Por ano, o Brasil gasta R$ 2,6 bilhões* financiado uma série de regalias para um grupo de
servidores públicos que já são muito bem remunerados, formado principalmente por juízes e
membros do Ministério Público que recebem salários acima do teto constitucional,
atualmente no valor de R$ 39,2 mil.
Isso acontece pois os salários destes servidores são inflados com uma série de
penduricalhos, como auxílio-moradia, auxílio-creche, etc. Em alguns casos, o valor beira o
absurdo, com remunerações superiores a R$ 100 mil mensais para um único juíz.
E este não é um caso isolado. A própria média remuneratória de alguns tribunais supera o
teto: os tribunais militares, por exemplo, pagam em média R$ 51,8 mil por mês para seus
juízes; o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul paga em média R$ 61,1 mil e o do
Tocantins, R$ 58 mil**.
Outra razão é o cenário devastador que o Brasil vive. São 14 milhões de desempregados e
o número de brasileiros vivendo na extrema pobreza pode superar os 20 milhões com o fim
do auxílio emergencial***. O valor gasto com os supersalários daria para financiar o Bolsa
Família para 1,1 milhão de famílias por um ano, considerando o valor médio de R$ 190
mensais por família.
Por tudo posto, a coalizão Unidos pelo Brasil escreve aos deputados federais para que
votem favoráveis ao PL 6726/16 na Câmara dos Deputados, dando um fim definitivo aos
supersalários no Brasil. O projeto já foi aprovado no Senado e espera apenas ser apreciado
no plenário da Câmara há mais de 4 anos.
Como dito, esse é um tema urgente para o Brasil. Um medida que trará impactos positivos
para a população mais vulnerável do país, onerando apenas uma fatia muito rica da
população, além de ser mais um marco da postura republicana do Congresso Nacional.