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5.4.2. Pontilhões .......................................................................................................................17
5.4.3. Pontes .............................................................................................................................18
5.5. Drenagem da Via Permanente na MRS ...................................................................................18
6. Estudos de Caso ............................................................................................................................19
6.1. Problemas de Drenagem e de Bolsões de Lama na Via Permanente .......................................19
6.1.1. Corte da Boa União (Três Rios - RJ) ..................................................................................19
6.1.2. Pátio de Barra do Piraí (Barra do Piraí - RJ).......................................................................21
6.1.3. KM 122 +400 (Vassouras - RJ) ..........................................................................................22
6.1.4. Paraíba do Sul - RJ ...........................................................................................................23
6.1.5. Túneis e Viadutos ao Longo da Ferrovia ...........................................................................24
6.2. Pontos Fortes da Manutenção da Via Permanente .................................................................26
6.2.1. Plano de Limpeza de Lastro .............................................................................................26
6.2.2. Cadastro (Atualização) de componentes de sistemas de drenagem na Linha do Centro ...27
6.2.3. Obra de contenção - Aterro do Bichango .........................................................................27
7. Conclusão .....................................................................................................................................29
8. Agradecimentos ............................................................................................................................30
9. Bibliografia....................................................................................................................................30
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1. Introdução
A exigência de níveis de serviço cada vez mais altos leva o setor de transporte a buscar a
excelência nas várias especialidades de serviços oferecidos, de forma a apresentar atributos como
disponibilidade, qualidade e confiabilidade. Estudos relativos ao aumento da confiabilidade e
disponibilidade de funcionamento de sistemas operacionais vêm recebendo a atenção de
especialistas em diversos ramos do conhecimento, particularmente ligados a áreas de projeto e
manutenção.
Para esta nova realidade, se faz necessário que o lastro seja confeccionado com material de
boa qualidade e de alta capacidade de drenagem.
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2. Objetivos
3. Cronograma de Atividades
4. Via Permanente
A via assegura a transmissão dos esforços transversais, verticais e longitudinais da roda até o
solo. Sua geometria e resistência mecânica são fixadas para assegurar uma qualidade uniforme em
toda a linha. A via permanente é composta das seguintes camadas, Figura 1:
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Figura 1 - A Via Permanente Ferroviária.
Segundo RIVES (1977), a Via Permanente é constituída por duas vigas metálicas contínuas
longitudinais denominadas trilhos, fixados aos apoios transversais espaçados regularmente,
denominados dormentes que compõem a grade, que repousam sobre um colchão amortecedor de
material granular, denominado lastro que por sua vez, absorve e transmite ao solo as pressões
correspondentes às cargas suportadas pelos trilhos, Figura 2.
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4.2. Infra-estrutura
Segundo Lima (1998), infra-estrutura de uma estrada é todo conjunto de obras implantadas
ao longo de uma faixa de terreno (faixa de domínio), destinadas ao estabelecimento e à proteção do
caminho de rolamento de uma via de comunicação terrestre, seja rodovia ou ferrovia. Sua principal
função é servir de base para Superestrutura, recebendo e dissipando as cargas provenientes da
Superestrutura nas camadas de base e sub-base.
Obras de Arte Especiais (muros de contenção, túneis, pontes, viadutos, bueiros e canaletas);
Terraplenos (cortes e aterros);
Drenagem (canaletas, escadas d’água, drenos e valetas).
4.3. Superestrutura
A função da superestrutura é receber a carga provinda do peso dos rodeiros, recebida pelo
trilho através do contato Roda-Trilho, em seguida transmitir através do princípio de redução de
esforços para as placas de apoio e fixação. Dessa forma, a carga é dissipada para os dormentes,
depois para o lastro que, finalmente gera esforços para a plataforma.
Lastro;
Dormentes;
Fixação
Trilhos
4.3.1. Lastro
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As ferrovias que operam com trens de carga no Brasil utilizam lastro de pedra britada nas
faixas granulométricas apropriadas para desempenhos das funções relacionadas anteriormente.
Segundo Selig (1994), tradicionalmente um bom lastro é aquele que possui rochas angulares,
britadas e duras, uniformemente graduadas, livre de finos e sujeira e não propenso a cimentação.
Existem, hoje no país, algumas normas técnicas relativas as propriedades específicas para as
características dos índices de materiais como tamanho, dureza, resistência à abrasão e composição
que proverão o melhor desempenho, porém foram editadas nas décadas de 70 e necessitam de uma
atualização, face à evolução e o aumento de demanda do transporte ferroviário de carga.
4.3.1.1. Sub-Lastro
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Este é um problema particular se o subleito for rígido:
Vertente de água, intercepta água que vem do lastro e dirija longe do subleito para fossos
aos lados da via;
Permite drenagem de água que poderia estar fluindo para cima do subleito.
4.3.1.2. Subleito
Além disso, Selig (1994) acredita que a magnitude da rigidez do subleito influencia no lastro,
leito e deterioração de dormente. O subleito também é uma fonte de determinação de recalque
diferencial do solo.
4.3.2. Dormentes
4.3.3. Fixação
A fixação dos trilhos visa, basicamente, promover e manter o paralelismo das duas filas de
trilhos com afastamento regulamentado (bitola da via) para constituir o caminho de rolamento dos
trens, Alias (1977).
Os elementos que compõem o conjunto de fixação são responsáveis em fixar os trilhos aos
dormentes, impedindo que estes se desloquem longitudinalmente.
As fixações podem ser classificadas conforme o modo como as forças recebidas pelos trilhos
são transmitidas aos dormentes, e de acordo com a natureza do vínculo da união trilho-dormente.
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4.3.4. Trilhos
É um perfil metálico, assentado e fixado sobre dormentes que guiam e sustentam as rodas
do veículo ferroviário. Os trilhos devem proporcionar às rodas do material rodante, uma superfície
de rolamento plana e de nível na medida do possível, contínua e também funcionar como guia. As
formas dos trilhos tiveram mudanças significativas com o passar do tempo.
Os trilhos funcionam como vigas elásticas que servem como suporte direto e guias das rodas
dos veículos que por ele trafegam.
Para exercer sua função de superfície de rolamento e suporte das cargas transportadas, é
necessário que o trilho tenha dureza, tenacidade, elasticidade e resistência à flexão e ao desgaste.
Dessa forma, o material que mais oferece todas essas características pelo menor custo é o aço.
5. Drenagem
A drenagem superficial é a parte que deve promover um deságüe seguro das águas que
incidem diretamente sobre a via, garantindo a segurança e estabilidade da via.
O Manual de Drenagem de Rodovias (2006) relata que as valetas devem ser construídas
paralelas às cristas dos cortes, a uma distância entre 2,0 a 3,0 metros. O material resultante da
escavação deve ser colocado entre a valeta e a crista do corte e apiloado manualmente.
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preferencial de escoamento da água (favorecem a erosão do solo), as retangulares são adotadas no
caso de cortes em rocha, por facilidade de execução e as trapezoidais têm maior eficiência hidráulica.
As valetas de proteção de aterros interceptam as águas que escoam nas partes superiores
dos aterros, impedindo-as de atingir o pé do talude de aterro, evitando a erosão do solo, além de
conter as águas provenientes das sarjetas e valetas de corte, conduzindo-as para algum dispositivo
de transposição de talvegues.
As sarjetas de corte podem ter seção triangular, que tem como principal importância a
redução de riscos de acidente (em rodovias), trapezoidal, para grandes vazões, e retangular, para
terrenos rochosos, devido a facilidade na execução.
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As sarjetas podem ser revestidas em concreto, alvenaria de tijolo, alvenaria de pedra
argamassada, pedra arrumada revestida, pedra arrumada ou simples revestimento vegetal, que tem
alto custo de conservação.
As sarjetas de aterro são semelhantes às de corte. Localizadas nas bordas dos acostamentos,
impedem a erosão do talude de aterro, captando as águas precipitadas sobre a via e conduzindo-as
até as descidas de água ou algum outro local seguro.
Um tipo de sarjeta de aterro muito utilizada atualmente, é quando se cria uma espécie de
seção triangular entre o desnível do pavimento e o meio fio, formando o meio-fio-sarjeta.
Os dispositivos podem ser em concreto, CBUQ, solo betume, solo cimento ou solo.
As descidas de água são colocadas quando as valetas e sarjetas atingem seu comprimento
crítico, no caso dos taludes de corte, levam as águas da valeta de proteção de corte até uma caixa
coletora ou sarjeta de corte, já no caso dos taludes de aterro, elas conduzem principalmente as
águas provenientes das sarjetas de corte ou das saídas de bueiros, visando conduzir o fluxo pelo
talude até o terreno natural.
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na borda da plataforma, ou em locais próprios para sua execução, levando as águas aos pontos
baixos junto às pontes, pontilhões e viadutos.
As seções das saídas de água devem permitir uma rápida captação das águas conduzindo-as
às descidas de água de forma eficiente. A captação pode ser feita com o rebaixamento gradativo da
seção.
Quanto ao revestimento, as saídas de água podem ser de concreto ou com chapas metálicas.
As caixas coletoras coletam as águas provenientes das sarjetas, descidas de água e áreas a
montante que se destinam aos bueiros de greide. Uma das características é a possibilidade de
inspeção dos condutos que por elas passam, para verificação de funcionalidade e eficiência.
As caixas coletoras localizam-se nas extremidades dos comprimentos críticos das sarjetas de
corte, pontos de passagem de cortes para aterros, nas extremidades das descidas de água de corte e
nos canteiros centrais das rodovias com pista dupla, conduzindo as águas para o bueiro de greide,
que garantirá um deságüem seguro.
As caixas de inspeção são colocadas nos locais destinados a vistoriar os condutos e os drenos
profundos, possibilitando a verificação do funcionamento e do estado de conservação.
As caixas de passagem ficam nos locais onde houver necessidade de mudanças de dimensão,
declividade, direção ou cotas de instalação de um bueiro.
As caixas com tampa podem tê-la removível ou não, dependendo da função. As caixas com
tampa fixa são para finalidades coletoras e as removíveis são para inspeção. As caixas com finalidade
coletora não necessitam de tampa.
Os bueiros de greide são dispositivos que levam as águas captadas pelas caixas coletoras até
um deságüe adequado. São semelhantes aos bueiros de transposição de talvegues, só difere da fonte
das águas que, nesse caso, provém de outros sistemas de drenagem e não dos cursos de água dos
talvegues.
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5.1.9. Dissipadores de Energia
Os dissipadores localizados são instalados no pé das descidas de água nos aterros, na boca de
jusante dos bueiros, na saída das sarjetas de corte e nos pontos de passagem de corte-aterro.
Os dissipadores contínuos são encontrados nas descidas de água, com degraus, ao longo do
aterro, para escoar a água que incide sobre a plataforma, conduzindo-a pelo talude, de forma
contínua, não o afetando.
5.1.11. Corta-rios
Os corta-rios são canais de desvio abertos para evitar que um curso d'água existente interfira
com a diretriz da rodovia, obrigando a construção de sucessivas obras de transposição de talvegues e
para afastar as águas que serpenteiam em torno da diretriz da estrada, colocando em risco a
estabilidade dos aterros.
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5.2. Drenagem Subterrânea
b) observações geológicas e pedológicas necessárias, com obtenções de amostras dos solos por meio
de sondagens a trado, percussão, rotativa e em certos casos, por abertura de poços por meio de pá e
picareta;
c) conhecimento da pluviometria da região, por intermédios dos recursos que oferece a hidrologia.
Drenos profundos;
Drenos espinhas de peixe;
Colchão drenante;
Drenos horizontais profundos;
Valetões laterais;
Drenos verticais de areia.
As técnicas de drenagem dos pavimentos, que objetivam protegê-lo contra a ação da água,
vêm sofrendo grandes melhorias no decorrer dos últimos anos. De um modo geral, essa drenagem se
faz necessária, no Brasil, nas regiões onde anualmente se verifica uma altura pluviométrica maior
que 1500 mm, DNIT (2006).
São quatro o número de técnicas de drenagem utilizadas: camada drenante, drenos rasos
longitudinais, drenos laterais de base e drenos transversais.
Esses drenos são instalados a cerca de 1,5 a 2 metros de profundidade, para interceptar o
fluxo de água subterrânea e aliviar o lençol freático. São feitos com matérias filtrantes (areia,
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agregados britados), materiais condutores (tubos) e matérias drenantes (britas, cascalhos grossos
lavados). Eles devem ser instalados onde haja o objetivo de interceptar e rebaixar o lençol freático.
São drenos normalmente usados em série quando o lençol freático estiver próximo da
superfície, e também quando o solo natural não for permeável. Geralmente são de pequena
profundidade e por isso usado sem tubos, embora possam ser usados com tubos. Exemplo mostrado
na Figura 4.
É feito no bordo da ferrovia, assim deixando as laterais da ferrovia mais confiáveis nas épocas
de chuva. Em regiões planas o disposivo pode funcionar tanto como sargeta como dreno profundo
ao mesmo tempo.
Aterros onde existem depósitos de solos moles com pouca condição de permeabilidade
como argilas, siltes e turfas, onde nesses casos é necessário soluções difíceis e onerosas, entre essa
soluções entra os drenos verticais como os de areia, cartão e fibro-químicos.
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5.4. Transposição de Talvergues
As águas que escoam por talvegues, os quais atravessam a ferrovia, devem ser transpostas
sem comprometer a estrutura do pavimento. Isso pode ser feito com a locação de uma ou mais
linhas de bueiros sob os aterros e construção de pontilhões ou pontes transpondo os cursos d'água.
5.4.1. Bueiros
Os bueiros permitem a passagem das águas, cruzando as ferrovias. Eles são compostos de
bocas e corpo. Corpo é a parte localizada abaixo de cortes e aterros. As bocas constituem os
dispositivos de admissão e lançamento, a montante e a jusante. No caso de o nível da entrada d'água
na boca de montante estar situado abaixo da superfície do terreno natural, a referida boca deverá
ser substituída por uma caixa coletora.
Os bueiros podem possuir várias formas, dentre elas tubulares (seção circular) e celulares
(seção retangular) entre as principais, podendo haver também perfis especiais (elipses e ovóides).
Os bueiros são definidos quanto ao número de linhas, sendo simples, duplo e triplo, com
uma, duas ou três linhas, respectivamente.
Esses perfis podem ser confeccionados em concreto simples, concreto armado, chapa
metálica corrugada ou polietileno de alta densidade (PEAD), além do plástico reforçado de fibra de
vidro (PRFV).
Os bueiros podem ser normais, quando o eixo do bueiro coincidir com a normal ao eixo da
rodovia, ou esconsos, quando o eixo longitudinal do bueiro fizer um ângulo diferente de zero com a
normal ao eixo da ferrovia.
Os bueiros devem estar sob os aterros, para a transposição dos talvegues, nas bocas dos
cortes, para evitar erosão, e nos cortes, se o volume de água for grande e superar a capacidade das
sarjetas.
5.4.2. Pontilhões
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5.4.3. Pontes
As pontes são obras de artes especiais, cuja principal função é transpor os cursos d’água de
talvegues que não podem ser transpostos com bueiros ou pontilhões. Pela importância, grande porte
e complexidade, as pontes exigem dimensionamentos mais acurados, levando em conta os custos, a
vida útil e principalmente a segurança para as vidas humanas que utilizarão a via.
Essas estruturas são formadas por canaletas, bueiros, galerias, drenos profundos e drenos
superficiais.
Estes elementos devem ser constantemente inspecionados e sempre que necessário devem
ser limpos e desobstruídos, pois a obstrução de um destes elementos pode ocasionar o colapso ou
ruptura de um aterro.
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6. Estudos de Caso
Vale salientar que os casos mais críticos foram evidenciados nesse trabalho seguidos de
sugestões de melhoria.
Figura 6 - Corte da Boa União (KM 200 +420 à KM 200 +660 - Linha do Centro).
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Neste local devido a vários fatores é muito grave o problema de drenagem, Figura 6,
ocorrendo grande formação de bolsões de lama, Figura 7.
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Constatou-se que as principais causas desses problemas são:
Esteira de borracha
Na linha 1 do Pátio de Barra do Piraí (KM 109 da linha do centro), é observado mais um caso
de formação de bolsões de lama, porém nesta localidade o problema não é gerado por deficiência na
construção do sistema de drenagem, mas sim pelo excesso de minério de ferro derramado pela
drenagem dos vagões que aguardam anexar o auxílio no pátio.
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Esse resíduo de minério se mistura à brita do lastro dificultando a drenagem, favorecendo a
formação de bolsões de lama além de deixar o trecho recalcado.
Um agravante aos problemas detectados nesse local é que o sistema de drenagem é antigo e
de baixa vazão, além de não se prolongar por toda a extensão da linha, e uma reforma é muito difícil
devido à distribuição física do pátio, localizando no centro da cidade de Barra do Piraí, o que dificulta
sua expansão, pois o trecho é cercado por um muro de arrimo, suportando o aterro de uma rua
acima do pátio.
Vale salientar também que não se tem gabarito na linha 1, levando ao fato de que a limpeza
de lastro nesse trecho tem de ser manual.
Neste trecho da linha do centro próximo à Vassouras, tem-se problemas de empeno da via
permanente, e analisando a geografia do local, bem como a situação da via após diversos tipos de
serviços executados nesse trecho. Conclui-se que o problema deve ser oriundo da umidade do solo.
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Próximo a um dos pontos em que o empeno da linha é mais grave, tem-se uma manilha de
drenagem da rodovia que desemboca a menos de 10 metros da borda da plataforma da via
permanente, Figura 10, e por este curso d’água estar localizado em solo mais elevado que o da
plataforma da via, fato que leva a deixar o solo da região muito úmido favorecendo o empeno da via
além de dificultar a drenagem por contaminar o lastro.
Visando a solução desse problema sugere-se a canalização do curso de água próximo à linha,
realizando obra semelhante à executada no KM 205 próximo a Levi Gasparian, em que se tinha uma
situação muito parecida e que foi solucionada após a conclusão da obra de canalização.
A linha do centro passa dentro da cidade de Paraíba do Sul e em sua passagem existem
diversas passagens de nível bem como diversas comunidades às suas margens. Devido à urbanização
e a movimentação de pessoas nas bordas da via tem-se uma situação de linha baixa.
No caso desse trecho que pertence à Coordenação de Barão de Ju-Paranã temos a banqueta
no mesmo nível da via permanente e em alguns pontos acima da linha, Figura 11. Isso gera um grave
problema de drenagem e gera problemas de recalque na via.
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Figura 11 - Linha baixa em Paraíba do Sul.
De modo a sanar esse problema de linha baixa, bem como garantir a existência do lastro para
a ocorrência de uma boa drenagem deve-se levantar a linha, jogando-se brita, limpar a via e
posteriormente socar os batentes nesse trecho.
Nos túneis e viadutos, ao longo de toda a ferrovia, os casos de bolsões são constantes e mais
complexos de serem resolvidos.
Essa situação é repetida em diversos túneis ao longo da malha da MRS, tanto na Ferrovia do
Aço quanto na linha do centro.
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dormentes desguarnecidos, aumentando a ocorrência de bolsões de lama, de problemas de
drenagem e de alta fadiga nos trilhos, Figuras 12 e 13.
De modo a solucionar esses problemas propõe-se a elevação do lastro da via nos pontos em
que se têm dormentes desguarnecidos, é uma solução complicada de ser executada pois
praticamente se reconstrói a via nesses trechos, mas acredita-se ser a solução mais viável.
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Além das medidas anteriormente descritas, sugere-se a implantação de um sistema
mecanizado de limpeza das laterais dos túneis através da realização de raspagem do minério
acumulado e remoção manual do mesmo.
Vale salientar que as ações dos coordenadores são de suma importância e que grande parte
dos pontos fortes vivenciados são devidos às atividades desenvolvidas ou coordenadas por esses
colaboradores.
Propõe-se que esse plano seja multiplicado e utilizado pelos coordenadores de outras
residências.
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6.2.2. Cadastro (Atualização) de componentes de sistemas de drenagem na Linha do Centro
Além de cadastrar esses itens, com esse trabalho está levantando locais em que há
necessidade da execução de serviço de “bate-estacas” e listando problemas encontrados, tais como:
bueiros assoreados, cortes com erosão, trilhos de contenção com rachaduras, canaletas com fundo
quebrado, aterros com deslocamento e pontos que necessitam de capina (roçada).
Vale salientar que este é um trabalho muito interessante, pois permite o monitoramento da
condição da via permanente, bem como a realização de manutenção centrada em confiabilidade. Por
essas razões sugere-se a multiplicação desse trabalho em outras localidades (gerências).
O KM 446 + 200 da linha do centro, entre as cidades de Cristiano Otoni e Pedra do Sino, por
muito tempo foi um trecho muito problemático, devido a problemas de drenagem, empeno da via e
de contenção dos cortes e aterros desse trecho.
Vários serviços de bate-estacas foram realizados nesse trecho, porém em 2009 foi realizada
uma grande obra, visando garantir a segurança e a disponibilidade da via permanente nesse trecho.
Pois nesse período o aterro estava se deslocando colocando em risco a operação de trens na linha do
centro.
O problema de contenção nesse trecho era oriundo de uma drenagem falha, Figura 16, e foi
agravado pelas condições climáticas e do terreno em volta (época chuvosa e aterro com
deslocamento).
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Figura 16 - Situação da drenagem no KM 446 em dezembro de 2009.
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Após a reestruturação do aterro, se reformou a superestrutura da via nesse trecho,
elevando-se a linha, limpando e desguarnecendo o lastro, além da socagem dos batentes. Deixando a
via no KM 446 em ótimo estado, oferecendo excelente condição de drenagem, segurança e
confiabilidade à operação, Figura 21.
7. Conclusão
No trabalho foram apresentados diversos tipos de dispositivos que fazem parte da drenagem
da malha ferroviária.
Os vários sistemas com funções distintas devem interagir harmoniosamente entre si,
evitando principalmente a erosão do solo e garantindo uma drenagem, superficial e profunda, eficaz
mantendo a confiabilidade da via, objetivando sempre o transporte e a segurança nas operações da
MRS.
Devem ser avaliadas as condições financeiras, nos vários tipos de revestimentos para as
sarjetas e valetas, o que pode ser de baixo custo de implantação posteriormente poderá gerar
grande manutenção.
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situação, na drenagem superficial, profunda, transposição de talvegues, o que está ligado
diretamente com a vida útil da via e a qualidade da ferrovia.
Vale salientar que apesar dos desafios o rodízio na via permanente foi uma experiência muito
boa, contribuindo muito para minha formação pessoal e profissional.
8. Agradecimentos
Em especial gostaria de agradecer aos amigos Pablo Resende, Leonardo Soares, Vagner Lima,
Wilson e Oséas.
9. Bibliografia
BRINA, H.L., Estradas de Ferro 1 – Via Permanente. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos S.A.,
1979.
DNIT, Manual de Drenagem de Rodovias 2ª Edição. Rio de Janeiro, Engesur Consultoria e Estudos
Técnicos, IPR. Publ., 724, 2006.
FRANCISCO, Jorge. Estratégia para redução de fraturas em túneis. Artigo para Revista Ferroviária (VII
Prêmio AmstedMaxion de Tecnologia Ferroviária), 2009.
HENRIQUES, César de Freitas. Manutenção de via permanente com foca na produção. Dissertação
(Especialização em Transporte Ferroviário de Carga) – Instituto Militar de Engenharia, 2008.
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OLIVEIRA, Márcio Eduardo Fernandes. Metodologia para cadastro de cortes e aterros. Dissertação
(Especialização em Transporte Ferroviário de Carga) – Instituto Militar de Engenharia, 2006.
PEDRONI, Patrick Guedes. Análise de falhas das fraturas de trilhos: o caso da ferrovia do aço.
Dissertação (Especialização em Transporte Ferroviário de Carga) – Instituto Militar de Engenharia,
2008.
SELIG, E.T. Track Geotechnology and Substructure Management. London (England), Redwood Books,
1994.
SILVA, Eduardo Teixeira Fonseca. Análise da evolução dos defeitos da via permanente da MRS para
planejamento de intervenções preditivas de manutenção. Dissertação (Especialização em
Transporte Ferroviário de Carga) – Instituto Militar de Engenharia, 2006.
SOARES, Leonardo Souza. Proteção para contaminação de lastro. Artigo para Revista Ferroviária (VII
Prêmio AmstedMaxion de Tecnologia Ferroviária), 2009.
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