Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
III. 120 dos “lesados do papel comercial do BES” pretendem impugnar a medida de
resolução adotada pelo BdP em relação ao BES, no dia 3 de agosto de 2014. Não sabem,
no entanto, se o devem fazer individualmente ou se, para o efeito, devem constituir
uma Associação. O que lhes sugeriria?
II. Analise criticamente, sob a perspetiva dos poderes de pronúncia do juiz no contexto de
pedidos de condenação à prática de ato devido, o Acórdão do TCA Norte de 28 de
setembro de 2006, Proc. n.º 00121/04.0BEPRT.
IV. Imagine que C. tinha concorrido a um Concurso Público lançado pela Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa para a celebração de um contrato de empreitada de
obras públicas relativo à ampliação da Biblioteca; ficou, porém, ordenado em 2.º lugar,
tendo sido adjudicatário B. Já depois do contrato celebrado entre B. e a Faculdade, C.
apercebe-se que a Faculdade tinha entretanto concedido a B. na utilização de materiais
de qualidade bem mais fraca do que inicialmente previsto no Caderno de Encargos;
por sua vez, B. estava já a incumprir os prazos previstos para as diversas fases da
empreitada.
a) Imagine ainda que D., empreiteiro que havia decidido não concorrer àquele
Concurso Público justamente em função da alta exigência dos materiais
previstos no Caderno de Encargos, pretende também reagir.
b) Na sequência da hipótese anterior, imagine que o Tribunal vem a reconhecer a
procedência da alegação de D. e a invalidar o contrato celebrado entre a
Faculdade e C.; fá-lo, porém, num momento em que o contrato já se achava
integralmente executado. Ficará D. sem qualquer hipótese de tutela?
I. A., residente em Braga, não se conforma por não ter sido admitido na prova escrita
de conhecimentos realizada no âmbito do concurso de acesso à carreira diplomática,
concurso promovido pela Secretaria-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros e
no qual participaram mais de 100 candidatos. Assim que é notificada da Lista de
Ordenação, no dia 4 de dezembro de 2015, pensa: “vou para Tribunal – é evidente que a
minha resposta sobre a política colonial portuguesa em território indiano no século XVI merecia
mais do que 4 valores! Antes disso, porém, vou aproveitar o Natal”. Assim sendo, A., depois
de ter consultado o Dr. Paulo Janelas, reputado especialista, acaba por propor ação
administrativa de impugnação do ato que determinou a sua exclusão do concurso,
fazendo-o junto do TAF de Braga e no dia 20 de janeiro de 2016. Fez bem?
II. Imagine que na sequência da aplicação de uma medida de resolução por parte do
Banco de Portugal a uma instituição bancária, centenas de acionistas e depositantes
propõem ações de impugnação dos atos em que se traduziu a atuação do Banco de
Portugal, todas junto do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa. Consultado
pela imprensa sobre a possibilidade de a jurisdição administrativa e fiscal dar conta de
tamanha agitação processual, o Dr. Paulo Janelas afirma, convincentemente, que “não
há crise: foi justamente para estes casos que a revisão de 2015 do CPTA veio consagrar o novo
processo urgente relativo a procedimentos de massa previsto no artigo 99.º do CPTA”.
Concorda? Em caso negativo, consegue divisar algum mecanismo processual apto a
lidar com a situação descrita?
VII. Imagine que por alegadas deficiências na sua candidatura, o ISEG recusa a
inscrição de H. no Curso de Mestrado que este há tanto sonhava poder vir a frequentar.
Perante o iminente início das aulas, H. é aconselhado a lançar mão de uma intimação
para a proteção de direitos, liberdades e garantias por um seu amigo jurista, por estar em
causa uma restrição intolerável e injustificável do seu direito fundamental ao ensino.
Acompanha H. neste conselho?
PROVIDÊNCIAS CAUTELARES