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Nota introdutória
O presente resumo de aulas é referente a aulas ditas antes da suspensão de Aulas devido ao
surto do novo corona vírus. Assim, os temas que estão aqui, correspondem a aulas dadas e
anotadas por mim.
Neste sentido, note-se que se estabelece uma parte geral que engloba os temas
relativos aos elementos comuns às outras partes e estas, por sua vez, correspondem ao
direito aplicável a quatro espécies ou modalidades diversas de relações jurídicas –
sistematização germânica ou plano de SAVIGNY.
Um critério é o que delimita o direito público e o direito privado segundo a chamada teoria
dos interesses. Assim sendo, estaríamos perante uma norma de direito público, quando o
fim da norma fosse a tutela de um interesse público, isto é, de um interesse da
colectividade; deparar-se-ia uma norma de direito privado, quando a norma visa tutelar ou
satisfazer interesses individuais, isto é, interesses dos particulares como tal.
Apreciação Crítica
Com efeito, as normas de direito privado não se dirigem apenas à realização de interesses
dos particulares, tendo em vista, frequentemente, também, interesses públicos. Olha-se o
Artigo 875.
Por sua vez, as normas de direito público, para além do interesse público visado,
pretendem, também, dar adequada tutela a interesses dos particulares.
Segundo este critério, o direito público disciplina relações entre entidades que estão
numa posição de supremacia e subordinação ou, se quisermos, de supra-ordenação e infra
ordenação, enquanto o direito privado regularia relações entre entidades numa posição
relativa de igualdade ou equivalência.
Apreciação Crítica
Este critério não se afigura adequado, na medida em que: o direito público regula, por
vezes, relações entre entidades numa relação de equivalência ou igualdade, como acontece
com as relações entre as autarquias locais; e o direito privado disciplina, também, situações
onde existem posições relativas de supra-ordenação e infra-ordenação, como acontece com
as responsabilidades parentais, a tutela, relações entre associações e sociedades e os seus
membros e a relação laboral.
Em suma, pode apenas dizer-se que a equivalência ou posição de igualdade dos sujeitos
das relações jurídicas é normalmente característica da relação disciplinada pelo direito
privado e a supremacia e subordinação característica normal da relação de direito público.
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O direito civil constitui o núcleo fundamental do direito privado, no entanto, não significa
ser todo o direito privado, mas apenas, como se disse já, o direito privado comum.
grau de segurança e uma razoabilidade das soluções em geral, pode, todavia, em razão da
variedade da vida e da diferenciação entre as situações reais, levar o juiz a decisões menos
rectas para o caso concreto. Ora, a atenuação desta desvantagem foi visada pelo legislador,
introduzindo neste diploma legal cláusulas gerais, isto é, critérios valorativos e apreciação
e recorrendo, por vezes, a conceitos indeterminados para construir hipóteses ou estatuições
legais.
Os princípios fundamentais do direito civil moçambicano
2.Responsabilidade civil.
Constitutivos: produzem a constituição de uma relação jurídica por ato unilateral do seu
titular. Ex.: constituição de servidão d e passagem em benefício de prédio encravado (art.
1550.º).