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FRANCIELLEN MENDES

TEMA DA SEMANA / PROPOSTA 9

TEXTO 1
O Distrito Federal registrou 41 ocorrências de maus-tratos e crueldade contra animais de janeiro a março de 2018. No
mesmo período de 2017, foram contabilizadas 22 denúncias. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O
aumento foi de 87% no período.
“Os maus-tratos podem ser físicos e psicológicos, como cachorros presos na varanda o dia inteiro e cachorro sem
comida e água. Abandono de animais também é maus-tratos. Todos esses casos devem ser denunciados.”
Fonte: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/denuncias-de-maus-tratos-contra-animais-crescem-87-no-df.g

TEXTO 2
A crueldade contra os animais e a leniência do poder público
A brutal morte de um cachorro vira-latas numa loja da rede de supermercados Carrefour, na cidade de Osasco, em
São Paulo, no dia 5 dezembro, desencadeou uma mobilização sem precedentes da sociedade civil em repulsa aos maus
tratos contra os animais. A relevância da indignação pública fez com o que o tema ganhasse a atenção da grande
imprensa e das redes sociais, levando nada menos que 1,5 milhão de pessoas a assinar, em menos de 24 horas, uma
petição eletrônica exigindo que o agressor enfrente a Justiça. Causada por hemorragia resultante de golpe com barra de
ferro, perpetrada por um funcionário do supermercado, a morte do cachorro, conhecido pelo nome de Manchinha,
indignou as pessoas principalmente devido à futilidade e à banalidade desse tipo de ocorrência.
Num país em que em que todos estão conectados, a compartilhar em seus perfis as imagens capturadas por mais
de 200 milhões de celulares, já não é mais possível ignorar a quantidade e a variedade de ocorrências de maus tratos
contra os animais, de norte a sul do Brasil. Todo dia há registro de animais envenenados, queimados, mutilados,
agredidos e brutalizados das formas mais repugnantes. No dia seguinte ao caso do Carrefour, por exemplo, um
caminhoneiro foi preso em São Paulo após dar um tiro de pistola em uma cadela, sem ter um motivo aparente. Mais de
16 mil denúncias de maus tratos contra animais domésticos foram registradas em apenas dois anos de funcionamento
da Depa (Delegacia Eletrônica de Proteção Animal), da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Mesmo havendo subnotificação, pois nem todos se sentem confortáveis em denunciar vizinhos e conhecidos, por
exemplo, só em 2018, até o mês de novembro, inacreditáveis 8.000 denúncias chegaram à Depa. Ou seja: cerca de 25
ocorrências por dia. Por trás desses comportamentos desprezíveis, obviamente, está a ignorância, mas também a
leniência das instituições. Os maus tratos contra os animais são vedados pela Constituição Federal, em seu artigo 225, e
também pela Lei de Crimes Ambientais. (...)
Votado em regime de urgência pela Câmara dos Deputados, e já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça
do Senado Federal desde 2016, o PLC 39 está pronto para ser votado na Casa, mas aparentemente não é pautado por
completa falta de vontade política. A consulta pública lançada pelo site do Senado registrou quase 7.000 votos
favoráveis ao projeto, enquanto pouco mais de 200 pessoas se declararam contra o endurecimento da lei para quem
mata, tortura e maltrata animais. Ou seja, trata-se de um projeto com amplo apoio popular.
O caso do Carrefour, em Osasco, pela repercussão que provocou, teve ao menos o mérito, outra vez, de chamar a
atenção dos legisladores para a urgência em inibir esses comportamentos inaceitáveis. Está ao alcance da mão dos
senadores dar uma resposta definitiva. É só botar para votar. Não nos enganemos. Sempre que há um clamor social,
como o ocorrido no episódio do Carrefour, há uma corrida, muitas vezes demagógica, para ver quem protocola um novo
projeto de lei ainda mais rigoroso contra os maus tratos. Além de oportunista, tal iniciativa é inócua, porque novas
proposições têm de cumprir todo o rito parlamentar nas comissões das duas Casas para virar lei. Via de regra, leva anos
até um projeto estar pronto para ser votado, resultando tão somente, nesse caso, em propaganda fugaz para tal e qual
parlamentar.
Muito se fala do período de intolerância que o Brasil atravessa e da urgência de se construir uma cultura de paz.
Não adianta tapar o sol com a peneira. A brutalidade contra os animais é só outra face da mesma cultura violenta que
assola a sociedade, e como tal deve ser enfrentada: contra a ignorância, mais educação; contra o crime, a força da lei.

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2018/A-crueldade-contra-os-animais-e-a-leni%C3%AAncia-


do-poder-p%C3%BAblico

TEXTO 3
Senado aprova aumento de pena para o crime de maus-tratos a animais - 11/12/2018
O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (11) a ampliação da pena para o crime de maus-tratos a animais (PLS
470/2018). Hoje, a pena prevista é de 3 meses a um ano de detenção, além de multa. Com o projeto, a pena agora será
de 1 a 4 anos de detenção, com a possibilidade de multa mantida. O texto também estabelece punição financeira para
estabelecimentos comerciais que concorrerem para o crime e segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.
A sugestão de pena mais rigorosa foi apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na semana passada e
teve como motivação o caso de um cachorro espancado e morto em uma unidade da rede de supermercados Carrefour,
em Osasco (SP).
O projeto altera a legislação (Lei 9.605/1998) para estabelecer a pena de 1 a 4 anos de detenção para quem praticar ato
de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, ainda que
por negligência. Hoje, a lei prevê pena de 3 meses a 1 ano de detenção. A possibilidade de aplicação de multa continua
mantida.
O projeto também determina que estabelecimentos comerciais que concorrerem para a prática de maus tratos, ainda
que por omissão ou negligência, serão multados no valor de um a mil salários-mínimos. Os critérios para o valor da
multa serão a gravidade e a extensão da prática de maus-tratos, a adequação e a proporcionalidade entre a prática de
maus-tratos e a sanção financeira e a capacidade econômica da corporação que for multada. Os recursos arrecadados
com as multas serão aplicados em entidades de recuperação, reabilitação e assistência de animais.
Na justificativa do projeto, Randolfe lembra que o crime de dano, de “destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia”,
previsto no Código Penal (DL 2.848/1940), possui penalidade que pode ser seis vezes maior que a prevista hoje para o
crime de mutilar um animal. Para o senador, não é razoável tratar o dano a um objeto inanimado e a um ser vivo que
sente dor com tamanha desproporção.
Na visão do autor, seu projeto pode aprimorar “a proteção ao meio ambiente e aos animais contra práticas abusivas
que infligem dor e sofrimento absolutamente desnecessário a vidas de seres indefesos, que, quando bem-cuidados, só
nos rendem afeto, carinho e alegrias”.
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/12/11/senado-aprova-aumento-de-pena-para-o-crime-de-maus-tratos-a-animais

TEXTO 4

Fonte: https://i2.wp.com/humorpolitico.com.br/wp-content/uploads/2013/06/Maltratar-animais-por-Genildo.jpg

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema
O papel do Estado e da sociedade na manutenção da dignidade dos animais domésticos"
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

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