INTENSIVO
PARA RESIDÊNCIAS
TRANSVERSAL
SAÚDE PÚBLICA
PROFESSORA
Olívia Ferraz Pereira Marinho
Graduada em enfermagem pela UFBA
(2013). Especialista em Informática em
Saúde pela UNIFESP(2016). Mestre em
Saúde Coletiva pela UFBA (2019). Desde
2015 trabalha no Instituto Federal da Bahia
como Enfermeira no departamento peda-
gógico e de assistência ao estudante.
2020 ©
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos à Editora Sanar Ltda. pela Lei nº 9.610,
de 19 de Fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume ou qualquer parte deste
livro, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, gravação, fotocópia
ou outros), essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características
gráficas, sem permissão expressa da Editora.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MARINHO, Olívia Ferraz Pereira. Intensivo para Residências: Saúde Pública. 1. ed. Salvador, BA: Editora
Sanar, 2020. EBook (PDF). ISBN 978-65-86246-67-4
Bioética............................................................................................... 7
História natural das doenças/processo saúde-doença............... 13
Lei orgânica da saúde....................................................................... 25
Qualidade em serviços de saúde.................................................... 35
Redes de atenção à saúde – parte I................................................ 39
Redes de atenção à saúde – parte II............................................... 48
Estratégia saúde da família............................................................. 53
Estratégia saúde da família- parte II ............................................. 57
Pacto pela saúde............................................................................... 63
Portarias de consolidação- parte I.................................................. 68
Portarias de consolidação- parte II................................................. 76
Portarias de consolidação- parte III................................................ 81
Gabarito.............................................................................................. 87
Referências........................................................................................ 88
APRESENTAÇÃO
Olá, futuro (a) residente!
Este material foi preparado com muito carinho para você que pretende se
tornar um residente.
A palavra bioética vem do grego: bios, que significa vida, e ethos, relativo
à ética. É uma área de extrema importância para a atuação do profissional
de saúde, pois é comum no dia a dia surgirem dilemas éticos que exigem
reflexão e conhecimento para nortear decisões que precisam ser toma-
das. A bioética está relacionada à conduta do profissional frente à vida
baseada em seus valores e princípios morais, tendo como fundamentos
estruturantes a pessoa humana e o valor da vida.
BIOÉTICA E PESQUISA
ANOTAÇÕES
Antiguidade Clássica
Renascimento
Desenvolvimento de teorias
para explicar o contágio e
disseminação de doenças
Desenvolvimento de políticas
públicas de saúde
Hospedeiro
Agente Ambiente
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em Gordis22
HORIZONTE Sinais e
CLÍNICO sintomas
Mudança tissular
AMBIENTE
Período de latência
Estímulo Interação - Estímulo Hospedeiro Reação do hospedeiro
PERÍODO
PERÍODO PATOGÊNICO
PRÉ-PATOGÊNICO
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
Fonte: Brasil26
Condições de Vida
e de Trabalho
Ambiente de
Trabalho Desemprego
Água e Esgoto
Educação
Serviços
Sociais de
Produção Saúde
Agrícola e de
Alimentos Habitação
II
III
Exposição específica
Doença ou acidente IV
Consequências sociais ou
Contexto das políticas I mau estado de saúde
Fonte: Buss e Filho16
24
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE
Nessa aula, vamos estudar a Lei Orgânica da Saúde. Fique atento, pois se-
rão apresentados os principais pontos acerca do assunto.
Preservação da
Universalidade Integralidade Igualdade
autonomia
Conjugação
dos recursos
Descentralização
financeiros, Capacidade de
político- Integração
tecnológicos, resolução
administrativa
materiais e
humanos
Organização de Organização
atendimento público dos serviços
específico e especializado públicos de
para mulheres e vítimas modo a evitar
de violência doméstica duplicidade
Descentralização
Regionalização e
Descentralização
hierarquização da
Direção única dos serviços para os
rede de serviços de
municípios
saúde
Direção do SUS
Vigilância sanitá-
Alimentação e Saneamento e
ria e farmacoepi-
nutrição meio ambiente
demiológica
Fixa diretrizes.
O art. 15 trata sobre as atribuições que são comuns à União, Estados, Dis-
trito Federal e Municípios. Entre elas estão administração dos recursos
orçamentários e financeiros destinados à saúde, elaboração de normas
técnicas, participação de formulação da política e da execução das ações
de saneamento básico.
Descentralizado e
Hierarquizado
Estados e Municípios
Financiado pela União
complementam no
custeio e execução
Subsistema de das ações.
Atenção à Saúde Tem por base os Distritos
Indígena Sanitários Especiais
Indígenas
Procedimentos
Assistência
Médicos Enfermagem Fisioterapêuticos Psicológicos
Social
Hospitalar
Fiscalização de recursos
Conselhos de Saúde
do SUS
Processo Políticas de
Planejamento e ascendente: saúde + recursos
orçamento Município, Estado, disponíveis nos
DF e União planos de saúde
ANOTAÇÕES
Equidade
PROCESSO
RESULTADO
estáveis das envolvem cuidados
instituições, as relações prestados,
como recursos estabelecidas incluindo a
humanos, sistemas entre os satisfação do
de informação, profisssionais paciente.
estrutura de saúde e os
física,materiais pacientes/
etc. clientes. Incluem
diagnóstico,
tratamento
e cuidados
preventivos.
ACREDITAÇÃO
ANOTAÇÕES
(2) financiamento
público insuficiente,
(1) lacunas (3) configuração
fragmentado e
assistenciais inadequada de
baixa eficiência
importantes modelos de atenção
no emprego dos
recursos
Conceito
Redes de Atenção à Saúde são arranjos organizativos de ações e
serviços de saúde de diferentes densidades tecnológicas que, inte-
gradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão,
buscam garantir a integralidade do cuidado.
Objetivo
Promover a integração sistêmica de ações e serviços de saúde com
provisão de atenção contínua, integral, de qualidade, responsável e
humanizada, bem como incrementar o desempenho do Sistema, em
termos de acesso, equidade, eficácia clínica e sanitária e eficiência
econômica.
Pacto de Gestão
Objetivos da contratualização
• Melhorar o nível de saúde da população
• Responder com efetividade às necessidades em saúde
• Obter um efetivo e rigoroso controle sobre o crescimento das despe-
sas de origem pública com a saúde
• Alcançar maior eficiência gestora no uso de recursos escassos, maxi-
mizando o nível de bem-estar
• Coordenar as atividades das partes envolvidas
• Assegurar a produção de um excedente cooperativo
• Distribuir os frutos da cooperação
• Assegurar que os compromissos sejam cumpridos
• Disponibilizar, em tempo útil, a informação de produção, financiamen-
to, desempenho, qualidade e acesso, de forma a garantir adequados ní-
veis de informação ao cidadão
Figura 5 - A lógica de desenho dos componentes das redes de atenção à saúde nos
territórios sanitários
Economia de escala
Acesso
Qualidade da atenção
Fonte: Mendes24
47
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE – PARTE II
Nesta segunda parte da aula continuaremos o estudo sobre a portaria n°
4.279, de 30 de dezembro de 2010. Vamos agora nos ater às principais fer-
ramentas de microgestão dos serviços e os elementos constitutivos da
Rede de Atenção à Saúde.
Critérios de eficiência
Organização da rede de atenção
microeconômica na aplicação da
à saúde
aplicação de recursos
GESTÃO DA CLÍNICA
A aplicação de tecnologias de microgestão dos serviços de saúde com a
finalidade de:
• Assegurar padrões clínicos ótimos
• Aumentar a eficiência
• Diminuir os riscos para os usuários e para os profissionais
• Prestar serviços efetivos
• Melhorar a qualidade da atenção à saúde
Diretrizes Clínicas
Linhas de Cuidado
2. Estrutura
Operacional
1. Região
de saúde 3. Modelos
de Atenção
à Saúde
Operacionalização da RAS
Espaços territoriais
complexos, organizados
a partir de identidades
culturais, econômicas Baseada em parâmetros
e sociais, de redes espaciais e temporais
de comunicação e
infraestrutura de transportes
compartilhados do território
2. Estrutura Operacional
VI. Desenvolver os
Sistemas Logísticos e
de Apoio da RAS
ANOTAÇÕES
II - Diretrizes:
a) Regionalização e hierarquização:
b) Territorialização;
I - Princípios:
c) População adscrita;
d) Cuidado centrado na pessoa;
a) Universalidade;
e) Resolutividade;
b) Equidade; e
f) Longitudinalidade do cuidado;
c) Integralidade.
g) Coordenação do cuidado;
h) Ordenação da rede; e
i) Participação da comunidade.
56
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA- PARTE II
Continuando nossa aula acerca da Política Nacional de Atenção Básica, é
importante estarmos atentos aos tipos de unidades de saúde que fazem
parte da Atenção Básica ou Atenção Primária à Saúde: Unidades Básicas
de Saúde, Unidade Básica de Saúde Fluvial e Unidade Odontológica
Móvel.
ACS: número por equipe deverá ser definido de acordo com base popu-
lacional, critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos, de
acordo com definição local.
Carga horária: carga horária mínima por categoria profissional deverá ser
de 10 (dez) horas, com no máximo de 3 (três) profissionais por categoria,
devendo somar no mínimo 40 horas/semanais.
62
PACTO PELA SAÚDE
O Pacto pela Saúde foi firmado pela Comissão Intergestora Tripartite
(Ministério da Saúde, CONASS e CONASEMS) e suas diretrizes operacio-
nais aprovada pela Portaria n° 399, de 22 de fevereiro de 2006. Envol-
veu três componentes:
Pacto em Defesa
Pacto pela Vida Pacto de Gestão
do SUS
Programação
Planejamento Pactuada e Regulação
Integrada – PPI
67
PORTARIAS DE CONSOLIDAÇÃO- PARTE I
As seis portarias de consolidação são o resultadado da análise de milha-
res de portarias vigentes, sendo que poucas ainda possuiam normas vá-
lidas. Nessa primeira parte da aula, vamos estudar o conteúdo principal
das duas primeiras portarias.
Conselho de
Define as bases da Política de Ciência, Tecnologia e Inovação em
Ciência, Tecnologia
Saúde ao acompanhar as ações de fomento científico e tecnológico
e Inovação do e estabelecer as prioridades de pesquisa em saúde.
Ministério da Saúde
Políticas
Nacionais de
Saúde
Políticas de
Saúde
Das Políticas
Das Políticas
Gerais de Das Políticas
de Controle Das Políticas de
Promoção, Voltadas à Saúde
de Doenças e Promoção da
Proteção e de Segmentos
Enfrentamento de Equidade em Saúde
Recuperação da Populacionais
Agravos de Saúde
Saúde
Participação
Equidade Autonomia
Social
Outro ponto importante para se ressaltar da PNPS são seus nove eixos
operacionais:
Vigilância,
Educação e
Territorialização monitoramento e
formação
avaliação
Produção e
Articulação e
disseminação de
cooperação intra Gestão
conhecimentos e
e intersetorial
saberes
Participação e Comunicação
RAS
controle social social e mídia
Humanização da
Gestão participativa e controle social
atenção
Políticas Nacionais
de Saúde
Políticas de
Organização de
Atenção à Saúde
75
PORTARIAS DE CONSOLIDAÇÃO- PARTE II
V- Rede de Cuidados à
Pessoa com Deficiência
Sistemas de
Sistemas Nacionais Sistema de Subsistemas do
Vigilância em
de Saúde Auditoria do SUS SUS
Saúde
II - Sistema Nacional de
Sangue, Componentes e II - Sistema Nacional
Derivados (SINASAN) de Vigilância em Saúde
Ambiental
ANOTAÇÕES
80
PORTARIAS DE CONSOLIDAÇÃO- PARTE III
Doenças avaliadas:
I - fenilcetonúria
II - hipotireoidismo congênito
III - doenças falciformes e outras hemoglobinopatias
IV - fibrose cística
Da Alimentação e Nutrição
Trata sobre a suplementação de ferro e de vitamina A.
(Art. 110 ao 127)
Da Segurança do Paciente
Trata sobre o Programa Nacional de Segurança do Paciente.
(Art. 157 ao 166)
Entre outros aspectos relevantes para nossa aula abordados pela porta-
ria, temos:
• O controle de doenças e enfrentamento de agravos de saúde, com
destaque para a prevenção e controle do câncer, especificamente
câncer de mama e colo de útero. Desse modo, é instituído o Programa
de Mamografia Móvel com o objetivo de ampliar a cobertura mamográ-
fica em todo o território nacional, favorecendo o diagnóstico precoce
principalmente na faixa etária elegível para o rastreamento. Consoli-
da-se também a portaria que aprova as Diretrizes Brasileiras para o
Rastreamento do Câncer do Colo do Útero.
Componente II
Organização, regulação
e investimentos na Nova sistemática
assistência obstétrica e de pagamento da
Incentivo à assistência assistência ao parto.
neonatal
pré-natal.
Componente III
Componente I
I - instituição e funcionamento do
Conselho de Saúde, com com-
posição paritária, na forma da
legislação
V - alimentação e atualização regular
dos sistemas de informações
que compõem a base nacional de
II - instituição e funcionamento do informações do SUS, consoante
Fundo de Saúde. previsto em ato específico do
Ministério da Saúde
A portaria trata ainda sobre o custeio das equipes por meio do PAB variá-
vel. O valor é dependente da caracterização de cada equipe, como no caso
da Estratégia Saúde da Família e Estratégia de Saúde Bucal:
PAB Variável:
incentivo para ESB modalidade I - 20h: R$ 1.115,00 por mês.
implantação: R$ ESB modalidade II - 30 h: R$ 1.672,50 por mês.
7.000,00
01 B
02 B
03 D
04 B
05 B
Questões Comentadas
06 A (6-10)
07 C
08 B
09 A
10 B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10