSS, FGTS, IRRF, contribuição sindical;
 Pasta de RAIS dos últimos 5 anos (analisar de 2 a 3);

 Pasta de Declarações do CAGED dos últimos 5 anos;

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2.20 - Seleção de Documentos e Folha de Pagamento

 Pasta de GFIP dos últimos 5 anos (analisar de 12 a 18 meses);


 Comprovante de Adesão ao PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador;
 Pasta com Folha de pagamento do 13º salário dos últimos 5 anos;
 Recibo de pagamentos de autônomos e estagiários;

 Reclamatórias trabalhistas para verificar os motivos e o recolhimento do INSS e do IRRF.

Dica: Peça as pastas através de


relação nominal, a fim de evitar que
sejam entregues apenas situações que
estão regulares. Pode-se pedir de 02 a
03 pastas de cada situação, mesmo
que nem todas sejam auditadas.

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2.21 - Procedimentos de Auditoria

Exame de registros, documentos e de ativos tangíveis. É o


Inspeção
padrão comum nas auditorias.
Liquidação
Recolhimentos de tributos nos meses seguintes.
subsequente
Recebimento Verificar se o valor pago a maior foi devolvido no mês
subsequente seguinte.
Confronto com
Relatórios de comissões, posição FGTS para calcular a multa
relatórios de outros
rescisória ou outros.
setores ou relatório
externo

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2.21 - Procedimentos de Auditoria

Acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua


Observação execução.
Investigação e Obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras
confirmação da transação, dentro ou fora da entidade (cartas de circularização).
Conferência dos cálculos trabalhistas bases de cálculos de imposto de
Cálculo renda, contribuições previdenciárias, férias, rescisões, horas extras etc.
Verificação do comportamento de valores significativos, mediante
índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas
à identificação de situação ou tendências atípicas.
Revisão analítica Exemplo: nos últimos 12 meses, um determinado mês apresenta-se
acima da média, enquanto que a média é de R$ 3.500,00, relativo a
horas extras, nesse mês o valor é de R$ 10.000,00.

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2.22 - Como fazer a Auditoria Trabalhista com foco no eSocial na prática:

1. Ter à mão as fontes da legislação, ou saber pesquisar;


2. Fazer verificação física sempre que for viável;
3. Realizar os procedimentos de auditoria através dos checklists
previamente preparados;
4. eSocial: analisar os leiautes e o Manual para saber o que será exigido e
que não consta nos checklists para incluir como procedimento
complementar;
5. Fazer cálculos, sempre que possível;
6. Encontrando erros, discutir e achar soluções com a chefia do DP;
7. Preparar o relatório já abordando os erros e as soluções.

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2.23 – (EXTRA!) Quanto cobrar como Auditor Externo?

1. Trabalho de 60 a 80 horas para uma empresa, até 100 empregados, um único


estabelecimento
2. Valor de R$ 150 a R$ 225,00 (mas varia muito)
3. Grandes empresas de auditoria podem cobrar de R$ 800,00 a R$ 1.000,00
4. Orçamento médio:
1. 60 horas x R$ 150,00 = R$ 9.000,00
2. 80 horas x R$ 225,00 = R$ 18.000,00
5. Mais de um estabelecimento, acrescentar de R$ 1.500,00 a R$ 3.000,00
6. Utilizar de 2 a 3 semanas (dedicação integral) ou de 30 a 90 dias (dedicação
parcial)
7. Lembrando que o valor a ser cobrado deve incluir seus custos (impostos,
deslocamentos, alimentação etc), o valor da sua hora trabalhada e seu LUCRO

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FIM DO MÓDULO 2

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MÓDULO 3

DOCUMENTOS DE AUDITORIA
Papéis de Trabalho e Relatório
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3.1 - Papéis de Trabalho (PT)

• O auditor deve documentar as questões que foram


consideradas importantes para proporcionar evidência,
visando a fundamentar seu parecer da auditoria e
comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as
Normas de Auditoria.

• Os papéis de trabalho constituem a documentação


preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da
auditoria. Eles integram um processo organizado de registro
de evidências da auditoria, por intermédio de informações
em papel, meios eletrônicos ou outros que assegurem o
objetivo a que se destinam.

Obs: Os papéis de trabalho devem ser guardados pelo auditor de


maneira confidencial por, no mínimo, cinco anos.

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3.2 - Os Papéis de Trabalho Destinam-se a:

 Ajudar no planejamento e na execução da auditoria;

 Facilitar a revisão do trabalho de auditoria;

 Registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do


auditor independente;

 O Auditor deverá deixar evidenciado em papéis de trabalho as análises


efetuadas, considerando que cada profissional tem uma forma diferente de
demonstrar os testes efetuados;

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Com relação à documentação, o auditor poderá:
 Somente anotar no papel de trabalho os itens não observados pela empresa:

 Tirar fotocópias de documentos que podem ser alterados ou preenchidos posteriormente;

 De preferência, fotografar os cartões de ponto com incorreções;

 Anotar dois ou mais cálculos, demonstrando o procedimento de horas extras, adicional noturno, DSR, outros.

 Utilizar a fotocópia do recibo de férias, rescisão como papel de trabalho, evidenciando a revisão sobre as mesmas;

 Fotocópia dos documentos que contenham incorreções para constarem no seu arquivo e serem utilizados como
prova em contestações por parte do cliente;

 Separar a documentação por seções, conforme o assunto;

 Tirar fotos de tudo o que achar conveniente;

 O checklist pode ser usado para fins de anotações como Papel de Trabalho.

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DICA IMPORTANTE!

• Ao citar alguma ocorrência em relatórios,


123 recomendamos evitar colocar nome dos
457 528
trabalhadores, gerando a informação com o
número do registro do empregado.

• O cuidado é para evitar transtornos caso o


relatório caia em mãos erradas.

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3.3 – Exemplo de Papel de Trabalho
Auditoria em Documentação/Admissão
Empresa: Data:
Auditor:
Trabalhador Admissão CT ACP ASOA SF IR VT FRE EMP
Registro 123 04/05/2009 1 NA OK 7 NA OK 9 OK
Registro 256 03/07/2012 OK OK OK OK OK OK OK OK
Registro 380 04/01/2016 2 5 OK NA NA OK OK OK

CT = Contrato de Trabalho;
ACP = Acordo de Compensação e de Prorrogação de Horas;
ASOA = Exame Médico Admissional;
SF = Salário Família;
IR = Declaração de Encargos de Família para Fins de Imposto de Renda;
VT = Vale Transporte;
FRE = Ficha de Registro de Empregado;
EMP = Exame Médico Periódico.
NA: Não se Aplica
OK: Documentação em Ordem

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3.3 – Exemplo de Papel de Trabalho

IRREGULARIDADES ENCONTRADAS – Veja todas na apostila

1. Não possui contrato de trabalho;


2. Contrato de trabalho sem assinatura do empregado (em branco);
3. Não consta cláusula de autorização para desconto de seguro de vida;
4. Não possui acordo de compensação de horas;
5. Empregado prorroga sua jornada de trabalho sem que tenha assinado o Acordo de
Prorrogação de Jornada de Trabalho;
6. Não apresentado o comprovante de entrega e devolução da CTPS por ocasião das
férias;
7. Não possui comprovante anual de vacinação dos filhos menores de 06 anos;
8. Não possui o comprovante semestral de frequência escolar dos filhos a partir dos 07
anos de idade;
9. Ficha de Registro de empregado não atualizada quanto ao salário;
10. Declaração de Trajeto e Valor do vale-transporte não condizente com o valor pago;
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3.4 - Relatório de Auditoria Trabalhista

É a finalização exitosa do trabalho de auditoria, pois é por meio dele que o auditor
informa às pessoas a quem se dirige o seguinte:
1 - O trabalho que realizou;
2 - O alcance abrangido pelo trabalho;
3 - A forma como o realizou;
4 - Os fatos relevantes observados;
5 - As conclusões;
6 - As recomendações para a resolução dos pontos fora de conformidade;
7 - O quanto a empresa pode gastar com as penalidades trabalhistas;
8 - O quanto a empresa pode economizar, com a auditoria trabalhista.

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3.5 - Como Elaborar um Relatório de Auditoria Trabalhista

• O relatório deve ser redigido de forma clara e concisa, objetiva e imparcial, bem
como isento de erros de redação que possam macular o bom conceito do
profissional que o emite.

• A opinião do auditor deve estar fundamentada em fatos concretos, devidamente


comprováveis, através dos papéis de trabalho, com total imparcialidade e
independência.

• Deve apresentar soluções para os problemas encontrados, a forma de corrigi-los e


a fundamentação legal.

• Estrutura: Introdução, tópicos e Conclusão.

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3.6 - Estrutura dos Tópicos do Relatório de Auditoria

1. O que foi auditado (documento e tempo);


2. Os Procedimentos de Auditoria;
3. O erro encontrado e a evidenciação;
4. A infração cometida;
5. A penalidade ou riscos aos quais o empregador está
sujeito;
6. As recomendações para acerto ou as providências que já
foram tomadas.

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3.7 - Exemplo de tópico de relatório com erro
1. O que foi auditado
Cartões de Ponto do mês de novembro/2016.
(documento e tempo):
2. Procedimentos de Foram conferidos os registros e as assinaturas.
Auditoria: Também foi verificado se as horas extras foram pagas na folha de pagamento.
Alguns empregados que laboram com carga horária de 8 horas diárias têm prorrogado a
jornada diária acima de duas horas. Algumas das situações encontradas:
3. Erros encontrados e
Registro 123, no dia 14/11/2016, com jornada de trabalho total de 12h;
evidenciação: Registro 158, no dia 16/11/2016, com jornada total de 13h;
Registro 165, no dia 22/11/2016, jornada total de 14h13m.
A CLT determina que não podem ser ultrapassadas mais de duas horas extras
4. A infração cometida
diariamente, conforme citado no artigo 59.
Na fiscalização do Ministério do Trabalho, multa de R$ 40,25 à R$ 4.025,33 (*), dobrada
5. A penalidade ou risco em caso de desacato u reincidência. Além da multa, há o risco de reclamatória
trabalhista dos próprios empregados em função da jornada de trabalho excessiva.
O problema já foi apresentado ao Chefe de Pessoal, que ficou de agendar uma reunião
com todos os chefes de setor a fim de reiterar a proibição de prorrogação da jornada. A
6. Recomendações
empresa continua em risco em caso de fiscalização, considerando que é uma situação
passada, sem condição de correção.
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3.8 – Tópico de Relatório SEM ERROS

1. O que foi auditado (documento e tempo) - igual no relatório com erros

2. Os procedimentos de auditoria – igual ao relatório com erros

3. Resultado da Auditoria – Conformidade legal – substitui o item “Erros


encontrados e evidenciação”

4. Resultados da Auditoria – Procedimentos – substitui o item “infração cometida”

5. Recomendações – é o mesmo do outro relatório, com sugestões para melhorias

O item “A penalidade ou risco” é eliminado neste relatório sem erros

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3.9 - Exemplo de tópico de relatório sem erros

1) O que foi auditado (documento e tempo): recibos de Férias do ano de 2015.


2) Procedimentos de Auditoria:
Foram analisados 20 (vinte) recibos de férias relativos ao exercício de 2015 e conferidos:
1. Foi analisado o procedimento para solicitação de férias pelos empregados, se há escala de férias e como é o
planejamento de férias na empresa;
2. Se o período aquisitivo estava em conformidade com o direito dos empregados;
3. Se o aviso e o pagamento de férias estão dentro dos prazos legais previstos na CLT;
4. Se as médias de horas extras e DSR foram calculadas corretamente;
5. Se as repercussões de direitos como insalubridade, periculosidade e adicionais foram pagos;
6. Se os tributos como Imposto de Renda e Previdência Social, foram calculados corretamente;
7. Se houve a liquidação subsequente, com o registro das férias nas folhas de pagamento e o recolhimento dos tributos, e
8. Foram também analisadas situações de possíveis férias não gozadas com vencimento de segundo período.
3) Resultados da Auditoria em Férias – Conformidade legal
Após as análises e cálculos, não detectamos erros que pudessem comprometer a empresa, estando os procedimentos
legais em conformidade com a legislação vigente em relação a pagamento antecipado com dois dias antes do gozo, médias
pagas corretamente e recolhimento de tributos efetuados nos prazos previstos na legislação.

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3.9 - Exemplo de tópico de relatório sem erros
4) Resultados da Auditoria em Férias – Procedimentos
A rotina de solicitação de férias e a concessão ainda é realizada de forma individual, não havendo um controle
efetivo e nem uma escala anual para as férias, o que resulta em concessão de férias iniciando em qualquer dia
do mês, prejudicando assim o controle e eficácia das rotinas no departamento de pessoal. Como exemplo,
identificamos que o empregado de registro 345 iniciou férias no dia 28/04/2014 porque já iria vencer o
segundo período, o que acarretou recálculo da folha de pagamento que já estava fechada.
5) Recomendações – Rotinas de Férias
Em reunião com a chefia de RH, identificamos que as chefias de departamento só autorizam as férias somente
quando o departamento pessoal avisa que está para vencer o segundo período, não havendo uma escala
anual para programação.
Recomendamos providenciar escala de férias anual com envio às chefias de departamento no início do mês de
dezembro e solicitando retorno até o dia 15 de dezembro, com todos os vencimentos de férias do ano
seguinte.
Recomendamos ainda que – ressalvadas as exceções – programar as férias para iniciar no dia 1º de cada mês a
fim de programar o pagamento e retorno, agilizando o controle de procedimentos também no Setor
Financeiro.

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista

RELATÓRIO DE AUDITORIA – ZC 12/2016

Tipo de Auditoria: Nas áreas trabalhista e previdenciária


Cliente: Empresa XYZ Calçados Ltda.
Número de empregados: 97 ativos no início da auditoria
Data de início: 07/12/2016
Data de término: 30/01/2017
Bases legais: Citadas nos tópicos do relatório
Equipe de Auditoria: Maria Silva (chefe) e Carla Dias (auditora)
Local: Empresa XYZ
Diretor Superintendente, Dr. João Luz
Cópias:
Gerente de RH, Sra. Marisa Silva, Diretora Superintendente

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista

1 - Introdução

A diretoria da empresa XYZ desejava verificar a conformidade de


suas práticas com a legislação trabalhista e previdenciária, a fim de
evitar autos de infração e reduzir o número de reclamatórias
trabalhistas.

A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho - é o documento básico


para a garantia dos direitos dos empregados e a XYZ procura respeitar
todas as normas trabalhistas, porém nos últimos três anos foi alvo de
três reclamatórias trabalhistas.

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista

2 - Objetivo da Auditoria Trabalhista e Previdenciária

Cumprir a legislação, evitar multas e reclamatórias trabalhistas e tornar


o ambiente de trabalho mais agradável e seguro, são alguns dos
objetivos do presente trabalho.

3 - Metodologia e Período da Auditoria

Foram analisados documentos, efetuados cálculos e processos do


período de dezembro/2011 a novembro/2016.

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista

4 - Critérios Adotados

Através de checklist foram avaliados diversos itens para


conformidade com as legislações trabalhista e previdenciária
vigentes à época. Também foram realizados cálculos dos
tributos, analisada a liquidação subsequente e outros
procedimentos de auditoria.

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista
5 - Resumo da Auditoria

Área auditada: Departamento Pessoal, incluindo registro de empregados, controle de ponto, medicina
e segurança do trabalho, recolhimentos de tributos, folha de pagamento, rescisões contratuais e
reclamatórias trabalhistas, além de outras rotinas inerentes à área.

• Quantidade de registros de empregados analisados: 30


• Quantidade de registros em conformidade com a legislação: 23
• Quantidade de registros em desacordo com a legislação: 07
• Quantidade de guias de recolhimento previdenciário calculadas: 12
• Quantidade de guias com valores errados: 04
• Quantidade de folhas de pagamento analisadas: 12 (em cada mês foi analisado um tipo de
recolhimento ou cálculo diferente)

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista

6 - Tópicos da Auditoria

6.1 - Auditoria em Documentação e Registro de Empregados

O que foi auditado (documento e tempo):


 Registros de Empregados e Documentação do período de dezembro/2011 a novembro/2016.
Erro encontrado e evidenciação:
Há registro de empregados com falha na documentação e dentre eles, citamos:
 Registro 124, falta assinatura no contrato de trabalho;
 Registro 159, não consta o número do CPF do dependente maior de 16 anos na Declaração de Encargos
de Família para fins de Imposto de Renda;
 Registro 166, a Declaração do Vale-Transporte está desatualizada, não sendo condizente; com o valor
pago a título de vale-transporte constante na folha de pagamento do mês de janeiro/2015;
 Registro 169, falta atualização de férias gozadas e última alteração salarial.

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista

A Infração cometida
 A CLT que as fichas de registro devem estar atualizadas e o contrato de trabalho assinado, segundo os
artigos 442 a 510 da CLT.
A penalidade ou risco
 Na fiscalização do Ministério do Trabalho, multa de R$ 402,53 dobrada em caso de desacato ou
reincidência. Além da multa, há o risco de reclamatória trabalhista dos próprios empregados em função
da falta de assinatura do contrato.
Recomendações
 Foi orientado ao Chefe de Pessoal, para revisar todos os registros de empregados que estejam sem
assinatura para regularizar;
 Foi orientado fazer a atualização geral de todas as Declarações de Encargos de Família para fins de
imposto de renda, considerando as regras constantes na IN RFB 1.500/14 (artigo 90) e IN RFB 1.548/15;
 Foi recomendado solicitar atualização de todos os pedidos de Vale-Transporte dos empregados;
 Foi recomendado fazer a atualização de todas as fichas de registro de empregados;
 As providências foram prometidas para os próximos 30 dias.

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista

6.2 – Auditoria em Controle de Jornada e Ponto


O que foi auditado (documento e tempo):
 Cartões de Ponto do mês de dezembro/2015.
Erro encontrado e evidenciação:
 Alguns empregados que laboram com carga horária de 8 horas diárias têm prorrogado a jornada diária acima de duas horas;
 Algumas das situações encontradas;
 Registro 123, no dia 14/12/2015, com jornada de trabalho total de 12h;
 Registro 158, no dia 15/12/2015, com jornada total de 13h;
 Registro 165, dia 22/12/2015, jornada total de 14h13m.
A Infração cometida
 A CLT determina que não podem ser ultrapassadas mais de duas horas extras diariamente, conforme citado no artigo 59.
A penalidade ou risco
 Na fiscalização do Ministério do Trabalho, multa de R$ 40,25 a R$ 4.025,33 (*), dobrada em caso de desacato ou reincidência.
Além da multa, há o risco de reclamatória trabalhista dos próprios empregados em função da jornada de trabalho excessiva.
Recomendações
 O problema já foi apresentado ao Chefe de Pessoal, que agendará uma reunião com todos os chefes de setor a fim de reiterar a
proibição de prorrogação da jornada. A empresa continua em risco em caso de fiscalização, considerando que é uma situação
passada, sem condição de correção.

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista

6.3 - Auditoria em Folha de Pagamento


Relatar tópico.

6.4 - Auditoria em Encargos e Tributos


Relatar tópico.

6.5 - Auditoria em Rescisões Contratuais


Relatar tópico.

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista

7 – Conclusão

Com base em nossos trabalhos concluímos ser necessária uma revisão geral em todos os
registros de empregados – utilizando o Checklist disponibilizado e mediante orientação da
equipe de Auditoria, bem como algumas mudanças de procedimentos em relação à folha de
pagamento e pagamentos de férias, considerando as novas exigências do eSocial e para evitar
transtornos em possíveis fiscalizações na área trabalhista, previdenciária e de tributos
federais.

Alertamos, ainda, que alguns procedimentos inadequados que foram observados nos tópicos
manterão a empresa em risco, considerando que a fiscalização sempre analisa documentos e
cumprimento da legislação dos últimos cinco anos.

Recomendamos investimento em capacitação para os empregados da área de RH, para


atualização com a legislação trabalhista, previdenciária, tributária e exigências do eSocial.

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3.10 - Modelo de Relatório Completo de Auditoria Trabalhista
8 - Comentários da Gerência de Recursos Humanos

Todas as irregularidades foram apresentadas à Gerencia de Recursos Humanos e as


soluções encontradas constam no presente relatório.

Nossa empresa poderá acompanhar a regularização junto à chefia de pessoal, já que


alguns procedimentos ainda serão finalizados no decorrer dos próximos meses.

Finalizamos o presente relatório colocando-nos ao dispor da Direção a fim de


acompanhar os processos de regularização apresentados.

Cordialmente,
Maria Silva
Chefe de Auditoria
CRC-SC: 032.567/O
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FIM DO MÓDULO 3

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MÓDULO 4

INFORMAÇÕES TRABALHISTAS,
LEGAIS E PRÁTICAS

Formação de Auditor Trabalhista com Foco no eSocial


4.1 – Fontes da Legislação

A auditoria trabalhista é fundamentada na legislação vigente à época auditada.

• Necessárias para dar VERACIDADE


às observações e orientações do
auditor.

• Sempre procure fontes OFICIAIS


(Planalto, site RFB, MTPS, TST etc)

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4.1 - Fontes da Legislação

• CLT
• http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del5452.htm

• Sistema Mediador Ministério do Trabalho – Acordos, Dissídios, Convenções Coletivas


• http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/

• Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho


• http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras

• Súmulas do TST
• http://www.tst.jus.br/sumulas

• Legislação Previdenciária
• http://www.previdencia.gov.br/legislacao/
Outros links serão apresentados
• Site da Receita Federal no decorrer do treinamento
• www.rfb.gov.br
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4.2 – O que auditar na área trabalhista e previdenciária?

• A seguir apresentamos a subdivisão das 11 áreas que deverão ser analisadas.

• Os checklists e documentos serão apresentados no capítulo relativo a cada área.

• Faça a auditoria, preferencialmente, na ordem indicada.

• Com o foco no eSocial, incluir tópicos que serão exigidos (veja os checklists).

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4.2 – O que auditar na área trabalhista e previdenciária?

1. Admissão e documentação de empregados


2. Registro de Ponto e Jornada de Trabalho
3. Saúde e Segurança no Trabalho
4. Folha de Pagamento
5. Recolhimentos à Previdência Social e FGTS
6. Autônomos e outras terceirizações
7. Décimo Terceiro Salário
8. Férias
9. Rescisões Contratuais
10. Reclamatórias Trabalhistas
11. Outros controles
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4.3 - Prazo de Guarda dos Documentos

• A amostra na auditoria trabalhista deve acompanhar o prazo de guarda dos


documentos.
• A lista está na apostila, separada por “Previdenciário” e “Trabalhista”
• A maioria dos documentos guarda o prazo de 5 (cinco) anos, salvo algumas
exceções:
– Isenção de contribuição previdenciária – 10 anos
– PPP – 20 anos (começou em 2004)
– Salário-família – 10 anos
– ASO – 20 anos
– Contrato de Trabalho – Indeterminado
– FGTS – 5 anos
– GFIP – 10 anos
– Livro ou Ficha de Registro de Empregados – Indeterminado

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4.4 - Precedentes Administrativos

Precedentes administrativos são atos emanados do Ministério do


Trabalho e visam orientar as ações dos auditores fiscais quando
estiverem fiscalizando as empresas.

Os precedentes administrativos estão disponíveis para download no site


do Ministério do Trabalho > Link “Fiscalização” e (tem também na nossa
área de downloads).

Em nossas orientações para auditoria apresentaremos alguns


precedentes a fim de balizar o trabalho mais eficaz da auditoria.

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4.5 - Análise prévia de Constituição da Empresa

• Tais documentos formarão a base – a pasta inicial, também


chamada de PASTA PERMANENTE – para análise posterior das
demais rotinas.

• Nesta mesma pasta pode ficar o PLANEJAMENTO DA


AUDITORIA.

• Também recomendamos solicitar e estudar o Regulamento ou


Normas da empresa, para identificar as práticas utilizadas
internamente, se estão condizentes com a legislação vigente e
não violam nenhum direito dos empregados.

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4.5 - Análise prévia de Constituição da Empresa

Exame Observação
Documento da NR 2 (Declaração de Instalações),
Ver a empresa realizou Inspeção Prévia alterada pela Portaria n. 35 do Min. Trab. de 28/12/83
e Alvará do Corpo de Bombeiros
Ver se a empresa realizou PPRA –
Programa de Prevenção de Riscos E verificar se está na validade.
Ambientais
Ver CNPJ, Contrato Social e Alvarás de Isto, em particular, até mesmo para que se cheque se
Estabelecimento e Sanitários, além de os objetivos da empresa estão condizentes aos
outros necessários à atividade. serviços e produtos oferecidos e desenvolvidos.
Caso seja a primeira auditoria trabalhista e previdenciária, solicitar cópia das Convenções e
eventuais acordos coletivos com os sindicatos representativos das categorias que possuam
trabalhadores na empresa.

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4.5 - Análise prévia de Constituição da Empresa

Emita ou solicite as CERTIDÕES NEGATIVAS DE DÉBITOS da área trabalhista e previdenciária e outras


inerentes à atividade da empresa (CRC, por exemplo, em caso de escritório contábil):

• CNDT – Débitos de Processos Trabalhistas – www.tst.jus.br/certidao

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4.5 - Análise prévia de Constituição da Empresa

Emita ou solicite as CERTIDÕES NEGATIVAS DE DÉBITOS da área trabalhista e previdenciária:

• Certidão do M.T.E.: Verificar se existem débitos de autuações (CPMR) –


http://consultacpmr.mte.gov.br/ConsultaCPMR/

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4.5 - Análise prévia de Constituição da Empresa

Emita ou solicite as CERTIDÕES


NEGATIVAS DE DÉBITOS da área
trabalhista e previdenciária:

Certidão da VARA (TRT):


para ver se tem processos
trabalhistas em aberto. Ex:
www.trt12.jus.br

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4.5 - Análise prévia de Constituição da Empresa

Emita ou solicite as
CERTIDÕES NEGATIVAS DE
DÉBITOS da área
trabalhista e
previdenciária:

CND Conjunta de
Débitos Federais
(INSS, IRRF, CSLL,
PIS,COFINS):
www.rfb.gov.br

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FIM DO MÓDULO 4

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MÓDULO 5

AUDITORIA EM DOCUMENTAÇÃO E
ADMISSÃO DE EMPREGADOS

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Padrão para os Módulos de Auditoria

1. Base legal
2. Eventos do eSocial relacionados ao Módulo
3. Verificação Física
4. Checklist da subárea (normal e com tópicos do eSocial)
5. Exercício relacionado aos Procedimentos de Auditoria
6. Exemplo de Tópico para Relatório

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5.1 - Fontes da Legislação – Admissão de Empregados

A legislação
apresentada é apenas
uma referência, não
esgota o assunto!
Obrigatoriedade da Carteira de Trabalho Artigo 13 e seguintes da CLT
Prazo de devolução da Carteira em 48 horas Art. 29 CLT
Obrigatoriedade de Registro de Empregados Portaria MTE 41/2007

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5.1 - Fontes da Legislação

Súmula nº 129 do TST PRECEDENTE ADMINISTRATIVO Nº 59


CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO
ECONÔMICO (mantida) - Res. 121/2003, REGISTRO. CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO
DJ 19, 20 e 21.11.2003
ECONÔMICO.
A prestação de serviços a mais
de uma empresa do mesmo O trabalho prestado pelo empregado a várias empresas
grupo econômico, durante a do mesmo grupo econômico configura apenas um
mesma jornada de trabalho, não contrato de trabalho, sendo desnecessário o registro do
caracteriza a coexistência de empregado em cada uma das empresas. Autuação
improcedente.
mais de um contrato de
trabalho, salvo ajuste em REFERÊNCIA NORMATIVA: Art. 2º, §2º e Art. 41 ambos da
contrário. CLT.

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5.1 - Fontes da Legislação

PRECEDENTE ADMINISTRATIVO Nº 69

EMPREGADO SEM REGISTRO. PARENTESCO COM O PROPRIETÁRIO DA


EMPRESA.

Parentesco entre empregador e empregado não é fato impeditivo da


caracterização da relação laboral, cuja configuração se dá pela presença
dos elementos contidos na lei.

REFERÊNCIA NORMATIVA: Art. 3º da CLT.

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5.2 – Eventos do eSocial relacionados à Admissão

Cód. Evento Observação


S-2100 Cadastro Inicial do Vínculo Cadastro dos Trabalhadores Admitidos antes do eSocial
Trabalhadores Sem Vínculo de
S-2300 Cadastro de Diretores, Estagiários, Cooperados, Dirigentes Sindicais e outros
Emprego (TSV)
Admissão do Trabalhador – Registro CPF, Data de Admissão e Data de Nascimento – Opcional – Enviar até 30 dias antes
S-2190
Preliminar da admissão
Registro completo de admissão, após o início do eSocial. Enviar até 30 dias antes (se
S-2200 Admissão do Trabalhador não enviado o S-2190) ou até o dia 07 do mês seguinte à admissão (se enviado o S-
2190).
Monitoramento da Saúde do Informar o exame médico admissional, antes do fechamento da folha do mês da
S-2220
Trabalhador admissão. (*)
Informar os fatores de risco e atividades do trabalhador no ambiente em que ele se
Condições Ambientais de Trabalho
S-2240 insere (até o dia 07 do mês seguinte à admissão, antes do fechamento da folha do
– Fatores de Risco
mês da admissão). (*)
Insalubridade, Periculosidade, Enviar para os casos em que seja devido, antes do fechamento da folha do mês da
S-2241
Aposentadoria Especial admissão. (*)
Enviar em caso de alteração no contrato por prazo determinado (experiência), antes
S-2206 Alteração do Contrato de Trabalho
do término do primeiro contrato.

(*) = SST – exigidos 6 meses após o início, o que não desobriga a empresa de ter os laudos e exames em dia.
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5.3 - Verificação Física

• Ir ao local onde o trabalhador deverá estar atuando e checar


sua presença bem como o trabalho desenvolvido e já
aproveitar e verificar o uso de EPI.
• Aproveitar para solicitar CTPS de alguns trabalhadores e
verificar se estão registrados na função que estão exercendo e
se as carteiras estão atualizadas.

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5.3 – Verificação Física

• Formulário Eletrônico ou Caixa de Comentários para os empregados


opinarem sobre PROBLEMAS, desde que com autorização da empresa.

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5.4 – Procedimentos de Auditoria em Admissão – Checklist

Procedimentos de Auditoria: Sim Não NA/OBS


Item
Documentação e Admissão
1 Contrato de Trabalho
1.1 Verificar se há contrato
1.2 Se o contrato está assinado pela empresa e empregado
1.3 Contém cláusula de horário, salário, período
1.4 Verificar se há aditivos, caso horário seja diferente do ponto
1.5 Verificar prazos de experiência e prorrogações assinadas
1.6 Comprovante de entrega e devolução da CTPS (admissão, férias, atualização)
Atividade Externa Incompatível com controle de jornada (registro, contrato e CTPS – art 62,
1.7
I, CLT)

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5.4 - Checklist em Admissão e Documentação

Procedimentos de Auditoria: Sim Não NA/OBS


Item
Documentação e Admissão

2 Acordo de Compensação e Prorrogação de Horas


Verificar se há acordo de compensação
2.1
Incluir o que desejar...

Salário-família
3
Verificar se há Ficha de Salário-família e Termo de Responsabilidade
3.1
Filhos menores de 6 anos = caderneta de vacinação
3.2
Filhos acima de 06 anos = comprovante semestral de frequência escolar
3.3
Baixa do Salário família aos 14 anos de idade
3.4
Confrontar quantidade de cotas pagas com a documentação
3.5
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5.4 - Checklist em Admissão e Documentação

Procedimentos de Auditoria: Sim Não NA/OBS


Item
Documentação e Admissão
4 Exames Médicos
4.1 Exame admissional para o cargo e em data anterior à admissão

5 Declaração de Dependentes para fins de Imposto de Renda


5.1 Verificar se todos ainda são dependentes (Circularizar com o empregado)

5.2 Confrontar com a quantidade de dependentes na folha de pagamento

6 Vale-Transporte (Dec. 95.247/87)


6.1 Verificar se todos têm a declaração ou renúncia do vale-transporte atualizada
6.2 Verificar pelo valor pago se está atualizado com a declaração
6.3 Circularizar com a empresa de transporte – solicitar extrato de uso (se possível)

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5.4 - Checklist em Admissão e Documentação

Procedimentos de Auditoria: Sim Não NA/OBS


Item
Documentação e Admissão
7 Ficha de Registro de Empregados
7.1 Verificar se todos os dados obrigatórios estão preenchidos (admissão, documentos, cargo etc)
7.2 Verificar fichas atualizadas com férias e alterações (ver folha)
7.3 Anotações de afastamentos

7.4 Se for menor, se consta Quadro de Horário especial do Menor

8 Outras situações

8.1 Registro por estabelecimento

8.2 Ver se a empresa mantém o Livro de Inspeção

8.3 Verificar se as cotas de Aprendizes e Pessoas com Deficiência estão sendo cumpridas

8.4 Registro no PIS - primeiro emprego


Se o empregado consta no CAGED do mês da admissão ou no CAGED Diário (contratados sob Seguro
8.5
Desemprego)
8.6 Se o empregado pagou contribuição sindical no ano de admissão

8.7 Ver se está fazendo o Seguro Desemprego WEB (obrigação a partir de abril/2015)
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5.4 - Checklist em Admissão e Documentação
Item Procedimentos de Auditoria: Sim Não NA/OBS
Documentação e Admissão

9 Foco no eSocial - Admissão


9.1 Estagiários - verificar quantidade por supervisor (até 10)
9.2 Estagiários - verificar supervisor com experiência ou formação na área
9.3 Estagiários - verificar se tem exame médico (artigo 14 da Lei 11.788/08)
9.4 Endereço e Estado Civil - Circularizar com empregado
9.5 Trabalhador Estrangeiro: verificar situação legal, se é casado com brasileiro, se tem filho
brasileiro
9.6 Pessoas com Deficiência: verificar laudos e cotas (Art 93 da lei 8.213/91 e legislação correlata)
9.7 Dependentes do IR: verificar CPF para maiores de 14 anos e código conforme eSocial (IN RFB
1.548/15) – ver modelo.
9.8 Verificar se trabalhador é aposentado por idade ou tempo de contribuição
9.9 Admissões por transferência: checar CNPJ e registro na empresa anterior
9.10 Verificar admissões por ação fiscal ou decisão judicial
9.11 Verificar empregados sujeitos a controle de jornada e que não estão cumprindo a regra
9.12 Empresa de trabalho temporário: checar exigências da lei 6.019/74
9.13 Desligados com direito a algum recebimento na empresa
9.14 Verificar se a empresa cumpre o prazo legal para admissão (antes da admissão)
9.15 Qualificação Cadastral prévia à admissão
9.16 Ver se consta na Tabela de Cargos: CBO compatível com nome do Cargo
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5.5 – Exercícios – Procedimentos de Auditoria

Cálculo: Contagem de Tempo para Experiência


Empregado admitido em 20/10/2016 por contrato de 45 + 45 dias.

1 - Até que dia deve ser assinada a prorrogação?

Resposta: 1º Prazo: 03/12/2016

2 - Qual o último dia do contrato final?

Resposta: 2º Prazo: 17/01/2017

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5.6 - Sugestão de Tópico para o Relatório

O que foi auditado (documento e tempo):


 Registros de Empregados e documentação do período de janeiro/2011 a fevereiro/20116.
Erros encontrados e evidenciação:
Há registro de empregados com falha na documentação e dentre eles, citamos:
 Registro 124, falta assinatura no contrato de trabalho;
 Registro 159, não consta o número do CPF do dependente maior de 14 anos na Declaração de Encargos
de Família para fins de Imposto de Renda;
 Registro 166, a Declaração do Vale-Transporte está desatualizada, não sendo condizente com o valor
pago a título de vale-transporte constante na folha de pagamento do mês de janeiro/2016;
 Registro 169, falta atualização de férias gozadas e última alteração salarial.
A Infração cometida
 A CLT dispõe que as fichas de registro devem estar atualizadas e o contrato de trabalho assinado,
segundo os artigos 442 a 510 da CLT.

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5.6 - Sugestão de Tópicos para o Relatório

A penalidade ou risco
 Na fiscalização do Ministério do Trabalho, multa de R$ 402,53 por registro errado, dobrada em caso
de desacato ou reincidência. Além da multa, há o risco de reclamatória trabalhista dos próprios
empregados em função da falta de assinatura do contrato.
Recomendações
 Foi orientado ao Chefe de Pessoal, para revisar todos os registros de empregados que estejam sem
assinatura para regularizar;
 Foi orientado fazer a atualização geral de todas as Declarações de Encargos de Família para fins de
imposto de renda, considerando as regras constantes na IN RFB 1.500/14 (artigo 90) e IN RFB
1.548/15;
 Foi recomendado solicitar atualização de todos os pedidos de vale-transporte dos empregados;
 Foi recomendado fazer a atualização de todas as fichas de registro de empregados;
 As providências foram prometidas para os próximos 30 dias.

Ao final do seu relatório, pode incluir o Custo Total que a empresa poderia ter, caso não fizesse a Auditoria e
quanto ela ECONOMIZOU com a Auditoria

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FIM DO MÓDULO 5

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MÓDULO 6

AUDITORIA EM CONTROLE DE PONTO


E JORNADA DE TRABALHO

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6.1 - Fontes de Legislação – Jornada de Trabalho
A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares em
Art. 58 e seguintes da CLT número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregador e
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado
Art. 59 CLT parágrafo 2º -
pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no
Banco de Horas
período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite de dez horas diárias.
Portaria Min. Trab. 1510/09 SREP - Regras para o novo Sistema e Registrador Eletrônico de Ponto.
Portaria Min. Trabalho 373/2011 Dispõe sobre controle de ponto “alternativo”
Constituição Federal – art. 7º, inciso
Horas extras com pagamento mínimo de 50%
XVI (parágrafo 1º art. 59 CLT)

Prorrogação de horas insalubres (autorização do Ministério do


Portaria 702/15 M.T.E.
Trabalho, válida por 5 anos)

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6.1 – Legislação

• Súmula 85 do TST L i v r o d e S ú m u l a s : w w w. t s t . j u s . b r

– Compensação = acordo escrito individual ou coletivo ou CCT


– Sem atendimento à exigência = adicional
– A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo
– Banco de horas = acordo ou cct
– Compensação em hora insalubre = permissão do M.T.E. (Ler Portaria
702/2015)
• Súmula 90 TST = horas “in itinere”
• Súmula 291 TST = supressão de horas extras

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6.1 - Fontes de Legislação – Precedentes Administrativos MTE

PRECEDENTE ADMINISTRATIVO - M.T.E. 42


(Alterado pelo Ato Declaratório nº 12, de 10 de agosto de 2011).
JORNADA. OBRIGATORIEDADE DE CONTROLE.

Os empregadores não sujeitos à obrigação legal de manter sistema de controle de


jornada de seus empregados, mas que deles se utilizam, devem zelar para que os
mesmos obedeçam à regulamentação específica, eventualmente existente para a
modalidade que adotarem.

Caso o Auditor-Fiscal do Trabalho tenha acesso a tal controle, poderá dele extrair
elementos de convicção para autuação por infrações, já que o documento existe e é
meio de prova hábil a contribuir na sua convicção.

REFERÊNCIA NORMATIVA: Art. 74 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

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6.1 – Fontes da Legislação – Precedentes Administrativos MTE

• Precedentes 49
– Controle de jornada de “gerentes” sem poderes de gestão e sem 40%
• Precedente 78
– Registro de Ponto. Marcação Incorreta. Defeito no Relógio. Falha de Sistema.
Culpa “in vigilando”.
• Precedente 81
– Regime de Compensação. Jornada 12 x 36. Admissibilidade. Convenção
Coletiva
• Precedente 82
– Jornada. Intervalo para Repouso e Alimentação. Não Cumulatividade.
“Trabalho Contínuo = jornada diária”.

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6.2 – Eventos do eSocial Relacionados à Jornada de Trabalho

Linha 36 e 37 MOS 2.2: Grupo InfoTrab


Opção de registro de ponto (jornada) adotada pelo estabelecimento. Indicar
o sistema de controle de ponto preponderante, conforme opções:
Tabela de 0 - Não utiliza;
Estabelecimentos, 1 - Manual;
S-1005
Obras ou Unidades 2 - Mecânico;
de Órgãos Públicos 3 - Eletrônico (portaria MTE 1.510/2009);
4 - Não eletrônico alternativo (art. 1° da Portaria MTE 373/2011);
5 - Eletrônico alternativo ( art. 2° da Portaria MTE 373/2011). Valores
Válidos: 0, 1, 2, 3, 4, 5.

Cadastro das Horas Normais, Horas Extras, Banco de Horas e Faltas


S-1010 Tabela de Rubricas Descontadas (Tabela 3 – Natureza de Rubricas), com todas as tributações e
Reflexos para 13º Salário, Férias, Rescisão e DSR.

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6.2 – Eventos do eSocial Relacionados à Jornada de Trabalho

Informar todos os horários existentes na empresa, turnos, se há


Tabela de Horários/Turnos intervalo e se há “flexibilidade”.
S-1050
de Trabalho Alerta: em caso de “flexibilidade”, recomendamos Acordo ou
Convenção Coletiva de Trabalho.

Se é submetido a controle de jornada, se tem gratificação de


S-2200 Admissão do Trabalhador cargo de gestão ou se tem atividade externa incompatível com
controle (Art. 62 da CLT), qual o horário diário que trabalha.

Alteração do Contrato de Alterando o horário, alterar também no eSocial (ver se tem


S-2206
Trabalho aditivo).

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6.3 - Verificação Física

• Escolha dois dias da semana de auditoria e em um deles


chegue mais cedo e em outro fique até mais tarde, anotando
os nomes dos trabalhadores que estão fazendo horas extras na
empresa.
• Cheque se tais trabalhadores têm autorização dos superiores
para fazer hora extra e se estão sendo pagas corretamente na
folha de pagamento.

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A história do “Seu” João, faxineiro que um belo dia...

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6.4 – SREP – Portaria 1.510/09

O que é o Sistema de Registro Eletrônico de Ponto – SREP?

É o conjunto de equipamentos e
programas informatizados
destinado à anotação por meio
eletrônico da entrada e saída dos
trabalhadores das empresas,
previsto no artigo 74 da CLT. Já
está em vigor desde 2012.

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6.4 - Sistema de Registro Eletrônico de Ponto – SREP

O SREP deve registrar fielmente as marcações efetuadas, não sendo permitida


qualquer ação que desvirtue os fins legais a que se destina, tais como:

• I - Restrições de horário à marcação do ponto;


• II - Marcação automática do ponto, utilizando-se;
• III - Horários predeterminados ou o horário contratual;
• IV - Exigência, por parte do sistema, de autorização prévia para marcação de
sobrejornada; e
• V - Existência de qualquer dispositivo que permita a alteração dos dados
registrados pelo empregado.
• Nota: Para a utilização de Sistema de Registro Eletrônico de Ponto é obrigatório o
uso do REP no local da prestação do serviço, vedados outros meios de registro.

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6.4 - O que é o Registrador Eletrônico de Ponto

É o equipamento de automação utilizado exclusivamente para o registro de jornada de trabalho e


com capacidade para emitir documentos fiscais e realizar controles de natureza fiscal, referentes à
entrada e à saída de empregados nos locais de trabalho.

Penalização: O não uso do SREP ou seu uso em desacordo com a Portaria 1.510/09, descaracteriza a
sua finalidade, o que ensejará em:

 Lavratura de auto de infração com base no artigo 74, § 2º, da CLT, pelo Auditor-Fiscal do Trabalho.
 Multa administrativa no valor de R$ 4.025,00 dobrado na reincidência, oposição ou desacato;
 Pagamento de eventuais horas extras ou adicionais alegados no futuro contra a companhia;
 Apreensão de documentos e equipamentos que estejam em desconformidade com a Portaria.

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6.5 – Procedimentos de Auditoria (Checklist)
– Controle de Ponto e Jornada de Trabalho
Procedimentos de Auditoria – Checklist
Item Sim Não NA/OBS
Controle de Ponto e Jornada de Trabalho
1 Verificar excesso de jornada (acima de 10 horas diárias)
2 Intervalo mínimo de 11 horas entre jornadas
3 Intervalo de 15 minutos na jornada entre 4 e 6 horas
4 Marcação da jornada com antecedência x horas extras
5 Ver autorização para horas extras
6 Verificar se há acordo de compensação
7 Verificar se está sendo feita a compensação semanal
8 Cartão de ponto com dados do horário no cabeçalho
9 Horas extras com insalubridade
10 Horas extras com periculosidade
11 Horas extras noturnas e pagamento do reflexo do DSR
12 Papeleta de ponto externo

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6.5 – Procedimentos de Auditoria (Checklist)
– Controle de Ponto e Jornada de Trabalho

Ver quem não registra o ponto se está dentro das exceções legais
13
(cargo de gestão ou atividade externa incompatível com controle)
14 Verificar se horário realizado está de acordo com o registro
15 Intervalo mínimo de 1 hora para refeição
16 Verificar se o ponto contém rasuras
17 Verificar registro das justificativas no ponto eletrônico
18 Cartão de ponto não assinado
19 Marcação com mesma letra no ponto manual
20 Horas sobreaviso: verificar se há escala e se está sendo pago
Turno ininterrupto de 6 horas= verificar carga horária máxima de 180
21
horas mensais
22 Banco de Horas: verificar homologação no sindicato e validade
23 Se tem Banco de Horas: ver se as regras estão sendo cumpridas
Troca de plantões não oficiais - risco de não cumprimento do
24
intervalo de 11 horas de descanso
Bater as horas extras registradas no cartão com a folha de
25
pagamento
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6.5 – Procedimentos de Auditoria (Checklist)
– Controle de Ponto e Jornada de Trabalho

Verificar se a empresa mantém todos os registros por 7 anos, no


26
mínimo, inclusive atestados médicos
27 Verificar controle da empresa para registro de justificativas no SREP
Ver se há horas “in itinere” e se há o pagamento de horas extras cf
28
Súmula 90 do TST
Tem motorista? Ver horários especiais do Motorista e do
29 Caminhoneiro (Horas de Espera, Hora de Descanso, etc) Lei
13103/15.
Ver se há Supressão de Horas Extras e o pagamento da indenização
30
conforme súmula 291 do TST
31 Trabalho nos dias de descanso
Intervalo de 15 minutos para mulheres antes de horário
32
extraordinário (artigo 384 CLT)
33 Mulher no trabalho em escala: 2 folgas no mínimo aos domingos (art. 386)
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6.5 – Procedimentos de Auditoria (Checklist)
– Controle de Ponto e Jornada de Trabalho

eSocial - Controle de Ponto e Jornada de Trabalho


34 Ver se todos os horários constam em tabelas
Ver se a empresa usa ponto eletrônico e se o REP está registrado
35
(Portaria Min. Trabalho 1.510/09)
36 Escalas: ver regras em convenção coletiva
Tabela de Rubricas (Tabela 3 do eSocial): ver se as verbas de horas
37
extras e com reflexos do DSR estão corretamente cadastradas
Verificar se o tipo de Regime de Jornada, no cadastro do Trabalhador
está corretamente cadastrado: ART 62 da CLT: se tem controle, se
38
tem jornada externa incompatível com controle ou se ganha
gratificação de 40% por cargo de gestão)
39 Cadastro do Trabalhador: verificar se é jornada fixa ou variável
Afastamentos: Verificar se a empresa mantém registro dos
40 afastamentos com atestados a partir de 3 dias e, de preferência, com
CID (Classificação Internacional de Doenças)
Procedimento Extra: Verificar se a empresa fecha o “ponto” de 1 a 31 do mês.

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6.5 – Procedimentos de Auditoria (Checklist)
– Controle de Ponto e Jornada de Trabalho

Quais os ERROS que


estão neste cartão de
ponto?

Faça seu comentário


abaixo desta aula!
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6.6 – Procedimento de Auditoria – Controle de Jornada

Cálculo: Horas Extras

Empregado recebe R$ 1.250,00 com carga horária de 220 horas mensais.


Fez 14 horas extras com 50% de acréscimo, em um mês com 30 dias e 5 descansos.
Quais as verbas que ele deve receber e quais os valores?

Resposta:

R$ 1.250,00/220 = R$ 5,68
R$ 5,68 + 50% = R$ 8,52
8,52 x 14h = R$ 119,32 de horas extras
R$ 119,32 /25 x 5 = R$ 23,86 de Reflexo do DSR

eSocial – Mais um PROCEDIMENTO de Auditoria


Item extra no CHECKLIST = Verificar se a empresa fecha o “ponto” de 1 a 31 do mesmo mês

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6.7 - Sugestão de tópico para Relatório
O que foi auditado (documento e tempo):
Cartões de Ponto do mês de dezembro/2015.
Erro encontrado e evidenciação:
Alguns empregados que laboram com carga horária de 8 horas diárias têm prorrogado a jornada diária acima de duas horas.
Algumas das situações encontradas:
- Registro 123, no dia 14/12/2015, com jornada de trabalho total de 12h;
- Registro 158, no dia 15/12/2015, com jornada total de 13h;
- Registro 165, dia 22/12/2015, jornada total de 14h13m.
A Infração cometida
A CLT dispõe que não podem ser ultrapassadas mais de duas horas extras diariamente, conforme citado no artigo 59.
A penalidade ou risco
Na fiscalização do Ministério do Trabalho, multa de R$ 40,25 a R$ 4.025,33, dobrada em caso de desacato ou reincidência.
Além da multa, há o risco de reclamatória trabalhista dos próprios empregados em função da jornada de trabalho excessiva.
Recomendações
O problema já foi apresentado ao Chefe de Pessoal, que ficou de agendar uma reunião com todos os chefes de setor a fim de
reiterar a proibição de prorrogação da jornada acima da permitida.
A empresa continua em risco em caso de fiscalização, considerando que é uma situação passada, sem condição de correção.

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FIM DO MÓDULO 6

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MÓDULO 7

AUDITORIA EM
FOLHA DE PAGAMENTO

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7.1 - Auditoria em Folha de Pagamento - Introdução

1. Tem que ser muito MINUCIOSA.


2. Ali encontram-se mais de 90% dos erros.
3. Faça com CALMA e TEMPO.
4. Se a empresa está pagando a maior ou a menor, todos os fatos
devem constar no relatório.
5. Verifique os Direitos Trabalhistas e IRRF.
6. Tenha em mãos os Acordos e Convenções vigentes À ÉPOCA da
auditoria.
7. Atentar que Acordos e Convenções podem ser diferentes entre
MATRIZ e FILIAIS.

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7.2 - Fontes da Legislação – Folha de Pagamento

Lei 8.212/91 – art. 32 Obrigatoriedade de elaboração de folha de pagamento.


Dec. 3.048/99 art. 214 Relação das verbas que são consideradas salário de contribuição.
“Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou
Súmula 91 TST porcentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou
contratuais do trabalhador (salário complessivo).
Art. 458 da CLT. Salário In Natura.
Art. 459 CLT. O salário deve ser pago até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido.
“Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do
Art. 462 CLT empregado, salvo quando este resultar de adiantamento, de dispositivos de
lei, ou de contrato coletivo.”
IN RFB 1.500/14 Normas do Imposto de Renda das Pessoas Físicas.
Decreto 3.000/99 Regulamento do Imposto de Renda.

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7.2 – Legislação – Auditoria em Folha de Pagamento

• Precedente 41 P r e c e d e n t e s A d m i n i s t r a t i v o s – M .T. E .

– Repouso Semanal Remunerado. Incidência do Adicional Noturno


– Cabível a repercussão do Ad. Noturno nos cálculos do DSR, para
diaristas ou outros que não estejam em trabalho exclusivamente
noturno.
– Os os mensalistas com jornada exclusivamente noturna, o salário já
inclui a remuneração do repouso.
• Precedente 76
– Adicional de Insalubridade. Reflexo nas Horas Extras.
– A base de cálculo é o salário + Adicional de Insalubridade.
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Vale-Transporte – Não Incidência de Contribuição Previdenciária

Decisões do STJ, do STF e da AGU


determinaram a não incidência de
contribuição previdenciária
quando o vale transporte seja
pago em dinheiro.
A lei ainda não mudou.

RFB: SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT 143 DE 27/09/2016 - (Publicado(a)


no DOU de 26/10/2016, seção 1, pág. 20)
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
EMENTA: VALE-TRANSPORTE. PAGAMENTO EM PECÚNIA. NÃO
INCIDÊNCIA.
Não incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos em
dinheiro a título de vale-transporte.

Para o FGTS não está pacificado de que não há incidência!


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Aviso Prévio Indenizado – Não incidência Previdenciária

• Através da Nota PGFN/CRJ/ 485/2016 – a PGFN (Procuradoria


Geral da Fazenda Nacional) orienta a não tributação
previdenciária sobre o Aviso Prévio Indenizado.

• Leia mais neste post no meu blog:


http://zenaide.com.br/bomba-aviso-previo-indenizado-rfb-
nao-deve-mais-exigir-contribuicao-previdenciaria-finalmente/

• Para o FGTS: continua havendo incidência

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7.3 - Eventos do eSocial relacionados à Folha de Pagamento

Código Descrição – EVENTOS PERIÓDICOS Observações


Todas as rubricas, múltiplos vínculos, aumento após a data
35 S-1200 Remuneração do Trabalhador - RGPS
base, RRA
36 S-1202 Remuneração do Trabalhador - RPPS Só para órgãos públicos
37 S-1207 Benefícios Previdenciários - RPPS Novo. 2.2. Só para órgãos públicos
38 S-1210 Pagamentos de Rendimentos do Trabalho Sistema de Caixa. Apuração do IRRF.
Fecha o mês. Identifica responsável. Só após seu envio será
39 S-1299 Fechamento dos Eventos Periódicos
possível gerar a guia de recolhimentos.
40 S-1298 Reabertura dos Eventos Periódicos Em caso de retificação da folha ou evento pós-folha.
Informações Complementares aos Eventos Informações da Desoneração da Folha e Atividade
41 S-1280
Periódicos Concomitante (S. Nacional Anexo IV com outros).
42 S-1250 Aquisição de Produção Rural Identifica o Produtor que vendeu, valor pago
43 S-1260 Comercialização de Produção Rural Pessoa Física Enviado pelo Produtor Rural e membro do PAA PJ
Contratação de Trabalhadores Avulsos Não Enviado pela PJ Contratante.
44 S-1270
Portuários
45 S-1300 Contribuição Sindical Patronal Quando houver pagamento.

Além destes tem mais o S-1005 (Tabela de Estabelecimentos) e o S-1010 (Tabela de Rubricas)
E os totalizadores de Previdência Social e IRRF (S-4000, S-5001, S-5002, S-5011 e S-5012)

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7.4 - Verificação Física

• Visite a linha de produção e até mesmo o


escritório.

• Solicite aleatoriamente nomes e funções.

• Verifique se os empregados constam na


folha e se os salários declarados é o que
está lançado na folha e ficha de registro.

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7.5 - TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS -IRRF

• Esta tabela é útil para checagem das INCIDÊNCIAS para FGTS, RGPS (INSS) e IRRF.
• A última atualização desta tabela ocorreu em 16/11/2016.
• Se houver alguma alteração na legislação, acompanhe as mudanças.

TABELA DE RUBRICAS (INCIDÊNCIAS): FGTS - RGPS -IRRF


Bases legais:
RGPS: Lei 8.212/91 art. 28, Decreto 3.048/99 (RPS) art. 214 e IN RFB 971/09 art. 57 e 58.
FGTS: Lei 8.036/90, Dec. 99.684/90 e Circulares da CEF
IRRF: Decreto 3.000/99, IN RFB 1.500/14 e MAFON (Manual do Imposto de Renda na Fonte)
Nº DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS FGTS RGPS IRRF
Abono do Programa de Integração Social PIS e do Programa de Assistência ao
1 Não Não Não
Servidor Público PASEP;
2 Abono Pecuniário de Férias Não Não Não
Abonos Eventuais - as importâncias recebidas a título de ganhos eventuais e
3 Não Não Sim
os abonos expressamente desvinculados do salário, por força da lei.
4 Adicionais de insalubridade, periculosidade e do trabalho noturno; Sim Sim Sim
5 Adicional por tempo de serviço (quinquênios, triênios, etc) Sim Sim Sim
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7.6 - Desconto Previdenciário

• Obrigatório, salvo se houver


Múltiplos Vínculos

• Use a tabela da época da


auditoria (SEFIP tem):
• Exibir > Tabelas INSS

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7.6.1 – Desconto dos Empregados

Tabela da Desconto da Previdência Social - 2016


Salário de Contribuição Alíquota
Até R$ 1.556,94 8%
De R$ 1.556,95 a R$ 2.594,92 9%
De R$ 2.594,93 a R$ 5.189,92 11%

Teto para desconto: Salário de Contribuição de R$ 5.189,92


Desconto máximo para empregados = R$ 570,89

USE SEMPRE A TABELA DA ÉPOCA!!!


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7.6.2 - Contribuintes individuais

• A contribuição é sempre de 11%, quando prestam serviços


para pessoas jurídicas, respeitado também o do teto de
contribuição.

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7.7 - Tabela do Salário Família
Tabela de Salário Família - 2016
Salário de Contribuição Valor por Cota
Até R$ 806,80 R$ 41,37
De R$ 806,81 Até R$ 1.212,64 R$ 29,16
Acima de R$ 1.212,64 Não tem direito

 O salário família é pago por cada filho menor de até 14 anos ou inválidos de qualquer idade.

DIREITO: SALÁRIO DENTRO DAS FAIXAS PAGAMENTO: REMUNERAÇÃO NO MÊS

 Será devido para os empregados cujo salário considerado devido esteja dentro da tabela acima.

 Nos meses de admissão e desligamento é proporcional ao número de dias trabalhados.

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7.8 - Tabela do Imposto de Renda Retido na Fonte

Tabela de Imposto de Renda (desde 04/2015)


Não foi alterada em 2016
Tabela Progressiva Mensal Alíquota Parcela a Deduzir
do IR (R$)
Até R$ 1.903,98 - -
De R$ 1.903,98 a R$ 2.826,65 7,5% 142,80
De R$ 2.826,65 a R$ 3.751,05 15% 354,80
De R$ 3.751,05a R$ 4.664,68 22,5% 636,13
Acima de R$ 4.664,68 27,5% 869,36
Dependente: R$ 189,59

LINK PARA AS TABELAS DESDE 2006


http://idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/tributos/irpf-imposto-de-renda-pessoa-fisica

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7.8.1 - Deduções Permitidas
I - as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família,
quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de
alimentos provisionais;

II - A quantia de R$ 189,59 por dependente, a partir de abril/2015;

III - As contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

IV - As contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no Brasil e as contribuições para o Fundo
de Aposentadoria Programada Individual (FAPI), cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefícios
complementares assemelhados aos da Previdência Social no caso de trabalhador com vínculo empregatício ou de
administrador que seja também contribuinte do regime geral de previdência social, e

V - O valor correspondente a parcela isenta dos rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, transferência
para a reserva remunerada ou reforma pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios ou por qualquer pessoa jurídica de direito público interno, ou por entidade de previdência privada,
a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos de idade de até R$ 1.903,98.

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7.8.2 – IRRF – Observar na Auditoria

• RRA – Rendimentos Recebidos Acumuladamente – Tabelão – IN RFB 1.500/14 a


partir do artigo 36.

• Declaração de Encargos de Família NOVA – art. 90 da IN RFB 1.500/14 (Modelo na


Apostila e na área de Downloads

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7.9 - Checklist - Folha de Pagamento – Procedimentos de Auditoria

Item Procedimentos de Auditoria - Folha de Pagamento Sim Não NA/OBS


Conferir apontamentos do controle de ponto com a folha de
1
pagamento (Faltas, atrasos, quantidade de horas extras).
2 Pagamentos de comissões: verificar origens.
3 Horas extras: conferir autorizações.
4 Horas extras: conferir cálculos.
5 Horas noturnas, com insalubridade, com periculosidade.
6 Reflexo do DSR sobre horas extras.
7 Reflexo do DSR sobre comissões.
8 Pensão alimentícia: conferir autorização judicial.
9 Pensão alimentícia: conferir cálculo e imposto de renda.
Vale-Transporte: comparar pedidos e valores que passam na
10
folha.

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7.9 - Checklist - Folha de Pagamento – Procedimentos de Auditoria

Item Procedimentos de Auditoria - Folha de Pagamento Sim Não NA/OBS


11 Vale-Transporte: ver política da empresa e desconto de 6%.
12 Vale-Transporte: conferir desconto de empregados com faltas.
13 Vale-transporte no mês da rescisão: ver desconto dos dias não trabalhados.
14 Desconto INSS: ver tabela e percentual se está adequado.
Desconto INSS: ver rubricas que estão sem desconto, se está dentro da
15
legislação.
Desconto INSS: Verificar se tem os comprovantes de múltiplos vínculos (com
16
CNPJ da outra fonte e valor da remuneração) e cálculo.
17 INSS: ver se a empresa paga GPS com a parte descontada dos trabalhadores.
18 IRRF: verificar recolhimento por regime de caixa.
19 IRRF: ver se há desconto menor que o permitido (R$ 10,00).
IRRF: dedução de dependentes conforme Declaração atualizada segundo a IN
20
RFB 1.500/14 ARTIGO 90 (assinatura do cônjuge - de dependentes comuns).

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7.9 - Checklist - Folha de Pagamento – Procedimentos de Auditoria

Item Procedimentos de Auditoria - Folha de Pagamento Sim Não NA/OBS


21 IRRF: retenção em separado para férias + 1/3 constitucional.
IRRF: ver adiantamento se é devido o desconto quando o salário é pago no mês
22
seguinte.
23 IRRF: conferir DARFs pagos.
24 Outros descontos: verificar se há autorização.
25 Adiantamento: verificar se todos os valores pagos foram descontados em folha.
26 Verificar se saldo negativo do mês anterior está sendo descontado.
Desconto contribuição sindical profissional liberal: ver se há o comprovante do
27
pagamento ao sindicato da categoria.
Desconto contribuições sindicais empregados: ver em março e no segundo após
28
admissão.
29 Verificar equiparações salariais
Aumento após a data base: ver folha complementar, desconto INSS recalculado
30
mês a mês, GPS no mês da assinatura do Acordo, Dissídio ou Convenção.

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7.9 - Checklist - Folha de Pagamento – Procedimentos de Auditoria

Item Procedimentos de Auditoria - Folha de Pagamento Sim Não NA/OBS


31 Checar se os pisos salariais estão sendo pagos conforme Norma Coletiva.
32 Ver empregados com piso profissional: médicos, engenheiros, etc.
33 Ver categorias especiais com regras específicas: motoristas, secretárias etc.
Ver se o saldo negativo do mês anterior está sendo descontado no mês
34
seguinte
35 Conferir depósitos de salários no prazo.

E vamos ver mais alguns


detalhes para o eSocial?

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7.9 - Checklist - Folha de Pagamento – Procedimentos de Auditoria

Item Procedimentos de Auditoria - Folha de Pagamento Sim Não NA/OBS


eSocial - Folha de Pagamento
36 Ver todas as incidências da Tabela de Rubricas (INSS, IRRF, FGTS, Sindical). Adaptação Tab 3 e S-1010
Ver se as rubricas com repercussões no DSR, Férias, 13o Salário e Aviso Prévio, estão corretamente
37
enquadradas.
Aumentos após a data-base: ver se a empresa está fazendo conforme a legislação (recálculo do
38 desconto do empregado mês a mês e pagamento sem juros no mês da assinatura do acordo,
conforme IN RFB 971/09 artigo 108).
Processos Judiciais: validar processos com dispensa ou redução de tributação de INSS ou IRRF nos
39
trabalhadores. Fazer circularização com setor jurídico.
40 Autônomos: ver se tem DATA DE NASCIMENTO no comprovante.
Plano de Saúde coletivo: identificar valores descontados pelo titular e dependentes e se há
41
dependentes acima de 14 anos (com CPF).
Beneficiário de Pensão Alimentícia: data nascimento e CPF para quem tem acima de 14 anos
42
(identificar beneficiário do pagamento e os beneficiários da pensão).
Ver se a empresa está registrando todos os pagamentos ao trabalhador (férias, adiantamentos,
43
salários, PLR e nos prazos legais).
Verificar se a empresa faz pagamento a beneficiários não identificados para calcular IRRF (este
44
evento estava no eSocial e vai para a EFD-REINF mas vou deixar aqui para não esquecer de checar).
45 Ver se a empresa faz folha de pagamento para todos (autônomos, estagiários etc.)
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7.10 – Procedimentos de Auditoria – Folha de Pagamento

Faltas: Empregado faltou um dia. Quantos dias PODEM ser descontados desse
empregado?
Resposta: Um dia e mais o(s) D.S.R.

Vale-Transporte: Empregado ganha R$ 1.800,00 e usa vale-transporte no valor de R$


3,10 por bilhete, usando dois bilhetes por dia, em mês de 22 dias úteis. Qual o valor
do VT e o valor do desconto do vale-transporte desse empregado?
Resposta: 3,10 x 22 x 2 = 136,40 e 1.800 x 6% = R$ 108,00

Adicional de Periculosidade
Empregado ganha adicional de periculosidade e recebe Piso Salarial de R$ 1.290,00.
Qual o valor do adicional de periculosidade?
Resposta: 1.290 X 30% = R$ 387,00

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7.11 – Sugestão de Tópico para Relatório – Folha de Pagamento

O que foi auditado (documento e tempo):


Folha de pagamento do mês de dezembro/2015.
Erros encontrados e evidenciação:

HORAS EXTRAS PAGAS COM ADICIONAL A MAIOR


A empresa vem remunerando as horas extraordinárias trabalhadas no sábado ao
percentual de 100%. A título de exemplo citamos as funcionárias 4567 e 4660, ambas no
mês de dezembro/2015.
Salientamos que as horas extraordinárias trabalhadas aos sábados poderão ser pagas
com o adicional de 50%, conforme artigo 7º, inciso XVI, da Constituição Federal. Como
na Convenção Coletiva de trabalho da classe não estabelece nada em contrário,
somente a hora trabalhada aos domingos e feriados deve ser remunerada em dobro.

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7.11 – Sugestão de Tópico para Relatório – Folha de Pagamento

O que foi auditado (documento e tempo):


Folha de pagamento do mês de dezembro/2015.
Erros encontrados e evidenciação:

RETENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA ABAIXO DE R$ 10,00


O sistema da folha de pagamento vem retendo o IRRF dos funcionários, cuja retenção é
inferior a R$ 10,00.
A título de exemplo citamos as funcionárias 3227 e 3239, que sofreram retenção de R$
2,51 e R$ 0,42, respectivamente.
Salientamos que, nesses casos, a retenção mínima do imposto de renda é de R$ 10,00,
conforme artigo 724, do Decreto nº 3.000/99.

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7.11 – Sugestão de Tópico para Relatório – Folha de Pagamento

O que foi auditado (documento e tempo):


Folha de pagamento do mês de dezembro/2015.
Erro encontrado e evidenciação:
HORAS EXTRAS - PERICULOSIDADE
Não vem sendo considerado no cálculo das horas extraordinárias, o valor referente ao
adicional de periculosidade. Como exemplo, o funcionário 3210 que percebe o adicional
de periculosidade.
Conforme preconiza a Súmula 264 do Tribunal Superior do Trabalho, a base de cálculo
da remuneração da hora suplementar é composta do valor da hora normal, integrado
por parcelas de natureza salarial e acrescido dos adicionais previsto em lei, acordo,
convenção coletiva ou sentença normativa.
Infração - Falta de pagamento dos salários, e não cumprimento da convenção coletiva.

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7.11 – Sugestão de Tópico para Relatório – Folha de Pagamento

A Infração cometida
Diversas, já citadas no item anterior.
A penalidade ou risco
Diversas, já citadas no item anterior.
Recomendações
Os problemas já foram apresentados ao Chefe de Pessoal. As soluções estão a seguir:
1) As horas de sábado passarão a ser pagas com 50% de adicional. Caso algum empregado reclame,
será conversado pessoalmente com cada um deles. Não será solicitado nenhum reembolso aos
empregados.
2) As horas com periculosidade passarão a ser pagas com o adicional. Caso algum empregado
reclame por não ter recebido anteriormente, a empresa fará um levantamento para pagar. Não
haverá recálculo geral para pagamento a todos.
3) O sistema de folha de pagamento será ajustado para efetuar o desconto a partir de R$ 10,00.
4) As mudanças ocorrerão a partir da folha do mês seguinte.

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FIM DO MÓDULO 7

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MÓDULO 8

AUDITORIA EM RECOLHIMENTOS:
Previdência Social e FGTS

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8.1 - Fontes da Legislação - Recolhimentos

Este é um Módulo COMPLEMENTAR do Módulo 7 – Folha de Pagamento

Lei 8.212/91 Lei Orgânica da Previdência Social


Regulamento da Previdência Social
Dec. 3.048/99
Anexo V: Alíquotas RAT por CNAE
Dispõe sobre a Fiscalização e Arrecadação Previdenciária: Regras
IN RFB 971/09
para o CNAE Preponderante e contribuição Patronal Previdenciária
Lei 12.546/11 (art. 7 a 9) e Regras da Desoneração da Folha (CPRB – Contribuição
IN RFB 1.436/13 Previdenciária sobre a Receita Bruta)
Lei 8.036/90 e Decreto 99.684/90 Dispõe sobre o FGTS e Regulamento do FGTS
Regras para geração da GFIP – Guia de Recolhimentos ao FGTS e
Manual do SEFIP
Informações à Previdência Social
Decreto 5.598/2005 Regulamenta a contratação de aprendizes
Manual de Retificações do FGTS Regras para utilização dos Formulários para Retificações do FGTS.

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8.2 – Ocorrência do Fato Gerador

Base legal: art. 52 da IN RFB 971/09, 129 e 130.

Ocorrência do fato gerador é a COMPETÊNCIA, o mês e ano que deve ser


gerada a informação na GFIP.

Prestador de Serviço Fato Gerador


Empregados Mês da efetiva prestação do serviço (competência)
Mês em que for paga ou creditada a remuneração (o
que ocorrer antes), ou seja, o mês em que for
Contribuintes Individuais reconhecida contabilmente a despesa.
Nos órgãos públicos é o mês da liquidação do
empenho e não o mês do pagamento.
Pessoas Jurídicas Mês da emissão da nota fiscal

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8.3 – GFIP e FAP

• O que é o FAP?
– Coeficiente MULTIPLICADOR das alíquotas do RAT, podendo reduzir em até 50%
ou aumentar em até 100% o RAT, baseado nos acidentes de trabalho da
empresa (CNPJ), comparados com o CNAE em todo o Brasil.
• O que é a GFIP?
– É a Guia de Recolhimentos do FGTS e Informações à Previdência Social. Uma
das declarações mais importantes, é fiscalizada pela RFB e pelo Ministério do
Trabalho.
• Multa da GFIP – quanto custa?
– Falta de GFIP SEM MOVIMENTO: R$ 200,00
– Com Movimento (falta ou envio fora do prazo): R$ 500,00

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8.4 – Desoneração da Folha ou CPRB

Em vigor desde 12/2011, as regras estão na lei 12.546/11 (ARTIGOS 7 a 9) e IN RFB 1.436/13.

• É a substituição da CPP – Contribuição Patronal


Previdenciária – calculada sobre a Folha de Pagamento
por uma Contribuição sobre a Receita Bruta.
• Passou a ser OPCIONAL desde 12/2015, apenas para
empresas que possam se enquadrar (Lista VIP).
• As alíquotas variam de 1% a 4,5%
• Empresas do ramo da Construção Civil têm regras
específicas e muito detalhadas e são as únicas
tributadas pelo Simples Nacional que podem optar pela
CPRB
• A opção é por EMPRESA e não por ESTABELECIMENTO

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8.5 – Eventos do eSocial relacionados aos Recolhimentos

• O eSocial não gerará as guias de recolhimentos, apenas os


VALORES a Recolher.

• Para recolher o FGTS poderá ser gerada a Guia através do site


www.fgts.gov.br

• Para recolhimento do IRRF e da Contribuição Previdenciária o


empregador deverá primeiro declarar a EFD-REINF (se houver
outros recolhimentos a fazer, além da Folha de Pagamento) e
Declarar a DCTFWEB, para gerar o DARF.

• Assista à aula 1.7 para rever os detalhes sobre EFD-REINF e


DCTFWEB.
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8.5 – Eventos do eSocial relacionados aos Recolhimentos

• Além dos eventos já citados no Módulo 7:

• No Cadastro do Empregador (S-1000) há algumas perguntas que afetarão


os cálculos da contribuição patronal previdenciária, tais como:
– Se a Empresa está enquadrada na Desoneração da Folha
– Se é uma entidade Isenta de Contribuição Previdenciária

• Na Tabela S-1005 (Tabela de Estabelecimentos, Obras e Unidades de


Órgãos Públicos):
– Dados de RAT, FAP e CNAE Preponderante
– Se a OBRA está na Desoneração da Folha

• Na tabela Tabela de Lotações Tributárias (S-1020) haverá a informação das
obras parciais e também informações do Código FPAS e Código de
Terceiros (outras Entidades).
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8.6 – Verificação Física - Recolhimentos

• Verificar afixação da GPS no Quadro de Horário da empresa


(Decreto 3.048/99, art 225, VI)

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8.7 – Checklist – Procedimentos de Auditoria - Recolhimentos

Item Procedimentos de Auditoria Sim Não NA/


Recolhimentos da Previdência Social e FGTS OBS
1 Calcular, no Resumo Total da Folha de pagamento, todas as verbas trabalhistas que tem
incidência de INSS;
2 Verificar se a empresa está aplicando a ocorrência do fato gerador corretamente para
empregados, contribuintes individuais e pessoas jurídicas.
3 Obras: verificar a alocação de mão de obra está correta no CNPJ ou CEI
4 Confrontar o somatório das verbas, com o total da remuneração + 13º salário constante na
GFIP;
5 Cálculo e o preenchimento corretamente da GPS, em INSS Patronal e RAT ajustado pelo
FAP;
6 Calcular as contribuições a título de Terceiros na GPS;
7 Verificar se a empresa está recolhendo corretamente o percentual e seu enquadramento
no RAT e o FAP (circularizar FAP com os extratos dos últimos 5 anos + ano atual);
8 Checar as verbas que NÃO tem incidência de INSS, cfe tabela atualizada.
9 Conferir se no sistema gerador da folha a tabela de incidências das verbas está
corretamente cadastrada;
10 Conferir se a GFIP e GRF estão preenchidas corretamente;
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8.7 – Checklist – Procedimentos de Auditoria - Recolhimentos

Item Procedimentos de Auditoria Sim Não NA/


Recolhimentos da Previdência Social e FGTS OBS
11 Observar o registro contábil do INSS por competência, inclusive separando pagamento de encargos
do principal;
12 Verificar os laudos (LTCAT) se há casos de pagamento de RAT Adicional para aposentadoria especial
na empresa.
13 Conferir se no pagamento do salário-maternidade, há o atestado de afastamento e se os encargos
estão sendo pagos corretamente.
14 Desoneração da Folha: verificar enquadramento, pagamento e obrigações acessórias (GFIP, DCTF,
EFD-Contribuições, DOC)
15 GFIP: Verificar situação das MULTAS que podem ser aplicadas conforme a legislação (GFIP Sem
Movimento, atraso na entrega, incorreções)
16 GFIP: ver se estão alocando os trabalhadores corretamente nos tomadores e obras e nos códigos 150
(obras parciais) e 155 (obras totais)
17 GFIP: obras em empreitada parcial: ver se tem o espelho do CEI e identificação do contratante e do
dono da obra.
18 Simples Nacional com Receita de Atividades Concomitantes com Anexo IV: Ver situações e cálculos
19 FGTS: checar se o Resumo Total da folha de pagamento está incluindo todas as verbas trabalhistas
que têm incidência de FGTS, conforme quadro de incidências
20 Confrontar o somatório das verbas que têm incidência de FGTS com o total da remuneração + 13º
salário constante na página inicial da GFIP; 182
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8.7 – Checklist – Procedimentos de Auditoria - Recolhimentos

Item Procedimentos de Auditoria Sim Não NA/


Recolhimentos da Previdência Social e FGTS OBS
21 Solicitar na CEF o Extrato Rescisório do FGTS de todos os empregados ativos para
verificar se há alguma competência em aberto.
22 Solicitar Relatório de Situação Fiscal da Empresa na RFB (eCAC) e verificar se
apresenta alguma GFIP em aberto ou com divergências
23 GPS pagas e acatadas pela RFB: solicitar extrato para conferir se há algum caso de
IMPUTAÇÃO (reconhecimento PARCIAL do pagamento) e conferir alguns totais
acatados com o Resumo da folha de pagamento.
24 Aprendizes: ver a empresa está obrigada conforme os CBOs, se está cumprindo a
COTA e se o recolhimento do FGTS está correto (2%)

E para o eSocial?
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8.7 – Checklist – Procedimentos de Auditoria - Recolhimentos

Item Procedimentos de Auditoria Sim Não NA/


Recolhimentos da Previdência Social e FGTS OBS
25 Desoneração: ver enquadramento de CEI antigo e CEIs novos.
26 Desoneração: ver proporcionalidade para pagamento da CPP.
27 Circularizar processos de não tributação com o setor jurídico
Conferir Tabela de Rubricas x Natureza das Rubricas (Tabela 3), se a empresa já
28
fez a correlação.
Compra de Produtor Rural Pessoa Física: identificar retenções de 2,3% e se estão
29
sendo informadas em GFIP (ver com Setor de Compras).

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8.8 – Procedimentos de Auditoria em Recolhimentos

CPP Empresa do Simples Nacional: Em qual Anexo do Simples Nacional não está incluída a CPP –
Contribuição Patronal Previdenciária a partir de 01/01/2009?

Resposta: Anexo IV

GFIP: Se a empresa possuir 10 Menores Aprendizes, quantas GRFs a empresa deve pagar?

Resposta: DUAS: uma para 8% (empregados não aprendizes) e outra para 2% (aprendizes)

GFIP: Como deve ser o informado o valor do Aviso Prévio na GFIP?

Resposta: NÃO DEVE SER INFORMADO! Base legal: IN RFB 925/09

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8.9 – Sugestão de Tópico para Relatório

O que foi auditado (documento e tempo):

 Recolhimentos à Previdência Social e FGTS – janeiro/2012 a dezembro/2016

Erros encontrados e evidenciação:


No confronto dos valores recolhidos com as informações prestadas na GFIP, referente às contribuições
previdenciárias, identificamos divergências e a não atualização da Tabela da Previdência Social em Janeiro
de 2016, conforme demonstramos a seguir:
Competência Valor Recolhido Valor Informado Diferença (informado a
(GPS) (GFIP) maior)
Janeiro/2016 10.680,00 10.880,00 200,00
A Infração cometida

 Por uma declaração com Confissão de Dívida – passível de inscrição em Dívida Ativa, a GFIP não pode
ser enviada com valores superiores aos recolhidos, conforme determina a IN RFB 971/09 e o Manual
da GFIP.

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8.9 – Sugestão de Tópico para Relatório

A penalidade ou risco
 Na fiscalização da Receita Federal do Brasil, poderá ser cobrado o valor não recolhido com os encargos
devidos, além de multa por envio errado da GFIP, que pode chegar a 20% do valor declarado a título
de contribuição, conforme determina o artigo 32-A da lei 8.212/91, com multa mínima de R$ 200,00
para GFIP sem Movimento e de R$ 500,00 para GFIP com Movimento.
 Além do risco de autuação, pode haver o bloqueio da CND – Certidão Negativa de Débitos.

Recomendações
 Em reunião com o Chefe de Pessoal, recomendamos revisar as GFIPs dos últimos 5 anos + o ano atual
para fazer batimento entre valor recolhido e valor declarado e corrigir o que for necessário.
 Como o Departamento não dispõe de pessoal suficiente, o trabalho poderá ser feito pela empresa de
auditoria, conforme já autorizado pela Diretoria de Recursos Humanos da empresa.

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FIM DO MÓDULO 8

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MÓDULO 9

AUDITORIA EM
CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS

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9.1 - Fontes da Legislação – Contribuintes Individuais

• Contribuinte individual é aquele que presta serviço por conta própria ou sem relação de emprego.

• Pode ser um autônomo, diretor pro-laborista, conselheiro que receba honorários, um


transportador autônomo e seu auxiliar. A lista completa encontra-se no art. 9º da IN RFB 971/09.

• Fato gerador da contribuição previdenciária: mês em que for paga ou creditada a remuneração

Lei 8.212/91 Lei Orgânica da Previdência Social

Dec. 3.048/99 Regulamento da Previdência Social

IN RFB 971/09 Dispõe sobre a Arrecadação Previdenciária

Manual do SEFIP Regras para Geração da GFIP

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9.2 – Eventos do eSocial relacionados aos Contribuintes Individuais

• Autônomos:
– Não há necessidade de cadastro prévio (é opcional) no S-2300.
– Quando houver remuneração, serão informados no evento S-1200.
– O único dado novo é a data de nascimento.

• Demais contribuintes individuais (diretores, cooperados etc):


– Cadastro no evento (S-2300) e necessidade de informar alterações e término.
– Remuneração também informada no S-1200

• Fazer Qualificação Cadastral antes do início do eSocial e previamente


sempre que contratar um novo contribuinte individual
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9.3 - Verificação Física

• Checar se há algum(a) autônomo(a)


prestando serviço nos dias de auditoria
e conversar com eles para saber a
frequência, se é cobrada subordinação,
se há contrato (quase nunca tem) etc

• Importante ressaltar que a


habitualidade na prestação de serviço
de autônomos gera vínculo
empregatício.

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9.4 – Checklist – Procedimentos de Auditoria – C.Individuais

Item PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA – Contribuintes Individuais Sim Não NA/OBS


1 Havendo mais de um pagamento mensal, verificar se há o acúmulo da base para fins de
recolhimento do imposto de renda retido na fonte.
2 Calcular o recolhimento do IRRF e INSS dos autônomos que transportam cargas
(carreteiros, base de 20% apenas e retenção de 13,5%);
3 Conferir GPS para transportadores autônomos com recolhimento ao SEST E ao SENAT.
4 Checar habitualidade e subordinação
5 Verificar se há a retenção correta da contribuição previdenciária (11% limitado ao teto).
6 Verificar se a empresa faz a Folha de Pagamento dos contribuintes individuais em geral
(art. 47 da IN RFB 971/09)
7 GFIP: ver se estão na categoria adequada (05 ou 11 para Diretores, 13 para contribuintes
individuais em geral, 15 para transportadores autônomos).
8 Se há recibo de pagamento com os dados de identificação, número de NIT, CPF, CBO
9 Verificar se há contrato de prestação de serviços

E para o eSocial?
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9.4 – Checklist – Procedimentos de Auditoria – C.Individuais

Item CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS NO ESOCIAL SIM NÃO NA/OBS


10 Em caso de múltiplos vínculos, verificar se o comprovante da outra
fonte traz o CNPJ da empresa
11 Se o cadastro contém DATA DE NASCIMENTO
12 Verificar se o empregador está fazendo a Qualificação Cadastral

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9.5 – Procedimentos de Auditoria – C.Individuais

INSS de Autônomo: Autônomo prestou serviço de manutenção de


computador, cobrando R$ 380,00. Qual o valor da retenção
previdenciária e qual o valor da CPP da empresa?

Resposta: Retenção de 11% = R$ 41,80 + CPP de 20% = R$ 76,00

INSS de Transportador Autônomo: Empresa contratou autônomo


carreteiro, com valor de prestação de serviço de R$ 2.000,00. Qual a
base de cálculo para as contribuições previdenciárias?

Resposta: apenas 20% do valor do frete = R$ 400,00

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9.6 – Sugestão de Tópico para Relatório

O que foi auditado (documento e tempo):


Relação com Contribuintes Individuais – De Janeiro/2012 a Dezembro/2016.
Erro encontrado e evidenciação:
A empresa não elabora folha de pagamento para contribuintes individuais
autônomos.
Esta situação foi observada em todos os meses em que houve pagamento a
autônomos e checamos, a saber: fevereiro/2012, abril/2015, maio/2015, junho/2015,
janeiro/2016 e abril/2016.
Também detectamos que nos meses de abril, maio e junho/2015 o mesmo
profissional prestou serviço à empresa (CPF 745.436.132-04) de maneira contínua,
sem que houvesse contrato de prestação de serviço assinado entre as partes.

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9.6 – Sugestão de Tópico para Relatório

A Infração cometida
O artigo 225 do Decreto 3.048/99 reza sobre a obrigatoriedade de gerar folha de pagamento para
contribuintes individuais. Infração cometida: não observância de regras previdenciárias.
A CLT é clara quanto à caracterização de vínculo empregatício, na pessoalidade da prestação de
serviços.
A penalidade ou risco
Risco de autuação por parte da Receita Federal do Brasil e por parte do Ministério do Trabalho.
Recomendações
Em conversa com o Chefe de Pessoal ficou acertado de gerar as folhas de pagamento nos meses
citados na auditoria e verificar se há algum outro caso em outros meses dos últimos 5 anos, já tendo
solicitado à contabilidade a relação dos pagamentos.
Será elaborado Contrato de Prestação de Serviços padrão para os casos futuros de contratação de
autônomos.

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FIM DO MÓDULO 9

Formação de Auditor Trabalhista e Previdenciário com Foco no eSocial


MÓDULO 10

AUDITORIA EM
OUTRAS TERCEIRIZAÇÕES

Formação de Auditor Trabalhista com Foco no eSocial


10.1 – Introdução – Auditoria em Terceirizações

• Terceirização – também chamada de OUTSOURSING, em inglês - é o processo no


qual uma empresa contrata outra para prestação de serviços em suas atividades
meio, internamente, ou terceirizando externamente uma etapa de sua produção.

• Discussão no STF = inconstitucionalidade da SÚMULA 331 do TST Links para


Estudo na
• Projeto de Lei 4.330/2004 = regulamenta o trabalho terceirizado Apostila

• As terceirizações quando malfeitas são alvo de muitas reclamatórias e autuações.

• Portanto, auditor, fique atento às regras, contratos e todos os detalhes que


envolvem as terceirizações. E acompanhe as discussões sobre o tema.

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10.2 – Fontes da Legislação - Súmula nº 331 do TST

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos


os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011

I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo


diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019,
de 03.01.1974).

II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de


emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II,
da CF/1988).

III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância
(Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços
especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a
subordinação direta.
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10.2 – Fontes da Legislação - Súmula nº 331 do TST

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a


responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que
haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.

V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem


subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa
no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço
como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.

VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas


decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.

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10.2 - Fontes da Legislação

Dec. 73.841/74 e Regulamenta a Lei 6.019/74 que dispõe sobre o trabalho


Lei 6.019/74 temporário.
IN RFB 971/09 Prestação de Serviços com Cessão de Mão de Obra (artigos
115 a 119)
Obrigação de ter os programas de medicina do trabalho e
entregar às terceirizadas: artigo 291.
Lei 11.788/08 Lei dos Estagiários.
Portaria 789/14 Prorroga o prazo do contrato temporário para até 9 meses.
M.T.E.

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10.3 - Quadro Sinótico sobre Terceirização de Mão-de-Obra

Descrição Prestador de serviços (PJ) e MEI – Microempreendedor


individual (equipara-se à pessoa física para fins previdenciários,
1 na terceirização de algumas atividades)
Atividade-fim Não, salvo se for fora da empresa.
Atividade-meio: pode dentro da empresa
Subordinação Proibida
Exclusividade Proibida
Continuidade O contrato pode ser renovado periodicamente
Supervisão Proibida. Pode haver avaliação de resultados.
Atuação Dentro (atividade-meio) e fora da empresa (atividade-meio ou
atividade-fim).

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10.3 - Quadro Sinótico sobre Terceirização de Mão-de-Obra

Descrição Terceirizações na Construção Civil com PJ – Empreitada – art.


2 610 a 626 do CC
Atividade-fim Pode. Com PJ. (Com MEI não conta para o custo da obra e paga
20% de CPP, além do risco de autuação; o MEI é equiparado a
contribuinte individual nos casos específicos)
Subordinação Proibida
Exclusividade Proibida
Continuidade Contrato por empreitada.
Supervisão Proibida. Pode haver avaliação de resultados.
Atuação Dentro da obra.

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10.3 - Quadro Sinótico sobre Terceirização de Mão-de-Obra

Descrição Cooperativa de Trabalho – Lei 12.690/12


3
Atividade-fim Não pode atuar.
Subordinação Proibida
Exclusividade Proibida
Continuidade Não deve existir.
Supervisão Proibida. Pode haver avaliação de resultados.
Atuação Dentro da empresa

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10.3 - Quadro Sinótico sobre Terceirização de Mão-de-Obra

Descrição Autônomo – Pessoa Física


4
Atividade-fim Não pode atuar.
Subordinação Proibida
Exclusividade Proibida
Continuidade Dentro da Empresa: proibida.
Fora da Empresa: pode atuar (ex. Serviços Contábeis)
Supervisão Proibida. Pode haver avaliação de resultados.
Atuação Dentro ou fora da empresa (atividade-meio).

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10.3 - Quadro Sinótico sobre Terceirização de Mão-de-Obra

Descrição Trabalho Temporário (lei 6.019/74)


5
Atividade-fim Permitida.
Subordinação Permitida.
Exclusividade Proibida.
Continuidade O contrato pode ser renovado periodicamente, sendo até 9
meses no total, para situações específicas.
Supervisão Permitida.
Atuação Dentro da empresa.

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10.3 - Quadro Sinótico sobre Terceirização de Mão-de-Obra

Descrição Trabalho Avulso Portuário ou não - Lei 9.719/98, Lei 12.023/2009,


6 Lei 12.815/2013, Dec. 1886/1996 e Dec. 8.033/2013
Atividade-fim Permitida (movimentação de mercadorias no tomador dos
serviços)
Subordinação Permitida
Exclusividade Proibida
Continuidade Permitida
Supervisão Permitida
Atuação Dentro ou fora da empresa.

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10.3 - Quadro Sinótico sobre Terceirização de Mão-de-Obra

Descrição Estágio – Lei 11.788/08


7
Atividade-fim Permitida
Subordinação Permitida
Exclusividade Permitida
Continuidade Contrato de até 2 anos, com estudantes
Supervisão Permitida.
Atuação Dentro da empresa

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10.3 - Quadro Sinótico sobre Terceirização de Mão-de-Obra

Descrição Representante Comercial – Lei 4.886/65


8
Atividade-fim Permitida
Subordinação Proibida
Exclusividade Apenas exclusividade de zona e produto – art. 27 a 31
Continuidade Prazo indeterminado
Supervisão Proibida. Pode haver avaliação de resultados.
Atuação Fora da empresa

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10.4 – Retenções Previdenciárias na Cessão e na Empreitada

• As retenções de PJ irão para a EFD-REINF e serão bastante


detalhadas pelas duas partes (prestador e tomador) no mês
da emissão da nota fiscal (fato gerador).

• Regra geral: Artigos 112 a 201 da IN RFB 971/09.

• A tabela a seguir será usada na EFD-REINF, com os códigos


dos serviços sujeitos à retenção.

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10.4 – Retenções Previdenciárias na Cessão e na Empreitada

Forma de Código Serviços


Contratação
Empreitada 01 Limpeza, Conservação ou Zeladoria
ou Cessão 02 Vigilância ou segurança
(art. 117 da IN 03 Construção Civil
RFB 971/09) 04 Serviços de Natureza Rural
05 Digitação
06 Preparação de dados para processamento

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10.4 – Retenções Previdenciárias na Cessão e na Empreitada
Forma de Contratação Código Serviços
07 Acabamento
Cessão de Mão 08 Embalagem
Acondicionamento
09
de Obra 10
11
Cobrança
Coleta ou Reciclagem de lixo

(art. 118 da IN 12
13
Copa
Hotelaria
14 Corte ou ligação de serviços públicos
RFB 971/09) 15 Distribuição
Treinamento e Ensino
16
17 Entrega de contas e de documentos
18 Ligação de medidores
19 Leitura de medidores
20 Manutenção de instalações, de máquinas e de equipamentos
21 Montagem
22 Operação de máquinas, de equipamentos e de veículos
23 Operação de pedágio ou de terminal de transportes
24 Operação de transporte de passageiros
25 Portaria, Recepção ou Ascensorista
26 Recepção, triagem ou movimentação de materiais
27 Promoção de Vendas ou de eventos
28 Secretaria e expediente
29 Saúde
30 Telefonia ou Telemarketing
31 Trabalho temporário na forma da lei 6.019/74

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10.5 – Eventos do eSocial relacionados às Terceirizações

Código Evento Observação


S-1000 Cadastro do Empregador Se é construtora, cooperativa, se é empresa de trabalho temporário
Contribuinte (Lei 6.019/74), qual a classificação tributária (Tabela 8): MEI, Simples,
OGMO etc
S-1005 Tabela de Estabelecimentos, Informações sobre Obras da própria construtora.
Obras ou Unidades de Órgãos
Públicos
S-1020 Tabela de Lotações Tributárias Conforme a classificação da Tabela 10, indica e detalha os tomadores
de serviço,
S-1080 Tabela de Operadores Evento utilizado pelo Órgão Gestor de Mão de Obra –OGMO - para
Portuários inclusão, alteração e exclusão de registros na Tabela de Operadores
Portuários. Quem está obrigado: O Órgão Gestor de Mão-de-Obra, nos
termos da Lei 12.815, de 05 de junho de 2013 e 9.719 de 27 de
novembro de 1998.
Trabalhadores Sem Vínculo de Cadastro de Diretores, Estagiários, Cooperados, Dirigentes Sindicais e
S-2300 Emprego (TSV) outros.
Remuneração do Trabalhador
S-1200 – RGPS
Onde serão apresentados os itens de remuneração do MEI, do Avulso.

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10.6 - Verificação Física - Terceirizações

1. Solicitar nomes de terceirizados e verificar se a situação está regular


perante a contratada.

2. Entrevistar alguns desses trabalhadores para saber a quem ele se


subordina e quais atividades desenvolve.

3. Fazer circularização, solicitando algumas cópias de documentos junto


à contratada.

4. Verificar se os estagiários estão cumprindo a carga horária prevista


no contrato.

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10.7 – Checklist - Procedimentos de Auditoria em Terceirizações

Item Checklist – Procedimentos de Auditoria – Terceirizações Sim Não NA/OBS


1 Verifique se há e qual a política da empresa para as terceirizações e solicite
quadro de terceirizados por categoria (pessoas físicas e jurídicas) no último
ano para identificar os riscos (quadro sinóptico – aula 10.2).
2 Verificar com os gestores qual o grau de conhecimento dos riscos envolvidos e
as consequências, nas esferas legal, trabalhista e previdenciária, com a
terceirização apresentando o quadro
3 Verifique se há subordinação e se a empresa está dando ordens diretas a
trabalhadores terceirizados, a fim de diminuir os riscos de reclamatórias;
4 Chegar as retenções previdenciárias e os documentos que a contratada deve
entregar (GFIP, Folha de pagamento, Guias pagas de FGTS e INSS etc)
5 Em terceirização de PJ, identificar a presença do Gestor na contratada e o
representante responsável da contratante, definido em cláusula contratual;
6 Verificar pelo contrato social se a atividade-fim da prestadora é compatível
com a atividade-meio do tomador;

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10.7 – Checklist - Procedimentos de Auditoria em Terceirizações

Item Checklist – Procedimentos de Auditoria – Terceirizações Sim Não NA/OBS


7 Constar no contrato de prestação de serviços o nome da pessoa que responde
pelos funcionários da contratada, bem como clara descrição dos trabalhos a
serem efetuados pelos funcionários da contratada;
8 Verificar a existência de cláusula constando os materiais, equipamentos e
instrumentos que a contratada vai utilizar nos serviços;
9 Cláusulas onde a contratada informa como administrará os comportamentos
de seus funcionários, constando advertência, suspensão e demissão para
funcionários que não exercerem corretamente suas funções;
10 Verificar cláusulas onde contratada de responsabiliza por acidentes de seus
funcionários.
11 Cláusula eximindo a contratante da responsabilidade solidária trabalhista;

E para o eSocial, tem mais?


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10.7 – Checklist - Procedimentos de Auditoria em Terceirizações

Item Checklist – Procedimentos de Auditoria – Terceirizações Sim Não NA/OBS


12 Identificar se o contratante está fazendo PPRA e LTCAT e fornecendo cópia sob recibo à
contratada
13 Identificar se está sendo cobrado o treinamento e uso de EPI, Pagamento de eventuais
adicionais como Insalubridade e Periculosidade
14 Para a EFD-REINF, identificar se o Sistema está sendo adaptado para as contratações de PJ
com retenção previdenciária conforme leiautes
15 Nas obras, verificar se a construtora está fazendo o PCMAT e entregando cópia para as
empresas terceirizadas.
16 Estagiários – Cumprimento da Lei 11.788/08 – verificar:
16.1 – Se há contrato assinado entre a parte concedente, instituição de ensino e estagiário
16.2 – se o supervisor tem experiência profissional (estagiários que não seja de nível
superior) ou formação na área do curso do estagiário (estágios de nível superior)
16.3 – se o estagiário está fazendo parte dos programas de medicina do trabalho (exames
médicos, uso de EPI etc)
16.4 – Se não há excesso de carga horária
16.5 – se a apólice de seguro está com cobertura atualizada
16.6 – Nos estágios com valor superior ao mínimo para informação na DIRF, verificar se
estão sendo informados pela parte concedente
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10.8 – Procedimentos de Auditoria – Terceirizações

Retenções Previdenciárias: Empresa contratou Pessoa Jurídica para prestação de


Serviços de Vigilância. Qual deve ser o percentual da retenção sobre o valor da
Nota Fiscal?

Resposta: O percentual é de 11% (onze por cento)

Obrigações Acessórias: Qual documento a contratada deve fornecer à contratante


para comprovar que os prestadores de serviço foram adequadamente informados
à Previdência Social e ao FGTS, antes do eSocial entrar em vigor?

Resposta: cópia da GFIP relacionando o tomador de serviços.

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10.9 – Sugestão de Tópico para Relatório

O que foi auditado (documento e tempo):


Relação com Empresas Terceirizadas e Estagiários – De Janeiro/2012 a Dezembro/2016.
Erro encontrado e evidenciação:
A empresa contratante – objeto da auditoria – não entrega cópia dos seus laudos de medicina e
segurança do trabalho às empresas terceirizadas.
Esta situação foi observada nos contratos com as empresas de serviços de limpeza (ABC Serviços
Ltda) e com a empresa de vigilância (XYZ Segurança Ltda).
Também identificamos – nas mesmas empresas – a falta de controle das guias de pagamento,
estando faltando as Guias de Recolhimento de FGTS de 2015 da empresa ABC Serviços Ltda.
A Infração cometida
O artigo 291 da IN RFB 971/09 preconiza a obrigatoriedade de entrega dos laudos de medicina
às empresas terceirizadas.
A multa trabalhista pode chegar a R$ 6.700,00 pela falta dos laudos de medicina e segurança do
trabalho, além das multas de ordem previdenciária, que podem chegar a R$ 313.283,20
(Portaria MPS/MF 1/2016, art. 8.

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10.9 – Sugestão de Tópico para Relatório

A penalidade ou risco
Risco de autuação por parte da Receita Federal do Brasil e por parte do Ministério do Trabalho.
Recomendações
O Departamento Fiscal da empresa é o setor responsável pela fiscalização das empresas
terceirizadas.
Foi solicitado treinamento específico sobre Riscos Trabalhistas e Previdenciárias na Terceirização
de Contratos, visto não haver um plano de terceirização e fiscalização trabalhista nos contratos.
As situações serão levantadas e regularizadas após o conhecimento integral das regras sobre
terceirizações.
A empresa de auditoria foi contratada para o treinamento, que
ocorrerá no mês seguinte ao término da auditoria.

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FIM DO MÓDULO 10

Formação de Auditor Trabalhista e Previdenciário com Foco no eSocial


MÓDULO 11

AUDITORIA EM
SAÚDE E SEGURANÇA DO
TRABALHO
Formação de Auditor Trabalhista com Foco no eSocial
11.1 – Introdução à Saúde e Segurança do Trabalho

• A área de SST é fiscalizada pelo Ministério do


Trabalho e pela Receita Federal do Brasil

• Importante estar com os documentos corretos para


evitar danos à saúde do trabalhador e facilitar seu
acesso aos benefícios previdenciários

• O auditor deve ficar atento às atualizações dos


documentos e suas necessidades em relação às
atividades do estabelecimento ou obra. Exemplo:
PCMAT na C.Civil

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11.1 – Introdução à Saúde e Segurança do Trabalho
O quê (*) Base legal O que é Quem tem que fazer
Programa de Prevenção de Riscos Empresas a partir de um empregado, exceto órgãos
I - PPRA NR 9 M.T.E.
Ambientais públicos sem empregados CLT
Programa de Gerenciamento de Riscos,
II – PGR NR 22 M.T.E. Empresas de mineração (registro no CREA)
substitui o PPRA na Mineração
Progr. de Condições e Meio Ambiente Construtora com 20 ou mais trabalhadores por
III – PCMAT NR 18 M.T.E.
de Trabalho na Indústria da Construção estabelecimento ou obra (Registro no CREA)
Programa de Controle de Medicina e Empresas a partir de um empregado, exceto órgãos
IV – PCMSO NR 7 M.T.E.
Saúde Ocupacional públicos sem empregados CLT
Art. 58 da Lei Laudo Técnico das condições
V – LTCAT
8.213/91 ambientais de trabalho Todas os estabelecimentos das empresas com
Dec. 3.048/99, empregados e estabelecimentos de órgãos públicos
VI – PPP Perfil Profissiográfico Previdenciário
art. 68 com servidores ou prestadores de serviços terceirizados
Art. 19 a 22 da
VII – CAT Comunicação de Acidente de Trabalho
Lei 8.213/91
Laudo de
NR 15 Laudo de Insalubridade Caracterização para o pagamento
Insalubridade (*)
Laudo de
NR 16 Laudo de Periculosidade Caracterização para o pagamento
Periculosidade (*)
Comissão Interna de Prevenção de Estabelecimentos a partir de 20 empregados, conforme
CIPA (*) NR 5
Acidentes a atividade
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11.2 - Fontes da Legislação - SST

• CLT: Art. 154 a 201 – Capítulo V (Segurança e Medicina do Trabalho), art. 405
(proibição do menor em local insalubre)

• IN RFB 971/09: art. 72, art. 145 a 147, 222 a 224, 288 e 291 a 293

• Portaria Min. Trabalho 3214/78 – Normas Regulamentadoras (36 até o momento)

• Lei 8.213/91 – art. 57 e 58: PPP para aposentadoria especial

• IN INSS/PRES 77/2015 – Regras e procedimentos para uniformizar e agilizar o


reconhecimento de direitos previdenciários + Modelos de Documentos (Anexo XV
- Modelo de PPP)
• Portaria Min. Trabalho 702/2015 – Prorrogação de horário em local insalubre

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11.3 – Eventos do eSocial relacionados à Área de SST

Código Evento
S-1005 Tabela de Estabelecimentos, Obras ou Unidades de órgãos Públicos
S-1020 Tabela de Lotações Tributárias
S-1060 Tabela de Ambientes de Trabalho
S-1200 Remuneração do Trabalhador
S-2210 Comunicação de Acidente de Trabalho
S-2220 Monitoramento da Saúde do Trabalhador
S-2230 Afastamento Temporário
S-2240 Condições Ambientais de Trabalho – Fatores de Risco
S-2241 Insalubridade/Periculosidade/Aposentadoria Especial

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11.4 - Verificação Física - SST

1. Visitar as dependências e verificar se há instalados


os extintores e dentro do prazo de validade.

2. Conversar com os empregados para saber se estão


usando EPI e se foram treinados para o correto uso
dos equipamentos de proteção individual.

3. Verificar a instalação de EPCs.

4. Como sugestão para Papéis de Trabalho, pode-se


utilizar fotos para fotografar o ambiente de trabalho
que não esteja em conformidade com as normas.

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11.5 – Checklist – Procedimentos de Auditoria em SST

Item Checklist - Procedimentos de Auditoria em SST SIM NÃO NA/OBS


1 CIPA (NR-5) – Verificar:
1. – Pelo número de empregados, se a empresa está obrigada ou não a constituir a
CIPA para algum estabelecimento (Ver Quadros I e II da NR-5).
2. - Estabelecimentos desobrigados a manter a CIPA, em função do número de
empregados, deverão indicar um empregado responsável pelo cumprimento do
objetivo da NR-5. Verificar se há registro do treinamento ANUAL (item 5.32.2 da
NR-5)
3. – Se no livro de atas constam registradas as reuniões de rotina.
4. – Se foi realizada a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes) e
documentos de registro da SIPAT
5. – Se há registro do treinamento para membros da CIPA
6. – Convocação para escolha dos membros da CIPA
7. – Se com a CAT foi registrado o Anexo II da NR-5
8. – Se a empresa está cumprindo com a contratação de profissionais no SESMT em
relação ao número de empregados (NR-4).

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11.5 – Checklist – Procedimentos de Auditoria em SST

Item Checklist - Procedimentos de Auditoria em SST SIM NÃO NA/OBS


2 Ver se a empresa possui os laudos de SST conforme sua atividade (PPRA,
PCMSO etc) e se estão atualizados.
3 Ver – dependendo da atividade – se a empresa faz a inspeção técnica
regularmente em compressores, vasos de pressão, caldeira etc
4 Se os Exames médicos (todos) estão em dia: admissionais, periódicos,
demissionais, mudança de função, de retorno e complementares.
5 Se a empresa mantém registro de treinamento e entrega de EPI
6 Solicitar pasta ou cópia do PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) de
todos os empregados e se estão atualizados.
7 Se a empresa está informando o RAT adicional na GFIP (ocorrência) e
pagando corretamente, conforme os laudos.
8 De acordo com o LTCAT, se há serviço terceirizado com RAT adicional e se está
sendo informada a retenção adicional

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11.5 – Checklist – Procedimentos de Auditoria em SST

Item CHECKLIST PARA O ESOCIAL - SST SIM NÃO NA/OBS


9 Verificar se a contratante de serviços de terceiros está entregando
os laudos à contratada, conforme determina o ART 291 da IN RFB
971/09.
10 Verificar se o sistema da empresa está adaptado para envio das
informações de SST ao eSocial
11 Verificar se o mapeamento das áreas de risco e riscos atendem aos
leiautes do eSocial
12 EPI: checar se todos têm C.A. (Certificado de Aprovação) válido.
13 Se há empregados afastados que estão emendando o afastamento
com férias, sem fazer o exame médico de retorno (Item 7.4.3.3 da
NR-7)

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11.6 – Procedimentos de Auditoria em SST - Prática

Número de empregados/CIPA: A partir de quantos empregados um estabelecimento


precisa ter CIPA?

Resposta: a partir de 20 (vinte) empregados, dependendo da atividade.

Obrigatoriedade de PPP: A partir de quantos empregados uma empresa precisa


fazer o PPP e quando deve ser entregue ao empregado?

Resposta: a partir de 1 (um) empregado. Deve ser mantido atualizado e entregue ao


empregado no desligamento.

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11.7 - Sugestão de Tópico para Relatório

O que foi auditado (documento e tempo):


Exames Médicos e Extintores – De Janeiro/2012 a Dezembro/2016.
Erro encontrado e evidenciação:
Exames Médicos Ocupacionais
Não nos foram apresentados os exames médicos periódicos dos empregados 2341, 2344 e 2345.
De acordo com o Artigo 168 da CLT e Item 7.4.1 da Norma Regulamentadora Relativa à Segurança e Medicina no
Trabalho NR 7 - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional, é obrigatória a realização de exames médicos
admissionais, periódicos e demissionais.
O item 7.4.3.2, da NR-7, determina que os exames médicos periódicos devem ser feitos nos seguintes intervalos:
 A cada ano ou em intervalos menores para trabalhadores expostos a riscos;
 Anual, quando menores de dezoito anos e maiores de quarenta e cinco anos de idade;
 A cada dois anos, para os trabalhadores entre dezoito anos e quarenta e cinco anos de idade.
Extintores
Verificamos quando de nossa visita que os extintores localizados no departamento de pessoal (Sala de espera) e ao
lado da máquina de cafezinho, estavam com sua carga vencida, desrespeitando desta forma o disposto no item 23.14
da Norma Regulamentadora Relativa a Segurança e Medicina no Trabalho NR 23 - Proteção Contra Incêndios, no
tocante a inspeção dos extintores.
Recomendamos observar as disposições contidas nas NR’s, a fim de evitar implicações de ordem legal.
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11.7 - Sugestão de Tópico para Relatório

A Infração cometida
Não cumprimento da NR-7 e da NR-23
A penalidade ou risco
Multa administrativa de R$ 670,89 a R$ 6.708,59, de acordo com a gravidade da infração, conforme NR-28.
Lembramos que os exames médicos (PCMSO) poderão ser exigidos também pela Receita Federal do Brasil,
conforme dispõe o artigo 291 da IN RFB 971/09.
Recomendações
A empresa não dispõe de SESMT por não estar obrigada e é atendida por empresa de saúde ocupacional
terceirizada.
Assim, as atribuições ficam a cargo do Departamento Pessoal, que não tem pessoal suficientemente treinado.
Foi orientado à chefia de pessoal para buscar os treinamentos adequados à empresa de Saúde Ocupacional.
O Departamento de Pessoal está aguardando decisão da diretoria para contratação do treinamento.
A equipe de auditoria fez uma explanação básica sobre o que deve ser feito para regularizar os exames médicos
e colocou-se à disposição para verificar todos os itens necessários ao cumprimento da legislação e checagem de
todas as situações com risco de fiscalização, aguardando decisão da diretoria.

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FIM DO MÓDULO 11

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MÓDULO 12

AUDITORIA EM FÉRIAS

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12.1 - Fontes da Legislação - Férias

CLT Art. 129 Todo empregado terá direito anualmente ao


gozo de um período de férias, sem prejuízo da
remuneração.
Trata das férias em jornada de trabalho
CLT Artigo 130-A
reduzida.

Súmula 81 do TST Poderão ser concedidas férias coletivas a


CLT Artigo 139 e todos os empregados de uma empresa ou de
FÉRIAS (mantida) - Res.
seguintes determinados estabelecimentos ou setores da
121/2003, DJ 19, 20 e
empresa.
21.11.2003
Os dias de férias gozados após Tributação do IRRF sobre Férias + 1/3
o período legal de concessão IN RFB 1.500/14, Constitucional
deverão ser remunerados em art. 29 Tributação em separado dos demais
dobro. rendimentos, pela data do pagamento.

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12.1 – Legislação – Férias

SÚMULA 450 DO TST


FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO
FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E
145 DA CLT. (conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 386 da SBDI-1) – Res.
194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e
23.05.2014
É devido o pagamento em dobro da remuneração
de férias, incluído o terço constitucional, com
base no art. 137 da CLT, quando, ainda que
gozadas na época própria, o empregador tenha
descumprido o prazo previsto no art. 145 do
mesmo diploma legal.

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12.1 – Legislação - Férias

• RECURSO ORDINÁRIO. FÉRIAS CONCEDIDAS ANTES DO INÍCIO DO PERÍODO


CONCESSIVO.
• As férias são destinadas ao descanso e recuperação física e mental do trabalhador.
A legislação trabalhista foi contundente ao dizer que as férias devem ser gozadas
dentro do período concessivo, portanto não cabe ao empregador conceder as
férias quando ainda não constituído tal período.
• As férias concedidas antes do período concessivo, a exceção da hipótese legal de
férias coletivas, não tem validade. Logo, faz jus o reclamante ao pagamento das
férias acrescidas de 1/3.
• (TRT 2ª Região - 12ª Turma - RO 20140283743 - Relator: Marcelo Freire Gonçalves -
Data do julgamento: 3.4.2014 - Data da publicação: 11.4.2014).

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12.2 – Tabela de Faltas - Férias

TABELA DE FALTAS – Art. 130 da CLT


Até 5 faltas injustificadas corridos 30 dias
De 6 a 14 faltas 24 dias
De 15 a 23 faltas 18 dias
De 24 a 32 faltas 12 dias
A partir de 33 faltas, subentende-se que o empregado perde o direito às férias.

JORNADA SEMANAL DE TRABALHO FALTAS NO PERÍODO AQUISITIVO


Art. 130-A da CLT ATÉ 7 MAIS DE 7
Até 5 horas 8 dias 4 dias
Mais de 5 horas até 10 horas DIAS DE 10 dias 5 dias
Mais de 10 horas até 15 horas FÉRIAS 12 dias 6 dias
Mais de 15 horas até 20 horas DEVIDOS 14 dias 7 dias
Mais de 20 horas até 22 horas  16 dias 8 dias
Mais de 22 horas até 25 horas 18 dias 9 dias

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12.3 – Eventos do eSocial Relacionados às Férias

Código Evento Observação


Informar as rubricas relacionadas às férias, conforme a
S-1010 Tabela de Rubricas
Tabela 3 (Tabela de Natureza de Rubricas)
Remuneração do Trabalhador Informar as rubricas de folha de pagamento relacionadas às
S-1200
– RGPS férias.
Informar a DATA DO PAGAMENTO com as remunerações que
serviram de base para retenção do IRRF. As férias são
Pagamentos de Rendimentos
S-1210 tributadas em separado dos demais rendimentos do mês.
do Trabalho
Tipo de pagamento = 7 – Recibo de Férias, com
Demonstrativo de Pagamento em separado.
Informar o afastamento de férias e depois o retorno do
S-2230 Afastamento Temporário
trabalhador ao serviço

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12.4 - Verificação Física - Férias

1. Conversar com o chefe de pessoal e perguntar


qual a política da empresa para concessão de
férias, se tem escala, se faz férias coletivas etc

2. De acordo com a emissão de cheques ou de


depósitos efetuados, verificar se os
empregados estão efetivamente em casa ou
trabalhando.
Essa é uma causa comum de reclamatórias
trabalhistas e ainda traz muitos riscos para
empresa e para o trabalhador, casa haja um
acidente de trabalho.
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12.5 – Checklist – Procedimentos de Auditoria em Férias

ITEM CHECKLIST – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM FÉRIAS Sim Não NA/OBS


1 Checar se há férias que ultrapassaram o período concessivo (12 meses
após o término do período aquisitivo)
2 Para empregados com médias variáveis, checar se o pagamento está
sendo feito e de forma correta (cálculo dentro do período aquisitivo).

3 Empregados que recebem adicionais, checar se está sendo pago.


4 Empregados que deixaram de receber adicionais no período aquisitivo,
checar se foi pago o duodécimo.
5 Férias nas rescisões: calcular direito, férias vencidas e proporcionais
6 Identificar casos de perda do direito às férias
7 Ver se as férias estão “passando” na folha, pelo período de
competência
8 Verificar se a empresa antecipa férias.
9 Verificar recibos assinados

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12.5 – Checklist – Procedimentos de Auditoria em Férias

ITEM CHECKLIST – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM FÉRIAS Sim Não NA/OBS


10 Prazos e datas: se estão sendo respeitados os prazos para abono
pecuniário, aviso de férias e pagamento.
11 Ver se a empresa tem a política incorreta de pagar apenas 1/3 de férias
antes do gozo e o restante após a volta do empregado.
12 Se tem empregados com jornada reduzida e se a empresa está
concedendo as férias conforme artigo 130-A da CLT
13 Verificar se as faltas estão sendo descontadas conforme as tabelas de
faltas
14 Verificar se a empresa está concedendo férias “mistas” (parte coletiva e
parte individual)
15 Verificar se há empregado com gozo de férias de menos de 10 dias.
16 Checar política para feriados e início de férias na Convenção Coletiva de
Trabalho.
17 Em caso de férias coletivas, verificar se a empresa está fazendo os
comunicados ao Ministério do Trabalho, Sindicato e avisos na empresa
com 15 dias de antecedência. 245
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12.5 – Checklist – Procedimentos de Auditoria em Férias

ITEM CHECKLIST DE FÉRIAS - ESOCIAL SIM NÃO NA/OBS


18 Checar contabilização do pagamento de férias 2 dias
antes do gozo. (Se não for contador, solicitar ao
contador)
19 Checar se a empresa mantém controle de afastamento
e retorno das férias.
20 Checar se a tributação do IRRF está sendo feita pelo
sistema de caixa (pela data do pagamento), pela
totalidade das férias (Férias + 1/3 Constitucional) e em
separado dos demais rendimentos do mês

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12.6 – Procedimentos de Auditoria em Férias - Prática

Datas e Prazos:
Empregado admitido em 16/01/2014.

Você encontrou recibo de férias a partir de


01/04/2015 com pagamento de Abono
Pecuniário.

1) Qual o seu período aquisitivo? 1) De 16/01/2014 a 15/01/2015


2) Qual o seu período concessivo? 2) De 16/01/2015 a 15/01/2016
3) Até que dia deve solicitar o Abono Pecuniário? 3) 02/01/2014
4) Até que dia deve ser avisado das férias? 4) 02/03/2015
5) Até que dia deve receber suas férias? 5) 30/03/2015

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12.7 - Sugestão de tópico para relatório

O que foi auditado (documento e tempo):


Férias – De Janeiro/2012 a Dezembro/2016.
Erro encontrado e evidenciação:
Constatamos pequenas divergências entre as médias de férias calculadas pelo
sistema e por nós calculadas, como demonstramos a seguir.

A Infração cometida
Não pagamento correto das médias, conforme determina o artigo 142 da CLT.
Não cumprimento da regra trabalhista.

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12.7 - Sugestão de tópico para relatório

A penalidade ou risco
Multa administrativa de R$ 170,26 por empregado.
Multa da Súmula 450 do TST, já que as férias não foram pagas corretamente no prazo, no valor de
uma remuneração de férias (incluindo 1/3 constitucional) para o empregado.
Recomendações

Mesmo não sendo significativas as diferenças em relação ao valor das médias, recomendamos

ao Departamento Pessoal rever tais procedimentos, com objetivo de evitar pagamentos indevidos

ou insuficientes, pois em uma reclamatória trabalhista o funcionário poderá reivindicar o valor

pago a menor.
O Departamento Pessoal ficou de, nos próximos 30 dias, rever as férias pagas nos últimos 5 anos e
pagar as diferenças, se houver.

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FIM DO MÓDULO 12

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MÓDULO 13

AUDITORIA EM
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO

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13.1 – Introdução e Fontes da Legislação - Décimo Terceiro Salário

• Gratificação natalina que o empregado recebe


anualmente.

• O pagamento é na base de 1/12 avos da remuneração


de dezembro por cada mês (ou fração igual a superior a
15 dias) trabalhado pelo empregado no ano.

• A primeira parcela é devida até o dia 30 de novembro e


a segunda até o dia 20 de dezembro.

• Se houver verbas variáveis (comissões, horas extras),


deve haver o recálculo e pagamento até o 5º dia útil de
janeiro do ano seguinte.

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13.1 - Fontes da Legislação

Lei 4.090/62 Dispõe sobre o pagamento do 13º Salário


Lei 4.749/65 Dispõe sobre o pagamento do 13º Salário
Dec. 57.155/65 Regulamenta o pagamento do 13º salário

PRECEDENTE ADMINISTRATIVO N° 25
GRATIFICAÇÃO NATALINA. PRAZO. A lei dispõe que o prazo para
pagamento da gratificação natalina é o dia 20 de dezembro de cada ano.
Recaindo o dia 20 em domingo ou feriado, o pagamento deve ser
antecipado. Não há que se falar em prorrogação para o primeiro dia útil
subsequente.
REFERÊNCIA NORMATIVA: art. 1° da Lei n° 4.749, de 12 de agosto de 1965.

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13.2 – Eventos do eSocial relacionados ao 13º Salário

Código Evento Observação


Informar as rubricas relacionadas ao Décimo Terceiro, conforme a
S-1010 Tabela de Rubricas
Tabela 3 (Tabela de Natureza de Rubricas)
Remuneração do Informar as rubricas de folha de pagamento relacionadas ao
S-1200
Trabalhador – RGPS Décimo Terceiro Salário na Folha Específica do Décimo Terceiro.
Informar a DATA DO PAGAMENTO com as remunerações que
Pagamentos de
serviram de base para retenção do IRRF sobre o Décimo Terceiro.
S-1210 Rendimentos do
O Décimo Terceiro tem tributação do IRRF em separado e de forma
Trabalho
definitiva na folha ou rescisão contratual.
S-2299 Desligamento Informar o Décimo Terceiro pago em Rescisão.
Fechamento dos
S-1299 No Fechamento da Folha informa-se o ANO do 13º
eventos Periódicos

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13.3 – Checklist – Procedimentos em Décimo Terceiro Salário

ITEM CHECKLIST DE AUDITORIA EM DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO SIM NÃO NA/OBS


1 Fazer os cálculos de 13º integral e parcial
2 Calcular as médias (dentro do ano) de horas extras, comissões etc e checar
se a empresa está pagando o Reflexo do DSR.
3 Cálculo dos Adicionais: verificar se os adicionais estão sendo incluídos.
4 Ver se tem empregado com fração dentro do mês, para identificar a
empresa está pagando apenas para aqueles que recebam fração igual ou
superior a 15 dias.
5 Identificar casos em que houve empregada em licença-maternidade para
checar se foi informada a Dedução do 13º Salário-Maternidade na GFIP 13
6 Verificar se o empregado paga pensão alimentícia e se deve ser descontada
do Décimo Terceiro Salário no documento judicial. Em caso de dúvida,
circularize com o cartório da Vara onde há o processo.
7 Verificar se a empresa paga a 1ª parcela do décimo terceiro até 30 de
novembro

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13.3 – Checklist – Procedimentos em Décimo Terceiro Salário
ITEM CHECKLIST DE AUDITORIA EM DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO SIM NÃO NA/OBS
8 Checar pelos comprovantes de depósito se a empresa está pagando a 2ª parcela até o
dia 20 de dezembro
9 Empregados com comissões ou horas extras: verificar se está sendo recalculado o 13º
e pago até o 5º dia útil de janeiro do ano seguinte
10 Trabalhadores afastados por auxílio-doença: observar se a empresa paga o 13º
proporcional aos meses trabalhados.
11 GFIP do 13º Terceiro: Observar se o envio está sendo feito até o dia 31 de janeiro do
mês seguinte
12 Nas empresas ou filiais sem movimento, conferir se a empresa está enviando a GFIP
13 Sem Movimento.
13 Desoneração da Folha: observar se a empresa está fazendo o cálculo da CPP do 13º
salário corretamente nos casos de proporcionalidade
14 Verificar cálculos de proporcionalidade de pagamento de 13º salário nas rescisões
contratuais
15 eSocial: verificar se há identificação dos beneficiários do PAGAMENTO e da Pensão
Alimentícia, como é exigido no eSocial (Nome, Data de Nascimento e CPF para
maiores de 14 anos).

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13.4 – Procedimento de Auditoria – 13º Salário - Prática

Proporcionalidade
Empregado admitido em 16/06/2016. Faltou 15 dias com atestado
médico em novembro.
Quantos avos ele terá direito de 13º salário em 2016?

Resposta: 07/12 avos

Imposto de Renda no 13º Salário


A base do 13º salário é somada ao salário de dezembro para cálculo do
Imposto de Renda?

Resposta: NÃO. O IRRF do 13º Salário é calculado em separado.


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13.5 – Sugestão de Tópico para Relatório

O que foi auditado (documento e tempo):


Décimo Terceiro Salário – De Janeiro/2012 a Dezembro/2016.
Erro encontrado e evidenciação:
Primeira parcela do 13o salário: A empresa efetua o pagamento do
adiantamento do 13o salário até o mês de julho, contudo para os empregados que
são contratados após esta data, os mesmos não recebem o referido adiantamento
até o mês de novembro, recebendo assim, em parcela única no mês de dezembro.
Como exemplo:

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13.5 – Sugestão de Tópico para Relatório

A Infração cometida
Não cumprimento de regra trabalhista contida no Decreto 57.155/65 para
pagamento da 1ª parcela do Décimo terceiro até o último dia de novembro.
A penalidade ou risco
Tal infração sujeita a empresa ao pagamento de multa de valor igual a R$ 170,26,
por trabalhador prejudicado, dobrada no caso de reincidência, em caso de
fiscalização.
Risco de reclamatória trabalhista por parte do empregado.
Recomendações
A chefia de pessoal ficou de corrigir a situação para os exercícios seguintes.

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FIM DO MÓDULO 13

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MÓDULO 14

AUDITORIA EM
RESCISÕES CONTRATUAIS

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14.1 - Fontes da Legislação

1. Resolução CODEFAT 736/2014 = Seguro Desemprego WEB


2. IN SRT 15/2010 = regras para homologação
3. Art. 477 da CLT = Regras rescisão e pagamento das parcelas
4. Art. 543 da CLT = veda a dispensa de candidato a cargo de direção
sindical
5. Portaria 384/92 Min. Trabalho = Considera fraude ao Seguro-
Desemprego e ao FGTS a recontratação até 90 dias após o desligamento
6. Lei 12.506/11 = Lei do Aviso Prévio Proporcional até 90 dias
7. Portaria MTE 1.621/10 = Novo TRCT

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14.2 - Homolognet

• É o sistema de cálculos de rescisões contratuais feitos via internet, no site do


Ministério do Trabalho, para fins de Homologação no Min. do Trabalho:
• http://sistema-homolognet.mte.gov.br/inter/homolognet/
• Observar a obrigatoriedade de uso do Homolognet por município.

LEGISLAÇÃO VIGÊNCIA
IN SRT 15/10 – Regras para Em vigor desde 15/07/2010.
Homologações das Rescisões
Portaria MTE 1620/10 – Instituiu Já está disponível no site http://sistema-
o sistema HOMOLOGNET homolognet.mte.gov.br/inter/homolognet/
Portaria MTE 1621/10 – Instituiu Obrigatório o uso do novo TRCT e novos documentos
o novo TRCT e Portaria 2.685/11 (Termo de Quitação e Termo de Homologação).

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14.3 - Aviso Prévio Proporcional ate 90 dias

LEI Nº 12.506, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011.


Dispõe sobre o aviso prévio e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:

Art. 1o O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta)
dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.

Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço
prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90
(noventa) dias.

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 11 de outubro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.

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14.3 - Tabela de Proporcionalidade - Nota Técnica SRT 184/2012

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14.4 - Direitos nas Rescisões Contratuais

Outros casos: ver na apostila...


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14.5 – Eventos do eSocial relacionados aos Desligamentos

Código Evento Observação


Informar as rubricas relacionadas às Rescisões, conforme a Tabela 3 (Tabela
S-1010 Tabela de Rubricas
de Natureza de Rubricas)
Em caso de pedido de demissão ou aviso prévio trabalhado, enviar este
S-2250 Aviso Prévio
evento em até 10 (dez) dias da comunicação
Informar a DATA DO PAGAMENTO com as remunerações que serviram de
Pagamentos de base para retenção do IRRF sobre o Décimo Terceiro.
S-1210
Rendimentos do Trabalho O Décimo Terceiro tem tributação do IRRF em separado e de forma definitiva
na folha ou rescisão contratual.
Monitoramento da Saúde
S-2220 Informar dados do exame médico demissional
do Trabalhador
Informar as verbas da Rescisão Contratual para empregados.
Informar “quarentena”, se houver: situação em que um trabalhador
S-2299 Desligamento
impedido de trabalhar por deter informação estratégica ou privilegiada
(período em que irá receber Remuneração no evento S-1200).
Trabalhador Sem Vínculo
Informar as verbas de desligamento de Diretor Não Empregado com FGTS.
S-2399 de Emprego/Estatutário –
Informar “quarentena”, se houver.
Término
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14.6 - Verificação Física – Rescisões Contratuais

1. Verificar se há algum empregado atual que foi recontratado


recentemente e identificar fraude para liberar FGTS e
Seguro-Desemprego.

2. Verificar se há algum empregado sem registro, que tenha


sido dispensado recentemente.

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14.7 – Checklist – Procedimentos de Auditoria em Rescisões

ITEM CHECKLIST – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM RESCISÕES SIM NÃO NA/OBS


1 Solicitar diferentes tipos de rescisão: pedido de demissão, dispensa, término de
contrato, falecimento etc
2 Calcular a projeção do aviso prévio indenizado para até 90 dias, se houver, para fins de
projeção de direitos e do próprio aviso.
3 Conferir pagamento dos dias excedentes à 30, em caso de aviso prévio indenizado
4 Conferir cálculos de férias indenizadas, de acordo com seu período aquisitivo, incluindo
médias
5 Conferir o cálculo do 13º salário, incluindo médias
6 Calcular média das variáveis do aviso prévio indenizado deve ser a dos últimos doze
meses, ou melhor situação em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT);
7 Ver pagamento de saldo restante relativas a Banco de Horas, se houver.
8 Checar se as datas de aviso foram cumpridas.
9 Observar se o pagamento da rescisão ocorreu no prazo.
10 Calcular o desconto do IRRF (remuneração separado do 13º salário)
11 Conferir o desconto previdenciário da remuneração em separado do 13º salário

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14.7 – Checklist – Procedimentos de Auditoria em Rescisões

ITEM CHECKLIST – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM RESCISÕES SIM NÃO NA/OBS


12 Pagamento do salário-família proporcional aos dias trabalhados
13 Checar descontos de do vale-transporte e vale-refeição referentes aos dias que faltam
para concluir o mês
14 Verificar se há demonstrativo das médias (variáveis)
15 Verificar se a empresa está entregando o PPP contra recibo
16 Verificar se a empresa está entregando o Comprovante de Rendimentos no ato da
Rescisão
17 Checar extrato com os saldos do FGTS para fins rescisórios
18 Checar e calcular GRRF paga, em caso de dispensa do empregado
19 Verificar se houver empregados demitidos e recontratados para recebimento de FGTS e
Seguro Desemprego (Fraude)
20 Verificar se há dispensa de empregados com direito à estabilidade (membros da CIPA,
Acidentes de Trabalho, gravidez até 5 meses após o parto e outras situações de
Convenção Coletiva de Trabalho).
21 Verificar se alguma rescisão tem carimbo de ressalva feita na homologação e identificar
os casos em que ocorreram.

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14.7 – Checklist – Procedimentos de Auditoria em Rescisões

ITEM CHECKLIST RESCISÕES – ESOCIAL SIM NÃO NA/OBS


22 Checar se o Aviso Prévio está sendo dado por escrito e informado
no eSocial em até 10 dias (exceto aviso prévio indenizado)
23 Rescisão por óbito, ver se está sendo solicitada a certidão de
óbito
24 Quarentena: verificar se é aplicável (Cláusula Contratual prevendo
um prazo em que o empregado desligado não poderá fazer
contrato de trabalho com outro empregador, para garantir o sigilo
profissional. A empresa indeniza o trabalhador neste período).
25 ASO Demissional: verificar se está sendo feito no prazo, mesmo
para empregados que não precisem homologar

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14.8 – Procedimentos de Auditoria em Rescisões

Leão Avaiano foi admitido dia 02/01/2016 e pediu demissão dia 23/05/2016
(trabalhou até este dia), com dispensa de cumprimento do aviso prévio.
Quais os seus direitos na rescisão?

( X ) 5/12
5/12 avos de férias + 5/12 avos de 13º salário + saldo de salários de 23 dias.
( ) 6/12 avos de férias + 5/12 avos de 13º salário + saldo de salários de 23 dias.
( ) 6/12 avos de férias + 4/12 avos de 13º salário + saldo de salários de 23 dias.

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14.9 – Sugestão de Tópico para Relatório

O que foi auditado (documento e tempo):


Rescisões Contratuais – De Janeiro/2012 a Dezembro/2016.
Erro encontrado e evidenciação:
A empregada 2367 foi dispensada sem justa causa no dia 30/11/2015 e foi recontratada no dia
02/01/2016, menos de 60 dias após a dispensa, e ainda assinou novo contrato de experiência com a
empregada.
A Infração cometida
Afronta ao artigo 452 da CLT (Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que
suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste
dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.), e à
Portaria 384/92 do Ministério do Trabalho (Art. 2º Considera-se fraudulenta a rescisão seguida de
recontratação ou de permanência do trabalhador em serviço quando ocorrida dentro dos noventa
dias subsequentes à data em que formalmente a rescisão se operou. )

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14.9 – Sugestão de Tópico para Relatório

A penalidade ou risco
A Multa por Fraude ao FGTS (Lei 8.036/90) e ao Seguro Desemprego (Lei 7.998/90, art.
25). A multa por fraude ao Seguro Desemprego pode chegar a R$ 42.564,00. A multa do
FGTS é de R$ 106,41, dobrada em caso de fraude. O risco de autuação perdurará pelos
5 (cinco) anos seguintes à admissão irregular.
Recomendações
O assunto foi levado à Chefia de Pessoal, que identificou que o caso foi excepcional,
nunca tendo ocorrido antes, comprometendo-se a verificar com maior rigor futuras
recontratações.
A empresa continua em risco, considerando ser uma situação que só se resolveria com
a dispensa da empregada. A chefia de Pessoal informou que a empresa assumirá o
risco.

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FIM DO MÓDULO 14

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MÓDULO 15

AUDITORIA EM
RECLAMATÓRIAS TRABALHISTAS

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15.1 - Fontes da Legislação - Reclamatórias

1. Decreto 3.048/99, art 276: Dispõe sobre os recolhimentos


previdenciários nas Reclamatórias Trabalhistas

2. IN RFB 971/09, art. 100: créditos previdenciários nas reclamatórias

3. Lei 8.212/91, art 32-A: Multa para não entrega da GFIP

4. Manual do SEFIP: regras para a GFIP das Reclamatórias

5. IN RFB 1.500/14, art 26 e 36: IRRF de Reclamatórias e IRRF sobre RRA


– Rendimentos Recebidos Acumuladamente

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15.2 – Eventos do eSocial relacionados às Reclamatórias

• Não há Módulo ou Evento específico de Reclamatórias no


Manual 2.2 (Evento S-2500 em estudos)
Código Evento Observação
Cadastro Inicial do Informar se a admissão é por ação fiscal ou decisão
S-2100
Vínculo judicial
Admissão do Informar se a admissão é por ação fiscal ou decisão
S-2200
Trabalhador judicial
Tabela de Processos
Em caso de reintegração por Processo Judicial, informar os
S-1070 Administrativos e
dados nesta tabela.
Judiciais
As reintegrações devem ser informadas no mês em que
S-2298 Reintegração ocorreram, até o dia 07 do mês seguinte, antes do
fechamento da Folha.
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15.3 - Verificação Física - Reclamatórias

Fazer reunião com


advogados trabalhistas e
solicitar relatório com a
posição atual das
reclamatórias ainda não
solucionadas e os
processos finalizados
dos últimos 5 anos.

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15.4 – Checklist – Procedimentos de Auditoria

CHECKLIST – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM


ITEM SIM NÃO NA/OBS
RECLAMATÓRIAS TRABALHISTAS
Fazer levantamento das CAUSAS das Reclamatórias dos últimos 5 anos, a fim de
1
apresentar procedimentos que reduzam as reclamatórias.
2 Checar se há atrasos no pagamento de acordos trabalhistas normais ou parcelados;
3 Checar se a empresa perde algumas ações por revelia.
Se os cheques emitidos para o pagamento de despesas processuais da Reclamação
4
trabalhista estão de acordo com os documentos.
Checar se são solicitados cheques para o pagamento de custas judiciais, sem a prévia
5
conferência da respectiva tabela de valores.
Checar se a empresa efetuou algum depósito judicial no início do processo, após fez
6
acordo com o funcionário, então esqueceu de resgatar o depósito.
Analisar pelos autos a atuação do Preposto e das testemunhas nos processos, no sentido
7 de observar se os mesmo têm conhecimentos necessários sobre à matéria em discussão.
Evitando prejuízos futuros,
8 Checar se há conferência dos cálculos do Perito.
9 Checar se há irregularidades ou fraudes encontradas na liquidação das reclamatórias;

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15.4 – Checklist – Procedimentos de Auditoria

CHECKLIST – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM


ITEM SIM NÃO NA/OBS
RECLAMATÓRIAS TRABALHISTAS
Checar se a empresa faz acordos fora do habitual, como sem homologação
10
judicial.
11 Levantar os DIREITOS reclamados e os direitos já pagos antes da Reclamatória
Em relação aos Recolhimentos Previdenciários sobre valores remuneratórios:
1 – Se a empresa inclui na sentença a parte do empregado como devida por ele
2 – Conferir valores das verbas remuneratórias
3 – Conferir os cálculos de CPP e retenção do empregado
4 – Conferir o que está sendo incluído como verba indenizatória
12 5 – se há a discriminação das verbas remuneratórias e indenizatórias. Caso não
haja, se é solicitado ao cartório da Vara a discriminação
6 – Se estão sendo enviadas as GFIPs conforme determina a IN RFB 971/09 e o
Manual da GFIP
7 – se a empresa faz o recolhimento das GPS nos códigos corretos e nos prazos
devidos
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15.4 – Checklist – Procedimentos de Auditoria

CHECKLIST – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM


ITEM SIM NÃO NA/OBS
RECLAMATÓRIAS TRABALHISTAS
Em relação ao Imposto de Renda Retido na Fonte:
1 – se foi retido o imposto
2 – se a empresa está fazendo o recolhimento
3 - Se há algum RRA e o cálculo foi feito em separado
13 4 – se a empresa comprovou o recolhimento em até 15 dias no cartório da Vara,
conforme disposto no artigo 26 da IN RFB 1.500/14
5 – Se o Décimo Terceiro tem a tributação em separado dos demais
rendimentos
6 – se há verba indenizatória sendo considerada na base de cálculo.
Verificar se os foram efetuados os descontos do empregado que seriam devidos
14 e não foram descontados antes da reclamatória (vale refeição, vale transporte
ou outros descontos)
15 Checar se os desligamentos foram informados no CAGED

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15.4 – Checklist – Procedimentos de Auditoria

CHECKLIST – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM


ITEM SIM NÃO NA/OBS
RECLAMATÓRIAS TRABALHISTAS - ESOCIAL
16 Levantar Situações de empregado admitido ou ação fiscal ou decisão judicial
17 Levantar processos de reintegração
18 Atualizar posição de todos os processos em aberto

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15.5 – Procedimentos em Reclamatórias na Prática

Uma reclamatória trabalhista cuja sentença ocorreu em 10/11/2016 determinou o pagamento


de R$8.000,00 em 30/11/2016, sem reconhecimento de vínculo empregatício.

Valores discriminados: R$ 2.000,00 de Aviso Prévio Indenizado, R$ 4.000,00 de férias


indenizadas e R$ 2.000,00 de saldo de salários.

Qual a base para recolhimento previdenciário?

Resposta: R$ 2.000,00 referente ao Saldo de Salários. Segundo Nota da PGFN à RFB, Não há
mais Contribuição Previdenciária sobre o Aviso Prévio Indenizado.

Até que dia deve ser recolhido?

Resposta: 20/12/2016 (ADE CODAC 54/2010)

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15.6 – Sugestão de Tópico para Relatório

O que foi auditado (documento e tempo):


Reclamatórias Trabalhistas – De Janeiro/2012 a Dezembro/2016.
Erro encontrado e evidenciação:
A empresa não fez o recolhimento previdenciário e não enviou as GFIPs da
Reclamatória da ex-empregada 3254, cuja sentença ocorreu em 13/12/2014 e onde
consta R$ 20.000,00 de valores remuneratórios.
Também, em levantamento dos casos de reclamatórias, identificamos que dos 8 (oito)
casos que ocorreram nos últimos 5 anos, 6 (seis) foram oriundos de falta de pagamento
de horas extras.
A Infração cometida:
Não recolhimento previdenciário, conforme determina o artigo 100 da IN RFB 971/09
Não informação da GFIP, conforme consta no Manual SEFIP.

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15.6 – Sugestão de Tópico para Relatório

A penalidade ou risco
As multas da GFIP não entregues são de até 20% do valor declarado/devido, conforme consta no
artigo 32-A da lei 8.212/91. Neste caso, pode chegar a R$ 4.000,00.
O não recolhimento previdenciário também é alvo de risco, variando a multa de R$ 281,94 a R$
313.283,20 (Portaria MPS/MF 1/2016, art 8).
A falta de pagamento de horas extras é uma infração a artigo 59 da CLT.
Recomendações
O assunto foi levado à Chefia de Pessoal, que identificou o erro e ficou de levantar todos os casos
de reclamatórias em que seja devida a contribuição previdenciária e o envio de GFIP e regularizar a
situação.
Em relação às horas extras – objeto de 75% das reclamatórias – foi alegado que as chefias de setor
combinam as horas com os empregados para futura compensação e não era informado no
Departamento Pessoal. Porém, já foi expedido comunicado para que a situação não mais ocorra.

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FIM DO MÓDULO 15

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MÓDULO 16

OUTROS PROCEDIMENTOS DE
AUDITORIA TRABALHISTA

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16.1 – Checklist - Outros Procedimentos de Auditoria

ITEM CHECKLIST – OUTROS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA SIM NÃO NA/OBS


1 VERIFICAR NO PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador:
1 - Se a empresa paga em dinheiro, para tributar
2 - Se a empresa está inscrita no site do Ministério do Trabalho.
3 - Se a empresa concede o benefício de maneira igual a todos os
trabalhadores
2 Solicitar ao contador as informações de Provisão de férias e 13º salário,
conferir cálculos dos relatórios de provisão de férias e 13º salários;
3 Contribuição Sindical – Categorias Diferenciadas, verificar:
1 - Se o profissional está pagando somente ao Conselho e não a
Contribuição Sindical
2 - Se está pagando até o mês de fevereiro
3 - Se o profissional exerce a função na empresa
4 – Advogados: checar comprovante de pagamento à OAB e estão isentos
de Contribuição Sindical
5 - Se há a anotação no registro do empregado.

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16.1 – Checklist - Outros Procedimentos de Auditoria

ITEM CHECKLIST – OUTROS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA SIM NÃO NA/OBS


4 Se a empresa tem política de fazer empréstimos aos empregados e
qual a política de valor máximo e desconto.
5 Se o número de empregados no CAGED confere com o número de
empregados na Folha de Pagamento.
6 Se o número de empregados na RAIS bate com o número de
empregados na Folha de Pagamento
ITEM ESOCIAL – CHECKLIST SIM NÃO NA/OBS
7 Se a empresa mantém controle dos processos judiciais de terceiros,
que afetem os recolhimentos (empregados, produtores rurais e outros)
8 Se as descrições de nomes de cargos e atividades estão compatíveis
com a CBO – Classificação Brasileira de Ocupações
9 Sindical Patronal – Se está sendo direcionado ao sindicato correto
10 Se a empresa tem todos os processos mapeados das rotinas que serão
exigidas no eSocial

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FIM DO MÓDULO 16

Formação de Auditor Trabalhista e Previdenciário com Foco no eSocial


MÓDULO 17

OUTROS TABELAS E ANEXOS

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Módulo 17 – Outras Tabelas e Legislação

• O Manual do eSocial: Módulo Download de Materiais


• 17.1 – Tabela de Multas do Ministério do Trabalho
• 17.2 – Tabela de Códigos FPAS (Tabela 4 do eSocial)
• 17.3 – Tabela de Alíquotas por Código FPAS
• 17.4 – Tabela de Códigos de Receita de GPS
• 17.5 – Tabela de Natureza de Rubricas (Tabela 3 do eSocial)
• 17.6 – Tipos de Arquivos do eSocial (Tabela 9 do eSocial)
• 17.7 - Legislação

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MÓDULO 18

BIBLIOGRAFIA E LEGISLAÇÃO

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Módulo 18 – Bibliografia e Legislação

• eSocial – Guia Prático para Implantação – Zenaide Carvalho – Ed. Nova Letra,
2015
• Manual de Auditoria Trabalhista – Paulo Henrique Teixeira – obra eletrônica.
• Manual de Auditoria Trabalhista – Nilton Oliveira Gonçalves – São Paulo: LTr,
2006.
• Comentários à CLT – Valentin Carrion – São Paulo: Ed. Saraiva.
• Curso de Auditoria Trabalhista – José Serson – São Paulo: Ed. Revista dos
Tribunais, 1989.
• Legislações citadas no texto
• Site: www.portaldeauditoria.com.br

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MÓDULO 19

DOWNLOAD DE MATERIAIS
E ENCERRAMENTO

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Encerramento e Agradecimento

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• Se você chegou até aqui, você é um(a) VENCEDOR(A)!
– Covardes nunca começam
– Fracos nunca terminan
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